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2016-04-29

As palavras têm poder

Se vocês crescerem como uma árvore saudável, irão produzir frutos saudáveis. Mas, se a árvore for doente, os frutos serão podres. Os frutos nos revelam a verdade sobre a árvore. A mente de vocês parece um ninho de cobras. Como dar crédito ao que dizem, já que são tão tolos? É o coração, não o dicionário, que dá significado às palavras. A pessoa de bem produz boas obras e boas palavras todo o tempo, mas a pessoa má é como praga no pomar. Permitam-me dizer uma coisa: cada uma dessas palavras impensadas voltará para assombrá-los. A hora da prestação de contas vai chegar. As palavras são poderosas. Levem-nas a sério. Elas podem ser a sua salvação, mas também podem condená-los.Mateus 12.33-38

“Mas eu realmente não quis dizer isso.” A desculpa é bem conhecida, entretanto inaceitável. Toda palavra revela o que já está no coração. Aquilo do que o coração está cheio, seja o que for, bom ou ruim, revela-se nas palavras de nossa boca.

O que suas palavras revelam sobre seu coração?

Prende, ó Deus, minha vida profundamente em tua obra redentora de modo que as palavras que, inesperada e acidentalmente, saem de minha boca sejam palavras de louvor e exclamações de confiança. Amém.

>> Retirado de Um Ano com Jesus[Eugene H. Peterson]. Editora Ultimato.

2016-04-28

Cuidado para não julgar as pessoas

Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês. — Mateus 7.1-2

Perdão dos pecados e tolerância às outras pessoas são indispensáveis à vida cristã. Nós devemos suportar uns aos outros e nos perdoar mutuamente. Como Paulo ensinou, "Nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos" (Rm 15.1). Foi isso que Cristo quis comunicar quando disse: "Não julguem". Alguns cristãos possuem dons maiores e melhores do que outros. Isso é necessário, principalmente para os pregadores. Ninguém deve agir com superioridade nem pensar em si próprio como melhor do que aqueles que não têm tais dons. Entre os cristãos, ninguém deve tentar dominar os outros. Externamente, existem diferenças entre as pessoas. Um príncipe, por exemplo, tem uma posição mais elevada do que um fazendeiro. Um pregador tem mais educação do que um trabalhador comum. Mas, em seus corações, os cristãos devem ter uma só mente apesar das suas diferentes posições na sociedade. Eles devem desconsiderar as diferenças externas.

Como cristão, você deve aceitar os outros, fazendo concessões ao seu próximo, mesmo se este ocupar uma posição inferior na sociedade e tiver menos coisas do que você. Você deve respeitar o trabalho de um servo que cuida dos cavalos tanto quanto respeita o seu próprio trabalho, seja governando, seja pregando. O seu trabalho pode até parecer ter um impacto maior do que o do seu próximo, mas você não deve julgá-lo pelas aparências. Lembre-se sempre que o seu próximo tem a mesma fé e o mesmo Cristo que você. O seu próximo recebe tanta graça de Deus quanto você. Há um Deus que criou a todos e concede a cada um de nós os nossos próprios dons. Deus se agrada tanto do menor quanto do maior.

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.

2016-04-26

O emprego certo

Nos dias de hoje, acabamos por inverter todo o quadro. Começamos pela doutrina de que toda individualidade possui um "valor infinito", e depois passamos a imaginar Deus como uma espécie de empresa empregadora cuja obrigação é encontrar carreiras apropriadas para cada alma, buracos quadrados para estacas quadradas. Na verdade, o valor do indivíduo não está nele mesmo. Ele é capaz de receber valor, e o recebe por meio da sua união com Cristo. Não existe essa ideia de encontrar para ele um lugar apropriado no templo vivo, que faça justiça ao seu valor inerente e dê escopo às suas peculiaridades. Esse lugar estava lá antes de tudo. A propósito, o homem foi criado para ele. Ele jamais será ele mesmo enquanto não estiver lá, pois só poderemos ser autênticos, eternos e realmente divinos no céu — da mesma forma que podemos ser corpos coloridos somente na luz.

Dizer isso é repetir o que todos já admitiram alguma vez na vida: que somos salvos pela graça, que não há nada de bom na nossa carne, que somos todos criaturas e não criadores, que não vivemos por nós mesmos, mas por Cristo.

>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato

2016-04-25

Deus, a esperança da nação

"Porque o Senhor é o nosso juiz, o Senhor é o nosso legislador, o Senhor é o nosso Rei; ele nos salvará" (Is 33.22).

O Brasil atravessa uma crise aguda, agônica, endêmica e sistêmica. A crise é moral, política, econômica, social e religiosa. A capilaridade da crise se espraia e cresce como tumores metastáticos, deixando a nação anêmica. Essa crise enfiou seus tentáculos nos poderes constituídos, deixando-os apequenados aos olhos da nação. Os poderes judiciário, legislativo e executivo foram severamente atingidos, deixando o povo brasileiro desassistido de esperança.

O texto em epígrafe, acende uma réstia de luz em nosso caminho, revelando-nos que nossa esperança não está nos homens, mas em Deus. Nosso socorro não vem da terra, mas do céu. Nossa salvação não está nos poderes constituídos da República, mas no Senhor Deus, nosso juiz, legislador e rei. Deus concentra em suas mãos esse tríplice poder. Seu trono jamais se enverga sob a pressão dos criminosos para se livrarem de seus delitos. Suas leis jamais se rendem aos interesses inconfessos e escusos dos perversos para protegê-los. Seu governo jamais se fragiliza diante dos rumores da história ou dos estertores das ruas. O trono de Deus está, imperturbavelmente, estabelecido. Deus reina soberano e absoluto em todo o universo. Ele levanta reinos e abate reinos. Levanta reis e depõe reis. Ele faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade. Aquele que está assentado na sala de comando do universo tem as rédeas da história em suas onipotentes mãos.

Os juízes da terra podem falhar, e falham. Os legisladores podem se corromper, e se corrompem. Os governantes podem perder a governabilidade, e perdem. Mas, o trono de Deus jamais será abalado. Suas leis jamais caducam e sua justiça jamais é torcida. Seu poder jamais se enfraquece. Seu juízo jamais se corrompe. Deus é o nosso juiz, legislador e rei. Nele está a nossa esperança. Dele vem a nossa salvação.

