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2015-06-30

Abençoe as pessoas


Abençoe as pessoas

Porque vós, irmãos, fostes [de fato] chamados à liberdade; porém, não useis (não deixem) a liberdade para dar ocasião à carne (como uma oportunidade para o egoísmo); sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor (Gálatas 5.13)

Como crente em Jesus Cristo, você tem dons maravilhosos, realmente maravilhosos dentro de si. Você tem a habilidade de tornar os outros felizes hoje, podendo encorajar, edificar, exortar ou reanimar as pessoas. Você pode crer, orar e até levar alguém a Cristo.

Pessoas não têm de ter necessidades desesperadoras diante de nós. O Espírito Santo nos levará a sermos bons com as pessoas cada dia, se formos sensíveis à Sua voz. Ofereça seus dons e talentos ao Senhor e veja o que acontecerá.

O tempo de Deus


O tempo de Deus

Umas das dificuldades que nós temos é lidar com o tempo. Muitas vezes não conseguimos administrar e ter controle sobre o nosso tempo. E uma das maiores dificuldades que temos em relação ao tempo é a espera. Esperar para nós é terrível. Você já experimentou ficar no aeroporto 10 horas esperando o próximo voo? É difícil. Chegar ao hospital para uma consulta que já estava marcada, mas ser atendido só cinco horas depois. É difícil esperar. Você que é solteiro e espera pelo marido, esposa, talvez esteja dizendo assim: "É difícil esperar". Esperar não é fácil, mas é um tempo em que Deus trabalha em nosso caráter. A Palavra nos ensina que precisamos aprender a esperar em Deus, esperar pelas promessas, pela vontade de Deus na nossa vida.

No Salmo 27, verso 14 vemos algumas razões para esperar em Deus. "Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo Senhor".

Deus não erra a Sua hora! Se você tem essa convicção em seu coração, descanse nos Senhor. Hebreus 11.1 diz: "Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem".

Na língua grega há duas palavras para "horas". Existe a palavra Chronos, que é a hora que o relógio marca, que vem de cronômetro. Mas existe outra palavra grega para esperar, Kairós. Que também significa tempo, porém, não o tempo do nosso relógio, mas o tempo de Deus.

O conflito que muitas vezes criamos é quando juntamos o tempo Chronos com o Kairós como se fossem a mesma coisa. Chronos é o que o meu relógio está marcando aqui, mas o Kairós só Deus conhece. E, por isso, tudo o que preciso saber é que o meu tempo, a minha hora chegarão.

Deixe Deus abrir a porta do carro para você entrar. Deixe Ele abrir a porta da casa própria, do casamento para você entrar. A Palavra diz: "Esperar pelo Senhor". Não passe na frente Dele, caminhe seguindo o Senhor, espere Nele, tenha bom ânimo. É uma escolha, você tem que ter bom ânimo. Que esta palavra seja fortificada em seu coração: "Espera, pois, pelo Senhor".

Quando esperamos pelo Senhor, a primeira coisa que experimentamos é a paz, não há confusão. A confusão vem quando olhamos para o tempo Chronos e desprezamos o Kairós, o tempo de Deus.

Quando esperamos o tempo de Deus, não o nosso tempo, tudo é diferente.

Minha filha Mariana estava grávida e também minha nora, Cassiane. Os bebês nasceram com uma pequena diferença de tempo. Nasceram na mesma época, mas cada qual cumpriu o período determinado. O normal é que uma criança nasça com 9 meses, mas se nascer com mais de 9 meses ou com menos pode ser um problema. E a mesma coisa é em relação ao tempo de Deus. Algo que temos que guardar em nosso coração é que há um tempo determinado por Ele.

"Com efeito, dos que em ti esperam, ninguém será envergonhado".

Querido, Deus nunca quer envergonhar ninguém, mas precisamos entender o tempo dele, e o tempo de Deus é o Kairós.

O seu coração vai receber vigor novo, uma força nova, uma compreensão diferente. Deus fortalece, revigora o seu coração para esperar, descansar em Nele. O nosso tempo parece passar numa velocidade incontrolável, mas Deus está no controle de todas as coisas. O tempo Dele, Ele mesmo controla, tem o dia e a hora determinada para que cada promessa se cumpra na sua vida.

"Revigore-se o vosso coração, vós todos que esperais no Senhor".

O tempo de Deus chegará, sua hora chegará. Tome posse dessa realidade! Jesus durante todo o Seu ministério dizia: "A minha hora ainda não chegou, a minha hora não chegou…". Mas houve um momento em que disse: "A minha hora chegou!"

Deus abençoe!

Amor, a verdadeira marca do cristão


Amor, a verdadeira marca do cristão
// LPC Comunicações

O apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 13, fala sobre três aspectos do amor, a verdadeira marca do cristão. Vamos examinar esses três aspectos:

Em primeiro lugar, a superioridade do amor (1Co 13.1-3). Depois de tratar dos dons espirituais, Paulo aborda um caminho sobremodo excelente. Em 1 Coríntios 13.1-3, fala da superioridade do amor sobre os dons espirituais. O que caracteriza a verdadeira espiritualidade é o amor e não os dons. A igreja de Corinto tinha todos os dons, mas era imatura espiritualmente. Conhecemos um cristão maduro pelo fruto do Espírito e não pelos dons do Espírito. No texto em apreço, Paulo diz que o amor é superior ao dom de variedade de línguas (1Co 13.1), ao dom de profecia (1Co 13.2), ao dom de conhecimento (1Co 13.2), ao dom da fé (1Co 13.2), ao dom de contribuição (1Co 13.3) e até mesmo ao martírio (1Co 13.3).

Sem amor os dons podem ser um festival de competição em vez de uma plataforma de serviço. Sem amor nossas palavras, por mais eloquentes, produzem um som confuso e incerto. Sem amor, mesmo que ostentando os dons mais excelentes como profecia, conhecimento e fé, nada seremos. Sem amor nossas ofertas podem ser egoístas, visando apenas nosso engrandecimento em vez da glória de Deus e o bem do próximo. Sem amor nossos gestos mais extremos de abnegação, como o próprio martírio, de nada nos aproveitarão. O amor dá sentido à vida e direção na caminhada. Quem ama vive na luz, conhece a Deus e se torna conhecido como discípulo de Jesus.

Em segundo lugar, as virtudes do amor (1Co 13.4-8). Como podemos descrever as virtudes do amor? Nesse mais importante texto sobre o amor, o apóstolo Paulo nos oferece uma completa definição. Primeiro, o amor é conhecido por aquilo que ele é: o amor é paciente e benigno. Segundo, o amor é conhecido por aquilo que ele não faz: o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça. Terceiro, o amor é conhecido por aquilo que ele faz: o amor regozija-se com a verdade.

Quarto, o amor, também, é conhecido por aquilo que ele é capaz de enfrentar na jornada da vida: o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Finalmente, o amor é conhecido pela sua indestrutibilidade: o amor jamais acaba; mas havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará. O amor é a maior das virtudes, o maior dos mandamentos, o cumprimento da lei de Deus. O amor é a maior evidência de maturidade espiritual, a mais eloquente comprovação do discipulado e a garantia mais sólida da genuína conversão.

Em terceiro lugar, a perenidade do amor (1Co 13.9-13). O amor jamais vai acabar porque, agora, em parte conhecemos e, em parte, profetizamos. Porém, quando Jesus voltar em sua majestade e glória, inaugurando o que é perfeito; então, o que é em parte, será aniquilado. Agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Quando Jesus voltar e recebermos um corpo imortal, incorruptível, glorioso, poderoso, espiritual, celestial, semelhante ao corpo de sua glória, então, conheceremos como também somos conhecidos.

Agora, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor. No céu não precisaremos mais de fé nem mesmo de esperança, porém, o amor será o oxigênio do céu, o fundamento de todas as nossas relações pelo desdobrar da eternidade. Porque Deus é eterno e amor, o amor dura para sempre. Ainda que o sol pudesse perder sua luz e sua claridade; ainda que as estrelas deixassem de brilhar no firmamento; ainda que os mares secassem e os prados verdejantes se tornassem desertos tórridos, ainda assim, o amor continuaria sobranceiro, vivo e vitorioso para sempre e sempre. O amor jamais acaba. O amor é a verdadeira marca do cristão, desde agora e para sempre!

Reverendo Hernandes Dias Lopes

Quando tudo der errado


Quando tudo der errado

Todo mundo passa por isto: fases da vida em que tudo dá errado! Um emprego que está sendo um fardo. Um relacionamento ruim. Tantas coisas com as quais nos envolvemos e constatamos ruins para a nossa, mas dizemos que a culpa é de Deus, que Ele não nos ama, que Ele quer que soframos, mas será tudo isso verdade?

Vamos meditar por alguns instantes na Palavra que nos dá vida e direção. Se você está vivendo dias maus, observe algumas coisas, a primeira delas é se você tem deixado de buscar ao Senhor em tudo o que você faz. É para momentos assim que Deus deixou em Sua Palavra Provérbios 16. Caso este texto tivesse um título em minha Bíblia, creio que seria: "Evitando dias ruins".

É fato que dias ruins sempre surgem, são inevitáveis, e acredito que temos que passar por eles. Todo mundo aprende e amadurece com dias assim. Jesus mesmo disse para termos bom ânimo em um mundo cheio de aflições por que Ele venceu. E Jesus só venceu por que Ele e Deus eram um, assim como nós devemos ser também.

Por outro lado, situações ruins também ocorrem por que falta uma palavra na vida da gente chamada consagração. "Consagra ao Senhor todas as tuas obras e os teus planos serão bem-sucedidos" (Provérbios 16.3). Se os nossos planos estão dando errado, não pode ser que tenha faltado consagração? E consagração nada mais é que: "Dedicar ou dedicação exclusiva a Deus, de sua propriedade exclusiva, em tudo", ou seja, estou dando a Deus exclusividade dos planos que venho fazendo para mim. Se estiver conectada a Ele, e se alguns desses planos não forem de acordo com Sua vontade, ouvirei a Sua voz e seguirei na direção que Ele tem para mim. É por isso que está escrito: "O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor. Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas o Senhor pesa o espírito" (Provérbios 16.1-2).

É claro que podemos falhar. Nosso coração é enganoso, mas quando entramos em diálogo, comunhão com Deus, Ele dirige nossos passos, e dessa forma tudo corre bem, porque Deus não nos direcionará ao que seja ruim para nós. Nem sempre aquela promoção no trabalho ou a oferta para comprar um carro são as melhores saídas. Nem sempre o que parece ser o mais barato ou o mais bonito será o melhor.

Provérbios 16 nos deixa grandes lições na hora de fazermos planos. Só neste texto está escrito por três vezes (versos 1, 9, 25) que fazemos planos, que traçamos nosso caminho mas… (sempre tem o "mas") para tomarmos cuidado. O melhor que podemos fazer é entregar tudo, consagrar tudo a Deus. Dele vem a última palavra e é Ele quem dará a resposta certa (verso 33).

:: Jaqueline Sales

A Porta

Nem todos os pensamentos e paradigmas que chegam à porta da nossa vida interior deveriam entrar. O que alguns pensamentos e paradigmas trazem dentro de si não combinam com a vida da Trindade que vive em nós.

Segundo Jesus, a Trindade fez morada em todo cristão e temos que ter uma vida interior que valoriza acima de tudo a Sua santa presença. Pensamentos e paradigmas que não combinam com a pureza e perfeição Deles não deveriam ter lugar em nós.

