Páginas

2015-08-31

Um pastor de fato

A vida de vocês deve ser agradável a Deus. (2Pe 3.11)

Apenas na segunda metade do último capítulo de sua segunda carta, Pedro dá quatro conselhos para o crescimento espiritual: "A vida de vocês deve ser agradável a Deus e dedicada a ele" (v. 11); "Façam o possível para estar em paz com Deus, sem mancha e sem culpa diante dele" (v. 14); "Tomem cuidado para não serem levados pelos erros das pessoas imorais e para não caírem da sua posição segura" (v. 17); e "Continuem a crescer na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (v.18).

Todo novo convertido, assim como todo velho convertido, precisa de pastoreio para se aproximar o máximo possível da vida abundante ou chegar até ela. O crente tem necessidade de amor, de companhia, de mais conhecimento bíblico, de advertências, de reparos, de encorajamento, de orientação, de humildade, de paciência e de orações fervorosas a seu favor. O caminho ainda é apertado, o pecado ainda habita nele, as potestades do ar ainda não foram jogadas no abismo e a cultura mundana que o rodeia ainda o seduz. O crente precisa de oração e ação para que a mais antiga e mais repetida súplica seja atendida por Deus: "Não nos deixes sucumbir à prova e livra-nos do maligno" (Mt 6.13, BP). Ele não pode ser simples e ingênuo como o próprio pastor (Pedro) foi ao exagerar sua resistência e a jurar por Deus que não negaria o Senhor. Ele tem que evitar o relaxamento devocional (ausência de oração e da leitura da Bíblia).

Algumas dessas advertências de Pedro já haviam sido dadas na Primeira Carta. No entanto, quando se trata de espiritualidade verdadeira e dinâmica, qualquer repetição é bem-vinda!

Importa agradar a Deus e não a mim mesmo e aos outros!

>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

Estabeleça prioridades


Estabeleça prioridades

"Os teus ouvidos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda" (Salmos 139.16)

Determine-se a desfrutar a vida abundante que Jesus deseja para você. O diabo sempre tentará mantê-lo perturbado. O ativismo da sociedade de hoje pode tornar a vida uma confusão. A maioria das pessoas tem muito estresse, pressão contínua e, realmente, muito o que fazer.

Estabeleça prioridades. Comece seu dia com Deus. Determine-se a seguir sua direção durante todo o dia e você desfrutará cada dia de sua vida, e não apenas os finais de semana, férias ou dias ensolarados quando o clima está perfeito. Caminhar com Deus lhe dará prazer e tranquilidade mesmo quando as coisas não acontecerem da forma que você espera.

2015-08-30

Trate bem a si mesmo


Trate bem a si mesmo

"Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu" (Salmos 42.5)

Deus lhe deu emoções, assim, não funciona tentar ignorá-las completamente. Você cometerá um grande erro caso se recuse a satisfazer suas necessidades emocionais. Se você está cansado, deve descansar. Se está estressado, precisa de alguma diversão.

Se você precisa de encorajamento, passe tempo com alguém que sabe como encorajá-lo. Não ignore suas necessidades emocionais em nome de uma postura cristã. Você é uma pessoa inteira: espírito, alma e corpo (veja 1 Tessalonicenses 5.23). Deus lhe mostrará como ser forte em todas as áreas de sua vida.

2015-08-29

Seguindo Jesus por razões erradas

Jesus respondeu: A verdade é que vocês estão me procurando, não porque viram os sinais miraculosos, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos. (João 6.26)

Cristo diz ao povo que eles o estão seguindo não por causa do seu ensino, mas por causa dos seus estômagos, os quais eles amam. Eles pensavam: "Jesus é um grande mestre para nós! Ele nos dará liberdade. Nós todos ficaremos satisfeitos, teremos qualquer coisa que quisermos". Nessa passagem, o Senhor revela que tipos de seguidores seriam atraídos pelo evangelho. Ainda hoje, o evangelho atrai pessoas que pensam que ele encherá suas barrigas, satisfará seus desejos e os ajudará aqui, nesta vida.

Essa ideia é tão comum hoje que eu estou quase me cansando de pregar e ensinar a esse respeito. As pessoas, fingindo ser discípulos sinceros, vêm ouvir um sermão. Porém, debaixo dessa aparência, elas vêm motivadas apenas por ganhos pessoais. No entanto, o evangelho não foi enviado do céu para as pessoas encherem suas barrigas, terem o que desejam e fazerem o que lhes agrada. Cristo não derramou o seu sangue com esse propósito!

O evangelho proclama a glória de Deus e nos ensina como louvar o Senhor. Deus deseja que o louvemos. Ele quer que façamos o que lhe agrada. Se a honra e o reino de Deus forem a nossa prioridade, então ele não apenas nos dará a vida e tudo de que necessitamos neste mundo, como nos dará também a vida eterna.

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato

Tenha alegria


Tenha alegria

"Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz, e alegria no Espírito Santo. Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens. Assim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros" (Romanos 14.17-19)

As coisas em sua vida não precisam ser sempre tão sérias para parecerem espirituais. Se você é cheio do Espírito de Deus, tudo o que fizer tem conotação espiritual. Você pode viver uma vida santa e, ainda assim, desfrutar seu dia.

Deus mede a santidade pela rapidez com que obedecemos à Sua voz. Ele promete que a bondade e a misericórdia nos seguirão se buscarmos a presença dEle (veja Salmos 23.6). Ele pode até encorajá-lo a simplesmente estar alegre hoje.

2015-08-28

Siga as prioridades de Deus


Siga as prioridades de Deus

"As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem" (João 10.27)

Muitas pessoas tentam se sentir espirituais ao obedecerem a leis religiosas, mas nunca são bem-sucedidas porque há sempre alguma outra lei para seguir. Eis por que Deus não define nossa justiça por nossas boas obras, mas pela nossa fé em Jesus. Sentimos paz interior quando obedecemos à voz do Espírito Santo.

Deus pode lhe dizer que é mais importante doar algo que goste muito, do que tentar agradar-Lhe ao ler a Bíblia inteira em um ano. Deus pode considerar mais importante que você apenas permaneça em silêncio, se Ele lhe disser para fazê-lo, do que se oferecer para todas as atividades na igreja. Seus caminhos não são nossos caminhos (veja Isaías 55.8-9). Assim, aprenda a ouvir a direção dEle dia a dia.

2015-08-27

Coração fortalecido, esperança renovada


Coração fortalecido, esperança renovada

"Em ti, SENHOR, confio; nunca me deixes confundido. Livra-me pela tua justiça" (Salmos 31.1)

Em tempos difíceis, apenas confiar e prosseguir às vezes parece ser penoso demais. O coração se abate, a esperança se vai, o desânimo bate à porta, tentando nos fazer desistir.

Então, chega o momento de lembrarmos que ainda podemos fazer uma escolha melhor: falar com Deus, rasgar o coração diante Dele e, confiar!

Por isso, quero compartilhar hoje, uma oração que Deus colocou no meu coração e que tem fortalecido e renovado minha esperança Nele. Que seja bênção para sua vida também:

Coração triste e angustiado, quem poderá livrar senão o Senhor?

Ah Deus, Seus olhos estão sobre mim. Anseio por Ti como a terra sedenta por águas.

Justiça e lealdade não há em mim, mas Tens cuidado da minha vida por causa do Seu caráter, bondade, fidelidade, justiça e amor.

Em Ti descansa o meu coração; no Senhor me refugio.

A cada manhã, me ensina a fazer Sua vontade e, por Seu infinito poder, graça e misericórdia, resgata minha alma do mal.

Livra-me de mim, doce Espírito Santo, e me mantenha no caminho de Cristo.

Que nenhuma distração possa tirar o meu foco do céu e das promessas que Tens pra mim!

"Esforçai-vos, e ele fortalecerá o vosso coração, vós todos que esperais no Senhor" (Salmos 31.24).

::Denise Tomaz de Souza

O veredicto invertido


O Deus dos nossos antepassados ressuscitou Jesus, a quem os senhores mataram, suspendendo-o num madeiro. Deus o exaltou, colocando-o à sua direita como Príncipe e Salvador… Nós somos testemunhas destas coisas, bem como o Espírito Santo, que Deus concedeu aos que lhe obedecem. (Atos 5.30-32)

É difícil para nós compreendermos a profunda desilusão dos discípulos quando Jesus foi crucificado. Eles haviam crido nele como o Messias esperado havia muito tempo. Desde a prisão do Mestre no jardim, no entanto, as coisas tinham ido de mal a pior, e a fé deles havia se desgastado profundamente. Os líderes judeus haviam tramado a rejeição do Messias para a própria satisfação intelectual e legal deles. Eles o haviam entregue para ser julgado diante de Pilatos, que por fim curvou-se à vontade do povo. Então ele foi condenado à humilhação, à dor e à crucificação.

Assim, um após outro, os tribunais condenaram Jesus. Em todos os casos, o veredicto foi pronunciado contra ele, e na cruz nenhuma comutação de última hora lhe foi concedida. Finalmente seu corpo sem vida foi retirado do madeiro e levado para ser sepultado no túmulo de José de Arimateia. O último ato foi a colocação de uma grande pedra na entrada da tumba, que depois foi selada, e a ordem de Pilatos para que fosse enviado um destacamento ao local, para torná-lo seguro como os líderes religiosos achassem melhor (Mt 27.65).

Portanto, o quadro era o seguinte: um cadáver sepultado, uma tumba selada e vigiada, mulheres chorando e vigiando à distância, e sonhos destruídos. Como disseram os discípulos de Emaús: "E nós esperávamos que era ele que ia trazer a redenção a Israel" (Lc 24.21).

A morte havia levado Jesus para além de qualquer esforço humano. Somente um milagre poderia remediar a situação. Somente a ressurreição. E foi por meio da ressurreição que Deus interveio. Como consequência, temos o mesmo padrão desenvolvido nos primeiros sermões dos apóstolos. Nós o encontramos no primeiro sermão pregado (At 2), no segundo (At 3), no terceiro (At 5), no sermão de Pedro diante de Cornélio (At 10) e no sermão de Paulo em Antioquia da Pisídia (At 13): "Vocês o mataram. Deus o ressuscitou. Nós somos testemunhas". Essa afirmação expressa o primeiro e mais básico valor da ressurreição — ao ressuscitar Jesus, Deus inverteu definitivamente o veredicto sobre ele dado pelos seres humanos e o confirmou como verdadeiramente Filho de Deus e Salvador.

Para saber mais: Atos 2.22-36

>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.

O plano de Deus é melhor


O plano de Deus é melhor

"Porque a lei do Espírito da vida, [a qual está] em Cristo Jesus [a lei do nosso novo ser] te livrou da lei do pecado e da morte" (Romanos 8.2)

A lei do Espírito da vida em Cristo Jesus nos libertou da lei do pecado e da morte. Somos livres da lei do pecado e da morte somente à medida que seguimos a lei do Espírito. Quando sabemos o que é certo, mas insistimos em fazer o que é errado, nossas ações podem nos levar a perder a vida abundante que Deus tem para nós na Terra.

Siga a lei do Espírito e você permanecerá completamente livre da lei do pecado e da morte. O Espírito Santo o levará à santidade, à justiça, ao pleno propósito que Deus tem para sua vida. A vontade de Deus para você é maior do que tudo que possa imaginar. Deseje obedecer a Deus mesmo quando não compreende o que Ele está fazendo em sua vida.

2015-08-26

Nos momentos difíceis, não temas


Nos momentos difíceis, não temas

Existem pessoas que estão passando por situações delicadíssimas, problemas muito maiores do que os nossos. O que lemos na Palavra de Deus não é para termos apenas o relato histórico, mas para encarnarmos, vivermos as lições que o Senhor nos traz por meio desses acontecimentos (Leia Mateus 14).

