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2015-03-31

Teste de fidelidade


Teste de fidelidade
// Lagoinha

Ao contemplar vários textos na Bíblia vemos como Deus valoriza quem é fiel. Deus elogia Moisés para os rebeldes Arão e Miriam, destacando sua fidelidade em toda a casa dele (Nm 12.7). Afirma que promoverá no muito quem foi fiel no pouco (Mt 25.23). Declara que os seus “olhos procurarão os fiéis da terra, para que estejam comigo” (Sl 101.6a). Irá receber seus servos na glória destacando que foram bons e fiéis (Mt 25.21). Nos ordena a sermos fiéis até a morte para nos recompensar (Ap 2.10). Elogio, promoção, procura, recepção e recompensa para quem foi fiel nos mostra o como Deus valoriza essa virtude.

Analisando a importância dessa virtude precisamos entender o que ela significa. No grego a palavra fiel significa: “Que manteve a fé com a qual se comprometeu; digno de confiança; aquilo que em que se pode confiar; verdadeiro”*. No hebraico é definida como: “estável; firme; certificado; duradouro; confiar; crer; ter certeza; confirmado; digno de confiança; verificado”*. À luz dessas definições poderíamos dizer que a pessoa fiel é firme, constante e estável naquilo que se comprometeu. Um cristão fiel continua firme com os princípios da Palavra de Deus custe o que custar, por isso, é uma pessoa digna de confiança.

A definição usa também três palavras importantes para entendermos o caráter de quem é fiel: verificado, certificado e confirmado. Esses termos nos indicam que uma pessoa fiel é verificada, testada e confirmada em sua postura antes de ser dito que ela é fiel. Pedro afirmou que não negaria e seria fiel a Jesus então apareceu testes que mostraram sua infidelidade. A Bíblia usa essa ideia ao falar da promoção para um nível novo. “Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.23).

O fiel sofre o teste de sua fidelidade no pouco para então ser conduzido ao muito. O pouco fala de escassez e de não ter o suficiente. Somos testados em nossa fidelidade a Deus, quando estamos diante da falta. Quando falta a compreensão da esposa será verificada a fidelidade do marido em amar.

Quando há pouco dinheiro é testada a nossa fidelidade nos dízimos e nas ofertas. Quando há poucas pessoas chegando no horário é testada a nossa postura firme em chegar no horário. O problema é que muitos hoje justificam a sua infidelidade pelos testes que passam. Eles dizem: “Eu não fui fiel nos dízimos porque o dinheiro é pouco.”; “Eu fui grosso com ela porque ela agiu errado comigo”; “Todo mundo chega atrasado eu chego também”. Testes viraram desculpas. É por isso que muita gente não é conduzida a viver o muito que Deus quer entregar.

A palavra teste ou prova nos conduz a aprovação ou reprovação. Se um aluno diz que sabe uma matéria ele fará uma prova que verificará seu conhecimento. Se ele passar será aprovado para um novo nível se for reprovado continuará onde está. Para ser aprovado para um novo nível não seja reprovado no seu teste de fidelidade.

* STRONG, James. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil. 2005. In: Biblioteca Digital da Bíblia para sistema operacional Windows.

Por Cristo vale a pena


Por Cristo vale a pena
// Lagoinha

Mateus, capítulo 10, verso 39, Jesus diz assim: “Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á”. Mas muitos não sabem da riqueza que é viver de acordo com essa palavra, têm o pensamento: “Ah, a minha vida é muito boa, esse negócio de ir à igreja, frequentar ou abrir a minha casa para uma célula, não é comigo, eu não quero, eu quero é viver minha vida”. Somos livres e podemos fazer escolhas, porém, a escolha que não inclui Jesus e Seus valores, mandamentos, não é boa, não é sábia.

Muitas são as pessoas que vão à igreja apenas interessadas em receber aquilo que ela tem para oferecer, se tem conforto, se tem um marido ou uma esposa, se tem estacionamento, ar-condicionado, pessoas bonitas, enfim, procuram saber o que ganharão naquela congregação. Mas o que aprendemos na Palavra é completamente diferente: “Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á”, ou seja, quem procura os próprios interesses nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo, porque é seguidor de Cristo, terá a vida verdadeira.

Amado, nossa esperança não pode estar limitada a esta vida, e se você acha que sua vida é apenas neste mundo, veja o que a Palavra diz: “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (1Co 15.19). Ou seja, se a nossa confiança em Cristo estiver apenas na dependência de nossa existência neste mundo, que é passageiro, nos tornamos os mais miseráveis dos seres humanos. O apóstolo Paulo nos ensina que, por mais que as circunstâncias à nossa volta não nos traga esperança, a nossa existência não se limita a esta vida terrena, mas a nossa esperança está em Cristo e na certeza de que nele temos vida e vida em abundância, uma vida eterna. Se acharmos que nossa vida está resumida apenas no “aqui”, do que nos aproveitará vivermos piedosamente?

E poderia falar de João Batista, de Pedro e de tantos outros que andaram com Jesus, mas quero comentar a respeito de Estêvão, um homem santo, que falava sobre Jesus com ardor, com fervor, e que não O negou mesmo diante de uma das mortes mais cruéis que existe. E um pouco da história de Estêvão está registrada no livro de Atos, capítulo 7, versos 54 a 60. Ele foi apedrejamento, mas não negou ao Senhor.

Querido leitor, você sabe o que é a morte por apedrejamento? Aquele que se enforca morre rapidamente, mas a morte por apedrejamento é lenta, a pedra tem que ser lançada com força, não atirada simplesmente, e cada osso da pessoa é quebrado. Estêvão deveria estar ajoelhado, recebendo no corpo aquelas pedras lançadas com fúria, com firmeza, atiradas pelos seus cruéis adversários. Mesmo diante de tanto sofrimento, Estêvão clamou em alta voz, foi um brado e todos puderam ouvir: “Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu”. Estêvão sabia sobre a luta de todo crente, que não é contra carne e sangue; é espiritual. Por isso, sua atitude para com aqueles que lhe tiraram a vida foi a de filho de Deus e templo do Espírito Santo.

Estêvão morreu por amor a Cristo, e Cristo morreu não só para que tenhamos uma vida de privilégios, a Palavra diz que: “Foi para isto que Cristo morreu; para ser Senhor, tanto dos vivos quanto dos mortos” (Rm 14.9). Ao escolher caminhar com Jesus é preciso conhecer, antes de tudo, quem de fato Ele é, e não somente o que Ele pode realizar. Não procure conhecer apenas uma faceta do Mestre, deseje conhecer o Dono, o Amo, o Soberano, a Máxima Autoridade e o Chefe. Saiba que mais vale um minuto com Cristo do que a vida inteira sem Ele.

Deus abençoe!

A fé retira o medo


A fé retira o medo
// Lagoinha

Definitivamente, não há espaço para o medo quando se tem fé, ponto final, são sentimentos completamente opostos, se há medo não há fé, se há fé não há medo. Sendo direto, se você tem medo de alguma situação ou de algo, então você precisa exercitar mais a sua fé, todos passamos por momentos difíceis, em que parece que não há solução para nossos problemas, nestas horas é que podemos ver até que ponto nossa fé vai, use este momento para exercitar a sua fé, para aumentar a sua comunhão com Deus e se tornar mais íntimo dele. Preste atenção, não estou falando de aproximar-se de Deus para conseguir o milagre, porque o alvo não pode ser o milagre, mas, sim, Cristo. Isso geraria um outro problema.

A questão da “Fé x Medo” pode ser vista com clareza quando Pedro vê um “fantasma” andando pelo mar no meio da noite, e ao identificar que era Jesus pediu para que Jesus permitisse que ele fosse estar perto de Jesus (ver Mateus 14.28), Jesus então o chamou, e ele, sem pensar duas vezes, se lançou para fora do barco e pôs-se a andar sobre as águas também. E tudo ia bem até que ele percebeu o que ele mesmo estava fazendo, e talvez ele tenha se questionado quanto à veracidade daquilo, até que a palavra nos conta que ao olhar em volta, e notar a força dos ventos e das ondas, teve medo, observe que antes de perceber toda a situação em volta estava indo tudo bem, já se perguntou como?

Porque naquele momento ele estava focado em Jesus, que estava logo ali à sua frente, e por um momento, não havia onda, nem vento, nem escuridão, nem mar, somente ele e Jesus, num momento ímpar de confiança, só então, depois de notar as coisas ao seu redor, teve medo, e começou a afundar, percebe que quando há medo não há fé? É exatamente isso que Jesus fala para ele quando socorrerá seus gritos de socorro: “E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste?” (versículo 31).

É interessante aqui lembrar-nos da definição bíblica de fé: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem” (Hebreus 11.1). “Não confunda fé com esperança, não confunda fé com achismo, você não espera que acontecerá, você não acha que acontecerá, você tem certeza que acontecerá, porque aquele a quem você confiou é fiel para cumprir!

A Bíblia é cheia de exemplos de pessoas que tinham tudo para temer a situação, mas escolheram colocar a fé em primeiro lugar, tendo a certeza que Deus interviria na situação (ver Romanos 8.28), mesmo se seu desafio for gigante e você pequenino (a), você não terá nada o que temer.

Que o Senhor Jesus abençoe você e toda sua família!

::Juan Phillipe

O sol que torna a brilhar


Vocês têm ouvido a respeito da paciência de Jó e sabem como no final Deus o abençoou. (Tg 5.11a)

A palavra paciência em relação a Jó aparece duas vezes nas Escrituras. Enquanto Tiago chama a atenção dos leitores para a paciência de Jó, Eliú, o mais jovem dos consoladores, diz a ele: “Jó, tenha um pouco mais de paciência, pois ainda vou lhe mostrar que tenho outras coisas a dizer a favor de Deus” (Jó 36.2). É algo curioso: ele está pedindo ao homem mais paciente da História que seja paciente!

A não ser Ezequiel e Tiago, ninguém mais cita o nome de Jó em toda a Bíblia, fora do livro que leva o seu nome. O escritor da Carta aos Hebreus não o inclui na relação dos heróis da fé. Jesus também não o menciona. Tiago faz justiça a Jó. Se Abraão é exemplo de fé, Jó é exemplo de paciência.

Tiago deveria ter em mente aquela incrível declaração de fé do homem da terra de Uz: “Eu sei que o meu defensor vive; no fim, ele virá me defender aqui na terra” (Jó 19.25). Não é fácil esperar pelo fim do sofrimento, mas ele virá a seu tempo: o dia ensolarado depois da tempestade, a alegria depois da tristeza, a abundância depois da penúria, o ânimo depois do desânimo, a cura depois da enfermidade, a revelação depois da obscuridade, a ressurreição depois da morte, a glória depois da vergonha. “Não é possível ver o sol quando está escondido pelas nuvens”, Eliú vem em auxílio a Jó, “mas ele brilha de novo, depois que o vento passa e limpa o céu” (Jó 37.21). O patriarca, que perdeu todos os bens, todos os filhos, todo o prestígio e toda a saúde, ouviu o seu amigo mais ajuizado dizer-lhe: “Jó, pare um instante e escute; pense nas coisas maravilhosas que Deus fez” (Jó 37.14). Centenas de anos depois, Tiago lembra a virada que Deus proporcionou a Jó: “Vocês sabem como no final Deus o abençoou”.