Não podemos evitar que pensamentos e paradigmas do mundo peçam para entrar na nossa vida interior, mas ainda temos o direito e a responsabilidade de levar cada pensamento cativo e avaliar se combina ou não combina com a morada de Deus que somos em Cristo.

Sim, é verdade que estamos no mundo que bate sempre na porta da nossa vida interior mas o mundo não deve nunca mais habitar em nós!

Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo. 2 Cor. 10:5.

Carlos McCord

2015-06-29

Os governantes precisam temer a Deus


Os governantes precisam temer a Deus

A nação brasileira vive uma das maiores crises de sua história desde o Brasil Colônia, desde o Brasil Império e desde o Brasil República. A crise mais profunda que enfrentamos hoje é a crise de integridade, ou seja, a corrupção instalada nos meandros dos poderes constituídos. O Brasil caminha trôpego e cambaleante, enfermo e combalido pela crise moral que feriu mortalmente nosso parlamento e nossos governantes. O país sangra, o povo geme e o futuro torna-se sombrio. A inflação acelera enquanto o índice de crescimento dá marcha ré. O povo já empobrecido e as empresas já pagando mais tributos do que conseguem, ainda são convocados a pagar mais impostos, sem qualquer promessa de retorno. Tudo para pagar os rombos da roubalheira e a gastança perdulária daqueles que se empoleiram no poder para se servir do povo em vez de servirem ao povo.

O rei Davi está proferindo suas últimas palavras. É nesse contexto que proclama uma verdade solene: "… aquele que domina com justiça sobre os homens, que domina no temor de Deus é como a luz da manhã, quando sai o sol, como manhã sem nuvens, cujo esplendor, depois da chuva, faz brotar da terra a erva" (2Sm 23.3,4). O que Davi está dizendo, ao fechar as cortinas de sua vida, não emana dele mesmo, mas vem do próprio Deus. Que verdade é essa? Duas coisas são exigidas dos governantes: justiça e temor a Deus. O governante que não pauta sua administração pelas normas da justiça, faz de seu governo um covil de salteadores. Quem não teme a Deus no exercício de seu governo, entrega-se à insensatez e acaba oprimindo o povo em vez de servir ao povo. Quando os governantes pautam sua vida e suas ações pela justiça e pelo temor a Deus, o resultado é a bênção da prosperidade, assim como a luz que vem depois da chuva, faz brotar a erva da terra. A injustiça e a impiedade têm sido, infelizmente, o manto de muitos governantes. Roubam e deixam roubar. Oprimem e toleram a opressão. O povo, em vez de ser abençoado, amarga derrotas fragorosas e geme esmagado sob o peso da opressão. Por outro lado, a palavra de Deus diz: "Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor…" (Sl 33.12).

O apóstolo Paulo diz que as autoridades superiores procedem de Deus e foram instituídas por ele. Opor-se gratuitamente à autoridade, portanto, é resistir à ordenação de Deus (Rm 13.1,2). As autoridades superiores são ministros de Deus e recebem de Deus uma dupla responsabilidade: promover o bem e reprimir o mal (Rm 13.4). O governante exerce o seu ministério em nome de Deus e sob a autoridade de Deus. Para que o governante cumpra esse papel devemos dar a ele honra e respeito e pagar a ele tributos e impostos (Rm 13.6,7). O governante precisa firme e resoluto tanto na promoção do bem como na punição do mal (Rm 13.4). E o povo precisa sujeitar-se ao governante não apenas por medo de punição, mas, sobretudo, por dever de consciência (Rm 13.5).

Mas, e se o governante, em vez de cumprir o seu papel, esquecer-se de Deus e colocar a si mesmo acima de Deus e da lei para promover o mal e reprimir o bem? E se o governante em vez de ser um diácono de Deus a serviço do povo (Rm 13.4), apostatar-se de Deus, para oprimir o povo? Nesse caso, cabe à igreja, como consciência do Estado, exercer sua voz profética e alertar a autoridade constituída, a mudar o rumo de sua ação e voltar-se Deus, a fim de servir ao povo em vez de oprimir o povo. Onde falta profecia, o povo se corrompe. Quando a igreja se cala, a sociedade se corrompe. Que Deus nos dê governantes justos e tementes a Deus! Que Deus nos conceda, nesta nação, um tempo de restauração, prosperidade, ordem e progresso!

::Hernandes Dias Lopes

O protetor lá de cima não cochila nem dorme!

O Senhor olha com atenção as pessoas honestas e ouve os seus pedidos. (1Pe 3.12)

No Getsêmani, Pedro, Tiago e João não conseguiram manter os olhos abertos; foram vencidos pelo sono enquanto Jesus sofria mortalmente e suava sangue (Lc 22.45). O jovem Êutico não conseguiu ficar de olhos abertos enquanto Paulo pregava no terceiro andar de uma casa em Trôade, e acabou caindo para o andar térreo (At 20.9). Porém, Deus consegue ficar com os olhos e os ouvidos abertos para ver e ouvir o seu povo. Pedro encontrou a passagem dos olhos e ouvidos abertos do Senhor no Salmo 34. Poderia ter achado também no Salmo 121: "Ele… está sempre alerta… O protetor de Israel nunca dorme, nem cochila" (v. 3-4).

O mesmo não acontece com outro grupo de pessoas, não por prévia determinação de Deus, mas por causa da irracionalidade delas. Elas praticam o mal e não o bem. Elas não querem sair de lá para cá. Enquanto Deus ouve as orações, enxerga e enxuga as lágrimas dos que estão do lado de cá, ele volta as costas para os que estão do lado de lá. Ele dá as costas para quem lhe dá as costas, ele abandona depois de ser abandonado, ele se afasta depois de ser afastado. Não se trata da lei de talião. Trata-se de justiça e não de vingança.

Quando Jesus disse: "Eu afirmo a você que isto é verdade: hoje você estará comigo no paraíso" (Lc 23.43), por que ele usou o singular e não o plural? Teria sido muito bom se ele tivesse dito para todo mundo ouvir: "Eu afirmo a vocêsque isso é verdade: hoje vocês dois estarão comigo no paraíso". Não se pode explicar a ausência do plural só por causa da eleição. Os dois eram ladrões, os dois haviam sido condenados à pena máxima, os dois igualmente insultavam o Senhor (Mt 27.47). Porém, apenas um deles admitiu seu pecado, parou de zombar e clamou por salvação à pessoa correta (Lc 23.39).

Graças a Deus porque ele está sempre de prontidão para ouvir nossas orações!

>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

Quebre e derrame


Quebre e derrame

Porque o Filho do Homem há de vir na glória (majestade, esplendor) de seu Pai, como os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras (Mateus 16.27)

Deseje dar seu melhor ao Senhor, e Ele usará seus dons de uma forma que estará além de sua imaginação. A mulher com jarro de alabastro cheio de perfume, cujo valor equivalia a um ano de salário, queria fazer algo por Jesus por que o amava. Assim, ela derramou aquele perfume tão caro sobre Ele, não percebendo naquele momento que ela o estava ungindo para o seu sepultamento (veja Marcos 14.1-9)

Deus a levou a dar o que ela tinha, não importando quanto custasse. Enquanto você derrama os dons que Deus lhe deu, Ele os usará para preparar o mundo para a segunda vinda do seu Filho. A sua obediência hoje colherá recompensa celestiais que você nem tem consciência agora.

2015-06-28

O quebrantamento é proveitoso


O quebrantamento é proveitoso

Mostra as maravilhas da tua bondade, ó Salvador dos que à tua destra buscam refúgio dos que se levantam contra eles. Guarda-me como a menina dos olhos, esconde-me à sombra das tuas asas (Salmos 17.7-8)

Davi disse: "Senhor, sou como um vaso quebrado" (veja Salmos 31.12). O quebrantamento parece ruim, mas por intermédio dele nos desfazemos das partes carnais que precisam ser lançadas fora para que possam surgir as boas coisas que existem em nós.

Todos nós precisamos ser quebrantados como Davi foi, precisamos ser totalmente dependentes de Deus para nos libertar do mal. Ore hoje como Davi o fez: "Mas eu confio, eu me apoio e creio em Ti, ó Senhor; e digo: Tu és o meu Deus" (Salmos 31.14).

2015-06-27

Entre a arrogância e o desespero

Mas ele nos concede graça maior. Por isso diz a Escritura: "Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes". (Tiago 4.6)

Nós não devemos nos tornar orgulhosos nos momentos de prosperidade nem nos desesperar nos momentos de problemas. Por um lado, devemos refrear a nossa arrogância pelo temor a Deus. Por outro lado, devemos nos agarrar à sua misericórdia naqueles momentos em que pensamos que ele está irado conosco. Agindo assim, não seremos arrogantes demais nem desesperados demais.

A pessoa que é humilde e tem um coração contrito não é orgulhosa nem cheia de desespero. Porém, é difícil para nós evitar o orgulho e o desespero. Na nossa fraqueza, algumas vezes nos desviamos para a direita, outras vezes para a esquerda. Sempre que nos sentimos exageradamente confiantes ou cheios de desespero, devemos fazer um esforço para resistir a tais tendências. Não podemos ceder a nenhuma delas. Quando um arqueiro não acerta no centro do alvo, ele ainda ganha os pontos por ter acertado o alvo. De igual modo, Deus se agrada quando nós, pelo menos, lutamos contra a arrogância e o desespero. Mesmo quando não demonstramos alegria suficiente em momentos de problemas ou bastante reverência a Deus em momentos de prosperidade, ele não sustenta isso contra seu povo fiel. Nós temos Cristo como nosso mediador. Por intermédio dele, nós somos considerados verdadeiros santos, mesmo tendo apenas começado a agir como povo santo.

Em resumo, aqueles que têm muitos problemas devem elevar seus espíritos reconhecendo a misericórdia de Deus e se lembrando do que Cristo tem feito por eles. Aqueles que têm poucos problemas devem se desfazer da arrogância vivendo no temor de Deus.

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.

Use as chaves


Use as chaves

Porém aos que buscam (procuram pelo, rogam ao) o Senhor [pelo direito do suprimento de suas necessidades da sua Palavra] bem nenhum lhes faltará (Salmos 34.10)

Jesus disse: "Eu lhes darei as chaves do reino dos céus, o que vocês ligarem (declararem ser impróprio e ilegal) na terra será ligado no céu, e o que vocês desligarem (declararem legal) na terra, será liberado nos céus" (Mateus 16.19).

Como cristão, você tem autoridade para viver em vitória e proibir que o diabo o atormente. Não é permitido a Satanás destruí-lo nos céus, como não é permitido que ele o destrua durante seus dias na Terra. Use as chaves do reino dos céus que Jesus lhe entregou. Libere as bênçãos de Deus sobre as obras de suas mãos e impeça as obras malignas que venham contra o fruto do seu trabalho hoje.

2015-06-26

Da beleza exterior para a beleza interior

Não procure ficar bonita usando enfeites, penteados exagerados, joias ou vestidos caros. (1Pe 3.3)

Uma crente que mal tem o que comer e o que vestir não frequenta salões de beleza, não usa joias nem veste roupas caras. O conselho de Pedro só faz sentido se ele tem em mente as senhoras ricas da comunidade cristã da época. Diz-se que "a complexidade dos penteados, maquiagens, roupas e joias nos dois primeiros séculos é comprovada com eloquência na literatura e na arte de então" (J. Kelly). Certamente, o aparato exagerado das irmãs de posse destacava a simplicidade das irmãs sem posses. E isso era constrangedor tanto para elas quanto para a assembleia dos cristãos.

