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2015-04-30

Trabalho, fé e desafios


Trabalho, fé e desafios
// Lagoinha

Como jovens cristãos enfrentamos constantemente diversos desafios relacionados ao trabalho: ser aprovado em um processo seletivo; identificar-se com uma área de atuação específica; ganhar o suficiente para manter um novo núcleo familiar; mudar de cidade pelo emprego; suportar afronta de colegas; erguer uma nova empresa; dar conta da sobrecarga de atividades. Diante deles, como permanecer firmes na fé? Faz-se necessário abraçar uma visão bíblica do significado do trabalho para os fiéis em Cristo.

Qual é o sentido do trabalho, apontado pela Bíblia, para os cristãos? Qual é a importância dele para aqueles que, uma vez chamados e justificados, esperam com fé que sua glorificação seja manifesta? Se já têm a garantia de que, quando Cristo voltar, estarão para sempre com o Senhor, para quê enfrentar os desafios de trabalho antes deste tempo chegar?

Alguns dos cristãos de Tessalônica, aparentemente devido à expectativa da volta de Jesus, não mais quiseram trabalhar (2Ts 3.11). A maneira como lidaram com os desafios do trabalho foi simples: supressão. Para eles, não havia nenhum sentido para o trabalho na vida do cristão. A resposta de Paulo a esse comportamento foi categórica: "(…) se alguém não quiser trabalhar, não coma também" (2Ts 3.10). O apóstolo apresenta, nesse contexto (3.6-12), algumas razões pelas quais o cristão deve trabalhar, a despeito dos desafios enfrentados: não se tornar pesado a outros, em termos de sustento; dar exemplo a ser imitado; fazer coisas úteis; e obter o seu próprio pão.

Agregam-se a estas os motivos mencionados na carta anterior: expressar amor a quem recebe, ainda que indiretamente, os benefícios do trabalho (1Ts 2.6-12); evitar a intromissão desordeira na vida alheia (1Ts 4.11; 1Tm 5.13); não dar ocasião para a maledicência por parte dos descrentes no que diz respeito à conduta (1Ts 4.12a); e, novamente, liberar os outros do peso do sustento (4.12b). Na carta aos colossenses, Paulo destaca uma motivação ainda mais fundamental: trabalhar como se servindo a Cristo, pois, de fato, é dele, em última instância, que receberemos o eterno galardão (Cl 3.17, 23, 24). Portanto, negar o trabalho, suprimindo seus desafios, não é uma opção bíblica para o cristão.

O extremo oposto também não é uma alternativa: afirmar irrestritamente o trabalho, acrescentando para si desnecessários desafios. (Basta lembrar a separação instituída por Deus desde a Criação de um a cada seis dias para descanso.) Lidar com o trabalho sem impor limites pode ser o resultado tanto da ansiosa preocupação com o suprimento das necessidades futuras (Mt 6.24-34) quanto do amor pelas coisas supérfluas deste mundo (1Tm 6.7-10). No primeiro caso, o trabalhar desmedido torna-se uma exteriorização da insegurança no cuidado providencial de Deus; no segundo, expressa infidelidade ao Senhor, pelo apego a valores transitórios, como dinheiro, poder e conhecimento (Jr 9.23, 24; Mt 6.19-21).

Devemos, portanto, entender o trabalho como meio de servir a Deus e ao próximo e enfrentar com fé seus desafios, diante dos benefícios que ele proporciona. Contudo, não podemos assumi-lo indiscriminadamente, com a inquietação e a ganância de quem não confia tanto assim na provisão de Deus nem está tão disposto a derrubar os altares idólatras ainda presentes em seu coração. Que ao menos a cada seis dias relembremos a visão bíblica do trabalho e abracemos na semana porvir suas implicações libertadoras!

::Jonathan Simões Freitas

Jesus, Que Bom Que O Senhor Habita Em Mim!


Jesus, Que Bom Que O Senhor Habita Em Mim!
// Blog Permanecer
 

Durante os últimos 20 anos tenho iniciado todo dia encontrando a presença de Jesus em mim, afirmando a presença de Jesus em mim e celebrando a presença de Jesus em mim. Estas lindas palavras escritas pelo autor C.S. Lewis, certamente fizeram parte do desenvolvimento desta disciplina espiritual na minha vida.

"É por isso que o verdadeiro problema da vida cristã se apresenta num contexto em que geralmente não esperamos encontrá-lo: apresenta-se no momento mesmo em que você acorda de manhã. Todos os seus desejos e esperanças para aquele dia avançam em sua direção como bestas selvagens. E, a cada manhã, sua primeira tarefa é, simplesmente, a de repeli-los; é a tarefa de ouvir aquela outra voz, assumir aquele outro ponto de vista, abrir caminho para aquela outra vida, uma vida maior, mais forte e mais silenciosa. E assim também no restante do dia: distanciar-se de todas as suas manhas e ressentimentos naturais; sair do vendaval. No começo, só nos é possível fazer isso por alguns instantes. Mas, a partir desses instantes, esse novo tipo de vida se dissemina pelo nosso organismo: pois agora deixamos que Ele trabalhe sobre a parte correta do nosso ser. E é essa a diferença que existe entre uma tinta, que se deposita simplesmente sobre a superfície e um pigmento ou tintura que penetra no fundo. As palavras dEle nunca foram vagas e idealistas. Quando disse "Sede perfeitos", Ele estava falando sério. Queria dizer que temos de fazer o tratamento completo. Não é fácil: mas a solução de meio-termo pela qual ansiamos é muito mais difícil - na verdade, impossível. Pode ser difícil para um ovo transformar-se numa ave; mas seria muitíssimo mais difícil aprender a voar sem deixar de ser ovo. Atualmente, nós somos como ovos. O problema é que ninguém pode continuar sendo um simples ovo para sempre. Ou o pássaro quebra a casca ou o ovo gora." C.S. Lewis - Cristianismo Puro e Simples - pg. 68.

Nunca inicie o seu dia sem achar a perfeita presença de Jesus em você. Afirme esta vida e celebre esta vida.