Deus é a base e o construtor do poder judiciário. Seu trono de justiça é o modelo para todos aqueles que julgam. Os tribunais da terra, não raro, por desprezarem esse paradigma, manipulam as leis, torcem a justiça, condenam o inocente e inocentam o culpado. Deus é, também, o alicerce e o edificador do poder legislativo. Ele é o legislador supremo. Suas leis são justas e verdadeiras. Observá-las é viver sob o manto da bem-aventurança; porém, transgredi-las é expor-se ao opróbrio e à vergonha. Deus é, ainda, o fundamento e o arquiteto do poder executivo. O Senhor é o nosso rei. Seu trono é eterno. Seu governo jamais terá fim. Mesmo nos tempos mais turbulentos da história, nas crises mais avassaladoras que atingiram os homens, Deus jamais perdeu o controle. A história não está à deriva; caminha para uma consumação gloriosa, onde a vitória retumbante será do Senhor e do seu Cristo.

O texto em tela, não apenas acentua a verdade incontroversa de que Deus é o nosso juiz, legislador e rei, mas nos garante, também, de forma insofismável, que ele nos salvará. Aqui colhemos decepções e mais decepções com os homens. Aqui, aqueles que vestem a toga da justiça, muitas vezes, maculam-na com a nódoa da corrupção. Aqui, aqueles que legislam, muitas vezes, vendem sua consciência, para fazerem leis injustas, para favorecer os inescrupulosos, empanturrados de ganância. Aqui, aqueles que governam, muitas vezes, aparelham o Estado, para esconder seus crimes e oprimir o povo a quem deveriam servir com abnegação e respeito. Ah, os homens nos decepcionam! Mas, Deus, nosso juiz, legislador e rei nos salvará. Ele é a nossa esperança. Dele vem o nosso socorro!

2016-04-22

Graça e paz!


Que vocês tenham, mais e mais, a graça e a paz de Deus! (1Pe 1.2b)

Mais e mais dinheiro, mais e mais fama, mais e mais poder – nada disso combina com o espírito do evangelho. Mais e mais consagração, mais e mais humildade, mais e mais amor a Deus, ao próximo e ao inimigo – estas coisas, sim, dizem respeito à prática cristã. No primeiro caso, corre-se atrás de ter; no segundo, corre-se atrás de ser. Por causa da cultura de pecado, é muito mais comum o "mais e mais dinheiro" do que o "mais e mais dedicação a Deus". Superar esse hábito deveria ser o alvo de todos os crentes.

O desejo de crescer na fé, no temor do Senhor, na santidade, no amor, na disponibilidade é virtude e não pecado. Veja-se, por exemplo, a oração do autor do Salmo 71 – embora se declare idoso (v. 9), humildemente ele abre o coração diante de Deus: "Eu sempre porei a minha esperança em ti e te louvarei mais e mais" (v. 14). A declaração de Jesus "eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância" ou "com plenitude" (Jo 10.10) nos ensina que essa ambição não é frívola, mas santa.

O que Pedro deseja aos seus leitores logo no início é: "Que vocês tenham,mais e mais, a graça e paz em abundância!" ou "graça e paz multiplicadas". Não é apenas Pedro que deseja essas duas preciosidades aos seus leitores. Paulo faz o mesmo nas suas cartas, bem como os outros escritores do Novo Testamento. É provável que eles tenham aprendido essa saudação, que é ao mesmo tempo uma bênção, com o próprio Jesus Cristo. Tanto na reunião da quarta-feira da

Paixão (Jo 14.27) como na reunião do domingo da ressurreição, Jesus disse aos discípulos: "Que a paz seja com vocês" (Jo 20.21).

Graça e paz! Duas bênçãos extraordinárias! E a ordem das palavras está correta – sem a graça, não poderia haver paz. Esta é consequência daquela. Paulo explica que Deus "trouxe a paz por meio da morte de seu Filho na cruz" (Cl 1.20). E a morte vicária de Jesus é a mais pura graça: "pela graça de Deus vocês são salvos" (Ef 2.5).

Graça e paz ontem, graça e paz hoje, graça e paz amanhã!

>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

2016-04-21

Deus, a esperança da nação


Deus, a esperança da nação
// LPC Comunicações

"Porque o Senhor é o nosso juiz, o Senhor é o nosso legislador, o Senhor é o nosso Rei; ele nos salvará" (Is 33.22).

O Brasil atravessa uma crise aguda, agônica, endêmica e sistêmica. A crise é moral, política, econômica, social e religiosa. A capilaridade da crise se espraia e cresce como tumores metastáticos, deixando a nação anêmica. Essa crise enfiou seus tentáculos nos poderes constituídos, deixando-os apequenados aos olhos da nação. Os poderes Judiciário, Legislativo e Executivo foram severamente atingidos, deixando o povo brasileiro desassistido de esperança.

O texto acima, acende uma réstia de luz em nosso caminho, revelando-nos que nossa esperança não está nos homens, mas em Deus. Nosso socorro não vem da terra, mas do céu. Nossa salvação não está nos poderes constituídos da República, mas no Senhor Deus, nosso juiz, legislador e rei. Deus concentra em suas mãos esse tríplice poder. Seu trono jamais se enverga sob a pressão dos criminosos para se livrarem de seus delitos. Suas leis jamais se rendem aos interesses inconfessos e escusos dos perversos para protegê-los. Seu governo jamais se fragiliza diante dos rumores da história ou dos estertores das ruas.

O trono de Deus está, imperturbavelmente, estabelecido. Deus reina soberano e absoluto em todo o universo. Ele levanta reinos e abate reinos. Levanta reis e depõe reis. Ele faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade. Aquele que está assentado na sala de comando do universo tem as rédeas da história em suas onipotentes mãos.

Os juízes da terra podem falhar, e falham. Os legisladores podem se corromper, e se corrompem. Os governantes podem perder a governabilidade, e perdem. Mas, o trono de Deus jamais será abalado. Suas leis jamais caducam e sua justiça jamais é torcida. Seu poder jamais se enfraquece. Seu juízo jamais se corrompe. Deus é o nosso juiz, legislador e rei. Nele está a nossa esperança. Dele vem a nossa salvação.

Deus é a base e o construtor do poder judiciário. Seu trono de justiça é o modelo para todos aqueles que julgam. Os tribunais da terra, não raro, por desprezarem esse paradigma, manipulam as leis, torcem a justiça, condenam o inocente e inocentam o culpado. Deus é, também, o alicerce e o edificador do poder legislativo. Ele é o legislador supremo. Suas leis são justas e verdadeiras. Observá-las é viver sob o manto da bem-aventurança; porém, transgredi-las é expor-se ao opróbrio e à vergonha.

Deus é, ainda, o fundamento e o arquiteto do poder executivo. O Senhor é o nosso rei. Seu trono é eterno. Seu governo jamais terá fim. Mesmo nos tempos mais turbulentos da história, nas crises mais avassaladoras que atingiram os homens, Deus jamais perdeu o controle. A história não está à deriva; caminha para uma consumação gloriosa, onde a vitória retumbante será do Senhor e do seu Cristo.