A cada momento podemos passar, experimentar situações delicadas, seja na família, na área financeira ou sentimental. Jesus experimentou a dor e por meio de Sua vida podemos aprender a lidar com situações difíceis.

Jesus era primo de João Batista tinham uma ligação de parentesco e amizade, além disso, João anunciava as boas-novas da vinda de Jesus. Então, quando soube que João Batista tinha sido decapitado, diz a Palavra de Deus que Ele "retirou-se dali num barco, para um, lugar deserto, à parte". Há momentos em que as coisas da vida ficam tão difíceis, a dor, as lágrimas, as pressões estão tão presentes que sentimos a necessidade de nos afastar. Tem horas que queremos ficar sozinhos com a nossa dor, chorar sozinhos e não queremos que ninguém escute os nossos gemidos.

Nós nos identificamos com Jesus. Jesus sentiu o que sentimos, Ele era Deus, mas também homem, havia dentro do coração dele o mesmo sentimento; por isso, retirou-se para ficar só. Como homem, não era diferente de nós. Jesus veio ao mundo para mostrar quem é Deus, como Deus é; e tinha os sentimentos de um ser humano. Então, partindo para o deserto viu que uma grande multidão o seguia, e compadeceu-se dela, curou enfermos e realizou assim a multiplicação dos pães.

Logo após alimentar a multidão e despachar as pessoas para suas casas, Jesus mandou que os discípulos entrassem no barco e passassem para o outro lado (verso 22), enquanto Ele despedia a multidão.

O nosso chamado é para caminharmos após Jesus, mas existem momentos quando Jesus nos manda ir à frente dele, e quando isso acontece, Ele tem um propósito para nós, e nunca nos deixa sozinhos.

Tudo corria bem, estava tranquilo, os discípulos estavam no barco e Jesus no monte. Os discípulos remavam e no meio do mar houve uma tempestade, o vento soprava com fúria. O texto diz: "açoitado pelas ondas". Quem sabe você esteja passando por dificuldades, enfrentando tempestades na sua vida, como se fossem ondas que açoita suas emoções, sua família, seus relacionamentos. São dias difíceis, e parece que a vida não avança.

Mas veja o que a Palavra diz no verso 26 de Mateus 14: "A quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando sobre o mar".

O Senhor tem hora certa para chegar, o tempo Dele não é o nosso tempo. Ele não adianta e nem atrasa, mas sempre chega no momento exato. Nunca diga: Senhor, seu relógio está atrasado.

Jesus disse: "Meu Pai trabalha até agora e eu trabalho também". Não permita nunca que seu coração tenha qualquer outro sentimento a não ser a certeza de que Jesus sabe o que está acontecendo e, na hora certa, trará o socorro. Ele sabia o que estava acontecendo aos seus discípulos e foi até eles andando por sobre as águas. As adversidades vêm, mas você experimenta a intervenção do Senhor.

O verso 27 de Mateus 14 diz o seguinte: "Jesus, porém, imediatamente lhes falou, dizendo: Tende ânimo; sou eu; não temais". Jesus está sempre pronto e se revela de modo diferente para cada um de nós.

Jesus pode acalmar a tempestade com um sopro, ou pode deixar a tempestade por um tempo, mas a certeza que podemos ter é que Ele não nos deixa naufragar.

A primeira expressão de Jesus foi: "Não temais". Ele estava dizendo: "Eu sou livre para chegar a vocês da maneira que eu quiser". Ele chega para cada um de nós de uma maneira diferente, mas sempre chega. Glória a Deus! Nas tempestades em nossa caminhada Ele sempre repetirá as mesmas palavras: Não temas.

Deus abençoe!

Vista a armadura certa


Vista a armadura certa

"Saberá toda esta multidão que o Senhor salva, não com espada, nem com lança; porque do Senhor é a guerra" (1 Samuel 17.47)

Quando Davi estava prestes a enfrentar Golias, todos ao seu redor disseram: "Davi, você não pode fazer isso"! Mas Deus deu um "conhecimento" interior a Davi de que ele seria bem-sucedido no nome do Senhor. Quando o rei Saul decidiu deixar Davi lutar, ele lhe deu sua armadura, mas Davi respondeu: "Não posso usá-la, porque não estou acostumado com isso" (veja 1 Samuel 17.31 -39). Davi sabia que ele deveria ir, no nome do Senhor, apenas com sua funda (veja versículo 40-50).

Se você tem batalhas a enfrentar na vida, não deixe que outros lhe digam como lutar. Deus, pessoalmente, o instruirá como deve agir. A Palavra é sua arma; eis por que há uma necessidade vital de armar-se com conhecimento e passar tempo na presença de Deus antes de enfrentar qualquer gigante.

Eu creio no perdão dos pecados


Falamos muita coisa na igreja (e também fora dela) sem pensar no que estamos falando. Por exemplo, dizemos no credo: "Eu creio no perdão dos pecados". Fiquei repetindo isso por muitos anos antes de me perguntar por que isso estava no credo. À primeira vista, parece difícil valer a pena explicar. "Quando alguém é cristão", pensei comigo, "é claro que acredita no perdão dos pecados. É uma evidência gritante." Porém, parece que quem escreveu e compilou os credos achou que essa era uma parte da nossa crença que precisávamos lembrar toda vez que fôssemos à igreja. Depois que me dei conta disso, se me perguntassem hoje, eu diria que eles estavam certos. Acreditar no perdão dos pecados não é tão simples quanto eu pensava. A crença real nesse tipo de coisa facilmente nos escapa se não tivermos a disciplina de continuar alimentando-a.

Acreditamos que Deus perdoa os nossos pecados, mas também que ele não o fará a menos que nós perdoemos os pecados que as outras pessoas cometem contra nós. Não há dúvida sobre a segunda parte dessa declaração. Está escrito no Pai-Nosso e foi fortemente enfatizado pelo nosso Senhor. Se você não perdoar, não será perdoado. Não há parte mais clara no ensinamento de Jesus, e ela não dá margem a exceções. Deus não diz que devemos perdoar os pecados dos outros se eles não forem tão assustadores ou desde que existam circunstâncias atenuantes ou algo desse tipo. Devemos perdoá-los todos, não importa o quanto eles sejam malignos, miseráveis e frequentes. Se não o fizermos, também não seremos perdoados de nenhum dos nossos.

>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.

2015-08-25

Tempo de quê?


Tempo de quê?

Quando se abre a Bíblia encontra-se um Deus comprometido com a história humana. Um Deus que ouve o clamor de um povo em sofrimento, um Deus que enxerga ovelhas sem pastor e se comove. Enfim, um Deus que ama. Há diversas intervenções divinas, misericordiosas, a fim de que haja alívio, libertação e salvação. Até que com o nascimento de Jesus, a encarnação do próprio Deus, a mensagem fica mais evidente – o verbo se faz carne (Jo 1.14), e tudo o que se via era graça e verdade.

Em tempos de crise ética, política, econômica, o que esperar? Como agir? Que leitura fazer? Há lição de casa para todo aquele que se diz cristão, afinal, o que não falta é manipulação. Entretanto, ao ver esse Deus da Bíblia, somos inspirados a orar, cheios de esperança.

Nenhuma dor é ignorada, nenhum sofrimento é desconhecido de Deus. As soluções não são mágicas, uma longa trajetória parece ainda nos aguardar, e, fazemos parte daquilo que construímos. Mas, qual o lugar da oração nesses dias.

Mais do que orar por vingança dentro de nossa leitura limitada, de suposta justiça aos nossos olhos turvos, é colocar-se diante de Deus com um coração disposto a ouvir e reconhecer Deus mesmo em tempos difíceis.

Preocupados com o futuro, entregues à ansiedade, engasgamos com o presente, não digerimos o cotidiano, e o mal estar se instala. Abre-se as portas para o desespero, a língua para uma crítica que pouco propõe, sem sabedoria e sem respeito.

Davi, em tempos difíceis, ora e diz: "Contaste os meus passos quando sofri perseguições; recolheste as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas inscritas no teu livro? Em Deus, cuja palavra eu louvo, no Senhor, cuja palavra eu louvo, neste Deus ponho minha confiança e nada temerei. Que me pode fazer o homem?" (Sl 56.8,10-11). A oração tem o potencial de nos reorientar, nos trazer paz, nos tratar, nos ajudar a reconhecer e bendizer a Deus.

Salomão, filho de Davi, também ora e numa noite ouve o Senhor, que lhe diz: "se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos…" (II Cr 7.14). O que nos indica a necessidade de orarmos, e que enquanto o fazemos, podemos reconhecer quem somos, a quem verdadeiramente buscamos e entrarmos, ou prosseguirmos, num profundo processo de conversão.

O teólogo Karl Barth dizia que "entrelaçar as mãos em oração é o começo de uma revolução contra a desordem do mundo". O pastor e professor Eugene Peterson faz a seguinte colocação: "uma vida de oração nos obriga a lidar com a realidade do mundo e de nossas próprias vidas a uma profundidade e a um nível de honestidade raramente experimentados pelos que não oram, além de muita daquela realidade que, certamente, evitaríamos se nos fosse possível". E o escritor Philip Yancey, comenta que "na oração ficamos perante Deus para interceder por nossa situação, bem como pela situação dos que nos rodeiam. Nesse processo, o ato da oração me dá coragem para participar do trabalho de transformar o mundo num lugar em que a vontade do Pai é de fato feita como é no céu. Afinal, somos o corpo de Cristo na Terra; ele não tem outras mãos a não ser as nossas. E, contudo, para agirmos como Corpo de Cristo, precisamos de uma ligação ininterrupta com a Cabeça [Jesus]". Ou seja, a oração nos leva a olhar mais uma vez, atentamente, a Jesus. A oração nos conduz a uma observação mais profunda da atitude de Jesus diante da corrupção, da miséria humana, diante dos negligenciados e privilegiados.

Oremos. Para o bem de nossa vida, para o bem da nação, oremos

::Tais Machado

Escravos de hábitos estranhos

Cada pessoa é escrava daquilo que a domina. (2Pe 2.19)

Como ninguém gosta de ser chamado de escravo, a linguagem de Pedro é dura. Todavia, a verdade é esta mesmo: somos escravos daquilo que não conseguimos dominar. Quando dizemos que tal pessoa é dependente do álcool, por exemplo, queremos dizer que ela é escrava do álcool ou, em outras palavras, ela não é independente da bebida.

Se deixarmos o sol se pôr antes de nos livrarmos da ira, somos escravos da ira (Ef 4.26). Se só pensarmos em aumentar os ganhos, somos escravos do dinheiro. Se nos deleitarmos em falar mal de uma pessoa, somos escravos do mexerico. Se mancharmos costumeiramente o nome de uma pessoa atribuindo a ela coisas que ela nunca fez, somos escravos da calúnia.

Os que não conseguem deixar de roer as unhas, deixar de ranger os dentes, deixar de espremer cascas das espinhas são escravos dessas coisas.

Por causa do contexto da carta, é possível que Pedro esteja se referindo a "hábitos imorais". Ele tinha acabado de fazer uma denúncia séria quanto aos falsos profetas ("Não podem ver uma mulher sem a desejarem"). Deve ser exatamente nessa área que muitos são escravos de seus impulsos. Tim Challies, autor de Desintoxicação Sexual, afirma que "a pornografia é tão predominante, que é praticamente certo que todo jovem vai se deparar com ela, e, depois de a experimentar, é difícil não se entregar".