Tem sido a minha experiência que o ato simples de colocar a minha mão sobre o meu coração na hora de acordar e falar: "Jesus, que bom que o Senhor habita em mim!" é o ponto de partida correto para cada dia. É hora de voar!

Carlos McCord

As respostas virão


As respostas virão
// Lagoinha

"Espera (tenha esperança e expectativa) pelo Senhor, tem bom ânimo (coragem, bravura), e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo Senhor" (Salmos 27.14)

Eu costumava acordar desejando que já fosse noite, e à noite desejava que já amanhecesse; enfim, não desfrutava minha vida. Agora procuro viver um dia de cada vez. Deus organizou a vida em um período de 24 horas: dormimos por um tempo e, então, acordamos restaurados para começar tudo novamente. Deus planejou que cada manhã fosse um começo novo em folha, uma nova oportunidade.

Podemos ir para cama nos sentindo sem esperanças e desanimados, pensando: Simplesmente não aguento mais. Mas, de alguma forma, uma boa noite de descanso nos renova, e despertamos com fé outra vez, pensando: Talvez hoje um milagre aconteça, e eu tenha uma resposta. Posso enfrentar mais um dia. Assim, agradeça a Deus por cada amanhecer.

As respostas virão


As respostas virão
// Lagoinha

"Espera (tenha esperança e expectativa) pelo Senhor, tem bom ânimo (coragem, bravura), e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo Senhor" (Salmos 27.14)

Eu costumava acordar desejando que já fosse noite, e à noite desejava que já amanhecesse; enfim, não desfrutava minha vida. Agora procuro viver um dia de cada vez. Deus organizou a vida em um período de 24 horas: dormimos por um tempo e, então, acordamos restaurados para começar tudo novamente. Deus planejou que cada manhã fosse um começo novo em folha, uma nova oportunidade.

Podemos ir para cama nos sentindo sem esperanças e desanimados, pensando: Simplesmente não aguento mais. Mas, de alguma forma, uma boa noite de descanso nos renova, e despertamos com fé outra vez, pensando: Talvez hoje um milagre aconteça, e eu tenha uma resposta. Posso enfrentar mais um dia. Assim, agradeça a Deus por cada amanhecer.

2015-04-29

Descanse em Deus


Descanse em Deus
// Lagoinha

Eu gosto muito de entender a Deus, olhando para as coisas do dia a dia. E nessa semana Ele falou comigo por meio da atitude da minha cadelinha. A Phoebbe chegou à nossa casa num momento complicado para nós e acabou virando o xodó de todos, que amam brincar com ela. Dia desses, de tanto brincar, ficamos eu e ela cansados. Sentei para descansar e ela veio, sem ser chamada, deitar em meu colo. E no meu colo ela descansou, ganhou cafuné e adormeceu. E enquanto eu a observava dormindo, Deus falou comigo: DESCANSE EM MIM!

Quantas vezes, por causa da agitação, dos medos, das ansiedades, não conseguimos descansar em Deus? Achamos que sabemos o que fazer e que podemos dar uma ajudinha para Ele… Ou então, até descansamos, mas nos lugares errados, nos braços errados, da maneira errada.

Você tem um Dono, que o criou, que o ama e que quer o seu bem. Deus está sempre presente, esperando para lhe dar descanso, lhe dar uns cafunés, deixar você dormir nos braços de amor Dele. Você não precisa nem esperar Ele chama você, basta se aproximar, e Ele jamais o rejeitará. Ele é pai, que está sempre a espera do filho – ainda que esse filho O tenha rejeitado.

Você que está desistindo da vida sentimental, descanse em Deus. Descanse em Deus, você que não acredita na possibilidade de um amor verdadeiro. Descanse em Deus, você que não consegue enxergar seu valor e que perdeu sua autoestima. Descanse em Deus, você que não vê esperanças.

Descansar fala de recuperar as forças, e a fé é a força que nos move. Não se deixe vencer pelas circunstâncias. Simplesmente descanse e deixe Deus ser Deus! Ele é seu Dono, seu Senhor, seu Pai e tem sempre o melhor para você. Ele tem o cafuné certo, as palavras certas que vão fazer você esquecer todas as outras coisas e sonhar. Descanse em Deus!

 ::Wallison Mata – Do Olhar ao Altar

Os caminhos misteriosos de Deus | Devocional diária

Assim como você não conhece o caminho do vento, nem como o corpo é formado no ventre de uma mulher, também não pode compreenderas obras de Deus, o Criador de todas as coisas. [Eclesiastes 11.5]

Deus conduz e direciona o seu povo de maneira misteriosa. Na Bíblia lemos: "A tua vereda passou pelo mar, o teu caminho pelas águas poderosas, e ninguém viu as tuas pegadas" (Sl 77.19). O próprio Cristo disse a Pedro: "Você não compreende agora o que estou lhe fazendo; mais tarde, porém, entenderá" (Jo 13.7). Cristo parece estar dizendo: "Você quer me ver e quer que eu faça o que é bom e correto para você. Mas eu agirei de uma forma que fará você pensar que eu sou um tolo, não Deus. Você verá as minhas costas, não a minha face. Você não entenderá o que estou fazendo, nem por que o faço. Então eu poderei moldá-lo e continuar moldando-o da forma como eu quero. Meus métodos podem parecer tolos para você, como se eles viessem do próprio Diabo".

Precisamos aprender como Deus guia o seu povo enquanto este cresce e se desenvolve. Frequentemente, eu também tento ditar para o nosso Senhor Deus a forma como espero que ele faça as coisas. Eu já disse muitas vezes: "Ó, Senhor, tu poderias, por favor, fazer isso assim e fazer com que aconteça daquele jeito?".

Mas Deus fez exatamente o oposto, mesmo eu dizendo para mim mesmo: "Essa é uma boa sugestão, que trará honra a Deus e expandirá o seu reino". Sem dúvida, Deus deve ter rido da minha "sabedoria" e dito: "Tudo bem, eu sei que você é uma pessoa inteligente e bem educada, mas eu nunca precisei que um Pedro, um Lutero ou qualquer outra pessoa me ensinasse, informasse, governasse ou guiasse. Eu não sou um Deus que se permitirá ser ensinado ou dirigido por outros. Ao contrário, eu sou aquele que conduz, que governa e que ensina o povo".