O texto acima, não apenas acentua a verdade incontroversa de que Deus é o nosso juiz, legislador e rei, mas nos garante, também, de forma insofismável, que ele nos salvará. Aqui colhemos decepções e mais decepções com os homens. Aqui, aqueles que vestem a toga da justiça, muitas vezes, maculam-na com a nódoa da corrupção. Aqui, aqueles que legislam, muitas vezes, vendem sua consciência, para fazerem leis injustas, para favorecer os inescrupulosos, empanturrados de ganância. Aqui, aqueles que governam, muitas vezes, aparelham o Estado, para esconder seus crimes e oprimir o povo a quem deveriam servir com abnegação e respeito. Ah, os homens nos decepcionam! Mas, Deus, nosso juiz, legislador e rei, nos salvará. Ele é a nossa esperança. Dele vem o nosso socorro!

Reverendo Hernandes Dias Lopes

2016-04-18

Sinais da fé


Uma vez que vocês chamam Pai aquele que julga imparcialmente as obras de cada um, portem-se com temor durante a jornada terrena de vocês . — 1 Pedro 1.17

Nós ensinamos que Deus nos salva somente pela fé, independentemente das nossas obras. Por que, então, Pedro diz que Deus julga as obras de cada pessoa? Eis a razão: O que temos ensinado – que somente a fé nos justifica diante de Deus – é uma verdade inquestionável, pois está tão clara nas Escrituras que ninguém pode negar. O que o apóstolo diz aqui – que Deus julga de acordo com as obras – também é verdade. Devemos sempre nos lembrar de que, onde não há fé, não pode haver boas obras e, por sua vez, onde não há boas obras, não há fé. Portanto, devemos manter a fé e as boas obras conectadas. Toda a vida cristã é incorporada por ambas. A maneira como vivemos é importante, pois Deus nos julgará de acordo com ela. Mesmo que Deus nos julgue de acordo com as nossas obras, ainda é verdade que elas são apenas os frutos da fé. É assim que verificamos se temos fé ou não. Logo, Deus nos julgará com base no fato de termos acreditado ou não. Da mesma maneira, a única forma de julgar os mentirosos é por meio de suas palavras. Porém, continua sendo óbvio que eles não se tornam mentirosos por meio das suas palavras, mas que eles já eram mentirosos antes de contarem uma única mentira. Pois a mentira chega à boca vinda do coração.

As obras são os frutos e os sinais da fé. Deus julga as pessoas de acordo com esses frutos, os quais brotam da fé de maneira que revelam publicamente se temos fé em nossos corações ou não. Deus não nos julgará ao nos perguntar se somos chamados de cristãos ou se fomos batizados. Ele perguntará a cada um de nós: "Se você é um cristão, então me diga: onde estão os frutos que demonstram a sua fé?".

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.

2016-04-15

A comunhão é necessária para a evangelização


A comunhão é necessária para a evangelização
// LPC Comunicações

A comunhão e a evangelização estão intimamente conectadas. A evangelização sem a comunhão é como uma sala de obstetrícia, onde os bebês recém-nascidos são abandonados à própria sorte. A comunhão precede a evangelização. Somente uma igreja saudável evangeliza com eficácia. O livro de Atos dos apóstolos faz referência à comunhão dos crentes antes do Pentecostes, como estavam juntos e unânimes em oração (At 1.14). Também fala do profundo relacionamento de comunhão desfrutado pelos novos convertidos, logo que foram agregados à igreja (At 2.42-47). A igreja primitiva cresceu para cima, para dentro e para fora. Cresceu para cima em adoração, para dentro em comunhão e para fora em evangelização.

O Salmo 133 aborda três verdades importantes sobre o assunto. Ei-las.

Em primeiro lugar, a comunhão é agradável. O salmista diz: "Oh quão bom e agradável é viverem unidos os irmãos" (Sl 133.1). A comunhão é algo belo e agradável aos olhos de Deus. A comunhão fortalece os relacionamentos fraternais e abre portas para novos contatos evangelísticos. A amizade é um poderoso instrumento evangelístico. Um indivíduo normalmente só permanece numa igreja onde constrói relacionamentos significativos de amizade. Sem comunhão, a evangelização perde seu vigor. Jesus foi enfático na Grande Comissão ao afirmar que os novos convertidos precisam ser integrados na igreja e essa integração passa pela comunhão (Mt 28.18-20).

Em segundo lugar, a comunhão é terapêutica. O salmista comparou a comunhão fraternal ao óleo (Sl 133.2) e ao orvalho (Sl 133.3). O óleo tem um simbolismo muito rico tanto no Antigo como no Novo Testamento. Sua utilidade era tríplice: era usado como cosmético, como remédio, e como um símbolo espiritual. A comunhão fraternal traz beleza aos relacionamentos, alívio na dor, além de ser símbolo da cura espiritual. A comunhão é a expressão visível da ação do Espírito derramando o amor de Deus no coração dos crentes.

O orvalho é outra figura importante usada pelo salmista. O orvalho tem várias características: ele cai frequentemente. Sua ação é contínua. Assim deve ser a união fraternal. Ainda, o orvalho cai silenciosamente. Diferente da chuva, ele não é precedido pelos relâmpagos luzidios nem pelo estrondo dos trovões. Ele cai sem alarde. Assim é a comunhão fraternal. Ela age de forma terapêutica sem fazer barulho. Também, o orvalho cai durante a noite, ou seja, nas horas mais escuras da vida. É quando atravessamos os vales escuros da dor que a ação benfazeja da amizade desce sobre nossa vida como o orvalho restaurador. O orvalho sempre traz renovo e refrigério depois de um dia de calor escaldante.

A comunhão fraternal tem o poder de refrigerar a alma e renovar o ânimo depois das duras provas e do calor sufocante que normalmente nos atinge nas jornadas da vida. O orvalho, finalmente, se espalha para horizontes longínquos. O orvalho que desce do Monte Hermon atinge também o Monte Sião. O Hermon fica no extremo norte de Israel e o Monte Sião está situado na cidade de Jerusalém, há mais de duzentos quilômetros ao sul. Assim é o poder da amizade. Ela cai sobre uma pessoa aqui e abençoa outras pessoas em lugares longínquos.

Em terceiro lugar, a comunhão é abençoadora. O salmista diz: "Ali ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre" (Sl 133.3). Não há evangelização poderosa sem a bênção de Deus. Evangelização eficaz é uma operação soberana do Espírito Santo abrindo o coração do homem, dando-lhe o arrependimento para a vida e a fé salvadora. Quando a igreja vive em comunhão, ali Deus ordena vida. A evangelização é o instrumento mediante o qual as pessoas que ouvem o evangelho nascem de novo e recebem vida em Cristo.