Jesus surpreendeu os mestres da lei e os fariseus declarando: "Quem peca é escravo do pecado" (Jo 8.34). Eles não gostaram dessa palavra e responderam soberbamente: "Nós somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém!" (Jo 8.33).

Se o Senhor pôde quebrar o bastão dos poderosos que oprimiam o povo de Israel, ele pode nos libertar do bastão daquilo que nos domina!

Enquanto não localizar a sua dependência, o crente jamais será libertado!

>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

O amor é a lei suprema


O amor é a lei suprema

O amor não pratica o mal contra o próximo [nunca causa dano a alguém]; de sorte que o cumprimento da lei é o amor. (Romanos 13.10)

Há coisas que não devemos fazer, simplesmente, porque amamos a Deus e porque não queremos machucar a consciência de outra pessoa. Podemos ter liberdade para fazer todas as coisas, mas nossa liberdade poderá ofender os outros ou ferir-lhes a consciência, e isso é pecado contra Deus.

Se você caminhar em amor hoje, pode haver coisas que você tem direito a fazer, mas o Espírito Santo o aconselhará a não fazê-las por causa do amor a alguém que pode ser ferido ao observar sua atitude. O amor nunca pensa em seus próprios interesses (veja 1 Coríntios 13.5). O amor é sempre a lei suprema.

2015-08-24

Cuide-se

Cuide-se

Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais, deverão restaurá-lo com mansidão. Cuide-se, porém, cada um para que também não seja tentado. (Gálatas 6.1)

Esta passagem nos dá uma advertência muito séria. Ela tem o objetivo de reprimir a severidade daqueles que não ajudam nem consolam aqueles que caem em pecado. Agostinho diz: "Não há um pecado cometido por uma pessoa que não possa também ser cometido por qualquer outra pessoa". Estamos sempre andando em um caminho escorregadio. É muito fácil cair se nos tornarmos orgulhosos ou se sairmos da linha. "Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!" (1Co 10.12).

Davi era um homem santo, cheio de fé e do Espírito de Deus. Ele recebeu promessas gloriosas de Deus e fez grandes coisas para Deus. Mas ele caiu de forma vergonhosa. Depois de ter suportado e vencido as muitas dificuldades que Deus usou para prová-lo e, apesar de já estar avançado em idade, ele foi vencido pela paixão da juventude. Se isso pôde acontecer a um homem como Davi, como podemos, nós, ter por certa a nossa habilidade de permanecer firmes? Por meio desse exemplo, Deus nos mostra a nossa própria fraqueza, para que não nos exaltemos, mas tenhamos temor. Deus também nos mostra seu julgamento. Para ele, nada é mais intolerável do que o orgulho, seja contra ele ou contra um irmão ou irmã. Assim, não é à toa que Paulo diz: "Cuide-se […] para que também não seja tentado".

Aqueles que têm enfrentado tentações sabem quão importante é isso. Alguns não têm enfrentado e, assim, não entendem o que Paulo diz e falta-lhes compaixão por aqueles que caem.

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.

Faça tudo o que Deus diz


Faça tudo o que Deus diz

"… a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito [nossa vida não é governada pelos padrões e de acordo com as inclinações da carne, mas controlada pelo Espírito Santo]" (Romanos 8.4)

"Nele vivemos, nos movemos e existimos" (Atos 17.28). Deus é tudo. Fale com Ele durante todo o dia, cada vez que você precisa tomar uma decisão ou vencer algo negativo. Aquilo que Ele lhe disser para fazer, faça. Se Ele lhe disser para não fazer, não faça. Você não pertence a si mesmo, mas a Deus.

Ensinos religiosos tentam estipular o que Deus quer de você. Mas Ele escreverá em seu coração o que é bom e o que é ruim. Ele lhe falará em sua consciência interior e o manterá seguro à medida que você prestar atenção na voz dEle e fizer o que Ele lhe disser. Durante este dia, ocasionalmente, pare o que estiver fazendo e pergunte a Deus se há algo que Ele queira lhe falar.

O manual de Deus para a família


O manual de Deus para a família

Em todas as partes do mundo, milhares de famílias estão em crise. Os conflitos domésticos e os divórcios são cada vez mais frequentes, mesmo entre famílias cristãs. Com isso, o número de famílias arruinadas vem aumentando. Pessoalmente, sinto que há uma necessidade inadiável de voltar ao eterno livro, a Bíblia, para reaprendermos como Deus, o Arquiteto do lar, quer que vivamos em família. Afinal de contas, o Senhor é a autoridade mais qualificada no assunto, porque a família é sua invenção. Nunca podemos esquecer que Ele a constituiu como célula básica da sociedade e da igreja, e que ambas se fortalecerão à medida que suas famílias forem fortes.

Há uma batalha espiritual sendo travada pelo controle da família e Satanás não economiza artimanhas para destruí-la. Atualmente, a perda do selo de "sagrado" que costumava distinguir o casamento e a relutância em adotar os padrões tradicionais para ele; o crescente desejo de aceitar o divórcio como algo natural, aliados ao aumento do interesse por perversões sexuais e ao desrespeito dos filhos para com os pais e autoridades têm contribuído efetivamente para a queda da instituição familiar. O humanismo – que destrona a Deus para entronizar a pessoa; o materialismo – que estipula como alvo de vida a abundância de bens materiais; o relativismo – que nega a existência de absolutos; o hedonismo – que prioriza o prazer; o individualismo – que coloca o foco no indivíduo e seus direitos, são ideias falsas, porém, poderosas, que exercem um imenso domínio sobre a sociedade contemporânea, atacando também a família e fragilizando-a ainda mais.

Mas a Bíblia refuta categoricamente essas falsas ideias ao afirmar que Deus continua soberano (Pv 21.1), que só a sua Palavra dura para sempre (Is 40.8) e que somente em Jesus podemos viver a vida como ela deve ser vivida (João 14.6). A Palavra é o manual que Deus preparou para seus filhos consultarem. Através do estudo, da meditação e da aplicação dos princípios bíblicos nela encontrados, as famílias conseguem estabelecer diretrizes que podem auxiliá-las a se tornarem mais sólidas e equilibradas. A Bíblia ensina sobre o compromisso que deve existir entre o casal (Pv 2.16-19); o papel do marido no casamento (Ef 5.23,25); o papel da esposa (Pv 31.11-12, 30; 14.1); o tipo de comunicação que ambos devem manter (Pv 15.1,23; 25.11); como solucionar conflitos (Cl 3.13) – e aqui incluo três frases que podem ajudar a resolver muitos mal-entendidos: "Eu estou errado(a)"; "Por favor, me perdoe"; "Eu amo você!"; relacionamento sexual (Pv 5.15-19); dinheiro (Pv 22.7; 23.4-5); criação de filhos (Pv 22.15; 29.17; Ef 6.4) e relacionamento dos filhos para com os pais (Ef 6.1-3).

Mas como colocar tudo isto em prática? Será impossível aplicar os conceitos espirituais sem uma capacitação de Deus. Estou me referindo ao Espírito Santo que nos equipa para viver uma vida totalmente sobrenatural. Em Romanos 8.9, Paulo afirma: "Vocês, porém, não vivem como manda a natureza humana, mas como o Espírito de Deus quer, se é que o Espírito de Deus vive realmente em vocês. Quem não tem o Espírito de Cristo não pertence a ele". No versículo anterior, o apóstolo diz: "As pessoas que vivem de acordo com a sua natureza humana não podem agradar a Deus". É inútil e frustrante tentar viver uma vida plena, inclusive, na esfera familiar, na força da carne. Porém Deus, que nunca nos abandona, preparou a sua Palavra para ser o farol que ilumina nosso espírito e nossas emoções para sermos pais, mães, filhos, enfim, a família que Ele espera que sejamos.

::Jaime Kemp

A busca de uma vida mais profunda com Deus


A busca de uma vida mais profunda com Deus

A nossa alma tem mais necessidade de Deus do que a terra seca da chuva. A nossa alma tem mais carência de Deus do que a flor do campo tem do orvalho da noite. A nossa alma tem mais ânsia por Deus do que os guardas pelo romper da alva. A maior necessidade da nossa vida não é das bênçãos de Deus, mas do Deus das bênçãos. O tudo sem Deus é nada. A riqueza do mundo sem Deus é consumada pobreza. As glórias do mundo sem Deus são como um vácuo. Somente em Deus encontramos razão para viver. Somente em Deus nossa alma encontra descanso. Deus é a verdadeira fonte de prazer. Só há plenitude de alegria na presença de Deus.

Os lautos banquetes do mundo não podem saciar a nossa alma. As riquezas do mundo não podem preencher o vazio do nosso coração. O conhecimento, o dinheiro, o sucesso, o poder e a fama sem Deus são insuficientes para dar significado à nossa vida. Deus nos criou para ele e somente nele encontraremos significado e razão para viver. A vida sem Deus é seca como um deserto, infrutífera como os espinheiros e estagnada como um poço de águas paradas e lodacentas. Precisamos nos voltar para Deus, a fonte de águas vivas. Precisamos de nos arrepender dos nossos maus caminhos e emendar as nossas veredas.

Precisamos endireitar os caminhos tortos e retificar aqueles que estão fora do lugar. Esse é um tempo de arrependimento e volta para o Senhor. A restauração começa com choro, com quebrantamento, com acerto de vida com Deus. Precisamos examinar o nosso coração. Precisamos ser pesados na balança de Deus. Precisamos reconhecer os nossos pecados, sentir tristeza pela nossa frieza espiritual e sentir vergonha pela escassez dos nossos frutos. O juízo começa pela Casa de Deus. Não basta apenas uma volta superficial para Deus. Ele não se impressiona com os nossos gestos pomposos nem com nossas palavras eloquentes. Ele sonda os corações.

Precisamos rasgar não as nossas vestes, mas os nossos corações. O perdão é resultado do arrependimento, a restauração é consequência do quebrantamento e a plenitude da vida de Deus em nós é fruto de uma busca verdadeira, intensa e perseverante. A chuva vem sobre a terra seca. O derramamento do Espírito sobre aqueles que têm sede de Deus. Muitas gerações experimentaram profusas efusões do Espírito. Muitos irmãos nossos viram, experimentaram e realizaram coisas maiores do que as que temos visto, experimentado e realizado em nossos dias. Deus não mudou. Sua Palavra não mudou.

Há vida abundante para todo aquele que busca o Senhor de acordo com a sua Palavra. Os mananciais de Deus jorram sempre sem jamais secar. Ele pode intervir em nossa vida, Ele pode trazer sobre nós tempos de restauração. Podemos conhecer com mais profundidade as riquezas insondáveis do evangelho de Cristo. Podemos ter mais intimidade com Deus por meio de uma vida de oração. Podemos conhecer mais a Deus por meio de um estudo mais zeloso das Escrituras. Podemos produzir mais frutos para a glória de Deus por meio de um envolvimento mais efetivo com o seu Reino. É hora de clamar ao Senhor para que os tempos de refrigério da sua parte venham sobre nós, trazendo-nos restauração e vida!

:: Hernandes Dias Lopes

2015-08-23

Jejum, fome de Deus

Jejum, fome de Deus


O jejum é uma prática milenar, porém, em desuso na igreja cristã contemporânea. O jejum está presente tanto no Antigo como no Novo Testamento. Os profetas, os apóstolos, Jesus e muitos homens de Deus ao longo da história experimentaram os benefícios espirituais por intermédio do jejum. Os santos de Deus em todos os tempos e em todos os lugares não somente creram no jejum, como também o praticaram. Hoje, porém, são poucos os crentes que jejuam com regularidade e ainda há muitas dúvidas acerca da sua necessidade e de seu funcionamento.