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.

Apegue-se a Deus


Apegue-se a Deus
// Lagoinha

"A minha alma apega-se a ti; a tua destra me ampara" (Salmos 63.8 – ARC)

A Palavra de Deus tem muito a dizer sobre as manhãs. Davi começava seu dia orando e ouvindo a Deus. Ele instruiu os sacerdotes a se levantarem cada manhã dando graça e louvor ao Senhor, e da mesma forma ao anoitecer. Ele disse "O Senhor tem dado paz e descanso ao seu povo". (veja 1 Crônicas 23.25-30).

Muitas vezes, oramos e oramos, mas, como Ló, nunca paramos para ouvir. Por exemplo, os anjos alertaram Ló pela manhã para que fugisse de Sodoma e evitasse a destruição que se aproximava (veja Gêneses 19.15). Podemos evitar desastres quando aguardamos as instruções de Deus antes de agir.

Um grande começo leva a um grande final. Comece seu dia com ações de graças e louvor, e à noite antes de se deitar, agradeça a Deus novamente pelo grande dia que teve.

2015-04-28

Jesus, o Cristo

Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor dissera pelo profeta. [Mateus 1.22]

Mateus apresenta Jesus como o Cristo, o Messias há muito aguardado, em quem as promessas de Deus estavam sendo cumpridas. Sua fórmula predileta, que aparece muitas vezes em seu Evangelho, segue o seguinte padrão: "Isso aconteceu para que se cumprisse o que estava escrito nos profetas".

É apropriado, portanto, que Mateus comece seu Evangelho com a genealogia de Jesus. Ele traça a linhagem real, enfatizando particularmente Abraão, o patriarca fundador de Israel, e Davi, o ancestral do Messias, que seria "o filho de Davi".

O tema do cumprimento das promessas é mais claramente exposto na inauguração do reino de Deus promovida por Jesus. Todos os quatro evangelistas escreveram que ele proclamava o reino, porém Mateus deu ênfase especial a isso. Em consideração à relutância dos judeus em pronunciar o nome santo de Deus, Mateus usa "o reino dos céus" (aproximadamente cinquenta vezes). Ele compreende também que o reino é uma realidade presente e uma expectativa futura.

Uma das mais extraordinárias declarações de Jesus foi registrada por Mateus, bem como por Lucas:
Felizes são os olhos de vocês, porque veem; e os ouvidos de vocês, porque ouvem. Pois eu lhes digo a verdade: Muitos profetas e justos desejaram ver o que vocês estão vendo, mas não viram, e ouvir o que vocês estão ouvindo, mas não ouviram. [Mateus 13.16-17]

Em outras palavras, os profetas do Antigo Testamento viveram no tempo da expectativa; os apóstolos viveram no tempo do cumprimento. Os olhos destes estavam vendo e seus ouvidos escutando aquilo que seus predecessores ansiaram por ver e ouvir. Assim, Mateus não retrata Jesus como mais um profeta, mais um vidente na longa sucessão dos séculos, mas como o cumprimento de todas as profecias. Mateus também vê Jesus confrontando Israel com uma convocação final ao arrependimento e já como que começando a criar um novo Israel, com seus doze apóstolos complementando as doze tribos de Israel.

Para saber mais: Mateus 23.37-39
>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.

Conhecimento na fé


Conhecimento na fé
// Lagoinha

Nosso maior inimigo não é o diabo, não são os demônios, nosso maior inimigo é a falta de conhecimento. A Bíblia diz: "O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento" (Os 4.6). A estratégia, a astúcia do inimigo é exatamente roubar o conhecimento, imprimir em nossa mente que precisamos continuar como prisioneiros, sendo que Jesus, há dois mil anos, despojou os principados e potestades, nos dando livre acesso às promessas de Deus. Jesus é o vencedor. Ele venceu, mas agora precisamos que o conhecimento dessa verdade alcance os corações. A falta de conhecimento nos faz viver como escravos. Há uma força, um poder em cada um de nós, precisamos tomar posse da liberdade que Jesus nos outorgou.

Maior é o Senhor em nossa vida. Somos templo do Espírito Santo. O mesmo Espírito que levantou Jesus dentre os mortos habita em nós. Quando não temos conhecimento dessa realidade, vivemos como escravos, prisioneiros nos campos do inimigo, mesmo sendo vencedores, vivemos de forma indigna àquela que Deus verdadeiramente já nos deu.

Sem conhecimento da verdade vivemos como escravos em vez de nos sentarmos à mesa do Rei dos reis. O nosso inimigo não quer que saiamos da terra do cativeiro. A vontade dele é que você e eu vivamos no cativeiro da opressão em casa, nos negócios, na família. Mas chegará o dia em que a mentira será desmascarada na vida das pessoas, e veremos milhares de vidas saindo da prisão, anunciando a vitória completa por meio de Jesus Cristo. Aleluia!

O apóstolo Paulo disse: "E confirmados na fé". É estar mais do que firmado, mas confirmados.

Quase sempre nos cultos na Lagoinha, proclamamos: "Eu sou o que a Bíblia diz que eu sou; eu tenho o que a Bíblia diz que eu tenho; eu posso o que a Bíblia diz que eu posso". Esta é uma confirmação, porém, não podemos ter isso somente na mente, apenas verbalizar, mas fazer com que isso se desemboque em nossas atitudes, em nossos relacionamentos. Algumas pessoas pensam que se entregarem sua vida inteiramente a Jesus, a vida ficará sem graça, porque o prazer da vida dessas pessoas está focado nas coisas e não em Deus. Mas ter a vida de Deus é mais do que isso, pois quando conhecemos Deus e somos cheios do Espírito Santo, passamos a entender que nada neste mundo, nenhum prazer humano pode preencher a nossa vida, somente Jesus. Somente a presença de Jesus pode preencher o vazio que há em nossa vida. E quando compreendemos isso temos uma vida plena. Muitas palavras absurdas estão sendo pregadas pelo mundo afora e nada têm a ver com a fé cristã e com o evangelho de Jesus. Há muita superstição evangélica, misticismo, muitas coisas que não condizem com a Palavra de Deus. A Palavra diz: "Examinai-vos a vós mesmos se estais na fé". Ou seja, analisar se você está firmado no Senhor, seguindo a doutrina da Palavra de Deus, a verdade do Senhor.