O apóstolo parece preocupado com o dinheiro gasto com a beleza artificial (joias e vestidos caros) e com a ênfase desmedida nesse tipo de beleza. Ele passa da beleza exterior para a beleza interior, da beleza física para a beleza espiritual. Não haveria distinção alguma entre as irmãs ricas e as irmãs pobres caso a beleza destas e daquelas dependesse do caráter cristão.

Pena que Pedro não tenha se lembrado da história de Absalão, o terceiro filho de Davi, o homem mais bonito e atraente de toda a Israel (2Sm 14.25), mas horrivelmente feio por dentro (ele assassinou o irmão Amnom, destronou o pai e deitou-se com as concubinas de Davi).

A ênfase demasiada na beleza do corpo muito facilmente gera vaidade pessoal. Basta ler o profeta Isaías: "Vejam como as mulheres de Jerusalém são vaidosas! Andam com o nariz para cima, dão olhares atrevidos e caminham com passos curtos, fazendo barulho com os enfeites dos tornozelos". Para punir essas senhoras elegantes, Deus prometeu tirar todos os seus enfeites: colares, brincos, pulseiras, os vestidos luxuosos, os xales, as bolsas, as saias transparentes: "A beleza delas vai virar uma feiura de dar vergonha!" (Is 3.16-24).

A feiura interior não combina com a beleza exterior!

>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

Dando frutos


Dando frutos

Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi [Eu plantei] a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça [possa permanecer, durar]; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome [apresentando tudo que Eu sou]. Ele vo-lo conceda (João 15.16)

A Bíblia diz que somos abençoados se nossa confiança está no Senhor. Seremos como árvores plantadas junto as águas que continuam a dar frutos (veja Jeremias 17.7-8).

Admito que algumas vezes, ao final do dia, podemos sentir que nosso fruto foi arrancado. Mas Deus nos restaurará se permanecermos nEle. Se colocarmos nossa confiança em Deus, daremos todos os tipos de fruto e teremos novos frutos para compartilhar com outros toda manhã.

2015-06-25

O debate sobre a tradição

Vocês estão sempre encontrando uma boa maneira de pôr de lado os mandamentos de Deus, a fim de obedecerem às suas tradições! (Marcos 7.9)

Alguns fariseus e mestres da lei vinham de Jerusalém. Reunidos em volta de Jesus eles ficaram horrorizados ao ver que seus discípulos comiam sem lavar as mãos. Tratava-se de uma questão não de higiene, mas de pureza cerimonial, conforme a tradição dos antigos. Marcos explica: "E [eles] observam muitas outras tradições, tais como o lavar de copos, jarros e vasilhas de metal" (v. 4).

Assim, os fariseus viviam sob a autoridade de tradições que eram passadas de geração a geração. E as seguiam por completo, mesmo se estivessem em choque com a Escritura. É por isso que Jesus os criticava. Por três vezes ele repetiu a mesma crítica, usando quase as mesmas palavras — por exemplo: "Vocês negligenciam os mandamentos de Deus e se apegam às tradições dos homens" (v. 8). De maneira clara, Jesus considerava as tradições como a palavra de homens e a Escritura como a Palavra de Deus. Os fariseus estavam permitindo que suas tradições sufocassem a Palavra de Deus em vez de deixar que esta reformasse aquelas.

Esse foi o tema principal durante a Reforma. A igreja católica medieval havia asfixiado a Palavra de Deus com uma grande quantidade de tradições extrabíblicas. Desse modo, assim como Jesus desprezou a tradição dos antigos, os reformadores desprezaram as tradições da igreja medieval, a fim de que a Palavra de Deus pudesse ocupar lugar de destaque. Os reformadores ensinaram a supremacia da Escritura sobre a tradição. E as igrejas reformadas, bem como a Igreja Anglicana, ainda ensinam assim. Com frequência se diz que a Igreja Anglicana tem uma tripla autoridade — Escritura, tradição e razão. Mas não é assim. Tradição e razão desempenham um papel vital na elucidação da Escritura, mas o que fazer quando a Escritura, a tradição e a razão estiverem em conflito? A resposta é simples: a Escritura tem a suprema autoridade. Os seguidores de Jesus são chamados a uma não-conformidade à tradição e à convenção a fim de honrar a supremacia da Escritura e o senhorio de Jesus Cristo.

Para saber mais: Marcos 7.1-13

>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.

Encha-se de Deus


Encha-se de Deus

Minha boca se encherá do teu louvor e da tua honra durante todo o dia (Salmos 71.8)

Considere novamente o versículo de Efésios 3.19 (AMP) "Que vocês possam ser… Um corpo totalmente cheio e transbordantes do próprio Deus"! Imagine como será seu dia se o seu corpo estiver totalmente cheio de Deus. Você será um vaso carregando a presença de Deus onde quer que vá. Isso afetará seus pensamentos, suas emoções e suas atitudes. Estar cheio da divina presença de Deus transformará o que você diz, transformará seu lazer, bem como as companhias que você escolher.

Quando nascemos de novo, Jesus passa a viver em nós como uma semente. Cuidar dessa semente da nova vida regando-a com a Palavra, alimentando-a, arrancando toda erva daninha do pecado em nossa vida faz a semente da presença dEle se tornar cada vez maior, até preencher todo o nosso ser.

2015-06-24

Construa pontes em vez de cavar abismos


Construa pontes em vez de cavar abismos

Nós não somos perfeitos nem convivemos com pessoas perfeitas. Temos, não raro, motivos de queixas uns contra os outros. Os relacionamentos mais íntimos adoecem. As amizades mais próximas acidentam-se nos rochedos das decepções e das mágoas. As palavras de amor são substituídas por censuras e os abraços fraternos são trocados pelo afastamento gelado.

Os relacionamentos adoecem na família, na igreja e no trabalho. Pessoas que andaram juntas e comungaram dos mesmos sentimentos e ideais, afastam-se. Cônjuges que fizeram votos de amor no altar, ferem um ao outro com palavras duras. Amigos que celebravam juntos as venturas da vida, distanciam-se. Parentes que degustavam as finas iguarias no banquete da fraternidade, recuam amargurados. Irmãos que celebravam festa ao Senhor com o mesmo entusiasmo, apartam-se tomados por dolorosa indiferença.

Como podemos restaurar esses relacionamentos quebrados? Como podemos despojar-nos da mágoa que nos atormenta? Como podemos buscar o caminho do perdão e construir pontes em vez de cavar abismos?

1. reconhecendo nossa própria culpa na quebra desses relacionamentos. É mais fácil acusar os outros do que reconhecer nossos próprios erros. É mais fácil ver os erros dos outros do que admitir os nossos próprios. É mais cômodo recolher-nos na caverna da autopiedade do que admitir com honestidade a nossa própria parcela de culpa. A cura dos relacionamentos começa com o correto diagnóstico das causas que provocaram as feridas. E um diagnóstico honesto passa pela admissão da nossa própria culpa.

2. tomando atitudes práticas de construir pontes de aproximação em vez de cavar abismos de separação. A honestidade de reconhecer nossa culpa e a humildade de dizer isso para a pessoa que está magoada conosco é o caminho mais curto e mais seguro para termos vitória na restauração dos relacionamentos quebrados. Jesus Cristo nos ensinou a tomar a iniciativa de buscar o perdão e a reconciliação. Não podemos ficar na retaguarda, nos enchendo de supostas razões, esperando que os outros tomem a iniciativa. Devemos nós mesmos dar o primeiro passo. Deus honrará essa atitude.

3. tomando a atitude de perdoar a pessoa que está magoada conosco assim como Deus em Cristo nos perdoou. É mais fácil falar de perdão do que perdoar. O perdão não é coisa fácil, mas é necessário. Não podemos ser verdadeiros cristãos sem o exercício do perdão. O perdão também não é coisa rasa. Não podemos nos contentar com uma cura superficial dos relacionamentos feridos. Não podemos ignorar o poder da mágoa nem achar que o silêncio ou o tempo, por si mesmos, possam trazer cura para esses relacionamentos estremecidos. O perdão é mais do que sentimento, é uma atitude. Devemos perdoar porque fomos perdoados e devemos perdoar como fomos perdoados. Devemos apagar os registros que temos guardado nos arquivos da nossa memória. Não devemos cobrar mais aquilo que já perdoamos nem lançar mais no rosto da pessoa aquilo que já resolvemos aos pés do Salvador. O perdão é um milagre. É obra da graça de Deus em nós e através de nós. É dessa fonte da graça que emana a cura para os relacionamentos quebrados. Que Deus nos dê a alegria da cura dos relacionamentos no banquete da reconciliação!

Reverendo Hernandes Dias Lopes

Rumores selvagens

O que o homem não possui, em sua condição natural, é a vida espiritual — a espécie mais elevada e diferente de vida existente em Deus.

Nós usamos a palavra vida para ambas. Porém, pensar que são a mesma coisa seria como achar que a "grandeza" do espaço fosse igual a "grandeza" de Deus. Na realidade, a diferença entre a vida biológica e a espiritual é tão importante que eu lhes darei dois nomes distintos.

A vida biológica que recebemos pela natureza, e que (como todas as coisas na natureza) está sempre tendendo à decadência, de modo que só pode ser preservada por meio de subsídios constantes da própria natureza na forma de ar, água, comida etc., eu chamo deBios.

A vida espiritual que se encontra em Deus desde toda a eternidade, e que fez todo o universo natural, dou o nome Zoe. Certamente Bios tem certa uma semelhança longínqua e simbólica comZoe — o mesmo tipo de semelhança que há entre uma foto e um lugar, ou entre uma estátua e uma pessoa. Uma pessoa que tenha passado de Bios para Zoepassou por uma mudança tão grande quanto uma estátua que tivesse deixado de ser pedra esculpida para se tornar um ser humano real.

E isso é precisamente o que é o cristianismo. Este mundo é o ateliê de um grande escultor. Nós somos as estátuas e há rumores no ateliê de que alguns de nós, um dia, vamos receber vida.

>> Retirado de Um ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.

Deseje mais de Deus


Deseje mais de Deus

Agora, pois, se achei graças aos teus olhos, rogo-te que me faças saber neste momento o teu caminho, para que eu te conheça (progressivamente me torne mais profunda e intimamente familiarizado comigo, percebendo-te, reconhecendo-te e compreendendo-te mais forte e claramente) e ache graça aos teus olhos; e considera [Senhor] que esta nação é teu povo (Êxodo 33.13)

À medida que você começa a conhecer melhor a Deus, deixa de orar apenas durante momentos de crise e passa a desejar servi-Lo com tudo que você é, com seu fôlego de vida, com cada talento e bem que você possui. Quando você se apaixona por Jesus, deseja ter mais e mais tempo com Ele.

Uma vez que você oferecer seu tempo, dinheiro e seus dons ao Senhor, desejará passar cada dia conhecendo-O mais intimamente. Peça a Deus que encha seu ser com a plenitude dEle enquanto você O busca de todo coração.

2015-06-23

O homem e a esperança


O homem e a esperança

Conta-se que um certo capitão chamado James esteve por dois anos na solitária, preso com correntes ao seu tornozelo, durante 15 horas por dia e em total escuridão. Durante o tempo que esteve na cadeia foi interrogado mais de 300 vezes. Sua perna foi quebrada; recebeu açoites no rosto com a fivela de um cinto até ter convulsões. Diante desse quadro, poderíamos pensar que o sentimento que predominava no coração do capitão era a desesperança. Entretanto, em nenhum momento ele se deu por vencido e cedeu às exigências do inimigo que o mantinha preso. À mercê de seus cruéis captores, ele estava impotente. No entanto, manteve (na verdade aumentou) sua força pessoal a tal ponto que tornou-se inquebrantável. "Somente morto poderão me usar. Prefiro morrer a decepcionar meus companheiros."

