Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem lhes dará. Deus, o Pai, nele colocou o seu selo de aprovação. João 6.27
Nesta passagem, Cristo compara o que perece com o que permanece para sempre. Se nós fôssemos verdadeiramente interessados nesta diferença, continuaríamos nos apegando ao que é eterno e deixaríamos de abraçar o que é temporário. Cristo está dizendo aqui: "Se fosse para eu dar a você agora mesmo o tipo de coisa que você já tem, tal como o pão que você obtém do padeiro, e se fosse para eu dar-lhe o suficiente dele para satisfazer todo o mundo, quanto isso realmente o ajudaria? Se eu tivesse mais trigo, cevada, aveia, dinheiro e propriedade do que a pessoa mais rica no mundo para lhe dar, qual seria o ganho? Eu teria comida para dar a você, mas esta comida seria perecível e não duraria para sempre".
Não existe um fazendeiro que seria tolo a ponto de dar cem alqueires de grão por um pedaço de papel amassado. Não há um mercador que trocaria cem garrafas de cerveja por um copo de água. Ambos prefeririam vender os seus bens a um preço recompensador.
Cristo, contudo, está dizendo que tudo o que possuímos é perecível e que devemos nos desfazer de tudo de boa vontade para recebermos o alimento eterno. Mas, neste mundo, temos a tendência de sermos mais interessados no que é passageiro do que no que dura para sempre. Nós nos agarramos a um punhado de comida e acabamos deixando o evangelho escapar.
>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.