— Deus parece esconder-se por algum tempo, mas depois ele aparece como o sol depois da chuva!

>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

Deus o fortalecerá


Deus o fortalecerá
// Lagoinha

“A minha alma, de tristeza, verte lágrimas: fortalece-me segundo [as promessas da] tua palavra. Afasta de mim o caminho da falsidade [a Ti] e favorece-me com a tua lei” (Salmos 119-28-29)

Precisamos ser fortalecidos e renovados diariamente em nosso físico, em nossa mente e em nossas emoções. Precisamos ser fortes para que não nos abalemos todas as vezes que enfrentarmos alguma situação que não planejamos.

Jesus é o mesmo ontem, hoje e para sempre. Ele quer que desenvolvamos estabilidade em nossa vida. Podemos ser fortalecidos e renovados quando buscamos fortalecimento do Senhor, ao exercitarmos nossa fé e fazer o que Ele nos diz.

2015-03-30

Seja proativo


Seja proativo
// Lagoinha

“Volta-te para mim e compadece-te de mim: concede a tua força (poder e inflexibilidade contra a tentação) ao teu servo” (Salmos 86.16)

Jesus alertou Seus discípulos sobre tudo que Ele passaria, porque sabia que seria difícil também para eles. Ele lhes disse: “Orai, para que não entreis em tentação” (Mateus 6.13;26.41). Ele não disse: “Esperem para orar somente quando forem tentados, ou ao caírem em tentação, ou quando estiverem enterrados até o pescoço no pecado e na perversão”! Jesus nos ensina que devemos ser proativos, o que o dicionário Webster define como “agir em antecipação a problemas, necessidades ou mudanças futuras”.

Muitos israelitas já tinham morrido pelas mordidas de serpentes antes que o restante finalmente pedisse: “Ore por nós, Moisés, pois temos pecado” (Números 21.4-9 – AMP). Eles deveriam ter reconhecido suas necessidades pela ajuda de Deus muito antes! Não espere até que esteja em problemas para buscar a Deus. Peça-lhe que o impeça de cair em tentação hoje.

Coragem para tomar a decisão correta


Coragem para tomar a decisão correta
// Lagoinha

Há muitos homens cristãos, mas poucos homens de Deus. Em 1Reis, capítulo 18, lemos sobre a diferença que pode fazer um homem de Deus: “Elias está aqui!” (v.8). Quando Elias apareceu, tudo mudou. Ninguém ficava indiferente ou conseguia ignorar a presença dele. Dentro dessa perspectiva, onde podemos encontrar, hoje, homens de Deus que se destacam dentre tantos outros? Quando Elias orou para que a chuva parasse, aquela era uma  representação física de que a nação passava por uma seca espiritual e precisava se voltar para Deus. A chuva simboliza as bênçãos de Deus no avivamento. Ele orou, e os céus retiveram as chuvas de bênçãos por três anos. Onde estão os homens de determinação? Onde estão aqueles que se levantam contra a opinião da maioria e falam em nome de Deus?

Elias foi um homem que não hesitou em conclamar o povo a optar por Deus. É hora de todo marido e todo pai chamar sua família a tomar uma decisão. Os dias de hoje exigem uma fé que não se dobra, uma fé genuína. A maioria dos membros da igreja gosta de ouvir sermões sobre Elias, mas mudaria de congregação se Elias fosse chamado para ser o pastor de sua igreja. Deus está  à procura de homens totalmente entregues a Ele. A resposta é sim ou não; não existe meio termo. Elias foi um homem de atitude e um homem de oração. Para ser eficaz na obra de Deus e em sua família, você precisa ser um homem de oração.

Precisamos de homens que sejam líderes, profetas e sacerdotes, sejam quais forem as circunstâncias. Elias não era um super-homem; mas ele podia orar. Ele orou por água e por fogo. Precisamos nos dias de hoje das duas coisas. Precisamos do fogo do Espírito e das águas do avivamento. Deus procura por homens assim. Ele procura por homens que dirão: ”Eis-me aqui. Envia-me a mim”. Precisamos de alguém como Elias, porque nossa sociedade está sendo governada pelos que não são tementes a Deus – e muitos não se importam com isso. Precisamos de uma pessoa com coragem, que seja firme e nos chame para um despertar. Elias foi um homem de verdade. Ele não se misturava com a multidão de superficiais. Muitos homens se comprometem mais com o trabalho, TV e o esporte do que com Cristo. Eles não recusariam ingressos de um jogo de futebol ou um convite para outra atividade, mas se esconderiam nos lençóis ou em poltronas vendo TV se estivesse chovendo num domingo na hora do culto.

Quem poderia ser esse homem hoje? Eu, você? Deus neste momento sonda o nosso ser procurando por um homem cujo coração esteja firmado nele. Elias foi o homem de Deus designado para afrontar Acabe e Jezabel, que não eram tementes a Deus. Três anos mais tarde a terra passou por grande fome, mas mesmo diante da morte, da fome e da desidratação, as pessoas permaneceram fiéis aos falsos deuses. Você diria que hoje, com tantos furacões, alagamentos, tremores, tornados e erupções vulcânicas, Deus está tentando nos dizer algo? A vida de Elias foi baseada no ardente desejo de ver as pessoas voltarem para o único e verdadeiro Deus. Ele estava indignado com a transigência que o cercava. O homem com fogo em seus ossos clamaria por fogo do céu, porque a honra do Senhor estava em questão. Elias nunca encarava  uma situação quando não tinha certeza da resposta de Deus. Ele tinha determinação, mas a adquiriu dobrando seus joelhos em oração.

Tendo orado e recebido uma resposta de Deus, firme-se nela. Caminhe sobre o campo de batalha, vestindo sua armadura espiritual. Confie que Deus tem ouvido suas orações e honra as Suas promessas. Marche em direção ao campo de batalha. Não ceda à tentação de ficar de fora e entregar sua família ou a sua nação nas mãos de Satanás para ser derrotada. Temos pouco apetite para o alimento da Palavra e o chamado da cruz. Devemos ter coragem de nos afastar e viver em santidade. Por quanto tempo você hesitará? De quanto tempo você precisa? Quantos sermões precisa ouvir? Reaja. Essa é a hora da decisão. Tenha coragem de decidir de que lado você ficará: do mundo ou de Deus.

Que Deus use o exemplo de Elias e nos faça corajosos o bastante para pregarmos a verdade e confrontarmos a cultura deste mundo. Seja no altar interior, que há em seu coração ou no altar de sua igreja, encontre um lugar, ajoelhe-se, e não se levante até que você resolva ser quem Deus precisa usar neste momento. Fique ali até que o fogo de Deus aqueça o seu coração, até que rios de água-viva inundem o teu ser. Coragem é a determinação que traz mudanças; e determinação é a persistência em prosseguir até que vejamos a mudança acontecer. Quem quer ser o primeiro?

::Pr. Newton Rodrigues

2015-03-29

Clame ao Senhor


Na minha angústia clamei ao Senhor; e o Senhor me respondeu, dando-me ampla liberdade. [Salmos 118.5]

Você precisa aprender a clamar ao Senhor. Não fique sozinho, nem deite no sofá balançando a cabeça e permitindo que seus pensamentos o torturem. Não se preocupe em como sair da situação em que se encontra nem fique meditando sobre a sua vida terrível, sobre quão miserável você se sente e quão mau você é. Em vez disso, diga: “Controle-se, seu preguiçoso! Dobre seus joelhos e levante suas mãos e olhos para o céu. Leia um salmo. Diga a oração do Pai-Nosso e diga a Deus, em lágrimas, o que você necessita”. Essa passagem nos ensina a clamar a ele. Semelhantemente, Davi disse: “Derramo diante dele o meu lamento; a ele apresento a minha angústia” (Sl 142.2). Deus deseja que você conte a ele os seus problemas.

Ele não quer que você os guarde para si. Ele não quer que você lute com eles sozinho e se torture. Fazer isso só multiplicará os seus problemas.

Deus sabe que você é muito fraco para vencer os seus problemas por si mesmo. Ele deseja que você cresça se tornando forte nele. Então ele será aquele que recebe a glória. Das experiências difíceis é que emergem os verdadeiros cristãos. Sem problemas, as pessoas falam muito sobre fé e sobre o Espírito, mas não sabem realmente o que essas coisas são ou o que estão dizendo.

Você nunca deve duvidar que Deus conhece os seus problemas e ouve as suas orações. Você não deve orar casualmente ou como se estivesse falando ao vento. Isso é um deboche à oração e coloca Deus à prova. Nesse caso, seria melhor nem orar. Você deve aprender a regozijar-se na parte da passagem que diz: “o Senhor me respondeu, dando-me ampla liberdade”. O salmista reconhece que o Senhor o ouviu e o livrou dos seus problemas.

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.

Espere com um propósito


Espere com um propósito
// Lagoinha

“Também a minha alma [assim como meu corpo] está profundamente perturbada; mas tu, Senhor, até quando [quando responderás e falarás de paz a mim]? Volta-te, Senhor [para meu alívio], e livra a minha alma; salva-me por tua graça” (Salmos 6.3-4)

Evite ser negativo quando olhar para suas circunstâncias. Aguarde com expectativa que Deus lhe dê forças para andar no fruto do Espírito (Gálatas 5.22-23). Espere de forma determinada; silenciosamente atente à voz do Senhor, aguardando intensamente que Ele aja.

Diga-lhe: “Pai, recebo força para ser Teu embaixador e testemunha. Tua Palavra diz para amar as pessoas que me maltratam. Embora seja difícil fazê-lo humanamente, recebo de Ti força para amar hoje”.

Então, aguarde pela oportunidade de agir de forma bondosa enquanto Ele lhe dá forças para fazê-lo.

2015-03-28

É pecado ficar parado

Comete pecado a pessoa que sabe fazer o bem e não faz. (Tg 4.17)

Parece uma coisa nova: “saber o que é certo e não fazer é pecado”. Não, não é nenhuma novidade, pelo menos para os leitores de Tiago. Ele já havia dito a mesma coisa em outras palavras: “A fé é assim: se não vier acompanhada de ações, é coisa morta” (2.17). Tanto o sacerdote como o levita sabiam que, pelo menos em nome da religião, deviam parar na descida da serra entre Jerusalém e Jericó para socorrer aquele homem deixado na estrada pelos que o haviam assaltado. Mas não o fizeram e, portanto, cometeram pecado. O terceiro viajante que passava pelo mesmo caminho não cometeu pecado, porque o socorreu (Lc 10.31-35). Esse tipo de pecado é chamado de omissão, e ele é muito mais comum do que se pensa.

Parece que os próprios teólogos chamam mais atenção para o pecado de transgressão do que para o pecado de omissão. Eles dizem que pecado é uma “rebelião contra as normas de Deus”, “uma energia de reação irracional negativa e rebelde contra Deus” ou uma “quebra da lei de Deus”. Jesus ensinou o mesmo que Tiago quando falou sobre o empregado que sabe o que o patrão quer e o empregado que não sabe. O primeiro, se não faz a sua obrigação, quando o patrão chegar será muito castigado; o segundo, não sabendo o que o patrão quer e faz algo errado, receberá um castigo mais brando. Por quê? Porque o mais castigado sabia o que tinha que fazer e não fez. O menos castigado não sabia e, por isso, não poderia acertar (Lc 12.47-48).