Mesmo na situação mais dolorosa passada ou presente, ainda temos uma escolha a fazer. Mesmo se não pudermos mudar as circunstâncias ao nosso redor, podemos tomar decisões que dizem respeito ao nosso caráter. E uma das formas mais importantes de multiplicar nossa força pessoal como homens é praticar uma visão do futuro que chamamos de mentalidade esperançosa. Por isso, quero compartilhar com você, homem, alguns pontos importantes para ajudá-lo a desenvolver atitudes de esperança:

1. Compromisso – Tome a decisão de fazer sempre o melhor, ser excelente naquilo que faz. Tenha compromisso em tudo que faz.

2. Domínio Próprio – É ele que sustenta a esperança.

3. Desafie e a si mesmo – Crie um desafio para você, tenha um propósito. Não viva apenas por viver, não viva apenas reagindo ao que aparece.

Começar a praticar esses passos nos conduzirá à atitude de esperança que existe bem no fundo de nossa força de vontade. Você pode ter uma vida abençoada se colocar em prática esses três elementos e construir um futuro especial. Nós, os crentes, não temos a opção de trafegar na estrada da desesperança. Temos a oportunidade de decidir cultivar a esperança e de nos tornar homens que cumprem seus compromissos (Rm 5.2-5). Comece agora mesmo e veja a mudança necessária em sua vida para cumprir os compromissos que faz com Deus e a sua família.

::Pr. Newton Rodrigues

Pregação silenciosa

Não será preciso dizer nada porque ele verá como a conduta de vocês é honesta e respeitosa. (1Pe 3.1b-2)

Existe jejum silencioso (sem foguetório), oração silenciosa (como a de Ana), choro silencioso (como o de Davi no Salmo 6) e pregação silenciosa. Esta é a mais estranha de todas porque é uma fala para ser dirigida não a Deus, mas a um ser humano.

Se na parábola das bodas, o pai do noivo enviou seus empregados por toda parte para convidar todas as pessoas que encontrassem para a festa de casamento, como entender a pregação silenciosa (Mt 22.2-14)? Se, na grande comissão, Jesus manda os discípulos irem por todo o mundo anunciando as boas novas da salvação em Cristo, como entender a pregação silenciosa? Se Jesus, em seu ministério terreno (Mt 11.15) e em suas cartas às sete igrejas da Ásia Menor (Ap 2.7) grita: "Se vocês têm ouvido para ouvir, então ouçam", como entender a pregação silenciosa? Se em Corinto, o Senhor apareceu a Paulo numa visão ordenando-lhe que continuasse a falar e não se calasse (At 18.9), como entender a pregação silenciosa? Se Jesus disse que, caso os seus seguidores se calassem, até as pedras gritariam (Lc 19.40), como entender a pregação silenciosa?

Sem dúvida alguma, as mulheres que leram a carta de Pedro e que foram convocadas para a pregação silenciosa entenderam muito bem o que o apóstolo lhes dizia: "[Esposa,] se ele não crê na mensagem de Deus, seja levado a crer pela sua maneira de agir" (1Pe 3.1). Pedro completa: "Não será preciso dizer nada porque ele [em vez de ouvi-la] verá como a conduta de vocês é honesta e respeitosa". O apóstolo não está mudando de tema. O assunto dele ainda é a santidade pessoal, o testemunho do cristão, em diferentes ambientes, tanto na igreja e na sociedade como em casa, no lar. A pregação silenciosa não é uma invenção de Pedro. Jesus já a havia preconizado quando nos chamou de "sal da terra" e de "luz do mundo" (Mt 5.13-16).

Pregarei o evangelho o tempo todo. E, quando precisar, usarei palavras!

>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

Realmente venha conhecer a Deus


Realmente venha conhecer a Deus

…e [Eu oro] para que sejais tomadas [através de todo seu ser] de toda plenitude de Deus [ possam ter a mais rica medida da Presença divina] [e tornarem-se um corpo cheio e transbordante dele mesmo]. (Efésios 3.19)

Paulo estava orando por nós (a Igreja) quando disse: "Oro para que vocês possam realmente vir a conhecer, pela prática e pela experiência, por si mesmos, o amor de Cristo que ultrapassa o mero conhecimento sem experiência" (veja Efésios 3.19). Ele sabia que precisávamos experimentar o amor de Deus de forma pessoal.

Nossa fé não depende de experiências, mas nosso relacionamento com Deus é real e podemos experimentar visitações de Deus. Precisamos de momentos intensos com Deus, pois é por meio deles que sabemos, sem dúvida alguma, que Ele está Se movendo em nossa vida.

Comece a jornada para conhecer a Deus mais e mais. Esteja consciente do Seu amor por você durante todo o dia.

2015-06-22

Levem as cargas uns dos outros


Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo. (Gálatas 6.2)

Em todas as direções para onde o amor se volta, encontra peso a carregar e maneiras de ajudar. O amor é a lei de Cristo. Amar significa desejar de coração o bem a outra pessoa. Significa procurar o que é o melhor para outra pessoa.

E se não houvesse pessoas que cometessem erros? E se ninguém caísse? E se ninguém precisasse de ajuda? A quem você demonstraria amor? A quem você demonstraria favor? O bem de quem você procuraria? O amor não poderia existir se não houvesse pessoas que cometem erros e pecam. Os filósofos dizem que cada uma destas pessoas é o "objeto" apropriado e adequado de amor ou o "material" com o qual o amor precisa trabalhar.

A natureza pecaminosa – ou o tipo de amor que realmente é lascívia – quer que os outros desejem o bem a ela e lhe deem o que ela deseja. Em outras palavras, ela procura os seus próprios interesses. O "material" com o qual ela trabalha é uma pessoa íntegra, santa, piedosa e boa. As pessoas que seguem essa natureza pecaminosa invertem completamente o ensino de Deus. Elas querem que os outros levem as suas cargas, as sirvam e as carreguem. Esse é o tipo de pessoa que menospreza ter pessoas incultas, inúteis, iradas, tolas, importunas e melancólicas como suas companheiras na vida. Em vez disso, procuram pessoas amistosas, charmosas, de boa natureza, quietas e santas. Elas querem viver, não na terra, mas no paraíso; não entre pecadores, mas entre anjos; não no mundo, mas no céu. Nós deveríamos nos compadecer destas pessoas, porque elas estão recebendo sua recompensa aqui na terra e possuindo o seu céu nesta vida.

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.

Não se descontrole

Não se descontrole

Para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder mediante o seu Espírito [Santo] no homem interior (Efésios 3.16)

O diabo tenta nos descontrolar para que possamos agir de forma irada, perder o equilíbrio e arruinar o testemunho do que Deus tem feito em nossa vida. Sem o amor de Deus fluindo por nosso intermédio é difícil ser agradável até com pessoas agradáveis, quanto mais ao lidar com pessoas difíceis. Precisamos da ajuda de Deus para vivermos bem.

O Espírito Santo lhe dará poder para caminhar em amor onde quer que você vá. Não saia de casa sem convidá-Lo para enchê-lo com sua graça para demonstrar o amor e a compaixão de Deus diante de todos que você encontrar.

O caráter da generosidade de Deus

O caráter da generosidade de Deus

"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16)

Existem muitos atributos em Deus. Mas um dos mais evidentes revelados em Sua Palavra é a generosidade. Toda vez que a Bíblia fala do amor de Deus, ela nos mostra Deus dando algo ou fazendo algo em benefício do homem. Nós somos filhos de um Deus que é generoso por natureza, portanto, precisamos expressar a mesma natureza do Deus a quem servimos. Isso significa que:

1 – Devemos ser naturalmente pessoas generosas

Os cristãos deveriam ser por natureza o povo mais generoso da face da terra. Mais do que os espíritas, mais do que os católicos, mais do que os maçons. Mais do que os seguidores de qualquer outra religião... E se somos filhos de um Pai generoso, devemos ser homens e mulheres generosos. Quando surge uma necessidade, nós como cristãos deveríamos ser os primeiros a tomar a iniciativa de ajudar. Mas, mesmo quando não há uma necessidade explícita, por causa da natureza generosa que recebemos do Pai, devemos dar. Ofertar, contribuir, deve ser tão natural para nós como orar, louvar e ler a Palavra de Deus. Faz parte da nossa vida. O verdadeiro cristão está sempre buscando oportunidades para abençoar os outros e a obra de Deus.

2 – Devemos ser naturalmente pessoas prósperas

A Bíblia afirma que a pessoa generosa prospera mais do que as outras (Pv 11.24-25). Um dos segredos da prosperidade na Bíblia é a generosidade. Toda pessoa no Reino de Deus, que é generosa, prospera mais do que as outras pessoas. Na verdade, a Bíblia diz que quem retém mais do que é justo, lhe será em pura perda. É como aquela criança que recebeu de presente um pote de doce. Haviam muitas crianças por perto e ela teve a oportunidade de repartir. Mas ela decidiu reter. Comeu o que conseguiu e depois guardou o restante do pote. Mas para a surpresa, quando acordou, o doce havia estragado. Quem retém perde! Mas quem libera prospera!

3 – Devemos sentir alegria na generosidade

"Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria." (2Co 9.7). A pessoa verdadeiramente generosa sente alegria em contribuir. Para o generoso, participar de um momento de oferta, fazer doações, dar presente, é algo que alegra o seu coração. O avarento na hora da oferta fica triste e fecha o coração. Mas o generoso celebra. A Bíblia diz que porque Deus amou o homem, Ele deu seu único filho. Da mesma forma o homem que ama a Deus, oferta com generosidade e alegria no coração. Se você é filho legítimo de Deus, seu coração se alegrará neste momento. Portanto, vamos contribuir com alegria. Você está pronto para celebrar nesta hora?

Por que sou dizimista

1. O dízimo é santo (Lv 27.30-32).

2. Quero ser participante das bênçãos de Deus (Ml 3.10- 11).

3. Amo a obra de Deus na face da terra (Ml 3.10).

4. Deus é dono de tudo (Sl 24.1).

5. Eu mesmo irei gozá-lo na casa de Deus (Dt 14.23).

6. Mais bem-aventurado é dar do que receber (At 20.35).

7. Deus ama a quem dá com alegria (2Co 29.14).

8. Tudo vem das mãos de Deus (1Cr 29.14).

9. Não sou avarento (1Tm 6.10).

10. Meu rico tesouro está nos céus (Mt 6.10).

11. Tudo o que peço a Deus, recebo (Mt 7.7-9).

12. Obedeço a Deus (At 5.29).

13. A bênção de Deus enriquece (Pv 10.22).

14. Para cada lei, Deus promete uma recompensa (Sl 19.7-11).

15. Receberei de Deus na mesma medida (Lc 6.38).

16. Os pensamentos de Deus são mais altos (Is 55.9).

17. Deus me escolheu e me nomeou (Jo 15.16).

18. Deus diz: "fazei prova de mim" (Ml 3.10).

19. Minha descendência não mendigará o pão (Sl 37.25).

20. O meu salário não será posto em saco furado (Ag 1.6).

21. É minha responsabilidade sustentar a igreja (Ml 3.10).

22. Quero ter a consciência tranquila (1Tm 1.19).

23. Tudo que o homem semear, isto também ceifará (Gl 6.7).

24. Deus suprirá todas as minhas necessidades (Fp 4.19).

::Ricardo Barbosa

Eu nunca vou perdoar

Eu nunca vou perdoar

Esta frase está muitas vezes presente em conflitos familiares e conjugais e expressa os sentimentos de dor de uma pessoa que sofreu um dano ou foi ferida por condutas de uma pessoa próxima de quem esperava acolhimento e amor. Quando somos feridos, temos de fato uma decisão bastante difícil pela frente: perdoar ou manter a mágoa? Algumas pessoas dizem, com sinceridade, que perdoam, mas não conseguem esquecer o evento que causou a dor, tampouco conseguem relacionar-se novamente com quem lhes causou o dano e o sofrimento – mesmo quando tal pessoa é o próprio cônjuge.