Deus mesmo é quem ordena a vida onde a comunhão existe. Só Deus pode abrir o coração, dar o arrependimento para a vida e outorgar a fé salvadora. Só Deus justifica o pecador e o sela com o Espírito Santo da promessa. É Deus quem opera no homem tanto o querer como o realizar. Tudo provém de Deus! E é ele mesmo quem estabelece as condições para uma evangelização poderosa e eficaz: é preciso preparar o terreno. É preciso cultivar relacionamentos de comunhão fraternal, pois é nesse ambiente regado pelo amor que Deus ordena sua bênção e a vida para sempre.

Reverendo Hernandes Dias Lopes

2016-04-14

Não se deixem abater

Mantenham-se alerta. Eu os estou incumbindo de um trabalho perigoso. Vocês serão como ovelhas correndo no meio de um bando de lobos, portanto não chamem atenção para vocês. Sejam espertos como a serpente, mas inofensivos como as pombas. Não sejam ingênuos. Alguns irão contestar as motivações de vocês; outros tentarão manchar sua reputação – só porque vocês creem em mim. Não fiquem deprimidos se forem levados perante as autoridades civis. Sem saber, eles fazem a vocês – e a mim – um grande favor, dando-lhes um palanque para pregar as novas do Reino! E não se preocupem com o discurso. As palavras certas serão ditas. O Espírito do Pai de vocês irá providenciá-las. Quando o povo perceber que é o Deus vivo que vocês apresentam, não algum ídolo que os faça sentir-se bem, eles irão se voltar contra vocês, até mesmo membros da família. Aqui está uma grande ironia: proclamar tanto amor e experimentar tanto ódio. Mas não desistam. Não se deixem abater. No final, valerá a pena. Vocês não estão perseguindo o sucesso, mas apenas tentando sobreviver. Sejam sobreviventes! Antes que se esgotem as opções, o Filho do Homem estará de volta. Mateus 10.16-23

Vivemos, espiritual e moralmente, em um mundo hostil. Precisamos ser realistas neste sentido. O que não devemos fazer é tirar conclusões apocalípticas dessa experiência. Discussões familiares, discórdia social, mal-estar na igreja não são o fim. Cristo é o fim.

Que situação hostil você está enfrentando?

Em cada obstáculo que eu encontrar hoje, Cristo Salvador, buscarei tua ajuda, esperarei tua vinda. Mostra-me como viver em tempos difíceis com o coração leve. Amém.

>> Retirado de Um Ano com Jesus [Eugene H. Peterson]. Editora Ultimato.

2016-04-13

O valor do trabalho diário

Quando Jacó viu Raquel, filha de Labão, irmão de sua mãe, e as o velhas de Labão, aproximou-se, removeu a pedra da boca do poço e deu de beber às ovelhas de seu tio Labão. — Gênesis 29.10

Como líder do povo de Deus e luz para o mundo, Jacó foi uma pessoa extremamente importante. Ele tinha a bênção e a promessa de Deus e até mesmo tinha ouvido o Senhor falar com ele. É notável que ele viveu como se não tivesse coisa alguma. Ele viveu como uma pessoa comum e fez seu trabalho diário, ações para as quais Deus não dá instrução específica alguma em sua Palavra. Deus não disse a Jacó como ele o ajudaria ou o dirigiria, como as coisas terminariam nem se haveria boa colheita em determinado ano.

De modo semelhante, nós nunca devemos dizer: "Eu não sei o que acontecerá, então nada farei". Deus nos diz para fazer o melhor que pudermos e deixar o restante para ele. Ele não prometeu que tudo que fizéssemos teria sucesso. Não precisamos saber o que acontecerá nem como as coisas terminarão. Devemos simplesmente realizar o trabalho atribuído a nós da melhor maneira possível.

Na Bíblia, ouvimos sobre os atos impressionantes e heroicos dos nossos ancestrais na fé. Juntamente com eles, também ouvimos sobre o trabalho humilde, desagradável e repugnante que tiveram de fazer. Isso deve nos confortar todas as vezes que nosso trabalho diário tentar nos desanimar. Então, não nos sentiremos deprimidos nem cairemos em desespero, pensando que Deus nos desprezará. Pelo contrário, devemos entender que todo trabalho é santificado por meio da Palavra de Deus e da nossa fé. Mas o mundo não vê o trabalho dessa maneira. As pessoas pensam que ler histórias envolvendo personagens bíblicos fazendo tarefas comuns e cotidianas é uma perda de tempo. Somente os cristãos são capazes de ver e compreender que Deus está trabalhando nessas atividades comuns. Esse trabalho é precioso, não apenas aos nossos olhos, mas também aos olhos de Deus.

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.

2016-04-12

O verdadeiro e o falso evangelho

"Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema" (Gl 1.6-8).

O evangelho é a maior e melhor notícia que o homem pode ouvir. Essa mensagem não emana da terra, vem do céu. Não procede do homem, mas de Deus. Suas origens recuam à eternidade. Suas consequências desdobram-se para dentro da eternidade. O apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, fala acerca desse verdadeiro evangelho ao mesmo tempo que denuncia o falso evangelho.

Em sua carta aos Gálatas, o grito altissonante da liberdade cristã, o apóstolo dos gentios trata desse magno assunto. Essa missiva foi a primeira epístola escrita pelo apóstolo Paulo. Escreveu-a para combater a influência perigosa dos judaizantes que atacavam a fé cristã e perturbavam a igreja. Os judaizantes tentaram levar os gentios convertidos de volta para o Judaísmo. Diziam para eles que se não se circuncidassem e se não guardassem os preceitos da lei de Moisés jamais poderiam ser salvos (At 15.1,5). Diziam que só a fé em Jesus não era suficiente para a salvação. Acrescentavam à fé em Cristo, as obras da lei. Os judaizantes pregavam uma espécie de sinergismo, a cooperação do homem com Deus para sua salvação. Porém, o que ensinavam pervertia completamente a essência do evangelho. O ensino insofismável das Escrituras é que somos salvos pela graça, mediante a fé, e isso não vem de nós; é dom de Deus. Os crentes gentios, mormente os da província da Galácia, influenciados por esses falsos mestres, estavam passando depressa para outro evangelho, um evangelho diferente, falso, humanista, um outro evangelho. Não era um outro evangelho da mesma substância, mas um outro evangelho completamente oposto ao verdadeiro evangelho. Não podemos acrescentar nada à obra completa de Cristo. Não somos salvos pelas obras da lei nem podemos cooperar com Deus em nossa salvação. A salvação vem de Deus. Ele a planejou na eternidade, executa-a no tempo e a consumará na segunda vinda de Cristo.