Estando providencialmente na posição estratégica de tomar sobre si a responsabilidade de levar o marido a evitar o morticínio já decretado dos judeus, a rainha Ester, caso não o fizesse, estaria enquadrada no pecado mencionado por Tiago (Et 4.16).

— Preguiça, comodidade, negligência e omissão são pecados!
>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

Desfrutando a firme confiança


Desfrutando a firme confiança
// Lagoinha

“Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar seguro” (Salmos 4.8)

Algumas pessoas sentem que a vida delas é uma verdadeira confusão emocional, mas elas têm direito à estabilidade. Há estabilidade, paz e poder na presença de Deus. As pessoas não precisam deixar suas emoções controlá-las; elas podem aprender como habitar no esconderijo do Altíssimo.

A Palavra diz: “O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente [cujo poder nenhum inimigo pode resistir] diz ao Senhor: Meu refúgio e meu baluarte (fortaleza), Deus meu, em quem [seguramente] confio (de quem dependo e em quem me apoio)” (Salmos 91.1-20).

Eis por que devemos habitar nesse lugar onde experimentamos a presença do Todo-Poderoso.

2015-03-27

Quem eu sou para vocês?


Quem eu sou para vocês?
// Lagoinha

Jesus, certa vez, perguntou aos seus discípulos: “Quem eu sou para vocês?”. Pedro, orientado pelo Espírito Santo, reconhece que Jesus não é simplesmente mais um dos que se autoproclamavam messias. Ele responde: “O Senhor é o Cristo de Deus” – o Senhor é o Rei ungido por Deus que veio trazer o governo de Deus sobre toda a criação, salvando, redimindo e curando tudo o que foi corrompido pelo pecado e pela desobediência. Essa é a confissão básica de onde tudo o mais tem sua origem.

O chamado para seguir a Cristo requer, antes de tudo, uma confissão. Para Pedro e os primeiros discípulos, essa confissão representou um longo caminho de obediência, entrega sacrificial, serviço e martírio. Se Jesus é o Cristo de Deus, o Rei ungido por Deus, enviado para estabelecer seu governo de justiça, paz, alegria e salvação, para aqueles que assim confessam, não existe nenhuma outra opção senão a de segui-lo nos termos que ele mesmo define. C. S. Lewis disse que “o cristianismo, se for falso, não tem valor; se for verdadeiro, tem valor infinito. A única coisa que lhe é impossível é ser mais ou menos importante”.

A experiência cristã começa com uma confissão sobre quem é Jesus. Toda confissão é clara, objetiva e racional. Nenhuma confissão diz respeito ao que sentimos ou achamos. Nenhuma confissão se fundamenta em ideias vagas, conceitos abstratos ou sentimentos subjetivos. Quando Pedro afirma “O Senhor é o Cristo de Deus”, ele reconhece quem Jesus é dentro da história e da teologia.

A partir dessa confissão começa uma longa jornada. Essa confissão nos oferece uma identidade, um caminho, um jeito de viver e um destino. O apóstolo Paulo entendeu sua identidade como uma nova criatura em Cristo. Era um apóstolo de Cristo, um servo de Cristo, um prisioneiro de Cristo, estava no mundo para realizar a vontade de Cristo. “Para mim o viver é Cristo” – disse ele.

Essa confissão nos aponta um caminho onde abrimos mão da busca por autoafirmação e realização. Um caminho onde buscamos obedecer incondicionalmente ao Cristo de Deus. Um caminho onde aprendemos a orar dizendo: “Não o que eu quero, mas o que tu queres”. Nesse caminho, tomamos a nossa cruz e com ela renunciamos nossa agenda, e nos entregamos à agenda do reino de Cristo.

A confissão diz respeito a uma pessoa. Confessamos a Cristo. Seguimos a Cristo e vivemos como Cristo viveu. A vida de Jesus define nosso jeito de viver – nossos relacionamentos, valores, ética e moral. A pergunta de Jesus é clara: “Quem eu sou para vocês?”. Não cabe na resposta um conceito impessoal, seja ele religioso ou ideológico. A resposta será sempre pessoal – “O Senhor é…”. Quando seguimos uma pessoa, quem ela é define quem seremos enquanto caminhamos.

A confissão define nosso destino. O destino de Jesus foi a morte na cruz, o nosso também será. Dietrich Bonhoeffer disse: “Quando Jesus Cristo chama um homem, ele o chama para morrer”. Não existe um meio-termo. Ou Jesus é o Cristo de Deus ou é um grande impostor. Se confessarmos que ele é o Senhor, nosso destino será traçado por ele. Porém, a morte na cruz não foi o destino final de Jesus; a ressurreição e sua ascensão revelam sua vitória sobre a morte e nosso destino final.

Quem é Jesus para você? Escreva a sua confissão usando apenas uma sentença. Não responda repetindo irrefletidamente o que Pedro ou outros já responderam. Dê sua resposta pessoal, uma resposta que seja coerente com a forma como você vive. Todos nós vivemos a partir daquilo que cremos, quer tenhamos consciência da nossa confissão ou não. Uma confissão verdadeira nos conduz a uma vida igualmente verdadeira.

:: Ricardo Barbosa de Sousa

Quem eu sou para vocês?


Quem eu sou para vocês?
// Lagoinha

Jesus, certa vez, perguntou aos seus discípulos: “Quem eu sou para vocês?”. Pedro, orientado pelo Espírito Santo, reconhece que Jesus não é simplesmente mais um dos que se autoproclamavam messias. Ele responde: “O Senhor é o Cristo de Deus” – o Senhor é o Rei ungido por Deus que veio trazer o governo de Deus sobre toda a criação, salvando, redimindo e curando tudo o que foi corrompido pelo pecado e pela desobediência. Essa é a confissão básica de onde tudo o mais tem sua origem.

O chamado para seguir a Cristo requer, antes de tudo, uma confissão. Para Pedro e os primeiros discípulos, essa confissão representou um longo caminho de obediência, entrega sacrificial, serviço e martírio. Se Jesus é o Cristo de Deus, o Rei ungido por Deus, enviado para estabelecer seu governo de justiça, paz, alegria e salvação, para aqueles que assim confessam, não existe nenhuma outra opção senão a de segui-lo nos termos que ele mesmo define. C. S. Lewis disse que “o cristianismo, se for falso, não tem valor; se for verdadeiro, tem valor infinito. A única coisa que lhe é impossível é ser mais ou menos importante”.

A experiência cristã começa com uma confissão sobre quem é Jesus. Toda confissão é clara, objetiva e racional. Nenhuma confissão diz respeito ao que sentimos ou achamos. Nenhuma confissão se fundamenta em ideias vagas, conceitos abstratos ou sentimentos subjetivos. Quando Pedro afirma “O Senhor é o Cristo de Deus”, ele reconhece quem Jesus é dentro da história e da teologia.

A partir dessa confissão começa uma longa jornada. Essa confissão nos oferece uma identidade, um caminho, um jeito de viver e um destino. O apóstolo Paulo entendeu sua identidade como uma nova criatura em Cristo. Era um apóstolo de Cristo, um servo de Cristo, um prisioneiro de Cristo, estava no mundo para realizar a vontade de Cristo. “Para mim o viver é Cristo” – disse ele.

Essa confissão nos aponta um caminho onde abrimos mão da busca por autoafirmação e realização. Um caminho onde buscamos obedecer incondicionalmente ao Cristo de Deus. Um caminho onde aprendemos a orar dizendo: “Não o que eu quero, mas o que tu queres”. Nesse caminho, tomamos a nossa cruz e com ela renunciamos nossa agenda, e nos entregamos à agenda do reino de Cristo.

A confissão diz respeito a uma pessoa. Confessamos a Cristo. Seguimos a Cristo e vivemos como Cristo viveu. A vida de Jesus define nosso jeito de viver – nossos relacionamentos, valores, ética e moral. A pergunta de Jesus é clara: “Quem eu sou para vocês?”. Não cabe na resposta um conceito impessoal, seja ele religioso ou ideológico. A resposta será sempre pessoal – “O Senhor é…”. Quando seguimos uma pessoa, quem ela é define quem seremos enquanto caminhamos.

A confissão define nosso destino. O destino de Jesus foi a morte na cruz, o nosso também será. Dietrich Bonhoeffer disse: “Quando Jesus Cristo chama um homem, ele o chama para morrer”. Não existe um meio-termo. Ou Jesus é o Cristo de Deus ou é um grande impostor. Se confessarmos que ele é o Senhor, nosso destino será traçado por ele. Porém, a morte na cruz não foi o destino final de Jesus; a ressurreição e sua ascensão revelam sua vitória sobre a morte e nosso destino final.

Quem é Jesus para você? Escreva a sua confissão usando apenas uma sentença. Não responda repetindo irrefletidamente o que Pedro ou outros já responderam. Dê sua resposta pessoal, uma resposta que seja coerente com a forma como você vive. Todos nós vivemos a partir daquilo que cremos, quer tenhamos consciência da nossa confissão ou não. Uma confissão verdadeira nos conduz a uma vida igualmente verdadeira.

:: Ricardo Barbosa de Sousa

2015-03-26

Upgrade espiritual

Upgrade espiritual
// Lagoinha

"Já não vos chamarei servos… mas amigos" (João 15.15)

Vivemos em meio a uma corrida tecnológica alucinante. A troca periódica dos aparelhos eletrônicos tornou-se quase uma obrigação. Novos modelos de celulares, televisores, computadores e carros surgem a todo instante. Os softwares (programas e aplicativos) também precisam ser atualizados por questões de inovação ou segurança. O upgrade é essa mudança para uma versão mais avançada.

Será que existe também algum tipo de progresso espiritual que deveríamos experimentar? Quase todas as pessoas querem utilizar tecnologia de ponta, mas, espiritualmente, podem ainda estar na idade da pedra. Precisamos tomar cuidado com esse tipo de inércia, pois o mal também tem suas atualizações. Aquele que era possuído por um demônio pode passar a ter oito, caso não se firme no compromisso com Deus (Mt 12.43-45).

Há quem passe do cigarro para a maconha, depois vem a cocaína, o crack e a overdose. Do sexo ilícito, alguns chegam às doenças venéreas, à gravidez indesejada e ao aborto. Desta forma, os ímpios caminham de mau a pior (1Tm 3.13).

A Bíblia nos mostra que o relacionamento com Deus também tem vários estágios. A condição espiritual do ser humano passa por vários níveis. Precisamos de crescimento e atualização espiritual. O relato bíblico apresenta diversas transições envolvendo o povo de Israel e a igreja.

Os israelitas estiveram no Egito, atravessaram o deserto e conquistaram Canaã. Foram escravos, depois peregrinos e, finalmente, cidadãos. Do ponto de vista das alianças, a Bíblia nos mostra o Antigo Testamento e o Novo, representando um "upgrade" espiritual significativo. O problema é que muitas pessoas não conseguem acompanhar o progresso da revelação divina.

Um caso emblemático está no capítulo 9 de Lucas, quando os samaritanos rejeitaram Jesus. Os discípulos Tiago e João perguntaram: "Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir, como Elias fez"? Jesus lhes respondeu: "Não sabeis de que espírito sois. O Filho do Homem não veio destruir os homens, mas salvá-los" (Lc 9.54-56). Os discípulos estavam parados no antigo exemplo do profeta. Estavam espiritualmente desatualizados, obsoletos. Eles não deveriam imitar Elias, mas seguir o exemplo de Cristo.