O que é jejum? É a abstenção de alimento por um período definido para um propósito definido. O jejum não é apenas abstinência de alimento. Não é um regime para emagrecer. Ele deve ter propósitos espirituais claros. Jejum é fome de Deus, é saudade do céu. A Bíblia diz que comemos e bebemos para a glória de Deus e também jejuamos para a glória de Deus (1Co 10.31). Se comemos para a glória de Deus e jejuamos para a glória de Deus, qual é a diferença entre comer e jejuar? Quando jejuamos nos alimentamos do pão da terra, símbolo do Pão do céu; mas quando jejuamos não nos alimentamos do símbolo, mas da essência, ou seja, nos alimentamos do próprio Pão do céu. Jejuar é amar a realidade acima do emblema. O alimento é bom, mas Deus é melhor (Mt 4.4; Jo 4.32). A comunhão com Deus deve ser a nossa mais urgente e apetitosa refeição. Nós glorificamos a Deus quando o preferimos acima dos seus dons.

O maior obstáculo para o jejum não são as coisas más, mas as coisas boas. Nem sempre nos afastamos de Deus por coisas pecaminosas em si mesmas. Os mais mortíferos apetites não são pelos venenos do mal, mas pelos simples prazeres da terra, os deleites da vida (Lc 8.14; Mc 4.19). “Os prazeres desta vida” e “os desejos por outras coisas” não são um mal em si mesmos. Não são vícios. São dons de Deus. No entanto, todas elas podem tornar-se substitutos mortíferos do próprio Deus em nossa vida. Jesus disse que antes de sua volta as pessoas estarão vivendo desatentas como a geração que pereceu no dilúvio. E o que elas estavam fazendo? Comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento (Mt 24.37-39). Que mal há em comer e beber, casar e dar-se em casamento? Nenhum! Mas quando nos deleitamos nas coisas boas e substituímos Deus pelas dádivas de Deus estamos em grande perigo. O jejum não é fome de coisas boas; o jejum é fome de Deus. O jejum não é fome de coisas que Deus dá; o jejum é fome do Deus doador. Nossa geração corre atrás das bênçãos de Deus em vez de buscar o Deus das bênçãos. Deus é melhor do que suas dádivas. O abençoador é melhor do que a bênção.

O propósito do jejum não é obter o favor de Deus ou mudar a sua vontade (Is 58.1-12).

Tampouco impressionar os outros com uma espiritualidade farisaica (Mc 2.16-18). Nem é para proclamar a nossa própria espiritualidade diante dos homens. Jejum significa amor a Deus. Jejuar para ser admirado pelos homens é ter uma motivação errada. Jejum é fome do próprio Deus e não por aplausos humanos (Lc 18.12). É para nos humilharmos diante de Deus (Dn 10.1-12), para suplicarmos a sua ajuda (2Cr 20.3; Ed 4.16) e para voltarmo-nos para Deus com todo o nosso coração (Jl 2.12,13). É para reconhecermos a nossa total dependência divina (Ed 8.21-23). O jejum é um instrumento para fortalecer-nos com poder divino, em face dos ataques do inferno (Mc 9.28,29).

É tempo da igreja jejuar! É tempo da igreja voltar-se para Deus de todo o seu coração, com jejuns e com pranto. É tempo de buscar um reavivamento verdadeiro que traga fome de Deus em nossas entranhas, que traga anseio por um profundo despertamento da realidade de Deus em nossa igreja, em nossa cidade, em nossa nação!

::Hernandes Dias Lopes

Tomé, o incrédulo


Felizes os que não viram e creram. (João 20.29)

Logo após a publicação de seu controvertido livro Versos Satânicos, Salman Rushdie afirmou em entrevista: "A dúvida, a mim me parece, é a condição central do ser humano no século 20". O santo padroeiro desta era de dúvida é o apóstolo Tomé. Nós o chamamos solidariamente, quase carinhosamente, de "Tomé, o Incrédulo". Consideremos a sua peregrinação.

Tomé, o ausente. No dia de Páscoa, ao fim da tarde, por uma razão qualquer, Tomé estava ausente e por isso perdeu a bênção de ver o Senhor ressuscitado. Ser frequentador irregular da igreja é um risco calculado. Porém, no domingo seguinte ele estava de volta ao seu lugar e recebeu a bênção que perdera no primeiro domingo!
Tomé, o cético. Quando os outros discípulos disseram a Tomé que tinham visto o Senhor, ele deveria ter acreditado neles. Na verdade, Jesus reprovou Tomé e abençoou aqueles que creram sem ter visto. Passamos a crer em algo de duas maneiras principais. A primeira é por meio de nossa própria investigação empírica; a segunda é por aceitarmos o depoimento de testemunhas confiáveis. Assim, quando os outros discípulos disseram: "Vimos o Senhor" (v. 25), Tomé deveria ter crido neles, uma vez que sabia que eram testemunhas honestas e sóbrias. Se todas as pessoas hoje insistissem em ver e tocar o Senhor ressurreto, não haveria crentes. Ao contrário, milhões têm abraçado a fé com base no testemunho daqueles que o viram e tocaram. A razoabilidade da fé depende da credibilidade das testemunhas.
Tomé, o crente. Tomé não apenas creu, como adorou, dizendo: "Meu Senhor e meu Deus" (v. 28). A tradição acrescenta que mais tarde ele foi para a Pérsia e para a Índia como missionário. Cristãos indianos afirmam que ele plantou a igreja em Kerala e foi martirizado em Madras.
O fundamento da fé cristã ainda é o testemunho ocular dos apóstolos. Cremos em Jesus Cristo hoje não porque o vimos, mas porque eles viram. Daí a importância vital do Novo Testamento, que contém o testemunho dos apóstolos. Eles nos dizem por escrito aquilo que primeiro comunicaram verbalmente a Tomé: "Vimos o Senhor".

Para saber mais: João 20.24-29

>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.

Encontre a Paz | Espantosa Visão!

Espantosa Visão!

E veio a mim um dos sete anjos? e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro.

E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente. E tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel

(Apocalipse 21:9-12).

ESPANTOSA VISÃO!

Que espantosa visão encheu o coração do apóstolo João com profunda admiração e reverência! Cada redimido pelo Senhor durante a época da graça é parte da grande companhia denominada de "a esposa, a mulher do Cordeiro". Também é chamada de "a nova Jerusalém". É a contraparte espiritual da Jerusalém terrena, a qual Deus designou como centro de seus planos para a Terra, e que será purgada de toda a sua corrupção anterior, passando a se chamar "Sião", cujo significado é "fortaleza". Mas a nova Jerusalém será ainda mais fortificada, pois é a esposa de Cristo, a Igreja do Deus vivo.

Ela é mostrada como uma cidade. Por quê? Porque abrange um tão grande número de santos de Deus, em absoluta união. É um cubo com cerca de dois mil e duzentos quilômetros de comprimento, largura e altura. As três dimensões são iguais, simbolizando a trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, que habitam em meio aos louvores de Seu povo. O muro grande e alto fala de sua total separação de todas as formas de mal, mas com portões que levam o nome das doze tribos de Israel. O muro mantém fora o que tem de estar fora, e os portões permitem a entrada do que tem de estar dentro. Mas como o Senhor demonstra Seu amor pela Igreja como Sua noiva. Ele também mostra que Seu amor por Israel é inalterável.

O Senhor Jesus receberá adoração eterna tanto de Israel quanto da Igreja, e ambos se juntarão no coro celestial de Aleluias ao Cordeiro!

http://www.apaz.com.br/todo_dia/2015/agosto23.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

2015-08-22

O convite da Graça

O CONVITE DA GRAÇA

Jesus convidou: "Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei, tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração e achareis descanso para a vossa alma". O convite de Jesus é universal e ao mesmo tempo pessoal. É um convite para uma experiência pessoal. Esse convite é para aqueles que têm consciência de sua necessidade de Deus, para aqueles que estão esmagados pelo peso da culpa do pecado. Jesus também nos convida para uma preciosa parceria e também para um discipulado. Depois do convite, há uma promessa: alívio do peso do pecado e descanso para a alma.
Hernandes Dias Lopes

https://m.facebook.com/hernandesdiaslopes/posts/961808037193588

Deixe os desapontamentos para trás


Deixe os desapontamentos para trás

"Aquele, entretanto, que guarda (entesouro) a sua palavra [que carrega na mente seus preceitos, que observa sua mensagem em sua totalidade], nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus (alcançando a plenitude e maturidade)" (1 João 2.5)

Pode ser desapontador quando pessoas que estão próximas a nós não fazem o que gostaríamos que fizessem. Mas, se realmente as amamos, devemos encorajá-las a seguir o Espírito Santo em vez de tentarmos nos manter felizes o tempo todo.

Ajude os outros a crescer espiritualmente ao encorajá-los a ouvir a voz de Deus. Lembre-se de que Deus os ajudará por meio dos erros e os guiará a uma vida abençoada. Logo eles tomarão decisões dirigidas pelo Espírito, e não pelas pessoas. É tremendamente gratificante ver nossos amados amadurecerem espiritualmente em Cristo.

2015-08-21

Oração – Diálogo que nos leva a Deus


Oração – Diálogo que nos leva a Deus

"Ó Deus, ouve a minha oração, inclina os teus ouvidos às palavras da minha boca" (Salmos 54.2)

Como construir um relacionamento sem diálogo? Quem é capaz de viver por muito tempo sem se comunicar, falar, expressar sentimentos? Não consigo imaginar como isso seria possível. Essa é uma necessidade inerente à natureza humana, pois Deus nos fez assim com o propósito de que pudéssemos nos comunicar não apenas com outras pessoas, mas, principalmente, com Ele.

E como fazemos isso? Como podemos desenvolver um relacionamento com nosso Criador? Há duas maneiras bem simples: nós O conhecemos por meio da Bíblia – Sua palavra que é a Verdade e também através da oração. O que poderia ser mais precioso do que falar com o Deus Soberano que, mesmo conhecendo tudo a nosso respeito, ainda assim tem prazer em dialogar com Seus filhos? Isso é realmente maravilhoso.

É na oração que podemos abrir nosso coração, contar tudo a Ele sem receios, sem reservas, sem medo. A oração nos aproxima de Deus e isso, consequentemente, nos afasta do pecado. Quando oramos não apenas falamos com nosso Pai, mas também O ouvimos e conhecemos Seus planos e sonhos para nós. A oração ajuda a nos manter no centro da vontade de Deus.

Por isso, ousemos buscar ao Senhor através da oração, da comunicação diária com Ele. E que possamos, assim como Davi, derramar diante do Senhor tudo que há dentro de nós. Esse relacionamento nos levará a uma profunda intimidade com nosso Criador. Quer ser fortalecido e se manter de pé quando tudo estiver ruindo ao seu redor? Experimente falar com Deus. E você pode começar agora. Fale com Ele nesse momento. Não desperdice mais nenhuma oportunidade, pois Seus ouvidos estão atentos a súplica de todo que clama.

"Inclina, ó Deus, os teus ouvidos à minha oração, e não te escondas da minha súplica" (Salmos 55.1)

::Denise Tomaz de Souza

Siga a direção de Deus


Siga a direção de Deus

"Confia ao Senhor as tuas obras [consagre-as e confie totalmente a Ele, e Ele levará seus pensamentos a tornarem-se ajustados à sua vontade, e], e os teus desígnios serão estabelecidos" (Provérbios 16.3)

Tentar imaginar tudo o que pode acontecer antes que você obedeça à vontade de Deus roubará sua alegria. Deus não lhe dá respostas assim que você faz a pergunta: "Por que, Deus por quê"? Confiar significa que você nem sempre terá respostas quando você as deseja. Algumas vezes você apenas terá de chegar do outro lado de uma situação para entender todo o quadro do que Deus está fazendo em sua vida.