Aqui está um erro comum na interpretação do significado do perdão – "perdoar significa esquecer". Nossa memória é o mais poderoso HD que existe e nenhuma de nossas experiências nela gravada é apagada, salvo por alguma doença ou traumatismo. Muitas coisas podem ficar escondidas em cantos remotos da memória e serem de difícil acesso, especialmente quando acumulamos experiências, mas jamais são apagadas e com algum esforço podem ser acessadas.

Então, se perdoar não significa esquecer, o que realmente é perdoar? Talvez a minha resposta não seja muito "teológica", mas perdoar é livrar-se da compulsão neurótica da repetição. Explico melhor: enquanto não perdoamos o dano que sofremos, a nossa tendência é ficar repetindo para nós mesmos o que o outro nos fez, que não merecíamos isso (especialmente nos casos de traição conjugal), que aquilo que sofremos dói demais, que somos infelizes pelo dano que sofremos etc.

Essa repetição contínua – para nós mesmos ou para os que nos rodeiam – é uma espécie de neurose. Livrarmo-nos disso é sempre um sinal de saúde emocional. Sendo assim, o perdão é o caminho que Deus nos oferece para nos livrarmos da compulsão neurótica da rememoração do dano e da dor sofridos. Perdoar é poder escolher de novo. É reconhecer que os outros não são responsáveis por nossa infelicidade. Entretanto, esse não é um caminho simples. Existem alguns aspectos que precisam ser observados no processo de perdão.

Em primeiro lugar, precisamos entender que o perdão é algo que fazemos em benefício próprio. Por quê? Quando eu posso, de forma honesta e sincera, dizer: "Fui ferido, fui magoado, não merecia isso, mas aconteceu e agora quero parar de repetir isso e decido perdoar o outro", então passo para uma nova dimensão – a da liberdade que posso experimentar.

Todavia, somos relutantes em perdoar porque, em segundo lugar, perdoar é arriscar-se a ser ferido novamente. E se o outro fizer de novo? Vou passar por idiota? Como vai ficar minha autoestima? É preciso correr esse risco se queremos gozar de saúde emocional. Creio que seja por esse motivo que Jesus nos incentiva a perdoar 70 x 7 – por "nossa" saúde emocional. Por fim, o perdão nos leva à participação na comunicação trinitária, pois abre a possibilidade de criar o "novo". O perdão conduz a pessoa a um novo âmbito relacional, reafirmando a coparticipação na vida – somos membros uns dos outros e isso nos constitui em um novo modelo de família. O perdão é a reintegração do filho que estava longe na busca de perversões oferecidas em outra região, mas que volta a si (estava fora de si – louco) e regressa para a casa do pai. Neste sentido, o exercício do perdão produz uma reestruturação familiar inclusiva – um "emparentamento", fazendo do outro um parente, irmão em Cristo. Este é o ministério da reconciliação a que somos chamados (2Co 5).

::Carlos e Dagmar

2015-06-21

Encontrando a nós mesmos

"Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa e pelo evangelho, a salvará." Marcos 8.35

Como esse versículo fala de salvarmos e perdermos a nossa vida, eu costumava pensar que ele se referia especificamente aos mártires cristãos que, ao morrerem por Cristo, entravam na vida eterna. Embora o versículo possa incluir uma referência a martírio, agora vejo que Jesus tinha uma aplicação muito mais ampla em mente do que essa. A linguagem indica isso. A palavra traduzida por "vida", psuche, quer dizer "alma" ou "eu". Na verdade, Lucas transmite a declaração de Jesus com o reflexivo simples: "Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder-se ou destruir a si mesmo?" (Lc 9.25).

Alguém poderia talvez parafrasear o epigrama favorito de Jesus, que ele parece ter usado em vários contextos diferentes, desta maneira: "Se você insistir em agarrar-se a si mesmo, e recusar abrir mão de si, e determinar viver por si mesmo, você se perderá. Esse é o caminho da morte, não o caminho da vida. Mas, se você estiver disposto a perder-se, a entregar-se em amor ao serviço do evangelho, então, no momento de completo abandono, quando pensar que perdeu tudo, os milagres acontecerão, e você encontrará a si mesmo".

Em anos recentes, várias escolas de psicologia têm desenvolvido essa posição que enfatiza a autopercepção. As palavras soam promissoras a ouvidos cristãos, até que nos lembremos de que, segundo Jesus, o único caminho para a autodescoberta é o da autonegação, e o único caminho para viver é morrer para o nosso egoísmo.

Em dois epigramas semelhantes, Jesus usou linguagem comercial — a linguagem do lucro, do prejuízo e da troca. Ele fez duas perguntas retóricas, que permaneceram não-respondidas. Primeira: Que proveito há em se ganhar o mundo inteiro (toda a riqueza, o poder e a fama que ele oferece) e perder a si mesmo? Segunda: O que alguém ganharia em troca de si mesmo? Ambas as perguntas enfatizam o valor infinito do eu em contraste com o valor do mundo. Por um lado, é impossível ganhar o mundo inteiro. Por outro, se fosse, isso não seria algo duradouro, e, conquanto durasse, não traria satisfação.

Para saber mais: Lucas 12.13-21

>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.

Permaneça ligado


Permaneça ligado

Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras (sua excelência moral e atitudes nobres e dignas) e glorifiquem (reconheçam, honrem e louvem) a vosso Pai que estás nos céus (Mateus 5.16)

Jesus é a luz do mundo. Ele ilumina aqueles que se relacionam com Ele. Quando Moisés passava tempo na presença de Deus, sua face se tornava tão brilhante que ele colocava um véu porque as pessoas temiam se aproximar (veja Êxodo 34.29-30).

Com uma lâmpada deve estar ligada à corrente elétrica para poder iluminar a escuridão ao seu redor, assim devemos estar ligados a Deus se quisermos que nossa luz brilhe diante dos outros. A única forma de caminharmos em amor e nos comportarmos da forma que devemos é orando, lendo a Palavra e experimentando um relacionamento com Deus. Permaneça ligado a Ele e seja luz por onde quer que vá.

2015-06-20

Praça de guerra

Se vocês suportam sofrimentos injustos, sabendo que esta é a vontade de Deus, ele abençoará vocês por causa disso. (1Pe 2.19)

Pedro não é prolixo. Ele é exigente. Embora já tenha dito que é preciso respeitar o Imperador, ele torna a dizer a mesma coisa e amplia a ordem. É para respeitar "todas as pessoas" e não só as que estão hierarquicamente acima de nós, como nosso patrão, gerente e supervisor, mesmo que eles nos tratem de maneira injusta. Essa é de fato uma ordem difícil de acatar. Mesmo perseguido e várias vezes quase assassinado por Saul, Davi tratava o rei com respeito, na certeza de que ele estava no poder por determinação divina. Foi esse respeito que impediu Davi de matar Saul quando o rei estava praticamente em suas mãos. Em sinal de respeito, o filho de Jessé chegou a ajoelhar-se e encostar o rosto no chão diante de seu inimigo e sogro (1Sm 24.8).

Os pais cometem injustiça contra os filhos e vice-versa, os pastores cometem injustiça contra suas ovelhas e vice-versa, os governos cometem injustiça contra os cidadãos e vice-versa. Onde não há injustiça consciente ou inconsciente? Sem o conselho de Pedro, o lar seria uma praça de guerra, a escola seria uma praça de guerra, a igreja seria uma praça de guerra, a nação seria uma praça de guerra. A Bíblia condena veementemente a injustiça e, ao mesmo tempo, nos ensina a suportá-la, "em consideração a Deus" (CT). A consciência aguçada nos manda respeitar as autoridades independentemente de seus acertos e desacertos (Rm 13.5). O cristão sabe que ele está debaixo da proteção da poderosa mão de Deus (1Pe 5.6). Quem quer que praticar a injustiça será cobrado por Deus, o que dispensa o crente de fazer justiça com as próprias mãos. Aquele que suporta a injustiça é uma pessoa especialmente abençoada por Deus!

Aquele que suporta os maus-tratos por parte de outros é uma pessoa que não suja as suas mãos de sangue!

>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

Mostre Jesus

Mostre Jesus

Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos (compassivamente, compreensivelmente e de todo o coração) uns aos outros [pronta e liberalmente], como também Deus, em Cristo, vos perdoou (Efésios 4.32)

Espero poder mostrar a todos o caráter de Jesus por meio de minhas palavras e atitudes. Oro para que todos contatem nossa equipe ministerial e possam dizer: "Essas pessoas são cheias de Jesus, são pacientes, amáveis e gentis".

Somos vasos que podem ser cheios do Espírito de Deus que habita em nosso coração, até transbordarmos. Se compreendermos que, onde quer que formos, podemos demonstrar o caráter e a virtude de Deus, seremos como a Palavra diz: luz em meio a um mundo de trevas (Filipenses 2.15)

Jesus nos chamou de sal da terra (veja Mateus 5.13). O sal dá sabor àquilo que seria sem gosto e desagradável. Seja sal hoje, em seu lar, em seu trabalho, por onde quer

2015-06-19

Santidade: o padrão de Deus para nós


Santidade: o padrão de Deus para nós

Uma atitude humanista e egoísta nos leva a colocar nossa vontade acima de tudo, inclusive, quando oramos. Embora muitas petições sejam aceitáveis, Jesus nos ensinou a orar assim: "Pai nosso que estás no céu… seja feita a tua vontade" (Mt 6.9-10). Imediatamente, pode surgir uma dúvida: Qual é a vontade de Deus? O que ele quer?Poderíamos propor tantas hipóteses, mas vejamos o que Paulo escreveu: "Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição" (1Ts 4.3). A santificação é um conceito amplo, do qual a abstinência é um exemplo prático.

Será que o propósito do evangelho é apenas nos abençoar? Seu efeito seria apenas o suprimento das nossas necessidades? Além das bênçãos, a obra de Cristo inclui a santificação, isto é, um processo rumo à santidade, de modo que sejamos cada vez mais parecidos com Jesus. Ser "abençoado" está, geralmente, ligado à ideia de receber. Ser "santificado" relaciona-se mais à renúncia e aparente perda em prol de um ganho maior.

A tradição religiosa distorceu o conceito da palavra "santo", usando-a para designar alguns cristãos "mortos, porém, poderosos", mas a Bíblia refere-se a todos os salvos como santos (At 9.13; Rm 1,7; Ef 1.1 etc.).

A santificação é um processo que começa na conversão. Deus nos resgata como faz o pai que retira o filho da lama, sendo este o primeiro ato de uma série. Em seguida, vem o banho e a troca de roupas. Assim também, depois de sermos retirados do reino das trevas, precisamos de uma transformação, que é parte do que chamamos "crescimento espiritual". Depois da "metanoia" (mudança de mente), vem a "metamorfose" (transformação prática). Não somos apenas transportados para a luz, mas precisamos brilhar como luzeiros no mundo (Fp 2.15), através de um caráter e modo de vida que sejam motivo de glória para o nome do Senhor.

O significado do termo "santificação" tem dois aspectos: "separação" e "dedicação"; é separar-se "de" alguma coisa e "para" alguém ou algum propósito.