Ao citarem Elias, eles demonstraram que tinham conhecimento. Ao sugerirem o "fogo do céu", mostraram que tinham fé. Entretanto, faltava-lhes o amor pelas almas. Vemos, neste exemplo, alguns níveis relacionados a espiritualidade.

Não precisamos imitar Elias nem Moisés. Ambos haviam aparecido no monte da transfiguração, no mesmo capítulo de Lucas, mas os discípulos ainda não tinham compreendido a lição apresentada. Muita gente ainda está parada em "Moisés 1.0″, querendo cumprir a lei, guardar o sábado, adotar a cultura judaica etc.

A conversão é um importante upgrade na vida, passando das trevas para a luz e do poder de Satanás para o Reino de Deus (At.26.18). Entretanto, essa experiência não é o fim, mas apenas o começo da caminhada cristã. Muitos convertidos ficam espiritualmente paralisados.

Não é razoável que alguém tenha se convertido ao evangelho e continue mentindo, roubando, prostituindo ou adulterando. É preciso crescer e abandonar tais práticas pecaminosas. Crer em Jesus é a condição essencial para a salvação, mas se tivermos tempo, há muito mais para fazermos na vida cristã. Imagine uma pessoa que passou 10 anos na igreja, mas não foi batizado, não leu a Bíblia toda, não frequentou a escola bíblica dominical, nunca ofertou, nunca jejuou, nunca evangelizou e ainda precisa de libertação. Seria um caso de paralisia na fé (ou na incredulidade).

Quando Paulo chegou a Éfeso, encontrou alguns discípulos que ainda não tinham ouvido sobre a existência do Espírito Santo. A única experiência que tinham era o batismo de João Batista. Naquele mesmo dia, foram batizados nas águas em nome de Jesus, receberam também o batismo com o Espírito Santo e começaram a falar em línguas e profetizar (At.19). O upgrade foi rápido e forte.

Situação semelhante ocorreu com os hebreus que, devendo já serem mestres pelo tempo transcorrido, ainda precisavam de alguém que lhes ensinasse as doutrinas básicas do Cristianismo. Tendo idade para comerem alimento sólido, ainda precisavam de leite (Heb 5.11-14).

É importante que cada um de nós faça uma verificação de seu estágio atual e tome a decisão de avançar. Ore mais, leia a bíblia, jejue por mais tempo. Faça o que estiver ao seu alcance e Deus fará o restante. Depois que Daniel e seus amigos renunciaram aos manjares da Babilônia, Deus os conduziu a um estágio superior em sua espiritualidade, dando-lhes inteligência, sabedoria e entendimento (Dn 1.17).

Os líderes podem conduzir os crentes até certo ponto, mas os grandes avanços espirituais só podem ser realizados pelo próprio Deus na vida daqueles que o buscam de todo coração. João Batista disse: "Eu vos batizo com água, mas aquele que vem após mim… vos batizará com o Espírito Santo e com fogo" (Mt 3.11). Ninguém poderia dizer: "João, nos batize com o Espírito Santo". Isto lhe seria impossível. Deixemos nosso comodismo e busquemos ao Senhor, para que ele nos conduza ao próximo nível espiritual. Deus tem um plano maravilhoso para nós. Ele quer realizar o sobrenatural e o inimaginável através das nossas vidas.

 ::Pr. Anísio Renato de Andrade

O pecado principal

Existe um pecado do qual nenhum ser humano está livre e que todos odeiam.

Todos sentem repulsa quando o identificam em alguém e dificilmente uma pessoa que não seja cristã imaginará que possa ser culpada por isso. Já ouvi pessoas admitindo que têm mau humor ou que são covardes. Porém, não acho que tenha ouvido uma pessoa, que não seja cristã, acusar-se desse pecado. E, ao mesmo tempo, raramente encontrei outro ser humano, que não fosse um cristão, que demonstrasse um pouco de misericórdia para com isso nas outras pessoas. Não há outra falha humana que torne o homem tão impopular, e nenhuma da qual estejamos mais conscientes. E quanto mais temos em nós, mais detestamos nos outros.

O pecado a que estou me referindo é o do orgulho e da presunção. E a virtude contrária a ele na moral cristã chama-se humildade. Talvez você se recorde de que, ao falar da moral sexual, disse que esta não constituía o centro da moral cristã.

Com isso chegamos ao nosso ponto central. Dizem os educadores cristãos que o pecado principal, a mais hedionda maldade, chama-se orgulho. Falta de caridade, raiva, ambição, bebedeira e tudo o mais não passam de sombras em comparação a ele. Foi pelo orgulho que o Diabo se transformou em Diabo. O orgulho leva a todos os demais pecados: trata-se de um estado mental totalmente anti-Deus.

>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.

2015-03-25

Pare de fugir...


Pare de fugir…
// Lagoinha

Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece” (Tiago 4.14)

Estive pensando porque os dias passados eram mais longos e hoje ninguém tem tempo para nada. Afinal, continuamos com as mesmas 24 horas, não fomos sugados por nenhuma máquina do tempo e o sol continua nascendo e se pondo religiosamente no mesmo horário. Obviamente não foi a natureza que mudou sua rotina, como muito se fala por aí, talvez alguém tenha adicionado um bom leque de atividades em nossa rotina, tornando a vida tão acelerada que mal tenhamos tempo para nos cumprimentarmos.

Uma vez ouvi durante uma palestra que há muitas pessoas que lotam a agenda para não terem tempo de ficarem sozinhas consigo mesmas, pelo simples motivo de não suportarem a própria presença. E estive pensando que embora a afirmação seja severa é também legítima. Faça o teste! Tente chegar em casa sem ligar a TV, o computador, ou algo que lhe traga entretenimento, e apenas fique quieto por um pouco de tempo. Digo você a sós com Deus em um silêncio íntimo, sem música ou qualquer outra coisa que possa mudar ou envolver o ambiente. Só você e Ele. Estar só, às vezes assusta e, por isso, nos envolvemos de falsas companhias criadas pela tecnologia para que, pelo menos, possamos criar a imagem de que estamos fazendo algo ou estamos com alguém.

Uma vida muito corrida é o que o presente século tem gerado para que as pessoas não vejam o tempo passar e possam, de alguma maneira, esconder o vazio da alma. Ninguém para, mas quando alguém decide aquietar o que se vê são dores e lágrimas. Todas essas minhas palavras não são uma defesa a uma vida monótona ou reflexiva como os monges, mas a afirmação de que você precisa parar diante do Criador. Não dá mais para fugir, se esconder em todas essas tarefas, foi Ele quem lhe fez, só Deus conhece como você funciona e o segredo para dar certo.

Sabe qual é a verdade? É que suas tentativas para fazer a vida andar mais rápido têm funcionado e ela passará como um vapor. A minha e a sua vida passarão com a mesma brevidade que uma planta que hoje está, mas amanhã é cortada. Se essas fagulhas de momento que temos aqui forem vividos como se pertencermos a essa terra, quão indigno entre os homens nós somos! Que possamos usufruir da vida abundante que Ele tem a nos oferecer que faz os dias terem sentido e alegria.

:: Érica Fernandes

O "se Deus quiser" das pessoas sérias


O que vocês deveriam dizer é isto: “Se Deus quiser, estaremos vivos e faremos isto ou aquilo”. (Tg 4.15)

Talvez a expressão envolvendo o nome de Deus mais falada no mundo ocidental seja “se Deus quiser”. Tornou-se uma frase popular, repetida milhares de vezes sem expressar um desejo sincero pela direção de Deus. Ela pode ser dita por acaso até mesmo por um ateu professo ou por um descrente. Trata-se de um chavão (ou clichê), uma sentença muito desgastada pelo uso.

Não deveria ser assim porque se buscarmos a vontade de Deus em nossas encruzilhadas de modo humilde e sincero, ele pode nos orientar. Quem sai ganhando somos nós mesmos porque caminharemos com segurança, sem o tormento da eterna dúvida: acertei ou errei? Buscar a direção vale como um culto prestado à soberania de Deus.

A vontade de buscar a vontade de Deus é um patrimônio dos crentes levado a sério desde os tempos mais remotos. Tanto Abraão como o seu servo Eliezer contaram com a direção do Senhor para encontrar uma esposa para Isaque (Gn 24.7,12). Quando soube que os filisteus estavam atacando a cidade de Queila e roubando o trigo recém-colhido, Davi perguntou ao Senhor: “Devo ir e atacar os filisteus?” (1Sm 23.2). Paulo e Barnabé deixaram-se dirigir por Deus quanto a uma nova frente missionária. Quando Deus os impediu de anunciar a Palavra na Ásia e na Bitínia, eles esperaram em Trôade a revelação do Senhor da seara. E naquela noite Paulo ouviu e entendeu o clamor macedônico. “Logo depois dessa visão”, escreve Lucas, “nós resolvemos partir logo para a Macedônia, pois estávamos certos de que Deus nos havia chamado para anunciar o evangelho ao povo dali” (At 16.10).

Graças a essa sensibilidade e à sábia direção de Deus, a Europa começou a ser evangelizada.

— Quem pede honestamente a direção de Deus assume o compromisso de fazer o que ele mandar!
>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

Não é tarde demais!


Não é tarde demais!
// Lagoinha

Josué 14.6 a 13

Ele tinha oitenta e cinco anos e já havia visto muitas coisas. Nas gavetas de suas memórias, dobradas como roupas que quase não se usa mais, repousavam lembranças da complexidade que foi sua vida. O senhor Calebe viveu grandes coisas entre guerras e conquistas. Aquela era, merecidamente, hora de descansar, se aposentar e deixar para os mais jovens as lutas diárias, afinal poucos da sua geração tinham tanto êxito a contar para os netinhos. Ele era um exemplo de vencedor e isso já estava bom!

Mas seus velhos olhos insistiam em mirar o monte Hebron. Aquelas colinas o atraíam como o canto de um pássaro no silêncio e suas lembranças insistiam em ecoar as palavras de Moisés há quarenta e cinco anos. Uma promessa: a posse daquele monte por herança. Calebe conhecia sua condição, sabia que já era idoso e não ignorou sua realidade. Mas toda vez que olhava para o alto via a promessa e ela fazia refletir um homem tão forte como um jovem de quarenta anos. A autoimagem de Calebe era tão bem resolvida que ele reivindicou seu direito a Josué, ainda que tivesse que lutar com gigantes para conquistar aquele lugar.

Calebe sabia das dificuldades existentes para fazer cumprir aquela promessa. Ele podia desistir, aliás era muito mais fácil deixar “pra lá” e se contentar com a “aposentadoria”, não é mesmo? Entretanto, ele não desistiu, decidiu que, ainda que seu corpo estivesse velho, a promessa de Deus não havia caducado com o tempo.

Para nós, o tempo também passa e vai aos poucos desbotando as promessas que eram tão vivas como vermelho sobre branco. A alegria do milagre por vir vai apagando em nossa mente. Os gigantes do cotidiano gritam por tanto tempo: “não vai dar”, que às vezes esquecemos a suave voz da promessa, perdemos a fé e acreditamos que estamos velhos demais para conquistar.