A fé cristã não é simplesmente um conjunto de doutrinas, mas a vida do Senhor em nossa vida. É Cristo em nós. Deus enviou Jesus para que tivéssemos a vida eterna. Por isso, "aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida" (1Jo 5.12). Isso não denota ter o conhecimento da história de Jesus, conceitos a respeito dele, mas ter a própria vida de Cristo. A Palavra nos exorta a examinar a nossa vida de intimidade com Deus, pois a vontade de Deus é que vivamos para Ele, que tenhamos a vida de Cristo em nós.

"[…] e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, abundando em ação de graças". Isso nos levará a viver de uma forma abundante na fé.

Precisamos amadurecer não só fisicamente, mas também espiritualmente. E como podemos crescer? Pelo conhecimento de Deus e da Sua Palavra.

Conhecer mais do Senhor, crescer em fé precisa ser uma prática diária em nossa vida, passar tempo com Ele. Com quem você está passando mais tempo?

Onesíforo, o amigo de todas as horas


Onesíforo, o amigo de todas as horas
// LPC Comunicações

Você sabe quem foi Onesíforo? Onde ele morava? Qual foi o destaque que recebeu como crente? Há muitos servos de Deus que passaram quase despercebidos nos anais da história, porém, tiveram uma contribuição decisiva na igreja e uma ação corajosa em favor do povo de Deus. Onesíforo era membro da igreja de Éfeso. Sua cidade era a capital da Ásia Menor, centro de idolatria e ocultismo. Éfeso hospedava o templo de Diana, uma das sete maravilhas do mundo antigo, um palácio de mármore, oito vezes maior que o Parthenon de Atenas. Esse homem converteu-se a Cristo com toda a sua família. Sua marca distintiva foi a misericórdia.

O apóstolo Paulo, depois do incêndio de Roma, entre os dias 17 e 24 de julho de 64 d.C., passa a ser procurado como um malfeitor. Isso, porque, o imperador Nero atribuiu o criminoso incêndio da capital aos cristãos. Paulo, sendo o maior líder do cristianismo é preso e lançado numa masmorra imunda, de onde as prisioneiros saíam leprosos ou para o martírio. Do interior dessa prisão insalubre é que Paulo escreve sua última carta, a seu filho Timóteo, e nela faz referência a Onesíforo, manifestando a ele seu preito de gratidão.

Durante os três anos que Paulo passou em Éfeso, Onesíforo prestou-lhe muitos serviços. Esse foi um tempo turbulento no ministério de Paulo, tempo em que enfrentou feras e travou lutas maiores do que suas forças (2Co 1.8). Esse valente, quase anônimo, muitas vezes encorajou Paulo e lhe deu ânimo quando esteve preso (2Tm 1.16). Ao saber da segunda prisão de Paulo em Roma, saiu de sua cidade e rumou para a capital do império à procura do apóstolo. Procurou-o diligentemente até encontrá-lo. Correu todos os riscos para prestar assistência a Paulo no final de sua vida. Confortou sua alma na sala de espera do martírio.

Muitas vezes encorajou Paulo e lhe deu ânimo nas horas mais sombrias da vida. Paulo, nesta última prisão lidou com o drama da solidão, do abandono, das privações, da traição e da ingratidão (2Tm 4.9-18). Mas, Onesíforo não desistiu de Paulo, mesmo sabendo que ele estava sendo acusado de malfeitor (2Tm 2.9). Por causa disso, todos os da Ásia abandonaram o velho apóstolo (2Tm 1.15). Mas quando todos os da Ásia deram marcha à ré, abandonando Paulo, Onesíforo pisou no acelerador e estendeu os braços para socorrer o apóstolo.

Você tem se esforçado para abençoar seus amigos, ainda que se aproximar deles possa causar-lhe sérios riscos? O exercício da misericórdia tem sido a marca de sua vida? Você tem feito o bem continuamente àqueles que fazem a obra de Deus, sem esmorecer? Você tem diligentemente buscado meios para encorajar os santos de Deus, que estão na linha de frente da batalha? Você tem colocado sua vida, sua casa e sua família a serviço daqueles que, injustamente, sofrem acusações e até arriscam sua vida pela causa do evangelho? Você persevera em socorrer os aflitos, ainda que todos estejam abandonando essa trincheira?

A igreja de Deus é um corpo. Nenhum de nós vive de forma isolada e independente. Estamos ligados uns aos outros inseparavelmente e dependemos uns dos outros. Quando um membro sofre, todos devem sofrer com ele; quando um membro é honrado, todos devem se alegrar com ele. Paulo suportou muitas aflições ao longo de seu ministério, mas Deus sempre providenciou alguém para lhe socorrer. Depois, acabou preso injustamente e da prisão foi levado ao cadafalso para ser decapitado, mas não lhe faltou o conforto de Onesíforo na hora derradeira da vida. Este foi um amigo presente, um consolador compassivo, um bálsamo do céu na vida do maior bandeirante do cristianismo.

Reverendo Hernandes Dias Lopes

A amizade, um refrigério para o coração

A amizade é uma das mais importantes bênçãos da vida. O amigo ama em todo o tempo. É mais achegado que um irmão. Não poderíamos viver bem sem amigos achegados, companheiros de jornada, conselheiros sábios, refrigério de Deus para o coração. É claro que não estou falando de amigos de taberna, companheiros de copo, que rasgam a cara em ruidosas gargalhadas nos banquetes da iniquidade. Não estou falando dos amigos utilitaristas que se aproximam apenas para auferirem alguma vantagem imediata. Falo dos amigos sinceros, que estão ao seu lado para celebrar suas vitórias e chorar com você em suas lutas. Falo daqueles amigos que confrontam você em secreto e enaltecem você em público. Falo daquela amizade que é edificada sobre o sólido fundamento do amor, e que, por isso, não se abala quando as vicissitudes nos açoitam com rigor desmesurado.