Deus pode tentar separá-lo de algumas influências que o estão impedindo de receber o plano melhor que Ele tem para você. Ele pode ter de "podá-lo" para estimular um crescimento novo e mais saudável (veja João 15.1-8). Utilize os tempos de incerteza para demonstrar sua fé ao permanecer confiando em Deus.

2015-08-20

Perdão e comunhão além do erro


Perdão e comunhão além do erro

Depois de roubar na casa de Filemom, como geralmente se deduz (v.18-19)*, Onésimo fugiu para Roma, onde foi preso. Na prisão, conheceu Paulo, que o evangelizou (v.10). Agora, convertido e solto, retorna à casa do seu senhor por ordem do apóstolo. Da prisão, Paulo escreveu uma carta, pedindo que Filemom recebesse de volta o escravo como um irmão amado (Fm.12,16), a quem o apóstolo tratava como filho (v.10).

O escravo tornou-se um irmão, mas continuava escravo. Sua condição social não mudou por causa da conversão. Ele não se tornou um grande empresário. Contudo, era uma nova criatura em Cristo e nunca mais roubaria. A mudança de caráter aconteceu. Muito mais poderia acontecer, mas o propósito imediato do evangelho foi realizado. A Filemom caberia perdoar, receber e amar o escravo, apesar de tudo.

Vivemos hoje situações diferentes nas quais os mesmos princípios tornam-se necessários. Somos capazes de amar as pessoas depois dos erros cometidos? Precisamos lembrar que o irmão errado continua sendo o irmão amado. Não vamos concordar com o erro, mas sempre lembrar que nenhum de nós é perfeito. Amanhã, o errado pode ser você, ou eu.

Se o irmão pecou, continua sendo um irmão amado. Se fez algo que não está de acordo com as minhas preferências ou convicções, continua sendo um irmão amado e não um ex-irmão. Considere aquele irmão que errou ou que pertence a uma igreja diferente da sua, como alguém que vai morar no céu com você por toda a eternidade. Não é errado pensar assim, mesmo que não se tenha certeza da salvação alheia. Errado é tratar o irmão como se fosse um adversário.

Devemos, sempre que possível, fazer diferença entre o erro e a pessoa errada, dando-lhe oportunidade de consertar. Contudo, você tem o direito de se proteger. Filemom conhecia Onésimo, que agora voltaria com a preciosa recomendação do apóstolo Paulo. Cuidado ao receber pessoas que você não conhece. Cuidado com os falsos mestres, que falam de Deus apenas para alcançar seus próprios interesses.

"Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa nem tampouco o saudeis" (2 João 10).

*O livro de Filemom tem apenas um capítulo

::Pr. Anísio Renato de Andrade

Ande humildemente com o seu Deus

Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus. (Miqueias 6.8)

Até as pessoas mais dispostas espiritualmente têm dificuldade em escapar da tentação de amarem a si mesmas. Assim que elas percebem que são melhores do que outros em alguma coisa, começam a amar a si mesmas e a olhar os outros do alto. As Escrituras nos fornecem um exemplo aterrorizante disso com a história de Saul. Ele era muito bem quisto e não havia alguém igual a ele em Israel (1Sm 9.2). Ele estava cheio do Espírito do Senhor. No entanto, ele não fez o que Miquéias ordenou nessa passagem. Assim, caiu em terrível desgraça e foi rejeitado por Deus.

Os pais da igreja falaram o seguinte sobre a tentação de amar a nós mesmos: "Não importa onde você lance a cabeça de um cardo, ele sempre ficará de pé". Semelhantemente a um cardo, essa atitude ímpia facilmente se enraíza nos corações dos cristãos. É difícil para os cristãos evitar o amor próprio. Como Agostinho afirmou, esse é o único mal que se agarra às boas obras. É por isso que Deus permite que o seu povo escorregue para o pecado, assim como permitiu que Pedro e Davi caíssem. Chocados com sua queda, os cristãos então se humilham. Eles passam a ter medo de pensar tão alto sobre si mesmos e querem manter em mente quão fracos eles ainda são. Foi por isso que Davi clamou: "O meu pecado sempre me persegue" (Sl 51.3).

Os cristãos se humilham ao reconhecer e olhar para as suas fraquezas e seus pecados. Assim, tentam evitar ter orgulho de suas obras ou dos dons do Espírito que receberam de Deus. Isso é o que significa "andar humildemente com o seu Deus". Devemos ser genuinamente modestos e humildes, desejando permanecer em segundo plano. Nunca devemos procurar honra e louvor pelas boas obras que praticamos.

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.

Aguarde pela paz


Aguarde pela paz

"O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos" (Provérbios 16.9)

Talvez você tenha de começar a caminhar para descobrir a coisa certa a fazer. Se você não enxerga claramente a vontade de Deus, apenas caminhe na direção que pensa que deve ir e, então, aguarde a paz. Se você perdeu sua paz, volte ao pondo de partida.

Dave e eu quase compramos duas casas diferentes para abrigar nosso ministério. Já estávamos em negociações, e uma manhã, após orar, Dave disse: "Joyce, não sinto paz para comprar esse prédio. Sinto como se Deus estivesse me dizendo: 'Se você comprar esse imóvel, lamentará mais tarde"'. Então, aguardamos pela paz, e agora temos um prédio que está completamente pago e com espaço para ampliação. Ore até obter paz.

2015-08-19

Profetizando contra o cansaço


Profetizando contra o cansaço

Os motivos são diversos, ansiedade, estresse, decepções, mas o fato é que o cansaço surge em nossas vidas e ele pode causar danos muito graves. O cansaço pode ser físico devido a muitas atividades que podemos desenvolver, mas ele pode ter uma razão espiritual ou consequências além de físicas, também no âmbito da espiritualidade.

Independente das razões, todos passamos por momentos assim e precisamos buscar em Deus um cuidado específico com as nossas vidas a esse respeito. Há uma dualidade referente ao cansaço que precisamos entender. Por um lado, o cansaço é necessário, pois nos faz reagir àquilo que devemos deixar, liberando e removendo isso das nossas vidas! Por outro lado, o problema é que nos apegamos muito ao que não devíamos e, com isso, somos tomados pelo cansaço, afetando aquilo que, de fato, é para fazermos.

O cansaço nos leva a proferir palavras que não deveríamos a respeito de nós mesmos, dos outros, do nosso ministério; acabamos usando a nossa boca para profetizar aquilo que não deveríamos. Precisamos abrir a nossa boca a favor do mundo e não contra ele. Os lábios servem para declarar bênçãos e vida e não maldição e morte.

Existem momentos que chegamos ao nosso limite e temos ainda que falsa, uma forte convicção de que não vamos mais conseguir sair dessa perspectiva. Então, precisamos nos fortalecer no Senhor para ultrapassar esse limite. "Cinja os lombos de força e fortalece os braços. (…) A força e a dignidade são os seus vestidos, e, quanto ao dia de amanhã, não tem preocupações" (Pv 31.17,25).

Perceba que conselhos preciosos o Senhor nos dá nesse texto: nos vestir de força e dignidade e nos libertar de preocupações com o dia de amanhã. Vemos um momento semelhante na vida do profeta Ezequiel, no capítulo 37, ele é levado a um lugar em que há um vale com muitos ossos secos, um exército morto e deteriorado. Como muitas áreas das nossas vidas podem estar hoje.

Mas Ezequiel, movido pelo Espírito, começou a liberar palavras de vida, que trouxeram aquele exército à vida. Precisamos compreender o poder criador que a Palavra de Deus produz em nós. E mais, ao revés, a destruição que pode causar. Podemos e devemos nos abrir para o Deus que sonda o nosso coração e a quem pertencemos, e dizer sobre o nosso cansaço e esgotamento. Contudo, o cuidado deve estar em não liberarmos palavras de maldição sobre as nossas vidas.

Podemos até ter razão em pensar que não há mais como surgir vida nessa situação, não há mais nenhuma possibilidade de nascer algo novo em determinadas áreas. Podemos estar certos quanto a isso, a questão aqui não é negar a realidade, mas crer no poder sobrenatural de Deus. "Portanto, quem quiser amar a vida e ver dias felizes, refreie a sua língua do mal e os seus lábios da falsidade" (1Pe 3.10).

Não sei pelo que você tem passado, mas lhe convido a profetizar acerca dessa situação. Declare sobre esses ossos secos palavras de vida e de transformação. "Porque derramarei água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes. E brotarão como a erva, como salgueiros junto aos ribeiros das águas." (Is 44.3-4).

:: Vanessa Capochim

Não tenha medo de parar


Não tenha medo de parar

"Os pensamentos do [inflexivelmente] justo são retos (honestos e confiáveis), mas os conselhos do perverso, engano" (Provérbios 12.5)

Não tenha vergonha de voltar atrás se estiver fazendo algo e descobrir que Deus não está nisso. Apenas esteja seguro o suficiente para simplesmente dizer: "Pensei que isso fosse de Deus, mas não é, e não vou prosseguir fazendo-o".

Você pode ter que desculpar-se com os outros se você os levou a algum problema ou confusão. Mas não há vergonha em admitir rapidamente que você estava errado. É mais importante não continuar com um erro do que tentar evitar que as pessoas saibam que você errou. Não tenha medo de dizer: "Não ouvi a Deus". A honestidade manterá seu dia correndo completamente bem.

2015-08-18

O que é confissão?


O que é confissão?

Não há nenhuma parte da Bíblia mais poderosa do que outra. Não existe nada nas Escrituras que deva ser jogado fora, posta de lado. A Palavra de Deus é completa e não podemos acrescentar e nem tirar nada. Portanto, precisamos conhecê-la.

A Palavra diz que o nosso maior inimigo não é o diabo, pois Jesus já lidou com ele, já o derrotou na cruz do Calvário. Nosso maior inimigo é a ignorância. O Senhor mesmo disse por meio do profeta Oseias (Oseias 4.6a): "O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento…".

Esse é o lamento do coração do Senhor. O conhecimento está na Bíblia, bem como a revelação. Por isso, precisamos pautar a nossa fé pelas Escrituras, pois ela é e sempre deve ser a base da nossa fé, do nosso relacionamento e conhecimento com o Senhor. O próprio profeta Oseias nos encoraja: "Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor(Oseias 6.3a).

Tão importante quanto o conhecimento da verdade quanto do conhecimento do Senhor é a confissão daquilo que cremos e sobre Quem cremos. Não se trata daquela confissão como sinônimo de admissão de culpa, como quando algum, um ladrão quem sabe, confessa um erro, um crime, um delito. Não é disso que estou falando. Confessar, no sentido espiritual é dizer a mesma coisa. Confessar é dizer o que Deus diz e agir de conformidade com essa confissão. É ter o mesmo coração com o Senhor. Há o oposto da confissão, que se chama negação.

Confessar não é o mesmo que uma admissão de erro, de culpa. É muito mais que isso. Segundo as Escrituras, confissão é uma proclamação, como resultado de crer ou não em algo ou alguma coisa. Quando somos salvos em Cristo e batizados nas águas, por exemplo, estamos confessando publicamente nossa fé em Jesus Cristo. Quando proclamamos a Palavra em determinada situação na nossa vida, estamos confessando o poder dessa Palavra e o poder de Deus em nossas vidas.

Confessar, segundo as perspectivas de Jesus, tem muito a ver com a postura do nosso coração. Após chamar os seus discípulos, Jesus traz uma série de instruções a cada um deles. Tudo está em Mateus capítulo 10. A certa altura (versos 32 e 33), Jesus lhes afirma: "Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus".