Calebe não achava que era velho, ele tinha certeza da sua idade, contudo, a sua maior certeza era a fidelidade do Senhor da promessa. Fé! Quem disse que é tarde demais?

Minha mãe orou por mais de trinta anos pela conversão de todos os filhos. Agora, aos oitenta e quatro anos chegou a alegria de ver o último filho se convertendo e se preparando para o batismo. Aleluia! Mas ela não parou e continua orando pelos netos e bisnetos. Não é tarde demais, lembre-se da promessa, agarre-se à juventude desse dia e encontre ali forças para lutar e conquistar. Se Deus prometeu, na hora certa, irá cumprir.

:: Nilma Gracia Araujo

2015-03-24

Relacionamento com Deus


Relacionamento com Deus
// Lagoinha

“Deus vai falar comigo agora” pode ser apenas uma expressão para algumas pessoas. Já outras, não fazem uso desta porque realmente têm dificuldades em ouvir a voz de Deus. Mas tanto para aqueles que somente usam a referida expressão quanto para aqueles que têm dificuldades em ouvir a voz do Senhor, há uma pergunta: Como podemos ouvir a voz de Deus, como discernir a voz de Dele?

Aquele que é ovelha do Senhor sabe discernir a Sua voz, tanto por meio da Palavra de Deus, como as outras formas que Deus usa para falar conosco. E para aquele que se familiariza com a voz de Deus, se torna mais difícil tomar o caminho errado, pois a voz do Senhor se torna nítida, e ele segue a direção que Deus lhe dá, conforme descrito em João 10.27: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem”.

A nossa fé não é religião, é um relacionamento com Deus. Muitas vezes as pessoas acreditam que relacionamento com Deus são usos e costumes, a forma de usar o cabelo ou mesmo as vestimentas, mas a intimidade com Deus está em ouvir a Sua voz e fazer a Sua vontade em nossa vida.

Intimidade implica em conhecimento do outro, e quando conhecemos, reconhecemos e ouvimos a voz, não precisamos ver, mas sabemos quem está falando só de ouvir a voz, e isso acontece também com Deus. A nossa fé é a intimidade com Ele. Quanto mais íntimo do Senhor nós tornamos, mais conheceremos a voz Dele. Ele mesmo disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço…” O Senhor conhece o nosso levantar e o nosso deitar, o que gostamos e o que não gostamos, Ele sabe tudo sobre nós, os nossos pecados, mas, mesmo assim, nos ama.

Nós, a igreja, os cristãos, somos ovelhas do rebanho do Senhor. E a única defesa que as ovelhas têm é o pastor; elas não têm os dentes afiados como o lobo, nem garras com as águias, não têm velocidade. O protetor da ovelha é o pastor. E Jesus se apresenta como esse pastor, o bom pastor que deu a vida por suas ovelhas e tornou-se a porta do aprisco de Deus, como o grande pastor ressuscitou dentre os mortos para cuidar das Suas ovelhas e Ele virá outra vez para buscá-las. O Bom Pastor vai adiante das Suas ovelhas, elas o seguem e lhe reconhecem a voz.

Mas você pode perguntar, como em meio a tantas pessoas, Ele vê e ouve cada um de nós? A reposta é sim. Querido(a), quando confessamos os nossos pecados a Ele, não é para Ele ficar sabendo, pois Ele já sabe, mas contamos para reconhecermos o nosso pecado, e para sabermos que Ele já sabe. Deus conhece o nosso coração, Ele sabe de todas as coisas.

Amado(a), não há como escapar da onisciência divina. Deus nos conhece e nos protege, não podemos nos esconder da sua presença. Portanto, nossa fé implica em relacionamento, intimidade com Ele. E Deus nos chama para termos relacionamento com Ele, como Igreja do Senhor, possamos ouvir e reconhecer a voz Dele. Essa é uma promessa do Senhor para nós, mas também precisamos buscar e colocar em prática o ouvir a voz de Deus, a discernir a voz Dele. Existem tantas vozes de uma forma geral, tantos timbres, mas precisamos reconhecer a voz de Deus.

Você pode ver a digital de Deus em todos os seus caminhos, em todas as suas decisões? A vontade do Senhor é esta: “Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas”. Naqueles caminhos que são tortuosos, que não têm a digital Dele, aqueles caminhos, como diz a Palavra, que aos nossos olhos parecem direito, mas que ao fim são caminhos de morte, você precisa reconhecer a presença do Senhor em TODOS eles. Mas será que você vê Deus em todos os seus caminhos? Em tudo que faz, nas suas decisões pode ver a digital de Deus. A nossa vida é marcada pelos recomeços, escolha confiar a Deus todos os seus caminhos a partir de agora.

Deus abençoe!

O ápice de uma vida


Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão? Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, ele foi ao templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para lhe fazer conforme requeria o costume da lei, Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo:

"Ó Soberano, como prometeste, agora podes despedir em paz o teu servo. Pois os meus olhos já viram a tua salvação

(Lucas 2:25-30).

O ÁPICE DE UMA VIDA

Que cena comovente é esta! Simeão era um homem que aguardava pelo Messias que Deus prometera. Deus lhe falou que ele não morreria até que visse o Prometido de Israel. Certo dia, quando "aconteceu" de estar no templo, Maria e José vieram oferecer o sacrifício que a Lei requeria após o nascimento de um filho, e os três tiveram esse maravilhoso encontro. Simeão estaria ali "por acaso", por "acidente"? Não, "movido pelo Espírito, ele foi ao templo" no exato momento em que os pais traziam o menino Jesus. Que você seja também movido pelo Espírito Santo em todas as suas atividades diárias!

Tomando o Bebê nos braços, ele discerniu quem era aquele menino. Como é comovente ver que Simeão reconheceu no pequeno bebê o Salvador, Aquele por quem esperou a vida inteira. Sua resposta foi natural, um transbordar de seu coração ? ele louvou Deus! Para Simeão, aquele momento foi o ápice de sua vida; depois disso, o que restava mais da vida para ele? Era como se ele falasse assim: "Senhor, esta é a maior experiência que eu poderia ter. O que há na vida melhor que isso? Oh, deixe-me morrer em paz para que eu possa estar em Tua presença para sempre. Não há nada mais sublime!".

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Sofrendo por fazer o bem


Quem há de maltratá-los, se vocês forem zelosos na prática do bem? Todavia, mesmo que venham a sofrer porque praticam a justiça, vocês serão felizes. 
“Não temam aquilo que eles temem, não fiquem amedrontados.” [1 Pedro 3.13-14]

Pedro não quer que você diga que a pessoa que o prejudicou estava agindo corretamente. Pois há um julgamento muito diferente entre eu e Deus e entre eu e você.

Por exemplo, eu posso ter ira, ódio e desejos maus no meu coração e não machucá-lo. Você continuará ileso e nada terá contra mim. Mas, diante de Deus, eu sou culpado. Se ele me punir, faz o que é certo, pois eu sem dúvida mereci a punição. Se ele não me punir, então está usando de misericórdia comigo. Em qualquer caso, ele estará certo. Mas isso não significa, consequentemente, que a pessoa que me perseguir também estará agindo corretamente. Pois eu não procedi mal com aquela pessoa, diferente de como procedi com Deus.

Em Ezequiel 29.19-20, Deus fala sobre o rei Nabucodonosor. É como se Deus estivesse dizendo: “Você não sabe que ele tem sido meu servo e tem me servido? Agora, eu devo dar-lhe uma recompensa. Eu ainda não o paguei. Eu lhe darei a terra do Egito como sua recompensa”. Nabucodonosor não tinha direito à terra, mas Deus tinha o direito de punir outros por meio dele. Para que esses salafrários malvados não comessem seu pão sem pagar, Deus os faz servi-lo por meio da perseguição ao seu povo.

Assim, a razão humana dá um passo à frente e pensa que pessoas como eles devem estar fazendo o bem. Mas Deus está apenas pagando-os em troca do seu trabalho de punir e perseguir cristãos devotos. Mas se você suportar a pena e louvar a Deus dizendo: “Tu estás certo, Senhor!”, você se sairá bem. Então Deus lançará aquelas pessoas no inferno e as punirá por agir errado. Mas ele o receberá misericordiosamente e lhe dará salvação eterna. Portanto, deixe Deus fazer o que quiser. Com certeza, ele irá retribuir a cada um no final.

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.

Ame a Deus em primeiro lugar


Ame a Deus em primeiro lugar
// Lagoinha

“Vinde e vede as obras de Deus: tremendos feitos para com os filhos dos homens!” (Salmos 66.5)

Nós damos atenção àquilo que amamos mais. Deus quer ser o primeiro em nossa vida (veja Êxodo 20.3). Jesus disse: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Esse é o grande e primeiro mandamento” (Mateus 22.37-38).

O que poderá acontecer em sua vida se você se tornar tão determinado a buscar a Deus que contratará uma babá para cuidar de seus filhos, ou usará um dia de folga somente para passar tempo com o Senhor? Você não pode se permitir não passar tempo com Deus. Dê-Lhe sua plena atenção e, então, observe cuidadosamente tudo o que Ele está fazendo por você.

2015-03-22

Crie o hábito das devocionais diárias


Crie o hábito das devocionais diárias
// Lagoinha

“A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho” (Sl 119.105)

Você está conseguindo reservar um tempo exclusivo com Deus, diariamente, seja pela manhã, na hora do almoço ou à noite? Em casa ou no trabalho? Todos nós precisamos deste investimento mais do que podemos imaginar. Quando era criança, cantava-se muito na igreja num cântico que dizia: “Leia a Bíblia e faça oração, se quiser crescer, se quiser crescer (…)”. Os mais antigos na caminhada cristã devem se recordar dessa canção. E que verdade simples e poderosa ela nos apresenta.

O homem secular não acredita que a Bíblia é a revelação de Deus, Sua Palavra aos homens, por isso, nossa sociedade está sem parâmetros, referenciais seguros, está perdida. Não existe família forte longe da Palavra e da presença de Deus. Por isso, desenvolver o hábito das devocionais é fundamental. O devocional é uma prática ordenada na Palavra, que nos manterá firmes e sábios diante das difíceis situações da vida e frutificará em todas as áreas de nossas vidas, pessoais, familiares e profissionais. E claro, terá um impacto direto em nossa maturidade, ministério e relacionamentos interpessoais.

Seremos pessoas melhores na sociedade se começarmos nosso dia em comunhão exclusiva e pessoal com Deus, em primeiro lugar. Entenda que a prática do devocional diário é o momento do dia em que separamos para estar em comunhão com Deus de maneira mais pessoal. Hora de adorar, orar, ler a Bíblia e meditar sobre o que lemos, declarando nosso amor ao Pai, meditando em quem somos e no propósito da Palavra e em nossa missão de vida aqui na Terra. É um tempo especial de intimidade com Deus.

Todos precisamos do “GPS” (Guiados pelo Senhor) para não nos perdermos diante dos caminhos da vida. Não é um exercício de disciplina a ser visto como obrigação para o cristão, mas, sim, um privilégio e um prazer. Ao fazer o devocional diário precisamos estar disponíveis para ouvirmos o Senhor. A meditação na Palavra nos molda segundo a imagem de Cristo, enquanto aprendemos os princípios pelos quais devemos viver e dirigir nossa vida (Salmo 119.105). É também quando desfrutamos de tudo o que advém do aprofundamento da comunhão com o Senhor.