Amigos bajuladores são um simulacro da verdadeira amizade. Agradam você com elogios hipócritas em sua presença e solapam sua honra quando você vira as costas. O verdadeiro amigo, porém, ama em todo o tempo. Está presente com você não porque busca alguma vantagem, mas porque tem pressa em servi-lo. O amigo verdadeiro é aquele que chega quando todos já se foram. É aquele que lhe estende a mão com presteza, quando os outros recuam com celeridade.

O apóstolo Paulo ilustra essa magna verdade, mencionando Filemom, um homem cujo o amor lhe trazia grande alegria e conforto; um homem que reanimava o coração dos santos; um amigo leal, um bálsamo de Deus na vida das pessoas. Eis o registro do veterano apóstolo: "Pois, irmão, tive grande alegria e conforto no teu amor, porquanto o coração dos santos tem sido por teu intermédio" (Fm 7). E você, tem sido um amigo leal? Você tem reanimado o coração das pessoas? Dale Carnegie, em seu clássico Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, diz que a única maneira de termos amigos é sermos amigos. Aqueles que investem em pessoas, amando, cuidando e servindo recebem de volta amizade sincera. Quando semeamos lealdade, colhemos fidelidade. Quando esparramamos as sementes do amor, colhemos os frutos da lealdade. Quando abençoamos, somos abençoados. Quando franqueamos nosso coração aos outros, recebemos de volta aquilo que ofertamos.

Você tem amigos verdadeiros? Eles têm sido seus conselheiros? Você tem encontrado neles consolo e encorajamento? Você tem esse tipo de amigo? Você encontra tempo para investir na vida das pessoas que ama? Está presente com elas em suas alegrias para celebrar suas vitórias? Está junto delas para chorar suas dores? Lembre-se: nesse terreno, colhemos o que plantamos e ceifamos o que semeamos!

A cura do cego de Jericó


A cura do cego de Jericó
// Lagoinha

De acordo com os arqueólogos, entre as cidades existentes no mundo todo, Jericó é a mais antiga. Faz parte do território palestino, localizada a cerca de 30 km ao norte de Jerusalém. Certa vez, Jesus atravessou aquela cidade, sendo seguido por uma grande multidão (Mc 10.46). À beira do caminho estava Bartimeu que, além de cego, era pobre e mendigo. Sua situação era muito difícil, assim como acontece com tantas pessoas hoje. Certamente, ninguém quer passar por problemas, necessidades e sofrimentos, mas tudo isto pode ser o meio que Deus usará para que muitos conheçam a Cristo. Foi o que aconteceu naquele dia.

Embora fosse cego, Bartimeu ouvia muito bem. A ausência de um sentido físico causa o aguçamento dos demais. Ouvindo o ruído da multidão, perguntou o que estava acontecendo. Alguém lhe disse que Jesus estava passando. Ele ouviu e acreditou. É tão importante haver alguém que nos fale de Jesus. Afinal, a fé vem pelo ouvir (Rm 10.17).

Imediatamente, Bartimeu começou a gritar a plenos pulmões: "- Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim". Ele era cego, mas não tinha nenhum problema com a voz. Começou a clamar pelo nome de Jesus. Qual nome nós temos clamado na hora da dificuldade? "Pois, debaixo do céu, nenhum outro nome há pelo qual devamos ser salvos" (At 4.12).

O cego estava bem informado. Ele sabia que Jesus era de Nazaré e descendente do rei Davi. Ele não gritou "Filho de Maria" nem "Filho de José". Sua informação era mais avançada. Contudo, o conhecimento não seria útil sem atitude. Informação não basta. É preciso o contato com Cristo. Para isso, precisamos orar, clamando pelo nome de Jesus, pois está escrito: "Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Rm 10.13). A Bíblia diz que muitas pessoas repreendiam o cego para que se calasse. Quando buscamos ao Senhor, a oposição certamente se levanta, mas Bartimeu não se deixou intimidar. Afinal, ele não sabia se teria outra chance. Aquela poderia ser a última visita de Jesus a Jericó, como, de fato, parece ter sido.

O texto de Marcos divide o clamor de Bartimeu em duas partes: antes e depois de ter sido repreendido. Em Mc 10.47, ele "começou a clamar". Em Mc 10.48, ele "clamava cada vez mais". Isto mostra a perseverança daquele homem. Seja perseverante na oração. Se Jesus não atendeu na primeira vez, não desista, insista. A insistência é também uma demonstração de fé.

Bartimeu pediu misericórdia. Nossa oração deve ser humilde. Não podemos orar determinando o que Deus haverá de fazer. Peça misericórdia; peça ajuda; peça perdão. Então, de repente, atendendo ao clamor do cego, Jesus parou, junto a multidão, e mandou chamá-lo. Da mesma forma, Jesus lhe chama hoje. Queremos que ele nos atenda, mas nós também precisamos atendê-lo. A comunhão com Deus é uma via de mão dupla.

Bartimeu era cego, mas não tinha nenhum problema nas pernas. Está escrito que ele deu um salto e foi ao encontro de Jesus. Então, o Mestre lhe perguntou: "O que queres que eu te faça"? Ele poderia apresentar uma lista, dizendo: "Senhor, eu quero uma esmola, um prato de comida, uma capa nova, a casa própria, um cão-guia e uma bengala". Não é o tipo de pedido que muitas vezes fazemos? Mas Bartimeu não disse isso. Ele falou: "Eu quero ver". Ele não deixou que suas necessidades imediatas ocultassem seu verdadeiro problema. Hoje, também, muitas pessoas buscam de Deus apenas o remédio para os sintomas, mas não a cura de suas almas. Apresentam uma lista de pedidos materiais, mas se esquecem do principal.

Talvez o leitor, que enxerga bem, não se identifique com Bartimeu. Porém, muitos são afetados pela cegueira espiritual. Paulo disse que "o deus deste século (Satanás) cegou o entendimento dos incrédulos para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo" (2Co 4.4). Muitas pessoas vivem em densas trevas, sem visão, sem perspectiva na vida. Não sabem para aonde ir, vivem sem rumo, tropeçando e caindo. A cegueira espiritual não nos permite reconhecer a ação de Satanás e seus demônios em muitas situações. Então, culpamos os nossos semelhantes e começamos a atacá-los. Do mesmo modo, não reconhecemos a ação de Deus e por isso deixamos de ser gratos.