Uma boa figura bíblica para o tema encontra-se na história de Israel. O propósito de Deus para o seu povo não era apenas libertá-lo do Egito, mas transformá-lo em nação santa (Ex 19.6). Portanto, deu-lhes a lei para santificá-los. Alguns mandamentos visavam evitar o pecado (separação). Outros, indicavam o que os israelitas deviam fazer (dedicação). São os aspectos "negativos" e "positivos" da santificação, que podem ser resumidos nas palavras do profeta: "Deixai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem" (Is 1.16-17).

O cristão não deve ser conhecido apenas por aquilo que parou de fazer, mas pelo que faz para Deus e em favor do próximo.

A santificação começa na conversão, mas precisa ser desenvolvida. "Aquele que é santo, santifique-se ainda" (Ap 22.11). Existem níveis de santificação. Por exemplo, a lei dada a Israel tinha o objetivo de santificar o povo. Entretanto, os sacerdotes deveriam seguir mandamentos ainda mais rigorosos para que pudessem estar "mais próximos" de Deus (Lv 21). Outro tipo de santificação era a dos nazireus, que se consagravam de modo especial, abstendo-se até de algumas coisas que eram permitidas ao povo e aos sacerdotes (Nm 6.1-21).

Quanto mais nos santificarmos, separando-nos das contaminações do pecado e nos dedicando ao Senhor, mais próximos estaremos dele, não em sentido geográfico, pois Deus está em todos os lugares, mas em termos de intimidade. Quanto mais sujos, mais distantes. O sumo sacerdote deveria seguir regras rigorosas de pureza para entrar no Santo dos Santos, o local de maior intimidade com Deus no tabernáculo e no templo.

Havia um caminho e um procedimento que conduziam ao Santo dos Santos. O sumo sacerdote precisava entrar pela porta do pátio, fazer o sacrifício para perdão dos seus pecados, lavar as mãos e, com o sangue no recipiente, adentrar nos recintos mais sagrados da casa do Senhor. Mas tudo isso não seria suficiente, se o ministro não demonstrasse um modo de vida coerente com a dignidade do seu ministério. Um comportamento contraditório poderia desqualificá-lo.

O sacerdote começava seu ministério com uma consagração, significando a dedicação de sua vida para o ofício, mas isso era apenas o começo. No dia a dia, ele devia ter uma série de cuidados para não se contaminar. Caso isso acontecesse, havia os rituais de purificação. Contudo, alguns pecados eram punidos com a morte. Portanto, não poderiam acontecer jamais.

Os nazireus, rigorosamente santificados como Samuel, Sansão e João Batista, tiveram gloriosas experiências com Deus, recebendo poder, revelações e missões especiais. Sansão, porém, depois de maravilhosas vitórias, conduziu sua vida no sentido contrário à santificação, tornando-se exemplo de fracasso pessoal, familiar e ministerial.

A santificação é, ao mesmo tempo, afastamento do pecado e aproximação de Deus. É evitar o pecado e tomar atitudes de consagração ao Senhor. A santificação iniciada pelo Senhor Jesus em nós é um processo contrário à contaminação iniciada por Adão.

Como ocorre a santificação? Ela começa pela ação do sangue de Jesus em nós, perdoando os nossos pecados, e prossegue pela ação da palavra de Deus, cujo símbolo é a água, vivificada pelo Espírito Santo, mudando nossa mentalidade e nosso comportamento.

"E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão" (Hb 9.22).

"E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue…" (1Jo 5.8).

"Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra" (Ef 5.26).

"Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado" (João 15.3).

"Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo…" (1Pe 1.2).

Os filhos são orientados no sentido de lavarem as mãos antes de receberem o alimento. Assim também, muitas coisas só nos serão dadas pelo Pai celestial na medida em que nos santificarmos. Não nos referimos a coisas materiais, pois estas até os ímpios têm, mas bênçãos espirituais que o dinheiro não pode comprar. Não é questão de merecimento, mas de estar em condições para receber.

"Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós" (Js 3.5).

A santificação deve ser nossa prioridade, pois ela é também uma condição para que entremos no santuário celestial.

"Não toqueis nada imundo, e eu vos receberei" (2Co 6.17).

"Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hb 12.14).

::Pr. Anísio Renato de Andrade

Um vaso útil


Um vaso útil

Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros [daquilo que é vil e impuro, que se separa de influências contaminadoras e corruptas], será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor (o Senhor), estando preparado para toda boa obra (2 Timóteo 2.21)

A Bíblia se refere a nós como vasos terrenos (2 Coríntios 4.7); somos feitos de barro (Isaías 64.8). Deus formou Adão do pó (veja Gênesis 2.7) e o rei Davi disse: "Lembra-te Senhor, que nós somos pó" (veja Salmos 13.14)

Quando nos enchemos da Palavra de Deus, tornamos contêineres de suas bênçãos, prontos para seu uso. Deus pode usar até mesmo vasos rachados! Todos nós somos preciosos para o Senhor. Podemos oferecer a verdade dEle às pessoas por onde quer que formos.

Leia a Palavra de Deus antes de começar sua rotina hoje e veja quantas pessoas você pode abençoar com a verdade do Seu amor.

2015-06-18

Pedro, nosso fiel retrato

Pedro, nosso fiel retrato

Pedro é o personagem mais contraditório da história. Oscilava como  uma gangorra desde os picos mais altos da coragem até às profundezas da covardia mais vil. Com a mesma velocidade que avançava rumo à devoção mais fiel, dava marcha ré e tropeçava em suas próprias palavras. Pedro é mais do que um homem paradoxal; é um emblema. Pedro é o nosso fiel retrato. É a síntese da nossa biografia. O sangue de Pedro corre em nossas veias e o coração de Pedro pulsa em nosso peito. Temos o DNA de Pedro. Oscilamos também entre a devoção e a apostasia. Subimos aos píncaros e caímos nas profundezas. Falamos coisas lindas para Deus e depois tropeçamos em nossa língua e blasfemamos contra ele. Prometemos inabalável fidelidade e depois revelamos vergonhosa covardia. Revelamos uma fé robusta num momento e em seguida naufragamos nas águas revolta da incredulidade. É isso que somos, Pedro!

Quem era Pedro? Pedro era filho de Jonas e irmão de André. Nasceu em Betsaida, bucólica cidade às margens do mar da Galiléia. Pedro era um pescador rude e iletrado, mas detentor de uma personalidade forte. Era notório seu dom de liderança. Pedro era casado. Fixou residência em Cafarnaum, quartel general de Jesus em seu ministério. Nessa cidade tinha uma empresa de pesca em sociedade com Tiago e João, os filhos de Zebedeu.

Pedro foi levado a Cristo pelo seu irmão André. Desde que foi chamado por Cristo para ser um pescador de homens, ocupou naturalmente a liderança do grupo apostólico. Seu nome figura em primeiro lugar em todas as listas neo-testamentárias que apresentam os nomes dos apóstolos. Foi o líder inconteste dos apóstolos antes da morte de Cristo e o destacado líder depois da ressurreição de Cristo. Ele foi o homem que abriu as portas do evangelho tanto para os judeus como para os gentios.

Seu ministério foi direcionado especialmente aos judeus, aos da circuncisão. Foi o grande pregador da igreja primitiva em Jerusalém, aquele que levou a Cristo cerca de três mil pessoas em seu primeiro sermão depois do Pentecostes. Também foi dotado pelo Espírito Santo para operar grandes milagres. Até mesmo sua sombra era instrumento poderoso nas mãos de Deus para curar os enfermos.

Pedro foi como uma pedra bruta burilada pelo Espírito Santo. De um homem violento, tornou-se um homem manso. De um homem afoito e precipitado, tornou-se um homem ponderado. De um homem explosivo, tornou-se um homem controlado e paciente. De um homem covarde tornou-se um gigante, que enfrentou prisões, açoites e a própria morte com indômita coragem.

Pedro foi um homem de oração. Tinha intimidade com Deus. Porque prevalecia secretamente diante de Deus em oração, levantava-se com poder diante dos homens para pregar. Pedro foi um pescador de homens e um presbítero entre outros presbíteros. Jesus colocou em sua mão o cajado de pastor e ordenou-lhe a apascentar seus cordeiros e a pastorear suas ovelhas. Pedro foi um homem que encorajou a igreja a enfrentar o sofrimento da perseguição e também denunciou com inabalável coragem os falsos mestres que perturbavam a igreja. Esse foi o teor respectivo de suas duas epístolas.

Pedro foi um missionário que, juntamente com sua esposa, anunciou o evangelho em muitos redutos do império romano. Pedro exaltou a Cristo em sua vida e glorificou a Deus através de sua morte. Que você e eu, sigamos as pegadas desse homem de Deus e que em nossa geração, Cristo seja conhecido em nós e através de nós!

::Hernandes Dias Lopes

Mais alvo do que a neve

Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e mais branco do que a neve serei. (Salmos 51.7)

Como podemos nos tornar mais alvos do que a neve quando o pecado permanece em nós e se apega a nós? Por causa dos nossos pecados nunca somos tão limpos e santos como deveríamos ser. Mas nós recebemos o batismo, que é puro. Nós recebemos a Palavra de Deus, que também é pura. E por meio do batismo e da Palavra de Deus nós recebemos o sangue de Cristo, que é absolutamente puro. Por causa da pureza que recebemos na fé por meio de Cristo, certamente podemos dizer que somos mais alvos do que a neve. Nós somos mais puros do que o sol e as estrelas, mesmo que o pecado ainda permaneça em nós. Nosso pecado é coberto pela pureza e inocência de Cristo, a qual nós recebemos quando ouvimos e cremos na Palavra de Deus. Entretanto, devemos lembrar que esta pureza vem completamente de fora de nós mesmos. Em outras palavras, Cristo nos veste com sua própria perfeição.

Se olhássemos para os cristãos separados de Cristo e os víssemos como eles realmente são, nós perceberíamos quanto eles são contaminados pelo pecado. Mesmo se fossem boas pessoas, nós veríamos não somente que eles são completamente contaminados, mas também que eles estão cobertos com uma película grossa e negra de pecado. Se alguém tentasse nos separar de Cristo e tirar nosso batismo e as promessas de Deus, nós não teríamos mais a pureza de Cristo. Nós seríamos deixados com nada mais do que o pecado.

Assim, quando alguém lhe perguntar: "Se o pecado sempre se fixa às pessoas, como elas podem ser lavadas a ponto de ficarem tão limpas que são mais alvas do que a neve?", você pode responder: "Nós devemos ver as pessoas não como elas são por si mesmas, mas como são em Cristo".

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.

Viva hoje em seu pleno potencial


Viva hoje em seu pleno potencial

…pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo (sua bondade, sua generosidade graciosa, seu imerecido favor e bênçãos espirituais), que, sendo [tão] rico, se fez [tão] pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza vos tornásseis ricos (abundantemente supridos) (2 Coríntios 8.9)

Eu costumava acordar sentindo-me culpada e condenada. Estava cheia de acusações e críticas por cada pequeno erro que cometia. Mas esse tipo de procedimento cria uma pressão interna em nós que fica prestes a explodir diante da primeira pessoa que se aproxima.

Se você sofre com isso, comece o dia lendo a Palavra. Conhecer a misericórdia e o perdão de Deus é vital para aprender a amar a si mesmo, para que você possa amar os outros. Viva o dia de hoje em seu pleno potencial.

2015-06-17

Aprendendo a não reclamar

Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis

(Filipenses 2:14-15).

APRENDENDO A NÃO RECLAMAR

Se olharmos à nossa volta veremos que a maioria esmagadora das pessoas nunca estão satisfeitas com a vida, o trabalho ou as circunstâncias. Isso jamais deveria acontecer com os cristãos.