Você precisa confessar essa realidade da presença dEle em sua vida. Não é questão de sentir, mas de confessar, porque você crê. Eu não preciso sentir que Ele me ama, porque Ele já disse que me ama. Eu preciso fazer o quê? Vivenciar essa realidade e confessar. Confessar  significa o quê? Falar a mesma coisa.

Jesus disse:  "Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também Eu o confessarei diante do meu Pai que está nos céus".

Eu tive a experiência de um dia confessar a Jesus como meu Senhor e Salvador. Foi no dia 19 de maio de 1966, numa madrugada, quando eu disse: "Jesus, entre na minha vida. Eu o recebo como meu Senhor e Salvador". Nesse exato momento que eu confessei a Jesus como meu Senhor e Salvador, Ele confessou ao Pai que eu o confessei como meu Senhor e Salvador. Jesus nos confessa diante do Pai e ainda nos confessa diante dos anjos.

A negativa de nossa confissão da pessoa de Jesus diante dos homens é sinal de incredulidade e de negligência. Se cremos, confessamos, mas se não cremos, não confessamos. Que possamos sempre confessar a Jesus diante dos homens e mesmo diante dos demônios, que muitas vezes vêm para nos oprimir, nos afrontar, nos amedrontar, em resposta ao maravilhoso fato de que cremos no Seu nome. Porque se cremos, logo confessamos.

Deus abençoe!

A virtude que promove a unidade cristã


A humildade é a virtude que promove a unidade cristã. A humildade é o remédio para os males que atacam a unidade da igreja. A palavra grega tapeinophrosyne é um termo cunhado pelo Cristianismo. Humildade era uma expressão carregada de opróbrio no pensamento grego, tendo conotações de "servilismo", como nas atitudes de um homem vil ou de um escravo. Quase sempre entre os escritores gregos, "humildade" tem um significado negativo. Entre o povo de Deus, porém, a humildade é um imperativo, pois "Deus escarnece dos escarnecedores, mas dá graça aos humildes" (Pv 3.34). "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes" (Tg 4.6) e o apóstolo Pedro ordena: "Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte" (1Pe 5.5).

A humildade deve ser a marca do cristão, pois seu Senhor e Mestre foi "manso e humilde de coração" (Mt 11.29). Os discípulos de Cristo demoraram entender essa lição e muitas vezes discutiram quem devia ocupar a primazia entre eles. Nessas ocasiões, Jesus lhes dizia que maior é o que serve e que ele mesmo veio não para ser servido, mas para servir (Mc 10.45). Vejamos três fatos importantes para o entendimento deste tema:

Em primeiro lugar, o que é humildade (Fp 2.3). A humildade provém do verdadeiro conhecimento de Deus e do correto conhecimento de nós mesmos. Enquanto a ambição e o preconceito arruínam a unidade da igreja, a genuína humildade a edifica. Ser humilde envolve ter uma correta perspectiva sobre nós mesmos em relação a Deus (Rm 12.3), que por sua vez nos coloca numa correta perspectiva em relação ao próximo. Jamais o orgulho prevalece no coração de alguém que conhece a Deus e a si mesmo.

Em segundo lugar, como a humildade se manifesta? (Fp 2.3,4).O apóstolo Paulo menciona duas manifestações da humildade.

A humildade olha para o outro com honra (Fp 2.3). No capítulo primeiro, Paulo colocou Cristo em primeiro lugar (Fp 1.21). Agora, coloca o outro acima do eu (Fp 2.3). Uma pessoa humilde não tem sede de fama, projeção e aplausos. Ela não se embriaga com o poder. Ela não busca os holofotes do palco nem corre atrás das luzes da ribalta. Uma pessoa humilde não canta "quão grande és tu" diante do espelho.

A humildade busca o interesse do outro com solicitude (Fp 2.4). A igreja de Filipos era multirracial: Lídia era uma judia rica, a jovem liberta era uma escrava grega e o carcereiro era um oficial romano da classe média. Nessas condições não era fácil manter a unidade da igreja. Ter interesse em proteger os interesses alheios, porém, faz parte dos alicerces da ética cristã. No mundo cada um cuida primeiro de si, pensa somente em si e tem o olhar atento apenas para os próprios interesses. Os interesses dos outros estão fora de seu verdadeiro campo de visão. Por isso, tampouco, existe no mundo verdadeira comunhão, mas somente o medo recíproco e a ciumenta autodefesa contra o outro. Na irmandade da igreja de Jesus pode e deve ser diferente.

Em terceiro lugar, o supremo exemplo da humildade (2.5). Neste capítulo dois da carta aos filipenses, Paulo cita quatro exemplos de humildade, ou seja, colocar o "outro" na frente do "eu" (Fp 2.5; 2.17; 2.20; 2.30). Porém, o argumento decisivo de Paulo é o exemplo de Cristo (Fp 2.5). O exemplo de Cristo é sempre o argumento supremo de Paulo na exortação ética, principalmente quando trata do interesse altruísta pelo bem-estar do próximo. Se o exemplo de Cristo deve ser seguido, é melhor, então, manter maior interesse pelos direitos dos outros e pelos nossos deveres, do que cuidar principalmente de nossos direitos e dos deveres dos outros.

O texto que registra a encarnação, esvaziamento, humilhação, obediência, morte e exaltação de Cristo não é uma peça doutrinária escrita por um teológico de gabinete que está traçando reluzentes verdades doutrinárias contra o nevoeiro denso das heresias, mas foram escritas por um homem que, com humildade e amor lutava pela verdadeira concórdia de seus irmãos. Essas frases, com todo o seu teor dogmático são parte dessa luta. A leitura correta deste magno texto Cristológico não é apenas aquela que trata da humilhação e exaltação do Filho de Deus, mas a que abala nosso coração egoísta e vaidoso por meio da trajetória seguida por Jesus.

As vozes das ruas e nossa lição de casa


As vozes das ruas e nossa lição de casa

Ruas de 205 cidades foram ocupadas no último fim de semana por milhares de brasileiros insatisfeitos com o governo federal e com a corrupção. Colunistas dos jornais de hoje apontam as tendências do "jogo" político num país que quase sempre toma as decisões "por trás dos panos". A maioria desses colunistas acha democrático o que ocorreu, mas duvida que o cenário político mudará muito drasticamente. As redes sociais continuam sendo depositórios de quem defende sua posição, mas com pouca gente interessada em atravessar a "ponte" em direção ao outro que não concorda.

O Brasil está cada vez mais respirando política – para o bem ou para o mal. As bandeiras são muitas. Um manifestante carregava um cartaz que dizia: "Não se trata de direita contra esquerda, não se trata de ricos contra pobres, é a nação contra a corrupção!". Algumas das frases mais vistas em faixas eram: "Impeachment já!" e "Fora, Dilma". Mas nos muros de São Paulo também era possível encontrar os dizeres: "abaixo o golpe, impeachment não!".

A despeito das guerras simbólicas polarizadas ou maniqueístas, o que cabe a cada cristão diante do atual cenário político e democrático? Não há respostas prontas, mas também não podemos deixar de buscá-las. Aqui vão algumas "placas de sinalização":

1. Julgar, com discernimento bíblico, e além das manchetes de jornais. A Bíblia fala bastante sobre a natureza humana e sobre a vontade de Deus para a humanidade. Por que então não falaria sobre política? Ou seja, sobre como o ser humano deve lidar com o poder, com a justiça e com a nação em que vive, produz e serve? A formação da nação de Israel, a briga pelo poder no período dos reis, as vozes dos profetas, a fidelidade dos discípulos de Cristo a despeito do abuso de poder romano e do "culto a César", e a espera por "novos céus e nova terra, em que habita a justiça" (2 Pe 3.13). Tudo isso nos faz buscar o discernimento de Deus para o momento atual e se torna ingrediente essencial para tal.

2. Envolver-se, sem cair em tentação. Se há 20 anos, líderes evangélicos como Robinson Cavalcanti, reclamavam da ausência dos evangélicos na política, hoje, devemos nos perguntar: como temos nos envolvido? Nossa participação política tem ajudado a sociedade a discernir a verdade da mentira, a ética da desonestidade, a busca pelo poder da busca pela justiça? Ou temos sido meramente "mundanos" (no sentido antigo da palavra: influenciados pelo sistema pecaminoso do mundo e pela carnalidade humana)? Temos buscado a unidade da Igreja, enquanto lutamos por uma nação mais justa? E temos lutado por uma nação mais justa, enquanto buscamos a unidade da Igreja?

3. Assumir voz profética, sem perder o senso do chamado encarnacional. Deus nos chama para anunciarmos sua justiça e lamentarmos a corrupção e o engano, como bem fizeram os profetas, com coragem, com inconformismo, com temor ao Senhor, com integridade. Mas também ele nos chama para sermos "cartas vivas" (2 Co 3.2,3), "bom perfume" (2 Co 2.15) e assumirmos o chamado encarnacional de Jesus Cristo (Fp 2). Isso é bíblico, mas não é fácil. Exige de nós bem mais do que, em geral, temos feito. Frases prontas ou discursos filosóficos elaborados não são suficientes. Precisamos assumir – como cristãos e como igreja – a tarefa de ir até aos outros, de ouvir atentamente suas vozes, de ponderar respostas sinceras, de renunciar nossa carnalidade, de assumir bandeiras justas, de orar pela situação da nossa nação, de doar financeiramente para projetos justos, de ser sensível ao vento do Espírito e de lutar pela reconciliação da igreja e do mundo.

4. Renovar o compromisso com Jesus Cristo. O que isso tem a ver com política? Tudo. Jesus é o fundamento (1 Co 3.11) e o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2). Em Cristo, nosso olhar sobre a realidade se sensibiliza, mas não é manipulado; se aprofunda, mas não perde a esperança. Se por um lado, Cristo escancarou a miséria do coração humano, sendo ele mesmo a vítima desta miséria, por outro lado, Cristo anunciou a esperança, sendo ele mesmo o caminho para a redenção. Em Cristo – sua encarnação, sua ética, sua piedade, seu sacrifício vicário, sua revelação – somos mais do que indivíduos corretos, somos o povo da esperança, que, com humildade, assume sua responsabilidade no mundo. Nem sempre com respostas, mas sempre com sinceridade e compaixão.

Faça o seu dever de casa e coloque a boca no trombone.

Adaptação: Lagoinha.com

:: Editorial – Ultimato

Deixe Deus guiar os outros


Deixe Deus guiar os outros

"Com efeito, dos que em ti esperam (confiam e aguardam esperançosamente), ninguém será envergonhado; envergonhados serão os que, sem causa, procedem traiçoeiramente" (Salmos 25.3)

Nosso dia poderia ser melhor se todos simplesmente fizesse o que lhes dizemos para fazer. Mas Deus não esmaga a vontade das pessoas, e nem nós podemos fazê-lo. Em vez de tentar controlar as pessoas, ore para que elas "ouçam" a direção de Deus.

Se alguém persiste em fazer algo do seu próprio jeito hoje, mostre sua confiança em Deus não interferindo. Você pode perceber que sua opinião está errada, ou eles podem descobrir que você está certo. Deus é grande o suficiente para tirar tanto você quanto eles de qualquer confusão em que estiverem. De qualquer forma Deus terá a glória se você colocar sua confiança nEle.