Ao separar este tempo especial com Deus, agradamos a Ele – “Mas a oração dos retos é seu contentamento” (Provérbios 15.8b) – e ganhamos força ao aperfeiçoar o maior instrumento de auxílio que dispomos, que é a oração. Aproveite estes momentos para confessar todos os seus pecados da maneira como forem revelados pelo Espírito Santo (Salmo 66.18 e 1 João 1.9). Peça a Deus que sonde o seu coração e corrija aquilo que O desagrada. Agradeça por tudo e coloque todos os seus desafios e problemas diante do Senhor. Confirme a sua confiança no amor do Pai, ratificando que o controle de sua vida é de Cristo e interceda por sua família, pastores, amigos e irmãos, por toda igreja, nação e pelo mundo sem Jesus.

Perguntei ao Dr. Russel Shedd sobre o que pode manter uma igreja firme na sua missão, e sua resposta foi categórica: “Meditar e praticar a Palavra.” De fato, com seus 86 anos de idade, cheio de vigor e sabedoria, precisamos concordar com ele que esta é a direção segura, nossa bússola para atravessarmos as tempestades da vida. Que assim como o salmista você possa orar diariamente: “Dirige os meus passos, conforme a tua palavra; não permitas que nenhum pecado me domine” (Salmo 119.133).

Coloque em ordem sua vida, buscando Deus em primeiro lugar. Quem coloca Deus à frente, não chegará por último na jornada da vida, pois entende esta realidade: “Ou a Bíblia te afastará do pecado, ou o pecado te afastará das Escrituras.”

::Pr. Carlitos Paes

2015-03-21

Onde foi parar o respeito pela família?


Onde foi parar o respeito pela família?
// Lagoinha

A família foi instituída por Deus no início da criação do mundo. No Jardim do Éden, depois de formar Adão, o Senhor declarou: “Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda” (Gênesis 2:18).

Então, Ele fez Adão cair em um sono profundo para retirar dele uma de suas costelas e, com ela, criar Eva. “Disse então o homem: ‘esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada’. Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá a sua mulher, e eles se tornarão uma só carne” (Gênesis 2:23-24). Então, surgiu a primeira família da Terra. Com o tempo, os filhos chegaram para completá-la.

A Bíblia diz claramente como é a instituição familiar criada por Deus. O homem deixa sua casa e une-se à mulher. Juntos eles tornam-se uma só carne. Depois disso, geralmente, os filhos vêm com o tempo.

Acontece que parte da sociedade não se importa com os princípios bíblicos e, como se já não bastasse tentar distorcer o conceito de família, tem agido de forma desrespeitosa em relação a essa entidade.

Isso é facilmente percebido na mídia. Em alguns canais de TV, por exemplo, novelas e filmes incitam à sensualidade, sexo explícito, divórcio, aborto, ganância, contendas entre cônjuges, pais e filhos e irmãos, entre outras atitudes que desprezam valores cristãos.

“Babilônia”, a nova novela da Globo, é um exemplo claro de desrespeito à família. O nome já diz muita coisa. A antiga cidade de Babilônia, na Mesopotâmia, simbolizava a expressão da rebelião do homem contra Deus. Cenas de assassinato, mentira, chantagem, violência, traição, sedução, práticas ilícitas – que têm marcado as últimas produções “globais” – têm “entrado” na casa de muitos brasileiros num horário em que crianças e adolescentes ainda estão antenados.

E não só novelas “para maiores”, mas alguns desenhos animados e jogos também possuem características similares, o que pode influenciar negativamente no comportamento infantil e, consequentemente, no relacionamento familiar. Além disso, músicas com letras que desmoralizam as pessoas, o casamento e a família; livros e revistas que favorecem atos que vão contra a conduta cristã e os valores da Palavra de Deus.

Essa é uma descrição sucinta de práticas que têm desvalorizado a família. Em um país onde a maioria da população é adepta ao cristianismo, o mínimo que a mídia deveria ter é respeito aos cristãos.

Talvez se o respeito imperasse e o cenário atual das principais mídias fosse substituído por outro, em que demonstrações do amor verdadeiro – que só é encontrado em Deus – tivessem prioridade, mais pessoas poderiam ser transformadas para melhor. E o mundo, consequentemente, caminharia rumo à paz que tanto almeja.

:: Dayane Cristina

2015-03-20

Aquieta-te, alma!


Aquieta-te, alma!
// Lagoinha

Tu sabes como estou aflito, pois tens tomado nota de todas as minhas lágrimas. Será que elas não estão escritas no teu livro?”. (Salmos 56:8)

Mas ele me disse: ‘Minha graça é suficiente a você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza’. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim”. (2 Coríntios 12:9)

Deixaste que os nossos inimigos nos pisassem. Passamos pelo fogo e pela água, mas agora nos trouxeste para um lugar seguro”. (Salmos 66:12)

Ei, queridão, Deus não se esqueceu de você, amém?! Ele tem visto toda sua lágrima, seu pranto, sua dor. Contudo, é agora, justamente agora, no meio desse furacão, em meio a essa fraqueza, sentimento de incapacidade, que o poder dEle se aperfeiçoará em você! Essa dificuldade passará. E mais do que passar… depois de passar por ela, você sairá mais fortalecido, pronto para coisas ainda maiores de Deus para sua vida!

Hoje é você. Amanhã, serão outros. E advinha quem o Senhor usará para consolar essas pessoas? Sim, você, amado!! Tudo isso será testemunho amanhã e, graças a você não ter desistido, Deus irá te usar na vida de muitos outros, pessoas que passarão pelas mesmas lutas que você tem passado. Deus irá te usar como prova viva e testemunha ocular daquilo que o Senhor é capaz de fazer por meio de um coração quebrantado e um espírito contrito, disposto a obedecer ao Senhor. Amém?!

Chore sim. Chore bastante. Ele ainda transformará o seu pranto em festa! Profetizo uma noite tranquila sobre sua vida. Toda ansiedade, preocupação, tristeza e dor irão embora e darão lugar a uma paz não vinda de homens ou de textos prontos, mas a paz que excede todo entendimento; a paz que não está sujeita a circunstâncias; a paz que só Ele pode nos dar. Você terá uma noite abençoada. O Senhor dará ordem de comando aos Seus anjos. Toda opressão que perturbava sua mente cairá por terra, em nome de Jesus. Seu sono será em paz, pois Aquele a quem até o vento e o mar obedecem está contigo neste barco! Em nome de Jesus eu oro e lhe abençoo!

:: Bruno Pinto – Do Olhar ao Altar

Confiando em Deus quanto às necessidades diárias

Portanto eu lhes digo: não se preocupem com suas próprias vidas, quanto ao que comer ou beber; nem com seus próprios corpos, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante do que a comida, e o corpo mais importante do que a roupa? [Mateus 6.25]

Não conseguiremos nos livrar de nossas ansiedades e preocupações enquanto vivermos. Mesmo assim, Deus nos dá tudo o que necessitamos, a cada momento, sem precisar de qualquer assistência de nossa parte. Assim, por que continuamos tendo medos bobos e ansiedades acerca de pequenas necessidades triviais, como se Deus não pudesse ou não fosse nos suprir com alimento e abrigo? Devemos abaixar a cabeça de vergonha quando as pessoas nos mostrarem essa tolice.

“Insensatas” – essa é a única forma de descrever aquelas pessoas ricas, bem nutridas, que estão sempre preocupadas em ter uma despensa abastada. Elas têm fartura de alimentos ao seu alcance, para servirem refeições nutritivas. No entanto, nunca compartilham uma refeição com qualquer pessoa, nem convidam outras pessoas para jantar. Elas têm camas vazias, mas nunca convidam as pessoas para se hospedarem em suas casas.

Por isso, Cristo nos mostra abertamente como somos tolos. Isso deveria ser o suficiente para nos fazer cuspir em nós mesmos, com uma total repugnância. Mesmo assim, continuamos a andar à apalpadelas em nossa cegueira, mesmo que esteja óbvia nossa incapacidade de suprir nossas próprias necessidades básicas sem Deus. Isso já deveria ser o bastante para nos fazer cristãos e para manter em nossas mentes este pensamento: “Indubitavelmente, eu nunca segurei em minhas próprias mãos um só momento fugaz da minha vida. Se eu preciso confiar em Deus quanto à minha própria vida e integridade física, por que eu deveria me preocupar acerca de como encontrar sustento para o meu dia a dia?”. Não confiar em Deus quanto às nossas necessidades básicas é como ter um pai rico, disposto a gastar generosamente milhares de reais conosco, e não conseguirmos confiar nele quanto à necessidade de dinheiro em uma emergência.

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.

Seja renovado


Seja renovado
// Lagoinha

Deus escolheu… as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu (deliberadamente) as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie [tenha a pretensão de gloriar-se] na presença de Deus (1 Coríntios 1.27-29)

Se você está fraco na fé ou em sua mente, no seu corpo, em sua disciplina, em seu autocontrole ou em sua determinação, simplesmente espere em Deus. Ele faz forte por intermédio das suas fraquezas.

Isaías 40.31 ensina que se você esperar em Deus, aguardar e tiver confiança nele, será transformado e renovado em sua força e poder, você correrá e não se cansará, nem se fatigará. A Bíblia não diz “Espere, e talvez…” ou “Pode ser que…”; mas a Palavra afirma que você será renovado.

2015-03-19

A ignorância dos inteligentes


A ignorância dos inteligentes
// Lagoinha

Na medida em que a ciência avança, torna-se cada vez mais valorizada a inteligência. Contudo, ela não é um fim em si mesma. Assim como um motor potente não funciona sem combustível, o inteligente também precisa adquirir conhecimento. Mas ainda assim, pode faltar algo. Um motor em funcionamento pode ser usado para o bem ou para o mal. Alguém pode pensar que o inteligente se dará bem na vida, mas isto nem sempre acontece.

Recentemente, um jovem de 23 anos morreu na cidade de Bauru, São Paulo, ao participar de uma disputa para ver quem bebia mais vodka. Ele bebeu 25 doses. Uma pesquisa recente apontou que as repúblicas estudantis são os lugares onde os jovens mais bebem. É assim que alguns usam sua recém-conquistada liberdade. Mas estes não são aqueles mesmos inteligentes que conseguiram entrar na universidade? Onde está aquela inteligência? Eles continuam sendo inteligentes. O que faltou foi sabedoria, prudência, bom senso.

O jovem, por volta dos 18 anos, pode ter a ilusão do poder e da independência. Afinal, já pode votar, pode tirar a carteira de motorista etc. Muitos já trabalham e ganham seu próprio dinheiro. É justamente a partir dessa idade que as maiores tolices e loucuras são cometidas (guardadas as exceções). O ambiente universitário traz uma série de pressões. O jovem pode se ver na obrigação de beber, de se drogar e prostituir para provar que é macho. Hoje em dia, até algumas mulheres querem ser “machos”. A embriaguez é um fenômeno cada vez mais frequente entre as moças. Em ambos os gêneros, os adolescentes começam a beber cada vez mais cedo.