O evangelho é a boa nova de Deus acerca dessa salvação. O evangelho trata da encarnação, vida, obra, morte e ressurreição de Cristo. Somos salvos não por aquilo que fazemos para Deus, mas por aquilo que Deus fez por nós em Cristo Jesus. Somos salvos não pelo caminho que abrimos da terra ao céu, mas pelo novo e vivo caminho que foi aberto para nós do céu à terra. Essa é a mensagem do verdadeiro evangelho. Qualquer outro evangelho, que nos venha por uma suposta revelação angelical ou mesmo por uma suposta pregação apostólica, que divirja do já revelado evangelho, o evangelho da graça, deve ser rechaçado peremptoriamente. O verdadeiro evangelho não aceita novas revelações. O cânon das Escrituras não está aberto para novos acréscimos. A Bíblia tem uma capa ulterior. Não temos que buscar novas revelações forâneas às Escrituras; precisamos nos voltar sempre para o antigo evangelho, o evangelho da graça. Nossa fé não está construída sobre essas inovações engendradas no enganoso coração do homem, mas está firmada na eterna, infalível, inerrante e suficiente palavra de Deus. Apeguemo-nos ao verdadeiro evangelho e rejeitemos o falso evangelho!

2016-04-09

Anime-se, filho!

De volta ao barco, o Mestre e seus discípulos atravessaram o mar e regressaram à cidade de Jesus. Mal saíram do barco, alguns homens que carregavam um paralítico numa maca se aproximaram e o puseram diante deles. Impressionado com tanta fé, Jesus disse ao paralítico: "Anime-se, filho. Eu perdoo seus pecados". Mas alguns líderes religiosos cochicharam entre si: "Que blasfêmia!". Conhecendo o pensamento deles, Jesus lhes perguntou: "Por que o cochicho? O que acham que é mais fácil: dizer 'Eu perdoo seus pecados' ou 'Levante-se e ande!'? Pois bem, para que fique claro que sou o Filho do Homem e estou autorizado a fazer uma coisa e outra" – voltou-se para o paralítico e ordenou: – "Levante-se! Pegue sua maca e vá para casa!". E o homem assim o fez. A multidão ficou ao mesmo tempo atemorizada, maravilhada e satisfeita por constatar que Deus havia autorizado Jesus a realizar tal milagre no meio deles.Mateus 9.1-8

Todos , tanto o homem como seus amigos, pensavam que a necessidade básica dele era física. Como eles ficaram surpresos quando viram Jesus tratar da necessidade espiritual que não pode ser vista! Jesus, no final, chega ao físico, mas começa com o coração.

Em sua opinião, qual é sua necessidade mais urgente?

Deus, desejo muitas coisas nobres que são secundárias e periféricas e oro por elas. Falta teologia à minha lista de petições – não consigo ver minha vida relacionada, principalmente, a ti. Trata de minhas necessidades como tu as vês. Chega ao meu íntimo e me livra. Amém.

>> Retirado de Um Ano com Jesus [Eugene H. Peterson]. Editora Ultimato.

2016-04-08

O verdadeiro e o falso evangelho


O verdadeiro e o falso evangelho
// LPC Comunicações

"Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema" (Gl 1.6-8).

O evangelho é a maior e melhor notícia que o homem pode ouvir. Essa mensagem não emana da terra, vem do céu. Não procede do homem, mas de Deus. Suas origens recuam à eternidade. Suas consequências desdobram-se para dentro da eternidade. O apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, fala acerca desse verdadeiro evangelho ao mesmo tempo que denuncia o falso evangelho.

Em sua carta aos Gálatas, o grito altissonante da liberdade cristã, o apóstolo dos gentios trata desse magno assunto. Essa missiva foi a primeira epístola escrita por ele. Escreveu-a para combater a influência perigosa dos judaizantes que atacavam a fé cristã e perturbavam a igreja. Os judaizantes tentaram levar os gentios convertidos de volta para o judaísmo. Diziam para eles que se não se circuncidassem e se não guardassem os preceitos da lei de Moisés jamais poderiam ser salvos (At 15.1,5).

Diziam que só a fé em Jesus não era suficiente para a salvação. Acrescentavam à fé em Cristo, as obras da lei. Os judaizantes pregavam uma espécie de sinergismo, a cooperação do homem com Deus para sua salvação. Porém, o que ensinavam pervertia completamente a essência do evangelho. O ensino insofismável das Escrituras é que somos salvos pela graça, mediante a fé, e isso não vem de nós; é dom de Deus. Os crentes gentios, mormente os da província da Galácia, influenciados por esses falsos mestres, estavam passando depressa para outro evangelho, um evangelho diferente, falso, humanista, outro evangelho.

Não era outro evangelho da mesma substância, mas outro evangelho completamente oposto ao verdadeiro evangelho. Não podemos acrescentar nada à obra completa de Cristo. Não somos salvos pelas obras da lei nem podemos cooperar com Deus em nossa salvação. A salvação vem de Deus. Ele a planejou na eternidade, executa-a no tempo e a consumará na segunda vinda de Cristo.

O evangelho é a boa nova de Deus acerca dessa salvação. O evangelho trata da encarnação, vida, obra, morte e ressurreição de Cristo. Somos salvos não por aquilo que fazemos para Deus, mas por aquilo que Deus fez por nós em Cristo Jesus. Somos salvos não pelo caminho que abrimos da terra ao céu, mas pelo novo e vivo caminho que foi aberto para nós do céu à terra. Essa é a mensagem do verdadeiro evangelho. Qualquer outro evangelho, que nos venha por uma suposta revelação angelical ou mesmo por uma suposta pregação apostólica, que divirja do já revelado evangelho, o evangelho da graça, deve ser rechaçado peremptoriamente.

O verdadeiro evangelho não aceita novas revelações. O cânon das Escrituras não está aberto para novos acréscimos. A Bíblia tem uma capa ulterior. Não temos que buscar novas revelações forâneas às Escrituras; precisamos nos voltar sempre para o antigo evangelho, o evangelho da graça. Nossa fé não está construída sobre essas inovações engendradas no enganoso coração do homem, mas está firmada na eterna, infalível, inerrante e suficiente palavra de Deus. Apeguemo-nos ao verdadeiro evangelho e rejeitemos o falso evangelho!

Reverendo Hernandes Dias Lopes

2016-04-07

O sol que torna a brilhar

Vocês têm ouvido a respeito da paciência de Jó e sabem como no final Deus o abençoou. (Tg 5.11a)

A palavra paciência em relação a Jó aparece duas vezes nas Escrituras. Enquanto Tiago chama a atenção dos leitores para a paciência de Jó, Eliú, o mais jovem dos consoladores, diz a ele: "Jó, tenha um pouco mais de paciência, pois ainda vou lhe mostrar que tenho outras coisas a dizer a favor de Deus" (Jó 36.2). É algo curioso: ele está pedindo ao homem mais paciente da História que seja paciente!