O caminho de Emaús [feedly]


Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como Jesus fora reconhecido por eles quando partia o pão. (Lucas 24.35)

O encontro no caminho de Emaús, um vilarejo a doze ou treze quilômetros a noroeste de Jerusalém, é uma das mais vívidas histórias da Páscoa. Aconteceu na tarde do domingo. Um dos discípulos é identificado como Cleopas; o outro bem pode ter sido sua esposa. Enquanto caminhavam, falavam sobre os eventos impressionantes ocorridos em Jerusalém naqueles dias. Nessa caminhada, o Cristo ressuscitado juntou-se a eles.

Observemos o que Lucas diz sobre os olhos dos discípulos. De acordo com o versículo 16, seus olhos foram impedidos de reconhecer Jesus; de acordo com o versículo 31, seus olhos foram abertos e eles o reconheceram. O que teria feito a diferença? Como nossos olhos podem ser abertos como os olhos dos discípulos o foram?

Primeiro, podemos conhecer Cristo por meio das Escrituras. Jesus reprovou os discípulos por terem sido tão tardios em crer nos profetas, e então os levou através das três divisões principais do Antigo Testamento — a Lei, os Profetas e os Salmos (v. 44) —, lhes explicando seu ensino sobre os sofrimentos e a glória do Messias. Como Jesus dissera antes, "as Escrituras… testemunham a meu respeito" (Jo 5.39). Assim, precisamos procurar Cristo em toda a Escritura. Ao fazermos isso, nosso coração não poderá deixar de arder.

Segundo, podemos conhecer Cristo mediante o partir do pão. Talvez os discípulos de Emaús tenham visto as cicatrizes em suas mãos ou reconhecido a sua voz. Mas parece mais provável que os quatro verbos usados por Lucas tenham acionado a memória deles: Jesus tomou o pão, deu graças, o partiu e o deu a eles. Então seus olhos foram abertos e eles o reconheceram. Como disseram mais tarde, "Jesus fora reconhecido por eles quando partia o pão" (Lc 24.35). Muitos cristãos têm testificado experiência semelhante a essa. Um exemplo é o da mãe de John Wesley, Susanna. Certo dia, tendo ouvido as palavras da Santa Ceia, confessou: "As palavras tocaram meu coração e eu tive certeza que Deus, em nome de Cristo, havia perdoado todos os meus pecados".

Portanto, aqui estão duas maneiras principais por meio das quais Cleopas e seu companheiro reconheceram o Senhor ressuscitado, e mediante as quais podemos reconhecê-lo hoje — as Escrituras e o partir do pão, a Palavra e o sacramento.

Para saber mais: Lucas 24.13-35

>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.

2015-08-17

Decida como viver


Decida como viver

Porque pela graça (favor imerecido de Deus) sois salvos (libertos do juízo e tornados participantes da salvação de Cristo), mediante a fé; e isto [a salvação] não vem de vós [de sua própria obra, nem do seu próprio esforço]; é dom de Deus (Efésios 2.8)

Você pode viver sob a lei do pecado e da morte, com suas regras e regularmente; ou pode viver sob a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus, que pela graça o colocou livre da lei do pecado e da morte (veja Romanos 8.2)

Gálatas 5.4-5 explica que a lei não nos leva a lugar algum, além de nos separar de Cristo. Mas o Espírito Santo nos ajudará a nos moldarmos à vontade de Deus em propósito, pensamentos e ações. Escolha a lei da vida e diga: "Hoje desfrutarei um dia pleno de graça".

Outra razão porque não desejamos a castidade

Muitas pessoas desanimam diante de todas as tentativas sérias de experimentar a castidade cristã, porque acham (antes mesmo de tentar) que ela é impossível. Porém, quando algo deve ser realizado, ninguém jamais deve pensar em termos de possibilidades e impossibilidades. Diante de uma questão opcional formulada em uma prova, costumamos levar em conta se estamos em condições de realizá-la ou não: diante de uma questão compulsória, temos de fazer o melhor que pudermos. Você poderá obter alguns pontos por uma resposta imperfeita: certamente não ganhará nada se deixar a questão em branco.

Isso não vale apenas para exames, mas também para a guerra, para a escalada de montanhas, para as lições de skate, de natação ou de bicicleta; e até na hora de prender um colar apertado com os dedos gelados, as pessoas geralmente fazem coisas que lhes pareciam quase impossíveis antes de tentar. É maravilhoso ver o que você é capaz de fazer quando é obrigado a fazê-lo.

Podemos, de fato, ter certeza de que a castidade perfeita — da mesma forma que a caridade perfeita — jamais será alcançada por um simples esforço humano. Você tem de pedir ajuda de Deus. Mesmo ao fazê-lo, pode parecer que não houve ajuda nenhuma ou que você recebeu menos ajuda do que estava precisando. Não importa. Peça perdão depois de cada falha, levante-se e tente de novo. Muito frequentemente, o que Deus nos ajuda a conquistar primeiro não é a virtude em si, mas somente a capacidade de sempre tentar de novo. Pois, não importa quão importante possa ser a castidade (ou a coragem, ou a veracidade, ou qualquer outra virtude), esse processo nos ajuda a treinar os hábitos da alma, que são os mais importantes. Ele cura as nossas ilusões sobre nós mesmos e nos ensina a depender de Deus. Por outro lado, aprendemos que não podemos confiar em nós mesmos nem em nossos melhores momentos, e que também não precisamos nos desesperar, mesmo na pior das situações, já que as nossas falhas estão perdoadas. A única atitude fatal seria sentar-se comodamente, contentando-se com qualquer coisa menos que a perfeição.

>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.

2015-08-16

Estude diariamente


Estude diariamente

Medita estas coisas e nelas sê diligente [praticando e cultivando como seu ministério], para que o teu progresso a todos seja manifesto (1 Timóteo 4.15)

O trecho de 2 Timóteo 2.15 (AMP) diz: "Estude, zele e empenhe-se para apresentar – se a Deus aprovado (testado pela provação), como um obreiro que não tem motivos para se envergonhar, corretamente examinado e cuidadosamente partilhando (manuseando corretamente e ensinando habilmente) a Palavra da verdade".

É difícil crescer se você não gosta de ler a Palavra. Se Satanás criou obstáculos para impedi-lo de ler a Palavra, exerça sua autoridade sobre ele. Declare seu amor pela Palavra e, então, leia, mesmo se for apenas poucas páginas em um dia. Seu desejo por mais crescerá rapidamente. Se você verdadeiramente não gosta de ler, então, ore para que Deus lhe dê o desejo para fazê-lo

O imperativo da unidade cristã


O imperativo da unidade cristã

O apóstolo Paulo está preso e algemado na antessala do martírio, mas sua atenção não está voltada para si mesmo. Havia alegria em seu coração (Fp 4.4,10), mas sua medida ainda não estava cheia. Um grau mais elevado de unidade, de humildade e de solicitude em família podia completar o que ainda faltava no cálice da alegria de Paulo. Seu principal anseio não era a rápida libertação da prisão, mas o progresso espiritual dos filipenses. Sua alegria não vem de suas condições pessoais, mas da condição da igreja de Deus.

Mesmo preso, Paulo diz que a igreja de Filipos era sua alegria e coroa (Fp 4.1). Suas orações em favor dos cristãos filipenses eram orações alegres (Fp 1.4). Mas, agora, o apóstolo deseja que o cálice da sua alegria transborde e por isso ordena: "Completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma cousa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento" (Fp 2.2). Paulo não pode estar alegre enquanto o espírito de facção existir nessa generosa igreja de Filipos. Paulo exorta aqueles irmãos para que tenham unanimidade de coração.

Não se trata da unanimidade formal que se consegue manter mediante o poder de veto; trata-se daquela unanimidade sincera de propósitos, pela qual ninguém deseja impor um veto sobre as pessoas. Aquela mesma igreja que estava comprometida com Paulo no apoio missionário, dando-lhe conforto e sustento financeiro, estava sendo ameaçada por divisões internas e isso estava toldando a alegria no coração do velho apóstolo. Como a igreja poderia completar a alegria de Paulo?

Em primeiro lugar, demonstrando unidade de pensamento (Fp 2.2). A unidade de pensamento não é uma coisa fácil de alcançar, especialmente onde as pessoas têm uma mente ativa e um espírito independente. O verbo grego phronein usado aqui para definir "o pensar a mesma coisa" aparece nesta carta dez vezes, enquanto aparece apenas mais treze vezes em todas as demais epístolas. Usando a palavra phronein, Paulo não tem em vista o "pensamento" teórico do teólogo, mas o pensar prático, subordinado ao querer.

Aqui se trata do "pensamento" que conduziu o Filho de Deus do trono da glória para a vergonha da morte na cruz! Se todos "pensarem" da maneira como Jesus Cristo também pensou, como ele morreu por pecadores, não poderão se separar; hão de apegar-se aos irmãos. Fica claro que a palavra phronein traduzida aqui por "mente" denota não uma capacidade intelectual, mas uma ação e uma atitude moral. Obviamente, "ter uma só mente" não significa que os crentes têm de concordar em tudo; em vez disso, cada crente deve ter a mesma atitude de Cristo (Fp 2.5).

Em segundo lugar, demonstrando unidade nos relacionamentos (Fp 2.2). Os irmãos da igreja de Filipos precisam ter o mesmo amor uns pelos outros, igual ao que Cristo tem por eles. O amor de Cristo o trouxe do céu para a humilde condição da natureza humana, para morrer na cruz em favor dos pecadores. Muito embora os crentes não possam fazer o que Cristo fez, eles podem seguir seu exemplo quando expressam o mesmo amor na maneira de lidar uns com os outros.

Em terceiro lugar, demonstrando unidade espiritual (Fp 2.2). A igreja precisa ser unida de alma. Jesus orou para que todos aqueles que creem possam ser um como ele e o Pai, que são um (Jo 17.22-24). Essa frase significa dois corações batendo como se fosse um. Na igreja de Deus não há espaço para disputas pessoais. A igreja não é um concurso de projeção pessoal nem um campeonato de desempenhos pessoais. A igreja é um corpo onde cada membro coopera com o outro, visando a edificação de todos.

Em quarto lugar, demonstrando unidade de sentimento (Fp 2.2). A igreja precisa ter o mesmo sentimento. A igreja é como um coro que deve cantar no mesmo tom. Os crentes não são competidores, mas cooperadores. Eles não são rivais, mas parceiros. Eles não estão lutando por causas pessoais, mas todos estão buscando a glória de Deus.

Reverendo Hernandes Dias Lopes

2015-08-15

Ordenado a amar

Ordenado a amar

Toda a Lei se resume num só mandamento: "Ame o seu próximo como a si mesmo" (Gálatas 5.14)

As pessoas que pensam que têm uma boa compreensão acerca do mandamento do amor estão muito enganadas. Certamente elas têm esse mandamento escrito em seus corações. Por natureza, elas sabem que devem fazer aos outros o que querem que seja feito a elas (Mt 7.12). Isso não significa que elas verdadeiramente entendem isso, pois, se assim fosse, elas também o mostrariam em suas ações e prefeririam o amor a outras obras. Elas não fariam tanto caso de suas fantasias e superstições, que nada valem. Alguns exemplos de tal comportamento incluem andar por aí com expressão triste e cabisbaixo, ser celibatário, comer somente pão e beber somente água, viver no deserto, vestir-se como maltrapilho e assim por diante. Essas obras são estranhas e supersticiosas, são obras que essas pessoas escolhem para si, as quais Deus não exige nem aceita. Elas consideram essas obras tão gloriosas e santas que lançam uma sombra negra sobre o amor, o qual é o sol que brilha sobre todas as obras. A cegueira da razão humana é tão ilimitada e incompreensível que a razão não pode chegar a um entendimento correto da fé, muito menos pode fazer julgamentos corretos sobre a vida e as obras.