Certa vez, o exército da Síria cercou a cidade de Samaria (2Rs 6). O discípulo de Eliseu acordou pela manhã e ficou apavorado ao ver os soldados e cavalos. Então, clamou ao profeta: "Meu Senhor, o que faremos agora"? Então, Eliseu disse: "Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles". Em seguida, o profeta orou: "Senhor, abre os olhos deste moço". Imediatamente, seus olhos espirituais foram abertos e ele viu carros e cavalos de fogo que cercavam e protegiam Eliseu. Precisamos orar também como o salmista que disse: "Senhor, abre os meus olhos para que eu veja as maravilhas da tua lei" (Salmo 119.18).

Bartimeu queria enxergar, livrando-se da cegueira natural. Jesus lhe disse: "Vai, a tua fé te salvou". Então, o milagre aconteceu e o cego foi curado. Que maravilha! Mas o que ocorreu não foi apenas uma cura. A vida de Bartimeu foi transformada. Se ele era solteiro, teria agora mais chances de se casar e constituir uma família. Poderia também trabalhar, ganhar seu próprio dinheiro e adquirir todas as coisas que lhe fossem necessárias. Assim, ele começou pelo principal e alcançou muito mais. Agora ele podia ver tantas coisas maravilhosas à sua volta, mas o mais importante é que ele viu o Senhor Jesus e começou a segui-lo. Nós também podemos receber inúmeras bênçãos, mas o principal é conhecer o Senhor e alcançar a salvação eterna.

Pr. Anísio Renato de Andrade

2015-04-27

O que é um "homem de verdade"?


O que é um “homem de verdade”?
// Lagoinha

Um homem de verdade é alguém que conhece a realidade de quem ele é e que vive nessa realidade. Esse conhecimento começa com a compreensão do significado de ter sido criado por Deus. Um homem de verdade sabe que é importante. É impressionante a metamorfose que acontece na vida dos homens quando eles entendem como são maravilhosos aos olhos de Deus. Essa mesma transformação ocorre na vida da família deles, quando compreendem os princípios da liderança. Um homem de verdade deseja e ama a Deus e sua presença.

Ele busca desenvolver comunhão íntima com o Senhor, permanecendo continuamente em Sua presença. Ele tem profundo e intenso prazer em adorar Aquele que o criou e o redimiu. Como Jesus, o homem deve considerar as prioridades espirituais mais importantes do que as prioridades físicas e temporais (Lc 4.3-4). Um homem de verdade restaura a imagem de Deus em si mesmo e deseja ser espiritualmente renovado para que a plenitude da imagem e semelhança de Deus seja restaurada em sua vida. Um verdadeiro homem não é enganado pelas falsas imagens de masculinidade que o mundo apresenta.

O compromisso fundamental do homem de Deus é adorar o Senhor, pois aquilo que um homem adora, bem como quando e como ele adora, determina todos os aspectos de sua vida. Então, como é que um homem encontra o caminho da adoração que confere consistência ao seu caráter, que firma os fundamentos de sua vida, que comunica estabilidade ao seu casamento, duração aos seus relacionamentos e confiabilidade às práticas no trabalho e nos negócios? Iniciando por onde Deus sempre começa com o homem: na adoração.

Quando adoramos a Deus entendemos o poder redentor do sangue de Cristo. Ele constitui a base de todas as operações redentoras, restauradoras e renovadoras de Deus. A adoração desenvolve a nossa fé, nos tira do comodismo, leva-nos a agir. A adoração nos liberta, nos livra do cativeiro. Liberta nossa família para que atinja todo seu potencial e abre um caminho para o futuro, sem as amarras do passado. Deus quer que nos aproximemos Dele sem reservas e que o fogo do seu Espírito consuma o nosso medo e orgulho. Deus não quer que haja nada entre Ele e nós. Ele quer que conheçamos o seu coração.

Devemos estar impregnados do amor, compreensão e mansidão divina. Precisamos saber que Ele nos ama, quer nos curar e libertar. Deus nos chama a assumir uma posição de liderança. Aqueles que nos cercam vão sentir as consequências da decisão que tomarmos. A adoração nos purifica quando nos colocamos na presença de Deus e esperamos nele. Cristo nos conclama a entrarmos na privacidade da comunhão com Ele, em singeleza de coração e alma totalmente aberta. Se o buscarmos de todo coração, sem reservas, veremos a Deus. A adoração nos capacita quando buscamos a Deus abrindo nosso ser à plenitude do Espírito Santo. A adoração mantém a plenitude do Espírito Santo. É passando momentos na presença de Deus, diariamente, em louvor a Ele, que conservamos a vida de poder.

Homens de verdade que adoram a Deus recebem poder espiritual, acham-se cheios da força de Jesus. Em Romanos 12.1-2 o apóstolo Paulo ensina, de forma incisiva, que o homem tem de apresentar a Deus, em adoração, todo o seu ser: corpo, mente, emoções, espírito, ou seja, entregarmos o governo de nossas vidas a Deus. O resultado dessa entrega é a transformação. O homem deixa de ter a mentalidade do mundo para ter a de Cristo. A prova é a vontade de Deus demonstrada e comprovada em seu viver.

Por isso, a principal prioridade de um homem de verdade é a adoração. É manter a comunhão com o Todo-Poderoso, na imutabilidade do seu ser. Estabeleça um altar de adoração ao Senhor. Muitos estão em um emprego, têm uma família, uma casa, mas nunca ergueram um altar ao Senhor. Um altar ao Senhor é um local de culto, lugar de exaltá-lo, fazendo que suba um aroma suave de louvor, gratidão, adoração. O testemunho contínuo é um altar ao Senhor. O tempo de oração, louvor, gratidão é um altar ao Senhor. As palavras e ações de graças são altares contínuos ao Senhor. Portanto, homens, se vocês desejam ser homens de verdade, comecem desenvolvendo a ação de adorar ao Senhor e de conhecê-Lo.