Lembremos do apóstolo Paulo que, das profundezas das prisões romanas, expressou sua alegria e exortou os filipenses a se alegrarem com ele por pertencerem ao Senhor. Que nosso comportamento reflita a alegria que temos de pertencer à família cujo todo-poderoso Pai sempre age com perfeita sabedoria para o bem de seus filhos.

Sem murmurações. Por que não? Porque sabemos que Deus nos colocou no lugar em que estamos e nos designou para fazer o trabalho que fazemos. Isso pode parecer uma tarefa ingrata e monótona, mas o que importa? "Sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28). Até o que julgamos monótono, enfadonho e pesado nos foi dado para que o caráter de Cristo se desenvolva em nós. Por exemplo, se nosso salário não é o que desejamos ou imaginamos que merecemos, não temos de reclamar e amaldiçoar nosso emprego; temos de procurar fazer o nosso melhor no trabalho e confiar no Deus que alimenta os pardais e que sabe exatamente de tudo o que realmente precisamos.

Nem contendas. Contendas surgem quando nossa mente está focada em nós mesmos e em nossos problemas. Ela nos engana e nos leva a questionar o modo pelo qual Deus lida com seus filhos. O resultado disso é sempre a rebeldia: ou tentamos "ajudar Deus" a atingirmos os planos que achamos que ele tem para nós, ou caímos na amargura devido à frustração.

Queridos cristãos, lembremos que o contentamento e a gratidão são testemunhos poderosos para o mundo do agir de Deus em nós.

http://www.apaz.com.br/todo_dia/2015/junho17.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

Livres ou escravos?

Vivam como pessoas livres. Não usem a liberdade para encobrir o mal, mas vivam como escravos de Deus. (1Pe 2.16)

Pedro está ordenando a seus leitores que "vivam como pessoas livres", de cabeça erguida, sem qualquer sentimento de inferioridade, sem timidez, sem medo, sem o peso da tirania de alguma coisa ou alguma pessoa. É assim que deve ser a vida de quem acaba de nascer do Espírito. Esse pecador salvo agora é filho de Deus e, como filho de Deus e irmão de Jesus Cristo, é também herdeiro de Deus e coerdeiro com Cristo (Rm 8.17).

Na mesma frase, porém, Pedro também ordena: "Vivam como escravos de Deus". Talvez os irmãos da Ásia Menor tenham ficado confusos: somos livres ou somos escravos? Os mais espertos, os mais experientes devem ter dado toda razão a Pedro, raciocinando: "Se não formos escravos de Deus, seremos escravos das tais paixões carnais das quais Pedro manda que nos afastemos". É a obediência ao Senhor que torna possível a desobediência ao demônio. A verdade nua e crua é que o ser humano não tem a liberdade de comer ou não comer da árvore do bem e do mal. Desde a Queda, ele é obrigado a comer desse maldito fruto, a não ser que ele mude de patrão, por meio de uma conversão autêntica. Aí ele deixa de ser escravo da serpente para ser escravo de Cristo. Enquanto o compromisso com a carne machuca, humilha, rebaixa, adoece e mata, o compromisso com Cristo acaba com a dor de consciência, com a dominação "estrangeira" (não somos deste mundo), com a necessidade de uma eterna fuga, com o rebaixamento moral, com o desespero.

A pouquíssima liberdade que o ser humano tem é a de sair da dominação das trevas e ir para a dominação da luz. É aquela que Moisés propôs ao povo de Israel no fim do êxodo: "Eu lhes dou a oportunidade de escolherem entre a vida e a morte, entre a bênção e a maldição" (Dt 30.19). Na versão de Jesus, a escolha é entre a porta estreita e a porta larga, entre o caminho fácil e o caminho difícil, entre a casa sobre a rocha e a casa sobre a areia (Mt 7.13-14, 24-27).

É raro o privilégio de ser escravo de Deus!

Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

Mudança positiva


Mudança positiva
// Lagoinha

Levai (suportai e carregai) as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo (o Messias) (Gálatas 6.2).

Nossa felicidade e alegria não dependem das outras pessoas fazerem ou não o que queremos. Podemos não conseguir influenciar alguém a fazer o que pensamos ser certo, mas, com a ajuda de Deus, podemos mudar a nós mesmos para obtermos os resultados que queremos na vida.

Descobri que, se eu mudar de forma positiva e se for uma mudança, permanente, isso quase sempre provocará mudança nas pessoas ao meu redor. Se você quer que sua vida seja diferente, peça a Deus que lhe mostre em que você precisa mudar. Aceite os outros como são e veja como Deus trabalha em sua vida para completar sua alegria

Davi, as dificuldades e a oração


Davi, as dificuldades e a oração
// LPC Comunicações

Salmo 3:1-2: Senhor, como se têm multiplicado os meus adversários! São muitos os que se levantam contra mim. Muitos dizem da minha alma: Não há salvação para ele em Deus (Selá). 
O termo hebraico para a palavra salmo é mizmowr e o seu significado é canção ou uma melodia com palavras. Davi compôs esse salmo depois de fugir de Jerusalém, quando seu filho Absalão tomou o trono (2 Sm 15-18).

Você pode imaginar o que se passava no coração desse pai? Ele e os membros de sua corte, haviam atravessado o rio Jordão e acampado em Mannaim. Davi, em meio a conflitos e dificuldades, clama a Deus. Sua oração começa de forma bastante abrupta, com "Senhor" . Como Pedro afundando no mar (Mt 14.30), Davi não tem muito tempo. Sua vida está em perigo, bem como o futuro do reino. Ele sabe que Deus é "socorro bem presente nas tribulações" (46.1).

Absalão havia demorado a formar um grupo para apoiá-lo em seu golpe, e o número de partidários do usurpador crescia a cada dia (2 Sm 15.12, 13; 17.11). Absalão era bem apessoado, cheio de palavras agradáveis e um hábil mentiroso que sabia agradar o povo e conquistar seu coração (2 Sm 15:1-6). Não apenas o número de inimigos de Davi aumentou, como também as notícias pioraram.

O povo diz: "Não há mais salvação para o rei" (verso 2; 71.10,11). Por que Deus permitiu essa rebelião infame e perigosa? Fazia parte da disciplina de Davi por seus pecados de adultério e homicídio (2 Sm 12.1-12). Em sua graça, Deus perdoou Davi quando o rei confessou seus pecados (2 Sm 12.13, 14; Sl 32 e 51), mas, em sua soberania, permitiu que Davi colhesse as consequências amargas desses pecados. Davi teve problemas familiares que acarretaram grande sofrimento (2 Sm 12-14), inclusive a morte de seu filho com Bate-Seba, o estupro de sua filha Tamar e o assassinato de seus filhos Amnom, Absalão e Adonias.

Essa é a primeira vez que o termo "Selá" aparece nas Escrituras (2, 4, 8), sendo usado várias vezes nos Salmos e três vezes em Habacuque 3. Os estudiosos não apresentam um consenso quanto às origens desse termo, mas recorrendo ao dicionário de Strong's a palavra no original é "celah" que significa "elevar, exaltar" ou ainda um termo técnico musical mostrando ênfase, pausa ou interrupção.

Por que isso é importante? No primeiro caso, trata-se de um sinal para que o cântico seja entoado em voz bem alta, ou para que sejam erguidas e tocadas as trombetas, ou, ainda, para que as mãos sejam levantadas ao Senhor. No segundo caso, pode ser um sinal para uma pausa, um momento de silêncio e de meditação. Versos 3-4: Mas tu, Senhor, és um escudo para mim, a minha glória e o que exalta a minha cabeça. Com a minha voz clamei ao Senhor; ele ouviu-me desde o seu santo monte (Selá).

Davi afirma sua confiança no Senhor. Mesmo diante de uma situação complicada, Davi não se deixa abater com facilidade. Sem ignorar os problemas, ergue os seus olhos da situação ameaçadora e olha para o Senhor, pela fé. Davi sabe que está em perigo, mas Deus é seu escudo (Gn 15.1). Ele se encontra numa situação vergonhosa por causa de seus próprios pecados e da traição de seu filho, mas Deus é a fonte da glória de Davi.

Absalão transformou a "glória de Davi em vexame" (4:2), mas um dia essa glória seria restaurada. A situação é desanimadora, mas o rei sabia que Deus levantaria sua cabeça e lhe restauraria seu trono (27.6). Confiava nas promessas que Deus lhe fez na aliança relatada em 2 Samuel 7 e sabia que Deus não o abandonaria. Davi podia ter sido forçado a deixar Jerusalém, mas Jeová ainda estava assentado no trono e continuava no controle. Absalão havia atacado o rei ungido de Deus (2.2), algo perigoso de se fazer.

Davi continua clamando ao Senhor em oração, sabendo que Deus não o havia abandonado no passado e que não o abandonaria agora. "Clamou este aflito, e o Senhor o ouviu e o livrou de todas as suas tribulações" (Sl 34.6). 

Para refletir: Paulo diz em Romanos 15.4: " Pois tudo quanto, outrora, foi escrito, para o nosso ensino foi escrito…" O que aprendemos hoje? Davi reconhece os problemas e as dificuldades, mas o caminho é o clamor a Deus. Em sua oração, Davi declara sua confiança no Senhor e se firma nessa base. Em segundo lugar, vimos que o pecado pode ser perdoado, mas as suas consequências ficam. Quantos estão atentos? 

Pastor Natanael Gonçalves
Igreja Batista das Nações – Bournemouth – Inglaterra

2015-06-16

Dando a volta por cima


Dando a volta por cima

"Não andeis ansiosos por motivo algum; pelo contrário, sejam todas as vossas solicitações declaradas na presença de Deus por meio de oração e súplicas com ações de graça" (Filipenses 4.6)

Em tempos de crise, para todos os lados que olhamos, observamos pessoas desesperadas, inseguras, ansiosas. Até mesmo dentro das nossas igrejas há uma inquietação crescente e incômoda. Não quero dizer com isso que os cristãos e a igreja deveriam estar imunes às provações; afinal, ainda não fomos tirados do mundo e aqui passaremos por aflições. Isso é certo.

Quero apenas dizer que temos um Grande Mestre inspirador e um exemplo de alguém que deu a maior 'volta por cima' de toda história. Alguém que vivia no trono de Glória junto ao Pai e deixou tudo para viver entre nós, pecadores sem salvação e esperança. Alguém que suportou humilhações e afrontas, sofreu até a morte para apagar os pecados da humanidade e reconciliar a criatura com o Criador. E, se Ele tivesse apenas morrido, esse seria o nosso fim. Mas Jesus ressuscitou para nos garantir salvação.

Essa salvação é a nossa chance de também dar a volta por cima. É a nossa oportunidade de vencer o pecado, desfrutar da vida abundante e da presença poderosa do Espírito Santo em meio às provações. Oportunidade de ter a certeza de que, em breve, deixaremos para sempre esse mundo.

Por isso, se as provações têm tentado roubar sua fé e esperança ou se as humilhações tentam lhe fazer desistir, olhe para a Cruz e contemple Jesus. Ele deu a volta por cima, venceu a morte e com Ele nós também podemos vencer.

Ele o ajudará a dar a volta por cima e lhe sustentará na jornada até o Grande Dia em que todos os salvos triunfarão com Cristo em Glória. Que busquemos ao Senhor em oração e súplicas para que Ele aumente nossa fé e nos ajude a a vencer dia após dia. Com Ele nós podemos!

Deus nos abençoe com paz e confiança!