Mas eles deixaram de ser inteligentes? Não. Julius Robert Oppenheimer também era muito inteligente, e o que ele fez? Inventou a bomba atômica. A inteligência pode ser usada para o bem e para o mal. Pode-se ter grande conhecimento de português, matemática, química, física, história, geografia, biologia, astronomia etc, mas nada disso protege o jovem das loucuras da modernidade. O que lhes falta é a sabedoria. De modo mais amplo, podemos dizer: o que nos falta, muitas vezes, é sabedoria.

Como podemos adquiri-la? Ela não é um “produto” que se encontra nas gôndolas dos supermercados nem podemos comprá-la pela Internet. Uma das fontes naturais da sabedoria é a experiência. Porém, se esperarmos décadas para consegui-la desse modo, poderá ser tarde demais. Outras fontes são as pessoas mais velhas, mais maduras. A experiência delas pode servir como aprendizado para os mais novos. Para isso, é preciso perguntar, ouvir e atender. Essas pessoas podem ser os pais, os professores e outros líderes idôneos e exemplares. Outra fonte de sabedoria é a Bíblia, a Palavra de Deus. Paulo escreveu o seguinte para o jovem Timóteo: “Desde a tua meninice sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação” (2Tm.3.15).

A respeito da infância de Jesus, a Bíblia nos diz:

“E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele… E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa… E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os. E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas… E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lc 2.40, 42, 46, 47, 52).

Bom seria que, desde a infância, todos adquirissem o conhecimento bíblico que, aliado à experiência de conversão, produz a sabedoria no coração do cristão. Se isso não aconteceu, ainda pode ser conseguido durante a juventude ou na idade adulta. Quanto antes, melhor. A história do jovem profeta Daniel nos traz importantes lições. Chegando ao palácio da Babilônia, Daniel e seus amigos demonstraram sua sabedoria quando se recusaram a beber o vinho do rei Nabucodonosor. Hoje, seria a cerveja, a vodka, a cachaça e o uísque. Entretanto, o texto bíblico ainda nos fala de uma sabedoria superior.

Depois dos primeiros dias, nos quais aqueles jovens se alimentaram apenas com legumes e água, o Senhor os abençoou de modo especial: “Quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos” (Dn 1.17). Existe uma sabedoria espiritual, que só Deus pode nos dar (Tg 1.5; 1Co 12.8).

Os ateus são, geralmente, pessoas inteligentes, mas a relação com Deus não é algo que se resolve pela inteligência. Depende de um encontro pessoal, de uma revelação. A inteligência leva o homem até certo ponto e não mais do que isso. Um criminoso pode usar a inteligência para praticar o mal, mas ela não lhe protege das consequências nem lhe garante o esconderijo eficaz.

A inteligência elege o político, mas, por falta de sabedoria, ele pode se tornar um corrupto. A inteligência nos capacita para falar, mas a sabedoria nos faz calar na hora certa. A inteligência nos leva a fazer muitas coisas. A sabedoria nos faz evitar algumas.

O inteligente conquista. O sábio conserva. Com inteligência ganhamos, mas só a sabedoria nos capacita a renunciar. Que o Senhor nos ajude e nos dê sabedoria, não apenas para o nosso benefício nesta vida, mas para que alcancemos a salvação eterna.

:: Pr. Anísio Renato de Andrade

Senhor, que temos para hoje?


Senhor, que temos para hoje?
// Lagoinha

Faze-me, Senhor, conhecer os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas. Guia-me na tua verdade e ensina-me, pois tu és o Deus da minha salvação, em Ti (por Ti somente e completamente) eu espero (com grande expectativa) todo o dia (Salmos 25. 4-5)

Comece o seu dia dizendo: “Estou empolgado com este dia, Deus. Mal posso esperar para ver o que Tu vai fazer. Creio que irás me guardar, me ajudar, me abençoar e me mostrar o Teu favor. Eu Te amo, Pai. Estou esperando em Ti, Pai, e estou pronto para Te ouvir”.

Peça a Deus para colocar em seu espírito tudo o que Ele quer que você saiba. Peça-lhe para mostrar as coisas que acontecerão e o que você tem a fazer (veja João 16.13). Ele lhe dará direção, e você terá muitos motivos para louvá-Lo pelo dia de hoje.

2015-03-18

Prazer no sofrimento por amor a Cristo


Prazer no sofrimento por amor a Cristo
// Lagoinha

Começo este texto voltando no tempo, com a passagem de Romanos, capítulo 14, versículo 8, em que encontramos uma das expressões mais negligenciadas da Bíblia. Não são poucas as pessoas que sabem alguns versículos de cor, mas aos que me refiro em Romanos não sai dos lábios de alguns com muita facilidade. O verso de número 8 diz assim: “Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor”.

Esse texto nos ensina que pertencemos a Deus em todos os momentos, seja morte ou vida. Mesmo quando enfrentamos os dias maus, dias de dores, quando sentimos que as forças estão se acabando, continuamos pertencendo ao Senhor. Mas muitas pessoas não entendem isso. Pensam que a perseguição não faz parte da vida do crente em Jesus, e vão para a igreja enganadas, buscando somente por bênçãos, principalmente as materiais. Porém, aquele que conhece os fundamentos da Igreja de Cristo, da Noiva do Cordeiro, sabe que a história é outra. Sofremos sim, enfrentamos perseguições, lutas, tribulações, mas mesmo diante de tudo isso, verdadeiramente somos mais que vencedores, em Cristo Jesus. O próprio Jesus que não tinha cometido um pecado sequer sofreu mais do que podemos imaginar. O soberano Deus se humilhou, o Criador tomou a forma da criatura. Jesus Cristo se tornou servo, aquele que veio para servir, serviu a todos. Foi à cruz, sofreu blasfêmias, escárnio, rejeição, enfim, desceu ao nível mais baixo tendo a morte de cruz, mas a recompensa foi maior e mais sublime, Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo o nome, o nome de Senhor.

Enfrentamos o sofrimento pessoal e também o pela fé em Jesus. É verdade que em nosso país temos toda liberdade para expressarmos a nossa fé. Podemos sair pelas ruas pregando o Evangelho sem sermos impedidos, presos por isso. Infelizmente em muitos países não há esse grau de liberdade. Muitos homens, mulheres e crianças, comprados pelo sangue de Cristo, estão sofrendo perseguições, as mais terríveis. As notícias estão aí, para comprovar o que digo. Ouvimos e lemos acerca de irmãos que estão sendo mortos mundo afora. No norte do Iraque, cristãos estão sendo perseguidos, assolados e mortos. Nos países onde o povo vive debaixo da bandeira do Islamismo, não há liberdade. Há cada minuto, irmãos nossos estão sendo torturados e mortos por não negarem a Jesus. Mas nós que vivemos com toda a liberdade (e por causa disso, muitas vezes) encontramos tantas pessoas totalmente descompromissadas com a fé, pessoas que não entendem o que é ser cristão.

Quando lemos: “Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor”. Temos que entender uma vez por todas que Jesus precisa ser o nosso Senhor, não é Ele que tem que fazer a nossa vontade, mas somos nós que temos que fazer a vontade dele, que é boa, perfeita e agradável.

O apóstolo Paulo diz assim em 2 Coríntios, capítulo 12, verso 10: “Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte”. A percepção de Paulo sobre a verdadeira natureza dos seus sofrimentos capacitava-o a vê-los como razões para se alegrar. Ele sabia que, por meio deles, o poder de Cristo estava trabalhando. Quando sou fraco… forte. Quando dificuldades destroem a autoconfiança normal dos crentes, eles precisam confiar mais em Cristo, que dá a eles força além da medida.

Uma transformação maravilhosa ocorre em quem se converte a Cristo, tornando-se filho e herdeiro de Deus e co-herdeiro com Cristo. Mas essa herança em Cristo que recebemos envolve também o compartilhar de seu sofrimento.

Deus abençoe!

Espere pelo Senhor


Espere pelo Senhor
// Lagoinha

Guarda os preceitos do Senhor, teu Deus, para andares nos seus caminhos, para guardares os seus estatutos, e os seus mandamentos, e os seus juízos, e os seus testemunhos, como está escrito na Lei de Moisés, para que prosperes em tudo quanto fizeres e por onde quer que fores: (1 Reis 2.3)

Quando você orar, espere pelo Senhor. Isso significa aguardar, contar com e ter confiança em Deus. Essa não é uma posição passiva, mas uma posição de expectativa.

Diga-lhe: “Deus, mantenho minha esperança em Ti. Creio que Tu estás trabalhando em meus problemas. Creio que Tu estás cuidando dos detalhes do meu dia. Estás colocando anjos por todo o meu caminho, por todo o lugar onde Tu sabes que terei de passar hoje. Obrigado, Deus, porque Tu já fostes à minha frente e abriste o caminho para que eu tenha um dia abençoado”.

2015-03-17

A POLÍTICA SEGUNDO JESUS

As relações humanas via de regra se articulam num ciclo vicioso de competição-violência-subjugação, cujo subproduto é a ciranda das inimizades via disseminação do ódio. Competimos o tempo todo, usamos a força – física, econômica, psicoemocional, e criamos sociedades vitimárias onde “quem pode mais, chora menos”, isso quando sobrevive para chorar. As relações de dominação ocorrem a partir dos ambientes familiares, ganham os páteos das escolas, as salas dos cursinhos pré vestibular, se desenrolam pelas filas de candidatos a vagas de emprego, ganham os corredores das corporações, atravessam as câmaras legislativas, disputam as urnas, aparelham o Estado, e jogam nação contra nação. Num mundo que vive a lógica do “cada um por si, Deus por todos e o diabo que carregue o último”, nada fica de fora da roda maldita cujo resultado é a estratificação social. Parece mesmo que Hobbes tinha razão quando disse que “o homem é o lobo do homem”.

Em seu chamado Sermão do Monte, Jesus de Nazaré invade o campo minado das relações de ódio e quebra o ciclo competição-violência-subjugação com um imperativo radical: amar os inimigos. Jesus é inequivocamente o mais desconcertante proponente de uma ética política (política compreendida como a arte de viver na pólis – cidade). Inusitado até mesmo para sua tradição judaica, que mandava “amar o próximo e odiar o inimigo”, o mandamento de amor aos inimigos é o alicerce singular que sustenta a política do reino de Deus: a política segundo Jesus.

A presença dos seguidores de Jesus no mundo deve ser sempre e absolutamente para promover “glória a Deus nas maiores alturas e a paz na terra aos homens”. O Príncipe da Paz não pode ser seguido senão por aqueles que se oferecem ao mundo como pacificadores.

A presença pacificadora dos seguidores de Jesus pode ser adjetivada, conforme se depreende de uma leitura do evangelho de São Lucas, capítulo 6:

. Presença solidária

Jesus chama de “bem-aventurados” os pobres, os que agora têm fome, os que agora choram, e os odiados e segregados por causa do Filho do homem. Mas pronuncia “ai de vocês” os ricos, os que agora têm fartura, os que agora riem, e os que agradam todo mundo (6.20-26).

Evidentemente, Jesus não desfere seu golpe contra os ricos, alegres, fartos e populares em razão de sua posição social. Certamente, o faz porque constata que tal posição os coloca na cadeira da indiferença, da prepotência e do abuso do fraco. O que se considera privilégio torna-se maldição quando deixa de ser partilhado e colocado à disposição do bem comum. A promessa de bênção e o vaticínio de maldição deixa claro que Deus toma partido, no caso, dos fracos, pobres, órfãos, viúvas e estrangeiros. Deus é solidário às vítimas, e os filhos de Deus devem fazer a mesma opção. 