Busque ser um homem de verdade, adore ao Senhor, busque um relacionamento de intimidade com Ele e prepare-se para o que Deus realizará em sua vida.

Pr. Newton Rodrigues

O Senhor é a nossa força


O Senhor é a nossa força
// Lagoinha

O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O SENHOR é a força da minha vida; de quem me recearei? Quando os malvados, meus adversários e meus inimigos, se chegaram contra mim, para comerem as minhas carnes, tropeçaram e caíram” (Salmos 27.1-2)

Dizer que Deus é a nossa força pode parecer um tanto óbvio para aqueles que nasceram de novo e permitiram que Cristo fosse seu Senhor e Salvador. Mas na rotina diária e na agitação que vivemos, isso pode ser esquecido facilmente.

Quantas vezes nos sentimos tão fracos, desanimados, sem fé, esperança? E não são poucas as situações que surgem para tentar sufocar nossa alegria, confiança. Mas é no momento de provação e dificuldade que precisamos nos lembrar das promessas do Senhor e, acima de tudo, de quem Ele É. Quando as forças se vão e tudo parece escuro, façamos como o salmista e invoquemos Àquele que é nossa Luz e nossa salvação.

Ele é a fonte de toda força que necessitamos em tempos de guerra, de privações, provações e ataques do inimigo. Em Deus estamos seguros. Nele podemos confiar. Então, se O buscarmos de todo coração, descobriremos que em nós há uma força nunca antes percebida. E essa força será cada vez maior à medida que passarmos pelas dificuldades e continuarmos caminhando e confiando.

Se não nos esquecermos de quem Deus é, do que Ele tem para nós e das Suas promessas, então, o Senhor aumentará nossa fé, nossa força e poderemos prosseguir mais um pouquinho. O desejo do coração do Pai é nos abençoar, por isso, receba tudo que Ele tem para sua vida hoje e que o Senhor o fortaleça a cada manhã!

 ::Denise Tomaz de Souza

O braço de Deus não está amputado!

Essas bênçãos são para vocês. (1Pe 1.5a)

Setecentos anos antes de Cristo, o profeta Isaías parou o trânsito de Jerusalém e gritou para o povo: “Olhem! Vejam! O braço do Eterno não foi amputado – ele ainda pode salvar” (Is 59.1, AM).

Esse braço não amputado nem enrijecido nem curto demais nem encolhido desce até nós, está à nossa frente. A sua mão está cheia até não caber mais. São bênçãos e mais bênçãos. A mão está aberta e não fechada. Essas bênçãos são para nós, quantas forem necessárias; quantas pudermos pegar. As bênçãos são tantas e tão variadas, que o apóstolo Paulo, alguns anos depois de Tiago, escreve a mesma coisa aos efésios: “Agradeçamos ao Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo, pois ele nos tem abençoado por estarmos unidos com Cristo” (Ef 1.3).

Há coisas que temos, mas não sabemos que temos. Há coisas que temos e sabemos que temos, mas dizemos: “Somos ricos, estamos bem de vida e temos tudo o que precisamos” (Ap 3.17). Há coisas que temos e sabemos que temos, mas não nos apropriamos delas. Daí a palavra de Pedro: “Essas bênçãos são para vocês que, por meio da fé, são guardados pelo poder de Deus para a salvação que está pronta para ser revelada no fim dos tempos” (1.5).

Quais são essas bênçãos que são nossas, que estão em nosso nome? São as bênçãos da salvação. Nem todas são para o tempo presente, como nem todas são para o tempo futuro. Nem todas dizem respeito à alma, como nem todas dizem respeito à mente e como nem todas dizem respeito ao corpo. Porque a salvação é holística, as bênçãos retiradas da mão cheia suprem todas as nossas variadas necessidades e aspirações. Desde que a cortina do tabernáculo se rompeu, nossa atual carência não é culpa de Deus.

— As mãos de Deus nunca ficam vazias!
>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

Livre-se dos laços de escravidão


Livre-se dos laços de escravidão
// Lagoinha

“Vejam isso os aflitos e se alegrem; quanto a vós outros que buscais a Deus, que o vosso coração reviva” (Salmos 69.32)

Se ainda está difícil começar o seu dia da forma certa, faça esta oração:

“Pai, tenho lutado para passar tempo me relacionando Contigo e lendo Tua Palavra. Sei que me relacionar Contigo não é uma lei, é um privilégio, é algo que beneficia minha vida. Oro para que todo laço de escravidão e as mentiras de Satanás que me impedem de ter um tempo a sós em oração e comunhão com Deus sejam quebrados em minha vida. Ajuda-me a ver claramente que isso é algo que devo fazer para viver em vitória. Oro por uma unção que me atraia à Tua presença e me leve a buscar intensamente a Ti. Ajuda-me a conseguir começar da forma certa cada manhã”.

2015-04-26

Obedeça rapidamente


Obedeça rapidamente
// Lagoinha

“Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: não foi Moisés quem vos deu o pão do céu; o verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá” (João 6.32)

Jesus disse que devemos pedir a Deus o pão de cada dia (veja Mateus 6.11). Ele também chamou a Si mesmo de “Pão da Vida” (veja João 6.35). Busque a direção de Deus pela manhã para colher a Palavra diária dEle para sua vida. Você se sentirá alimentado durante todo o dia. Obedeça rapidamente se Deus lhe disser para fazer algo.

Mesmo se Deus lhe der uma tarefa difícil, não se intimide nem protele o assunto durante todo o dia. Abraão acordou cedo para oferecer Isaque no altar; e Deus abençoou a sua obediência e proveu o sacrifício aceitável no lugar de Isaque (veja Gênesis 22.1-14). Davi acordou cedo na manhã em que mataria Golias, e por intermédio de Deus libertou os israelitas de seus inimigos (veja 1 Samuel 17.20-53). Ele o abençoará e o libertará também.

Nesse ponto da história

Acreditamos que a morte de Cristo é exatamente o ponto da história em que algo absolutamente inimaginável vindo de fora, se revela ao nosso próprio mundo.

E, se não conseguimos visualizar nem mesmo os átomos dos quais o nosso mundo é construído, é claro que não seremos capazes de compreender isso.