Portanto, devemos resistir fortemente às nossas próprias opiniões. Em questões relacionadas à salvação, nós, por natureza, preferimos fundamentar nossas opiniões em nossos próprios corações do que fundamentá-las na Palavra de Deus. Também devemos nos contrapor fortemente à máscara e à auréola de obras escolhidas por nós mesmos. Em vez disso, devemos aprender a valorizar a nossa vocação e as responsabilidades que a acompanham. Apesar de isso envolver obras que parecem insignificantes e desprezíveis, essas obras, sim, são ordenadas por Deus. Por outro lado, devemos menosprezar as obras que a razão escolhe fazer e que estão fora do mandamento de Deus, não importando quão gloriosas, significativas, maravilhosas ou santas elas possam parecer.

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.

Qualidade é melhor que quantidade


Qualidade é melhor que quantidade

De noite indago o meu íntimo, e o meu espírito perscruta (em meu coração medito e meu espírito pondera diligentemente) (Salmos 77.6)

Deus está mais interessado na qualidade daquilo que você aprende do que na quantidade de ensino ao qual você se expõe. Ele prefere que você leia um versículo e receba revelação disso do que dois livros inteiros da Bíblia e não seja capaz de compreender o que acabou de ler.

Atente para as mensagens que o Senhor está especificamente lhe dando quando ouvir um ensino pela TV, pelo rádio, por áudios de sermões, por uma reunião da igreja ou por meio de um estudo bíblico semanal. Peça a Deus que lhe mostre como aplicar o que você ouve em sua própria vida. Medite na Palavra todo dia e busque formas de usar o que aprendeu. Então, você saberá que está desfrutando um verdadeiro tempo de qualidade com Deus.

2015-08-13

Deus cuida de mim, Ele cuida de você!


Deus cuida de mim, Ele cuida de você!

"Eu, o Senhor, a guardo, e cada momento a regarei; para que ninguém lhe faça dano, de noite e de dia a guardarei". (Isaías 27.3)

Ainda que possa parecer óbvio para algumas pessoas e improvável para outras, devemos nos lembrar que, como Pai, Deus está cuidando de cada um dos Seus filhos. Se você quer lembrar um pouco do histórico do cuidado de Deus, veja como Ele cuidou de Daniel e seus amigos na fornalha de fogo (Daniel 3); como cuidou do Seu povo na travessia pelo deserto (Êxodo 13); de José, quando esse foi desprezado e jogado em um poço pelos próprios irmãos (Gênesis 37); como Deus cuidou de Paulo quando perseguido e aprisionado por causa do Evangelho (2 Coríntios 11).

E umas das histórias mais fortes a respeito desse cuidado podemos observar na vida de Jó. Mesmo permitindo tantas perdas na vida daquele que era um servo justo e reto diante de Deus, vemos que o Senhor estava o tempo todo no controle e, no final, Jó experimentou um cuidado tão especial que estava acima de qualquer expectativa.

Além desses, há muitos outros exemplos de homens e mulheres que receberam o cuidado de Deus nas mais diferentes e adversas circunstâncias. Hoje, não é diferente conosco. Ele ainda cuida de nós quando alguém que amamos se vai, quando uma porta se fecha, quando a enfermidade nos assola, quando não parece mais haver saída e esperança para tantas situações que enfrentamos. Sim, Ele não mudou, é o mesmo, e, quando permite que algo aparentemente ruim nos aconteça, faz isso para que possamos provar do Seu cuidado, amor e nos conduzir a uma completa dependência do Senhor.

Mesmo quando as pessoas olham para nós e pensam que o plano de Deus está arruinado em nossa vida, podemos simplesmente escolher continuar com os olhos fixos em Jesus e prosseguir confiando no Seu cuidado. Ainda que as promessas de Deus não estejam se cumprindo hoje, elas certamente se cumprirão em Glória, e no céu veremos todo cuidado que nosso Pai dispensou em nosso favor dia após dia! "Ensinando-os a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém". (Mateus 28.20)

Lembre-se: Ele cuida de nós e está no controle de tudo, por isso podemos descansar nos braços de amor que o Senhor nos oferece neste dia!

::Denise Tomaz de Souza

Definitivamente descartado

Nenhuma mensagem profética veio da vontade humana. (2Pe 1.21)

Pedro escreve algo que deveria ser óbvio: "Nenhuma mensagem profética veio da vontade humana" ou "Nunca aconteceu por iniciativa humana" ou "Jamais veio por vontade humana". O elemento humano está definitivamente descartado. Isso porque só Deus sabe e tem honestidade e autoridade para fazer isso. Então, como a mensagem profética veio a nós?

Pedro explica que os profetas "eram guiados pelo Espírito Santo quando anunciavam a mensagem que vinha de Deus" (2Pe 1.21b). A profecia não nascia na mente humana, de sua imaginação, de sua fantasia, de sua inteligência, de seu raciocínio, de sua lógica, de seu intrometimento nem de sua boa vontade. Os profetas foram movidos, impelidos, conduzidos, impulsionados ou inspirados sempre pelo Espírito Santo. A Nova Bíblia Viva diz que "foi o Espírito Santo que lhes concedeu mensagens verdadeiras da parte de Deus".

Mais ou menos na mesma época e no mesmo lugar (Roma), Paulo escreve a mesma coisa: "Toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus" (2Tm 3.16). E acrescenta que essa Escritura "é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver". Essas palavras saídas da boca de Deus e registradas por homens conduzidos pelo Espírito servem para que o "servo de Deus esteja completamente preparado e pronto para fazer todo tipo de boas ações" (2Tm 3.17).

Bem antes de se completar o cânon bíblico, o salmista disse: "A tua palavra é lâmpada para guiar os meus passos, é luz que ilumina o meu caminho" (Sl 119.105).

Para mim, a Palavra de Deus é firme como o céu!

>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

Siga os desejos de seu coração


Siga os desejos de seu coração

Ao homem que teme ao Senhor, ele o instruirá no caminho que deve escolher. Na prosperidade repousará a sua alma, e a sua descendência herdará a terra (Salmos 25.12-13)

Para desfrutar sua vida, comece a seguir os desejos da sua carne. Você poderá precisar amadurecer na fé antes de saber a diferença entre sua carne e os desejos do Espírito.

Uma forma de dizer se você está seguindo o desejo de sua carne é que, quando você começar a fazê-lo, perderá sua paz e enfrentará um conflito. Se isso não é de Deus, você se sentirá empurrando um cavalo empacado montanha acima. Se for um desejo do Espírito, funcionará como uma máquina bem calibrada. Fluirá, com o que chamo de "tranquilidade santa". Comece o dia da forma certa e siga seu coração.

2015-08-12

O ferro afia o ferro


O ferro afia o ferro

Como o ferro com o ferro se afia, assim, o homem, (ao caráter do) ao seu amigo [seja mostrando uma atitude irada ou demonstrando um propósito digno]. (Provérbios 27.17)

Se você quiser fazer algo para Deus, não se associe com pessoas que nada fazem. Você pode ter que mudar drasticamente a sua vida se quiser prosseguir rumo ao que Deus o chamou para fazer. Passe tempo com pessoas que sabem como usar seus dias da forma certa.

Assim como o ferro amolda o ferro, pessoas positivas o inspirarão a ser positivo. Pessoas piedosas o inspirarão a usar a sua fé para realizar para o Senhor o que está em seu coração. Passe tempo com pessoas que estão fazendo algo para Deus. Eliseu recebeu porção dobrada da unção de Elias, mas teve de permanecer ao lado dele por um longo tempo para obtê-la (veja 2 Reis 2.1-14)

Descobertas sobre um Deus Amigo


Descobertas sobre um Deus Amigo

Diante do medo, tristeza, incertezas de discípulos confusos, Jesus diz: "O Amigo, o Espírito Santo, irá esclarecer tudo para vocês" (Jo 14.26).

Jesus estava consciente do que vinha pela frente. Despedidas, crucificação, término de uma etapa, que mudaria tudo, cumpriria algo já resolvido desde a eternidade. Mas também sabia que aqueles que andavam com ele estavam perturbados no coração, desorientados ficariam ainda mais. E ele quer cuidar, prepará-los para tempos difíceis. Gostariam que eles tivessem paz, mesmo em tempos de prováveis inquietações. "Não permitam que esta situação os aflija. Vocês confiam em Deus, não confiam? Confiem em mim" e, "não ficam deprimidos nem perturbados", "eu os deixarei com assistência plena" (Jo 14.1, 27).

Ao lermos toda a história registrada no Novo Testamento vemos em boa parte o quanto o Espírito de Deus esclareceu, animou, renovou, conduziu, consolou, desafiou, enviou, enfim, fez-se amigo presente – Deus entre nós.

O Espírito de Cristo nos faz lembrar de que Deus sempre desejou oferecer essa segurança ao ser humano caído, aflito, temeroso, abatido. Sensação de derrota e abandono são frequentes em seres frágeis como somos.

E através do profeta Isaías, assim diz o Senhor Deus: "Não tenham medo, eu os redimi. Eu os chamei pelo nome. Vocês são meus. Quando estiverem atolados até o pescoço em problemas, estarei lá com vocês. Quando estiverem atravessando águas profundas, vocês não se afogarão. Quando estiverem entre a cruz e a espada, não será um beco sem saída — Porque eu sou o Eterno, o seu Deus pessoal, seu Salvador". (Is 43.1-3) E insiste claramente: "não tenham medo: estou com vocês" (Is 43.5).

Jesus evidenciou esse desejo do Pai. Foi a revelação maior desse amor real e profundo que tanto nossa alma almeja. E o Espírito de Deus até hoje procura nos ajudar a vivenciar tão grande amor.

Àqueles que se condenam, àqueles que acham que não tem mais jeito, aos desesperançados e cansados até de si mesmo, àqueles que não sabem por onde ir, aos inseguros e assustados, há palavras seguras: "Diz o Eterno, o Deus que constrói uma estrada através do oceano, que inaugura um caminho através das ondas furiosas; O Deus que fez sair cavalos, carros e exércitos — e eles se deitaram e não conseguiram mais se levantar, foram apagados como um pavio: 'Esqueçam o que aconteceu, não fiquem lembrando velhas histórias. Fiquem atentos. Não se distraiam. Vou fazer uma coisa diferente. E está para acontecer, não estão percebendo? Estou abrindo uma estrada através do deserto, fazendo correr rios em terras devastadas. Os animais selvagens dirão: 'Obrigado!' — os chacais e as corujas — Porque providenciei água no deserto, Rios através da terra ressecada." (Is 43.16-20). A poética nos convida a lindas imagens que alimentam gente esgotada.

Jesus fez um convite válido para hoje: "Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Rios de água viva irão jorrar e brotar do íntimo de quem crer em mim, como dizem as Escrituras" (Jo 7.37-8). E é isso que o Espírito de Deus faz em nós. Abre-nos um caminho no coração, faz-nos enxergar por onde ir, nos tira do atoleiro confuso e angustiante, faz algo novo em nós. Do lado de dentro para fora. E usa o lado de fora para trabalhar coisas do lado de dentro. A terra devastada, o deserto, nada disso tem a última palavra. O Espírito nos lembra que Jesus é a esperança de pernas, a esperança feito gente. E nos convida a crer nele. O Deus presente e cuidadoso não nos abandona, seja qual for a situação. E até o silêncio nos fala em algum momento. Assim, vamos descobrindo como se dá o que Jesus disse: "O Amigo, o Espírito Santo, irá clarear, ensinar, esclarecer mais e melhor para vocês".

Essa vida não é fácil, mas é cheia de esperança. A mais bela aventura

 ::Tais Machado – Ultimato