A não ser Ezequiel e Tiago, ninguém mais cita o nome de Jó em toda a Bíblia, fora do livro que leva o seu nome. O escritor da Carta aos Hebreus não o inclui na relação dos heróis da fé. Jesus também não o menciona. Tiago faz justiça a Jó. Se Abraão é exemplo de fé, Jó é exemplo de paciência.

Tiago deveria ter em mente aquela incrível declaração de fé do homem da terra de Uz: "Eu sei que o meu defensor vive; no fim, ele virá me defender aqui na terra" (Jó 19.25). Não é fácil esperar pelo fim do sofrimento, mas ele virá a seu tempo: o dia ensolarado depois da tempestade, a alegria depois da tristeza, a abundância depois da penúria, o ânimo depois do desânimo, a cura depois da enfermidade, a revelação depois da obscuridade, a ressurreição depois da morte, a glória depois da vergonha. "Não é possível ver o sol quando está escondido pelas nuvens", Eliú vem em auxílio a Jó, "mas ele brilha de novo, depois que o vento passa e limpa o céu" (Jó 37.21). O patriarca, que perdeu todos os bens, todos os filhos, todo o prestígio e toda a saúde, ouviu o seu amigo mais ajuizado dizer-lhe: "Jó, pare um instante e escute; pense nas coisas maravilhosas que Deus fez" (Jó 37.14). Centenas de anos depois, Tiago lembra a virada que Deus proporcionou a Jó: "Vocês sabem como no final Deus o abençoou".

Deus parece esconder-se por algum tempo, mas depois ele aparece como o sol depois da chuva!

>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

Cristão ou cretino?


Cristão ou cretino?
// LPC Comunicações

Um título forte e uma abordagem oportuna. Tenho ouvido sobre comportamento de pessoas que se dizem cristãs e que em nada lembram um cristão verdadeiro. Muitas são confrontadas dizendo-se evangélicas e chegam a mencionar a Bíblia em suas conversas, porém, as suas vidas dão testemunho contrário daquilo que professam ser.

Cristãos que falam palavrões, que não demonstram nenhuma preocupação com os outros e que se revelam pessoas profundamente egoístas, são apenas alguns traços que aparecem na primeira fotografia. No entanto, há muito mais: ouvi sobre alguns que ocupam um posto de chefia na empresa onde trabalham, mas que perseguem os colegas. Há ainda aqueles que não pagam as suas dívidas e estão sempre procurando levar vantagem à custa de outrem. Há também aqueles que usam as suas línguas para marcar e ferir as pessoas, ou seja, marcam e derrubam vidas com a peçonha dos seus lábios.

Será que poderíamos considerar alguém assim como uma pessoa verdadeiramente cristã? Será que nasceram de novo? Será que experimentaram o poder transformador do evangelho? Ouça as palavras do Senhor em Mateus 5.13,14: "Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte".

Fico impressionado com esse texto, pois ele afirma sermos sal da terra e luz do mundo. Interessante! O uso do sal como tempero, provoca sede em nós. Se aplicarmos esse princípio, poderíamos perguntar: "Você tem provocado sede em outras pessoas com a sua vida e testemunho?" Você é uma luz que ilumina este mundo de trevas?

Como é triste ouvir de pessoas com mal testemunho. Essas pessoas estão fazendo uma propaganda enganosa do evangelho. Esses ditos cristãos deveriam atentar para outra palavra de Jesus registrada por Lucas, no capítulo 17, versículo 1: "Disse Jesus a seus discípulos: É inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual eles vêm!"

Esse é o ponto! Neste mundo, quase que automaticamente, haverá sempre um convite ao pecado, todavia o viver corretamente é de responsabilidade do verdadeiro cristão. No texto de Lucas, Jesus censura aqueles que, pelo seu modo de vida, fazem os outros tropeçar e cair. Observe a expressão "ai" dentro do contexto. Ela revela juízo de Deus sobre tal pessoa.

Desta forma, aqueles que se dizem cristãos, mas agem como ímpios, enganam a si mesmos e demonstram que nunca tiveram um encontro real com Cristo. Como é a sua vida cristã em relação àqueles que te cercam? Que o Espírito de Deus ministre ao teu coração,

Natanael Gonçalves
Pastor da Igreja Batista das Nações – Bournemouth – Inglaterra

2016-04-06

Em direção ao contentamento

EM DIREÇÃO AO CONTENTAMENTO

Se queremos ser seguidores genuínos de Cristo, devemos transferir o domínio de nossas posses ao Senhor. "Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo" (Lucas 14.3). Para aprender a viver contente, você precisa reconhecer que Deus é o dono de todas as suas posses. Se você crê que você é dono até mesmo de uma única coisa, as circunstâncias que afetam tal posse serão refletidas em sua atitude. Se algo favorável acontecer com aquela posse, você ficará feliz; mas, se a situação for adversa, você se sentirá contrariado.

Após passar pelo exercício de transferir a Deus o domínio de tudo que você possui, precisa mudar a perspectiva quanto às coisas, por exemplo: se seu carro novinho foi batido, não deverá ser motivo de raiva, afinal, o carro não é seu, é do Senhor e Ele não perde o controle de nada. De fato, não e fácil manter uma perspectiva como essa de forma consistente. É muito mais fácil pensar que nossas posses e o dinheiro que ganhamos são inteiramente resultados de nossas habilidades e realiza- ções. Achamos difícil não crer que temos o direito de domínio sobre elas. É óbvio que, em nossa cultura, este é o ponto de vista que prevalece.

Não é fácil desistir desse tipo de domínio e isso também não e um acontecimento único e para sempre. Precisamos sempre ser lembrados de que Deus é o dono de todas as nossas posses.

Deus retêm para si o controle máximo de todos os eventos que ocorrem na terra. Examine vários dos nomes de Deus nas Escrituras: Senhor, Todo-poderoso, Criador, Pastor, Senhor dos senhores e Rei dos reis. Fica óbvio quem tem o controle: Seu é o grande poder, e a glória, e a vitória e a majestade. "Tudo o que existe nos céus e na terra é seu, ó Senhor, e seu e este reino. Nós adoramos a Deus porque Ele dirige todas as coisas. Riquezas e honra vêm somente do Senhor, e Ele e o Governador de toda a humanidade; sua mão controla força e poder, e é por sua vontade que os homens se tornam importantes e recebem força" (1 Crônicas 29.1-12).

O Senhor tem controle absoluto de cada circunstância que você terá de enfrentar. Você pode ter a satisfação de saber que seu amado Pai celestial pretende usar cada situação primordialmente para um bom propósito. A base para o contentamento é a confiança. Deus cuida de seu povo e não precisa de uma economia próspera para tal provisão. Deu maná para os filhos de Israel, a cada dia, durante os quarenta anos em que peregrinaram no deserto. Jesus alimentou cinco mil pessoas com apenas cinco pães e dois peixes.