::Denise Tomaz de Souza

Confusão

Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos. I Co. 14:33 

Confusão tira de nós e do amor a energia e a vida. Uma mente sem foco e confusa nos deixa exautos e sem a capacidade de viver as nossas boas intenções.

Somente estes dois pensamentos sobre a confusão deixam bem claro o fato que o autor da confusão não é Deus.

Se o autor da confusão não é Deus, então quem é? Às vezes, eu. Às vezes, você. Às vezes, o maligno. Não importa quem seja, temos que resistir à confusão e submeter a Deus a nós mesmos e a nossa confusão.

Quantas boas intenções, amor e vida perdemos cada dia por causa da nossa confusão?Quantas pessoas passam o dia sem ser amadas por causa da confusão? Ó Jesus, nos livre da confusão e traga a luz da sua presença!

Carlos McCord

O Caminho Luz


Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. João 8:12

O simples ato de andar sem dor no nosso próprio lar pode ser transformado num momento de dor intensa se a luz se apaga. O que deveria ser um passeio calmo pela casa pode se tornar uma dor chocante quando certas partes do nosso corpo, como os dedos dos pés, fazem contato contra objetos imóveis e temporariamente invisíveis.

Qualquer pessoa que já acordou durante a noite e na escuridão e tentou achar o caminho para um outro lugar na casa, sem acordar as outras pessoas, sabe o que é a mistura dolorosa de dor e escuridão. Parece que a dor na escuridão é de um poder multiplicado por 10!

Nada pode substituir a luz. Fomos criados para achar o Caminho pela luz. Precisamos do apoio contínuo da luz até para andar em lugares bem conhecidos. Pessoas sem luz podem fazer adaptações e aprender a viver uma certa qualidade de vida sem luz, mas as limitações não podem ser ignoradas ou negadas. A luz é amiga de todos.

Quando Jesus diz que Ele é a luz do mundo, Ele se declara o amigo da humanidade. Ele está dizendo que Ele é essencial para quem quer andar em paz por aqui. Ele sabe que temos a tendência de acordar na escuridão e tentar achar o caminho até com boas intenções. Ele não insiste que a gente ande na luz, mas logo todos perceberão que a dor de andar sem luz acordará todos que vivem perto de nós.

Quando acordamos num momento de escuridão profunda, Jesus já está acordado e oferecendo a sua luz. Quando insistimos em andar sem a luz de Jesus certamente experimentaremos da dor multiplicada por 10. Assim, todos na nossa casa vão compartilhar a nossa dor e perder a paz.

Andar na luz de Jesus é o caminho que deixará todos que amamos em paz e descansando bem.

Carlos McCord

Encorajar e ser encorajado


Encorajar e ser encorajado

Viver em comunhão é ter também a oportunidade de encorajar e ser encorajado. O termo "encorajai-vos" veio da palavra grega parakaleo, que quer dizer: aquele que vai ao lado, aquele que está junto; é aquele que está ao lado para encorajar. São sinônimos dessa palavra: animar uns aos outros, ajudar, aconselhar, sustentar, apoiar e consolar uns aos outros.

A igreja não é o que muitos imaginam, lugar somente para ir aos cultos, orar, cantar, ouvir a pregação e quando tudo isso terminar, voltar para a casa. Igreja não é aquilo que muitas vezes vemos anunciado pela televisão e pelo rádio; igreja é família. Não existe crente avulso, não existe um crente no Senhor Jesus, sozinho; nós somos um corpo e queremos ver o desabrochar da comunhão, não no sentido intelectual, mas na prática.

A vontade do Senhor é que cada um tenha a oportunidade de viver a fé. A nossa fé não é simplesmente para ser estudada, mas para ser praticada...

Parakaleo é chamar ao lado, praticamente, para exercer três coisas: exercer uma pressão positiva, para amar e para consolar.  O que isso significa? Em Romanos, capítulo 15, versículo 30, Paulo faz um apelo aos irmãos. O apóstolo Paulo nunca vivia sozinho, ele tinha sempre a compreensão de estar no Corpo; a Igreja é o corpo, a Igreja é a família do Senhor aqui na Terra. Por isso, ele orou dizendo: "Rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas vossas orações a Deus a meu favor".

Um homem encorajador nas Escrituras foi Barnabé, que em certa ocasião foi enviado para Antioquia. Então, quando chegou a Antioquia, esse homem encontrou algo novo para ele, diferente, e não foram os judeus que se tornaram cristãos, mas os gentios, e aí ele viu a graça de Deus. Muitas vezes queremos ver a mesma doutrina, os mesmos costumes em outras igrejas. Em Antioquia, o modo das mulheres se vestirem era bem diferente do das mulheres de Jerusalém, era tudo diferente, mas Barnabé viu a graça de Deus e exortava a todos a, com firmeza de coração, permanecerem no Senhor. E de maneira semelhante todo aquele que é encorajador sempre falará: "Permaneça no Senhor".

Algumas pessoas têm uma visão tão errada do que seja a fé, acham que ao escolherem seguir a Jesus Cristo, a vida será um mar de rosas, e não mais terão lutas e dificuldades. Isso não é verdade e muito menos está registrado na Bíblia. O Senhor não nos prometeu isso, mas sim que estaria conosco todos os dias (Mateus 28.20).

A nossa fé é a nossa paixão pelo Senhor. Ou Jesus é tudo na nossa vida ou Ele jamais será alguma coisa. Ele é o primeiro ou nunca será o segundo. No momento que entregamos nossa vida a Jesus, Ele passou a ser o nosso Senhor, o nosso dono. Somos apaixonados por Ele, e quando somos apaixonados nada é sacrifício. Você entrou no Reino quando foi salvo, mas não pense que a vida parou ali, existem tantas coisas no Reino; o Reino de Deus não é comida nem bebida, é justiça, é paz, é alegria no Espírito Santo. O Reino de Deus se manifestou na pessoa do Rei, que é Jesus. Nós temos que viver essa realidade e animar o irmão. Aquilo que nossos olhos nunca viram, nem nossos ouvidos nunca ouviram, nem tampouco chegou ao nosso coração é o que Ele tem preparado para aqueles que O amam, para aqueles que O servem, para aqueles que O buscam (1Co 2.9). É essa a realidade.

Deus abençoe!

Não tire os olhos da arca


Não tire os olhos da arca

(2 Samuel 6)

Não poderia ser de outro jeito senão fazendo uma grande festa! Afinal, a arca da aliança estava fora a tanto tempo que festejar sua volta era indispensável. Todos vibravam com o esforço empenhado para trazê-la de volta.

Todo o povo adorava ao Senhor com danças e cânticos comemorando com Davi, seu rei, aquela conquista. Todo o povo se alegrava com o retorno de uma das maiores representações da presença de Deus, considerando a imparidade daquele momento. Todo o povo se abraçava entre saltos de júbilo.

Todo o povo focava quase sem piscar para a grandeza e o resplendor da arca sendo carregada de forma solene. Ninguém queria perder aquele momento, que era único.

Bem, quase ninguém, pois Mical, do alto da janela real, resolveu olhar para outro ponto. Preferiu deixar passar um dos momentos marcantes da vida de seu povo e olhar para seu marido, o rei Davi, que festejava de forma extravagante. Ele estava extasiado com a grandeza daquele momento e decidiu vivê-lo intensamente. Mas a alegria de Davi durou até o momento em que pisou em casa, pois Mical o recebeu com afrontas chamando-o de vadio e sem vergonha.

Mical conseguiu transformar a alegria do rei em ira. Conseguiu uma briga com seu marido e ganhou uma maldição de esterilidade: ela jamais teve filhos. Infelizmente, Mical não olhou para o lugar certo e isso gerou nela as ações que definiram o fracasso de toda a sua vida. Ela escolheu pousar seus olhos no lugar errado e teve que arcar com as consequências.

Todos os dias, temos as falhas dos nossos irmãos entre muitas ações que não concordamos para olhar. Mas temos também, bem à nossa frente, a cruz de Cristo. Para onde olhar? Não temos que concordar com tudo o que vemos; contudo, devemos considerar todas as coisas por meio do ponto de vista da cruz e agir segundo a Palavra de Deus. Caso contrário, estaremos predispostos a improdutividade assim como Mical.

Não perca o foco, continue olhando para Cristo e siga gerando O Seu amor!

::Nilma Gracia Araujo

Relacione-se bem com outros


Relacione-se bem com outros

Mas os mansos (no final) herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz (Salmos 37.11)

Podemos aprender a nos relacionar bem com as pessoas. É especialmente importante aprender a lidar com os familiares mais próximos e colegas de trabalho. Há muitos livros informativos sobre diferenças de personalidade para nos ajudar a compreender por que as pessoas sentem e reagem da maneira que o fazem. Esse entendimento ajuda a remover as barreiras de relacionamentos estremecidos.

Pessoas tomam decisões de formas diferentes. Alguns dão uma resposta imediata, enquanto outros, primeiramente, querem ter tempo para pensar sobre as coisas. Tente compreender as pessoas que você encontrar hoje. Peça a Deus que lhe mostre formas de relacionar-se bem com elas. Deus lhe concederá graça à medida que você confiar nEle.

A oração cristã

Não sejam iguais a eles [os pagãos], porque o seu Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de o pedirem.Mateus 6.8

A razão pela qual os cristãos não devem orar como os pagãos é que cremos no Deus vivo e verdadeiro. Não devemos fazer como eles fazem porque não devemos pensar como eles pensam. Pelo contrário, "o seu Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de o pedirem". Ele não é nem ignorante acerca de suas necessidades nem hesitante em atendê-las. Por que, então, devemos orar? Qual a utilidade da oração? Deixemos Calvino responder às nossas perguntas com sua costumeira clareza:

Crentes não oram com o objetivo de informar a Deus sobre coisas que lhe sejam desconhecidas, ou de instigá-lo a cumprir sua obrigação, ou de conclamá-lo, como se estivesse relutante. Pelo contrário, eles oram a fim de que possam despertar a si mesmos com o intuito de buscá-lo, exercitar sua fé na meditação em suas promessas, aliviar-se de suas ansiedades ao derramar-se em seu seio; em uma palavra, que possam declarar que têm esperança e esperam dele somente, para si mesmos e para os outros, todas as coisas boas.

Se a oração dos fariseus era hipócrita e a dos pagãos mecânica, a oração dos cristãos por sua vez deve ser verdadeira — sincera em oposição à hipocrisia, reflexiva em oposição à mecânica.

A chamada oração do Pai-Nosso foi dada por Jesus como um modelo de como deve ser a oração genuína do cristão. De acordo com Mateus, ele a deu como um padrão a ser copiado ("Vocês, orem assim…", v. 9); de acordo com Lucas, como uma forma a ser usada ("Quando vocês orarem, digam…, Lc 11.2). Na verdade, podemos usar a oração de ambas as maneiras.

Jesus nos ensinou a nos dirigirmos a Deus como "Pai nosso, que estás nos céus" (v. 9). Isso implica, primeiramente, que ele é pessoal. Ele talvez esteja na famosa expressão de C. S. Lewis, "para além da personalidade", mas, com certeza, não se encontra aquém. Em segundo lugar, ele é amoroso. Não é o tipo de pai de que ouvimos às vezes — autocrata, playboy, beberrão — mas alguém que preenche os ideais de paternidade no cuidado amoroso para com seus filhos. Em terceiro lugar, ele é poderoso. Aquilo que o seu amor indica, seu poder é capaz de realizar. É sempre sábio, antes de orarmos, passar um tempo lembrando quem é aquele a quem estamos nos dirigindo.

Para saber mais: Mateus 6.7-13

>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo[John Stott]. Editora Ultimato.