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2015-06-27

Entre a arrogância e o desespero

Mas ele nos concede graça maior. Por isso diz a Escritura: "Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes". (Tiago 4.6)

Nós não devemos nos tornar orgulhosos nos momentos de prosperidade nem nos desesperar nos momentos de problemas. Por um lado, devemos refrear a nossa arrogância pelo temor a Deus. Por outro lado, devemos nos agarrar à sua misericórdia naqueles momentos em que pensamos que ele está irado conosco. Agindo assim, não seremos arrogantes demais nem desesperados demais.

A pessoa que é humilde e tem um coração contrito não é orgulhosa nem cheia de desespero. Porém, é difícil para nós evitar o orgulho e o desespero. Na nossa fraqueza, algumas vezes nos desviamos para a direita, outras vezes para a esquerda. Sempre que nos sentimos exageradamente confiantes ou cheios de desespero, devemos fazer um esforço para resistir a tais tendências. Não podemos ceder a nenhuma delas. Quando um arqueiro não acerta no centro do alvo, ele ainda ganha os pontos por ter acertado o alvo. De igual modo, Deus se agrada quando nós, pelo menos, lutamos contra a arrogância e o desespero. Mesmo quando não demonstramos alegria suficiente em momentos de problemas ou bastante reverência a Deus em momentos de prosperidade, ele não sustenta isso contra seu povo fiel. Nós temos Cristo como nosso mediador. Por intermédio dele, nós somos considerados verdadeiros santos, mesmo tendo apenas começado a agir como povo santo.

Em resumo, aqueles que têm muitos problemas devem elevar seus espíritos reconhecendo a misericórdia de Deus e se lembrando do que Cristo tem feito por eles. Aqueles que têm poucos problemas devem se desfazer da arrogância vivendo no temor de Deus.

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.