A parte de Deus em nos ajudar a ter contentamento está ligada ao fato de Ele ter-se obrigado a si mesmo a prover nossas necessidades. No entanto, Ele não prometeu prover nossos desejos. Ele promete prover nossas necessidades e diz para vivermos contentes quando essas necessidades são satisfeitas. "Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes" (1 Timóteo 6.8).

::HOWARD DAYTON

http://www.lagoinha.com/ibl-vida-crista/55290/

Jejum não é (apenas) deixar de comer

Jejum não é (apenas) deixar de comer

SÉRIE REVISTA ULTIMATO
Artigo: Jejum não é (apenas) deixar de comer", Paul Freston

 

Texto básico: Lucas 4. 1-13

Textos de apoio
– Deuteronômio 8. 1-5
– 1 Reis 19. 1-18
– Salmo 139
– Marcos 14. 32-38
– 1Coríntios 10. 12,13
– 1 Pedro 5. 6-11

Introdução

Jesus estava prestes a iniciar seu ministério público. No final do capítulo 3 de seu evangelho, Lucas nos fornece duas informações fundamentais sobre a identidade de Jesus. A voz divina e a presença do Espírito no seu batismo, confirmam sua divindade; e a genealogia lucana, começando com José e terminando em Adão, reitera sua verdadeira humanidade. Jesus é plenamente Deus e plenamente homem.

E como homem, ele precisava passar por uma espécie de "treinamento final de sobrevivência" – passar 40 dias sozinho, em silêncio e jejum, sendo tentado pelo Diabo! Precisamos notar também que este treinamento não representava a "coroação" de uma etapa bem realizada, com um teste final; mas, ao contrário, se tratava de um "teste inicial", uma oportunidade para que Jesus definisse firmemente por onde seus pés trilhariam. Antes de começar a falar e a fazer o que era preciso, era necessário que ele se comprometesse convictamente com um estilo de vida e de ministério que estivessem de acordo com o caráter de seu Pai.

Embora os detalhes destas tentações digam respeito à situação específica de Jesus, o Cristo, sem dúvida alguma temos muito a aprender aqui. Se o próprio Cristo precisou enfrentar e resistir a tais tentações, quanto mais nós, que pretendemos seguir seus passos, devemos ficar atentos e cuidadosos quanto à estes desafios. Conseguimos discernir, em nossa caminhada, o lugar do "deserto" e da "tentação" como espaços de amadurecimento e conformação de nossa vida e ministério com o caráter de Deus?                            

Para entender o que a Bíblia fala

  1. Segundo Lucas, logo após ser batizado (3.21-22), Jesus voltou do Jordão "cheio do Espírito Santo" (4.1) e foi conduzido por este mesmo Espírito ao deserto, onde "foi tentado pelo diabo" (4.2). Pensando em nosso contexto eclesiástico hoje em dia, normalmente não esperamos que a ênfase muitas vezes dada às experiências com o Espírito Santo caminhe junto, ou pior ainda, nos conduza, a uma experiência de "deserto" e "tentação". Você concorda com esta afirmativa? Porque essas experiência nos parecem tão irreconciliáveis?
  2. O texto dá a entender que as tentações de Jesus não foram instantâneas, pois ocorreram ao longo de 40 dias (v.2) e, aparentemente, em momentos de grande fragilidade (fome, cansaço, fraqueza, confusão mental). O grande risco da tentação é justamente sua sutileza, a possibilidade de se "misturar" com nossa vivência cotidiana. Refletindo sobre as respostas de Jesus (vv. 4, 8 e 12), o que você consegue perceber sobre a preparação de Jesus para um momento como este? Que critério ele utilizou para "desmascarar" as tentações que apareciam "embutidas" em suas necessidades?
  3. Podemos olhar para cada tentação, separadamente, tentando perceber o risco ou perigo sutil que cada sugestão do diabo representava para a identidade e a missão de Jesus. No primeiro caso, Jesus estava como fome, uma necessidade legítima. E ele tinha poder, dado por Deus. Por que não transformar uma pedrinha redonda num pãozinho de batata? Isso poderia afetar de alguma forma o estilo de vida e o estilo de missão de Jesus? Como?
  4. Nas três tentações, aceitar a sugestão do diabo significaria um desvio, um atalho, do caminho da cruz. Mas, nesta segunda tentação (vv. 9-12), parece que a proposta de atalho é ainda mais escancarada, pois a armadilha parece mais "detectável". Se é assim, por que ela representava uma tentação REAL para Jesus? Receber, "de lambuja", autoridade sobre todos os reinos do mundo não facilitaria seu trabalho de impor um reino de justiça e paz?
  5. Na última investida do diabo, por enquanto é claro (v.13), Jesus está no alto do templo e a sugestão tentadora surge com força, inclusive com "justificativa bíblica"! A segurança prometida ao Messias, Filho de Deus, não funcionaria? As pessoas não ficariam impressionadas ao ver Jesus pousar no chão segurado por anjos, o que ampliaria exponencialmente sua fama e "turbinaria" seu ministério? Por que então não se jogar?

Hora de Avançar

Jesus não só passa quarenta dias longe das pessoas, em silêncio; ele também jejua (Lc 4.2). […] Em geral, vivemos numa rotina impensada de satisfação dos nossos apetites. O jejum quebra essa rotina, interrompe o ciclo automático, e coloca uma espécie de muro à nossa frente pela interdição do impulso de comer. […] Desligamos as antenas ocupadas com os cuidados diários e tentamos sintonizá-las na voz de Deus. (Paul Freston)

Para pensar

Jesus Cristo, que viveu aproximadamente apenas 33 anos aqui na Terra, ainda passou 40 dias destes poucos anos sozinho e no deserto! Na nossa matemática isso parece um desperdício de tempo. Mas não na matemática de Deus. Esse tempo de solidão, silêncio e oração foi fundamental para o restante do ministério de Jesus. Para Deus, menos é mais!

Paul Freston, no seu excelente "Nem Monge, Nem Executivo" (Ed. Ultimato), nos ensina que as tentações de Jesus "têm a ver com a maneira como ele vai desenvolver seu ministério público. [As tentações] sugerem caminhos alternativos que, no fundo, reproduzem a tentação de Adão: a de trocar uma relação de dependência filial por um projeto autônomo" (p.46).

Sobre a expressão "Se és o Filho de Deus", repetida em dois momentos (vv. 3, 9b), Freston assevera que é "importante entendermos que o diabo procura tentar Jesus no nível da sua obediência ao Pai, não no nível da sua consciência de ser o filho. Não está dizendo: 'Será que você é filho de Deus mesmo? Duvido!'. Está dizendo: 'Já que você é filho de Deus e tem todo esse poder, o que você vai fazer como filho de Deus?'".