. Presença propositiva

“Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam” (6.27,28).

Para promover a paz não basta deixar de fazer o mal, é preciso fazer o bem. Como bem alertou Martin Luther King Jr., a omissão dos bons é tão danosa quanto a atuação dos maus. Jesus recomenda que seus seguidores, em vez de recuarem ante o avanço do mal, marchem sobre o mal e os malvados fazendo o bem, abençoando e amando de maneira prática. Pagar o mal com o bem, eis o desafio.

. Presença sacrificial

“Se alguém lhe bater numa face, ofereça-lhe também a outra. Se alguém lhe tirar a capa, não o impeça de tirar-lhe a túnica” (6.29-31).

Oferecer a outra face não é sinônimo de não resistência, mas uma forma pacífica de resistência. Quem está comprometido a promover a paz deve ser capaz de arcar com o dano para que o ciclo de maldade e violência seja interrompido. Quem não está disposto a dar dois passos para trás, dificilmente conseguirá dar três passos para frente.

. Presença graciosa

“Que mérito vocês terão, se amarem aos que os amam? E que mérito terão, se fizerem o bem àqueles que são bons para com vocês? E que mérito terão, se emprestarem a pessoas de quem esperam devolução? Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então [...] vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os ingratos e maus” (6.32-35).

Jesus não é ingênuo, nem sua proposta de paz é simplória. Sabe da existência dos maus, dos hostis, dos abusadores. Mas não permite que os maus determinem sua ação. Quem deseja seguir os passos de Jesus deve se comprometer a fazer o bem a quem não o merece. A generosidade dos pacificadores não destina apenas a quem a merece, mas principalmente a quem dela necessita.

. Presença misericordiosa

“Sejam misericordiosos, assim como o Pai de vocês é misericordioso. Não julguem, e vocês não serão julgados. Não condenem, e não serão condenados. Perdoem, e serão perdoados” (6.36-40).

Fazer justiça é dar ao próximo o que lhe é de direito, seja bem ou seja mal. Agir com graça é dar ao próximo o bem que não merece. Exercer misericórdia é poupar o próximo do mal que merece. Misericórdia é (miseratio) compaixão + (cordis) coração, isto é, coração com a mesma paixão, coração compadecido, coração com o mesmo padecimento. À semelhança de Jesus, seus seguidores também “sabem o que é padecer”, e por isso são capazes de com–padecer.

. Presença profética

A constatação da existência dos maus e dos inimigos de Deus, seu reino e sua justiça, implica a consciência da necessidade da denúncia. Os pacificadores não são ingênuos. Apenas se recusam a tomar assento no trono de Deus, o único justo juiz. Como diz o poeta, “paz sem voz não é paz, é medo”. Quem faz acordo com o malvado sem denunciar a maldade, impede que o malvado enxergue seu caminho e tenha a oportunidade de optar pelo caminho da justiça e da paz. Quem não aponta para a justiça como ideal, não promove a paz como possibilidade. 

. Presença lúcida

“Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: ‘Irmão, deixe-me tirar o cisco do seu olho’, se você mesmo não consegue ver a viga que está em seu próprio olho? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão” (6.41,42). 

A promoção da paz não permite passionalidades e fanatismos. Quem se abre ao diálogo e busca acordos deve ser minimamente capaz da autocrítica. Quem não enxerga, não assume, e não toma providências a respeito de suas próprias falhas e pecados não têm autoridade nem credibilidade para propor mudanças nos outros. Suas palavras e propostas caem no buraco cavado pela arrogância e no vazio nefasto do fanatismo cego.

. Presença autêntica

“Nenhuma árvore boa dá fruto ruim, nenhuma árvore ruim dá fruto bom. Toda árvore é reconhecida por seus frutos. Ninguém colhe figos de espinheiros, nem uvas de ervas daninhas. O homem bom tira coisas boas do bom tesouro que está em seu coração, e o homem mau tira coisas más do mal que está em seu coração, porque a sua boca fala do que está cheio o coração” (6.43-45).

O engajamento na promoção da paz é mais do que uma estratégia para viabilizar ganhos futuros. A paz não é resultado do que a cabeça consegue contabilizar, é fruto do coração pacificado e vazio de intenções mesquinhas. Abraços falsos, longe de promoverem reconciliações, potencializam hostilidades. Para fazer as pazes é preciso oferecer a paz que vem do coração, assim como a árvore oferece a fruta que vem da semente.

. Presença coerente

“Por que vocês me chamam ‘Senhor, Senhor’ e não fazem o que eu digo?” (6.46-49).

Os pacificadores não são perfeitos. Nem mesmo Deus espera que sejam. Mas precisam ser coerentes. Implica poder afirmar como São Paulo, apóstolo: “o que ouviram e viram em mim, isso pratiquem”. E ser suficientemente grande de alma para admitir quando há discrepância entre palavras e ações, pedir perdão e colocar os pés na direção do que é belo, justo e bom. Os seguidores de Jesus não o chamam de Senhor como quem oferece deferência cerimonial, mas com devoção sincera de quem pretende realmente obedecê-lo.

Que Deus encontre e multiplique entre nós os bem aventurados pacificadores. Amém!

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Não desfaleça


Não desfaleça
// Lagoinha

Então, ele me disse: A minha graça (meu favor, benignidade e misericórdia) te basta (é suficiente contra qualquer perigo e o capacita a suportar o problema corajosamente), porque meu poder, se aperfeiçoa (cumpre-se e se completa na fraqueza). 2 Coríntios 12.9

Afaste-se e passe algum tempo com Deus antes que você perca as forças. Não importa quão forte seja sua saúde, não importa que idade você tenha, não importa o que pensa que sabe: sem Deus, você se tornará fraco e cansado.

Deus não se cansa, e a Palavra diz que Ele faz forte o cansado e aumenta as forças daqueles que não têm nenhum vigor. Mas aqueles que esperam, procuram, aguardam e têm sua esperança no Senhor, serão renovados (veja Isaías 40.29-31). Deus deseja aumentar sua força. Passe com Ele o tempo que for necessário para que você seja fortalecido.

2015-03-16

Não persiga as bênçãos


Não persiga as bênçãos
// Lagoinha

Bem-aventurado (feliz, afortunado, admirável) aquele a quem escolhes e aproximas de ti, para que assista nos teus átrios: ficaremos satisfeitos com a bondade de tua casa – o teu santo templo (Salmos 65.4)

Em vez de buscarmos intensamente as bênçãos, precisamos buscar a Deus. Se buscarmos a Deus, Ele nos alcançará com suas bênçãos. Eis porque o Reino de Deus, algumas vezes, é chamado de “um reino ao contrário”.

O sistema de Deus não funciona da forma que pensamos. As primeiras coisas são as últimas, e as últimas vêm em primeiro lugar. Se quisermos ter mais, devemos dar algo do que já temos. Para ser grande no Reino de Deus, devemos servir às necessidades dos outros. E, se quisermos bênçãos, devemos tirar nossa mente disso. Deus sabe o que queremos e do que precisamos, Ele quer nos conceder bênçãos que ainda nem mesmo lhe pedimos.

Coração compungido e contrito


Coração compungido e contrito
// Lagoinha

Uma das marcas do nosso tempo é o abandono do temor a Deus. Temor é uma palavra que a cultura contemporânea excluiu do dicionário. No lugar dela, cresce a busca pela autoconfiança. Uma vez que não temos nenhum referencial fora de nós, assumimos que somos nosso próprio deus. Num mundo assim, não existem limites ou fronteiras. Tudo é possível, permitido e aceitável. Surge então um desequilíbrio perigoso.

A oração do rei Davi no Salmo 51 é uma das pérolas da Bíblia. Não posso imaginar a vida sem essa oração, que nos conduz às profundezas da alma humana. Encontramos nela o espelho dos movimentos mais profundos de nossas emoções. Ela descreve a anatomia da alma humana e demonstra um equilíbrio maduro entre o temor a Deus e uma autoestima saudável. O contexto é bem conhecido. Trata-se do terrível adultério do rei Davi com Bate-Seba, seguido da trama para matar seu marido, Urias. O plano perverso de Davi acontece.

Depois da morte de Urias, ele se casa com Bate-Seba e o filho nasce. Porém, Davi não consegue conviver em paz com seu pecado. Graças a Deus por isso. Ele tentou esquecer, remendar, mas nada adiantou. Seu corpo começou a sentir o peso do pecado. Por mais que a cultura moderna nos tente convencer que o pecado não existe, seus sinais estão por toda parte. Não havia sacrifício para o pecado de Davi, já que o crime que cometeu fora premeditado. É por isso que ele diz: “Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria; e não te agradas de holocaustos”.

Davi então entende que o sacrifício com o qual Deus se agrada é um espírito quebrantado e um coração compungido e contrito. Pouca coisa descreve melhor a necessidade humana do que essa declaração. Algumas razões: Um espírito quebrantado e um coração contrito nos conduzem à realidade sobre quem somos. Observe os pronomes usados por ele: “minhas transgressões; minha iniquidade; meu pecado; eu pequei contra ti; eu fiz o que é mau, eu nasci na iniquidade”. Davi tem consciência de quem ele é.

Isso nos ajuda a parar de jogar e brincar com a vida – a nossa e a dos outros. Por causa desse coração e espírito, ele assume seu erro e pecado. Não busca justificar seu erro com o erro dos outros, com aquelas desculpas conhecidas: “todo mundo faz o mesmo”, “não tive escolha”, “fui pressionado”. Ele não diz que foi “consensual”. Adultério é adultério, mesmo sendo consensual. Ele sabe que sua ofensa atinge primeiramente a Deus: “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos; esconde o rosto dos meus pecados; não me repulses da tua presença, nem me retires teu Santo Espírito”.

É a Deus que ele ofendeu, antes de Bate-Seba e Urias. É isso que o temor a Deus produz. Essa oração nos conduz também a uma compreensão real sobre Deus. Veja a forma como ele se refere a Deus: compaixão, benignidade, misericórdia, amor, justiça, santidade. Ao pedir para ver a glória de Deus, Moisés ouviu a seguinte resposta: “Farei passar toda a minha bondade diante de ti (…) terei misericórdia e compaixão”. Davi volta-se para essa revelação, para o amor eterno, amor da aliança. É nesse amor que ele se apega. É nessa compaixão que ele deposita sua confiança.

É uma oração que nos conduz a um milagre. Encontramos nela afirmações enfáticas: “Purifica-me, lava-me, faze-me ouvir júbilo e alegria, cria em mim um coração puro, renova dentro em mim um espírito inabalável, apaga as minhas transgressões, restitui-me a alegria da salvação, sustenta-me com um espírito voluntário, livra-me dos crimes, abre meus lábios”. Ao suplicar pelo milagre de um coração puro, Davi usa a mesma palavra de Gênesis 1: Deus criando a partir do nada. Somente ele pode criar uma realidade diferente, uma nova criação. É exatamente o que Jesus veio fazer: “Eis que faço novas todas as coisas”. Deus não despreza um espírito quebrantado e um coração contrito. É somente com um temor sincero para com ele que podemos desenvolver uma compreensão clara sobre nós. É essa atitude que torna possível ao ser humano construir uma autoconfiança saudável.

 ::Ricardo Barbosa de Sousa