O que disseram

Na solidão, podemos, pouco a pouco, desvendar a nossa ilusão e descobrir, no centro de nosso próprio "eu", que não somos o que podemos conquistar, mas aquilo que nos é dado… É nessa solidão que descobrimos que ser é mais importante do que ter, e que o nosso valor pessoal não está no resultado de nossos esforços. Na solidão descobrimos que nossa vida não é uma propriedade a ser preservada, mas uma dádiva a ser compartilhada. (Henri Nouwen)

Para responder

  1. Segundo o monge beneditino Anselm Grun, o deserto é um lugar onde "topamos com nossos limites, descobrimos que não podemos nos autoajudar, que precisamos da ajuda de Deus". Ele não se refere, claro, a um lugar específico, mas a uma experiência que costuma produzir em nós uma sensação de privação, impotência e abandono. Você tem enxergado as experiências difíceis de sua vida como "desertos frutíferos", como uma oportunidade para aprofundar sua dependência e amizade com Deus? O que pode melhorar a partir de hoje?
  2. Jesus jejuou por quarenta dias, provavelmente bebendo somente água. Como podemos ler no artigo da revista, o princípio do jejum pode (e deve) se estender a outras áreas, além da questão de comida e bebida. O autor cristão Richard Foster, citado no artigo, sugere seis áreas onde podemos praticar outros tipos de "jejum": jejum de pessoas, jejum da mídia, jejum do telefone, jejum de conversas, jejum de anúncios comerciais e jejum do consumo. Encarando frente a frente esta lista, em que área (ou áreas) você necessita urgentemente de um "jejum"? Além destas seis sugestões, existe alguma outra em que você está pecaminosamente se "empanturrando"?

Eu e Deus

Vi todas as emboscadas do inimigo estendidas sobre a Terra, e disse gemendo: "Quem, pois, passa além dessas armadilhas?" E ouvi uma voz responder: "A humildade". (Antão, o "pai dos monges", século IV)

>> Autor do estudo: Reinaldo Percinoto Júnior

>> Este estudo bíblico foi desenvolvido a partir do artigo Jejum não é (apenas) deixar de comer, do sociólogo e colunista da revista Ultimato, Paul Freston, publicado na edição 359.


http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/jejum-nao-e-apenas-deixar-de-comer/#.VwVFoQ8vaNs.gmail

Gratidão

Gratidão

"Bendiga o Senhor a minha alma! Não esqueça nenhuma de suas bênçãos!". (Salmos 103.2)
"Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus". (1 Tessalonicenses 5.18)
"Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração, visto que vocês foram chamados para viver em paz, como membros de um só Corpo. E sejam agradecidos". (Colossenses 3.15)

Um coração grato deve ser uma realidade em nossa vida. Primeiro, porque a bíblia é repleta de versículos que nos instruem a nutrir um coração grato – a Deus e aos outros. Segundo, porque quem reconhece o sacrifício de Jesus para sua salvação sabe que não fez nada para ter essa recompensa, mas que a recebeu, deliberadamente, pela Graça de Deus.

A gratidão funciona como um lembrete daqueles que a gente programa no celular: tal como o telefone desperta, lembrando-nos do compromisso, assim a gratidão lembra o nosso coração de toda a bondade que nos alcançou, por meio de Deus e dos outros.

A gratidão nos faz pessoas melhores e permite que demonstremos, por meio de atitudes, o quanto reconhecemos a bondade do outro em nossa vida.

As pessoas gratas não nutrem altas expectativas a respeito do outro. Elas veem com bons olhos qualquer atitude direcionada a si, por menor que esta seja.

Um coração grato não encontra tempo para queixas ou murmurações. Ele enxerga o que já tem e não o que ainda almeja.

Um coração grato a Deus não vê a solteirice como um fardo ou o casamento como um jugo. Um coração grato vê na solteirice um momento ímpar para se dedicar ao Reino e no casamento uma oportunidade altruísta de se dedicar ao outro, em amor.

Um coração grato não enxerga o emprego como ruim, mas como uma porta de provisão que o Senhor abriu; não encara o desemprego como ausência da bênção de Deus, mas como uma oportunidade de o Senhor prover de formas diferentes. Não vê o que saiu fora dos planos como azar, mas vê a vontade do Senhor sendo soberana!

Quem é grato vive mais: mais tranquilo, mais confiante – em Deus e em si -, mais alinhado com a vontade dEle para sua vida, mais feliz.

Quem é grato vive menos: menos murmurador, menos maledicente, menos chato!

E aí: pelo que você é grato?!

:: Dani Araruna – Do Olhar ao Altar

http://www.lagoinha.com/ibl-vida-crista/gratidao-3/

2016-04-03

Todos passam por sofrimento

É melhor sofrer por fazer o bem, se for da vontade de Deus, do que por fazer o mal. — 1 Pedro 3.17

Se você pensa que os cristãos terão apenas dias bons na terra, enquanto os ímpios não terão nem um – não é bem isso o que acontece. Todos experimentam o sofrimento. Deus disse a Adão: "Com o suor do seu rosto você comerá o seu pão" (Gn 3.19), e disse a Eva: "Com sofrimento você dará à luz filhos" (Gn 3.16). Desde aquela época, todos compartilham dessa trágica condição. Isso faz com que seja ainda mais necessário que todos aqueles que procuram a vida eterna suportem a cruz. Pedro nos ensina: "É melhor sofrer por fazer o bem, se for da vontade de Deus". Aqueles que sofrem por fazer o mal também ficam com a consciência pesada. Assim, eles têm uma dupla punição. Mas os cristãos têm apenas a metade dela. Apesar de experimentarem o sofrimento externamente, eles são confortados internamente.

Observe também que Pedro estabeleceu um limite para o nosso sofrimento quando diz: "Por um pouco de tempo, devam [vocês] ser entristecidos por todo tipo de provação" (1Pe 1.6). Em outras palavras, Deus não quer que olhemos para o sofrimento e o escolhamos por conta própria. Portanto, vá em frente com amor e fé. Se a cruz vier ao seu encontro, aceite-a. Se ela não vier, não procure por ela. Nós devemos cuidar dos nossos corpos de tal maneira que não nos tornemos comodistas nem os destruamos (Rm 13.13-14). Devemos sofrer de boa vontade quando alguém infligir sofrimento a nós, mas não devemos buscá-lo com nossas próprias mãos. É isso que significa quando Pedro diz: "Se for da vontade de Deus…". Quando Deus nos envia sofrimento é melhor do que quando não envia. Somos mais felizes e melhores quando sofremos por fazer o bem.

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.