Com efeito, se pudéssemos compreender este grande evento de forma completa, ele não seria tão grande quanto parece: tão inimaginável, tão “incriado”, tão estranho à natureza, caindo sobre a terra como um raio. Você pode se perguntar que benefício isso pode nos trazer se não compreendemos este grande evento. Mas a resposta é fácil. Uma pessoa pode jantar sem entender exatamente de que forma a comida o alimenta. Uma pessoa pode aceitar o que Cristo fez por ela sem saber como isso se processa — na verdade, ela certamente não saberá como isso funciona até que tenha aceitado o fato.

Aprendemos que Cristo foi morto por nós, que a sua morte lavou os nossos pecados e que, morrendo, ele venceu a morte. Essa é a fórmula. Eis aí o verdadeiro cristianismo. É nisso que temos de acreditar.

>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.

2015-04-25

Permaneça em concordância com Deus


Permaneça em concordância com Deus
// Lagoinha

“Conhece o Deus de teu pai [tenha um conhecimento pessoal, seja familiarizado, aprecie, atente e estime-o] e serve-o de coração integro e alma voluntária; porque o Senhor esquadrinha todos os corações e penetra todos os desígnios do pensamento. Se o buscares [inquirido dele e por Ele, e desejando-o como sua primeira e mais vital necessidade]. Ele deixará achar-se por ti” (1 Crônicas 28.9)

A Palavra de Deus revela um plano maravilhoso para sua vida. Ela mostra como Deus o vê e o que Ele tem para você por intermédio de Jesus Cristo. Mantenha seus pensamentos e suas palavras em concordância com a Palavra de Deus.

Diga: “Tudo em que eu colocar minhas mãos prosperará e será bem-sucedido. Sou cabeça, e não cauda; estou em cima, e não embaixo. Sou abençoado ao entrar e ao sair. As bênçãos de Deus me perseguem e me alcançam. Deus está ao meu lado. Sou abençoado para ser uma bênção para todos aqueles que encontrar hoje”.

A liberdade verdadeira e a falsa

Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres. [João 8.36]

Existem dois tipos de liberdade. A primeira é uma falsa liberdade, dos falsos discípulos. Essas pessoas querem liberdade para satisfazer os seus desejos. Elas se tornam cristãs por causa disso, assim como as pessoas dessa passagem, que se tornaram seguidoras de Cristo porque haviam ouvido que seus seguidores eram pessoas devotas, boas, pacientes e gentis, não pessoas sedentas por vingança.

Seus seguidores davam aos pobres com liberalidade e eram generosos. Eles também haviam ouvido que seus seguidores adoravam a um Deus misericordioso, não a um deus irado. Quando eles ouviram tudo isso, gostaram da ideia de que os crentes os ajudariam e os serviriam. Então disseram: “Eu irei amar que os outros deem algo para mim, que me sirvam e me perdoem. O Senhor Deus também perdoará os meus pecados e me ajudará a entrar no céu”. Eles se alegravam por ser aqueles que receberiam tudo isso.

Contudo, pessoas como essas são salafrárias e não querem deixar suas vidas de pecado e idolatria, nem dar qualquer coisa a alguém. Elas querem viver uma vida de imoralidade sexual e agrado a si mesmas, da forma como viviam antes de chegarem a Cristo. Porém, elas também querem ser consideradas cristãs. Esses são falsos discípulos, que somente querem liberdade para os seus desejos físicos. Louvam o evangelho e, no princípio, seguem-no com determinação. Logo em seguida, passam a fazer o que querem, seguindo os seus maus desejos e suas concupiscências. Tornam-se piores e mais indecentes do que antes. Ficam mais presunçosos, rudes e ambiciosos. Eles até roubam mais que outras pessoas.

O segundo tipo de liberdade é a verdadeira liberdade, dos discípulos genuínos. Aqueles que se apegam à Palavra de Deus e resistem, sofrem e toleram o que é necessário, esses são aqueles que serão libertos. Eles se tornarão cada dia mais fortes.

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.

2015-04-24

A mulher encurvada


A mulher encurvada
// Lagoinha

A história dessa mulher está relatada somente no livro de Lucas e recentemente uma emissora de TV apresentou esse episódio da Bíblia, um lindo e poderoso milagre de Jesus. Essa mulher era corcunda e passou dezoito anos olhando para o chão, incapaz de andar ereta ou sentar-se, ou até mesmo de esticar suas costas. Sua condição também a impedia de ter uma vida normal como as demais mulheres, ela sofria humilhação, rejeição e indiferença, uma aberração para seu povo. Acredito que muitos sonhos foram impedidos diante dessa situação física.

Mas um dia ela teve um encontro com o mestre Jesus e uma nova história começou em sua vida. Jesus estava na sinagoga pregando a Palavra, aquela cena chamou a sua atenção e naquele momento ele parou de pregar e disse:

“Quando Jesus a viu, ele a chamou e disse: Mulher, você está curada. Aí pôs as mãos sobre ela, e ela logo se endireitou e começou a louvar a Deus” (Lucas 13.12-13). Ela havia encontrado a cura, a compaixão e o amor.

Aos oito anos fui acometida por uma enfermidade que atingiu a minha voz, já relatada em alguns artigos, foi um tempo muito difícil, mal conseguia falar, era uma menina cheia de complexos, passei uma adolescência complicada, não conseguia fazer uma leitura na escola, quando chegava a minha vez a professora já sabendo da minha incapacidade, passava a vez para o próximo aluno, isso me deixava muito triste. Fui a muitos médicos, fiz vários procedimentos, mas não havia um diagnóstico ou mesmo um tratamento para obter a cura.

Mas aos dezoito anos conheci o Senhor Jesus e o aceitei, após esse dia, Ele começou um processo de cura, dia após dia e no tempo certo fui restaurada. E para a glória de Deus, hoje uso a minha voz para louvar e adorar o Seu nome.

Amado (a), o mesmo Deus que curou a mulher encurvada, poderá resolver o seu problema, não há limites para o Seu poder agir. Creia, espere, adore e louve.

Deus abençoe,

::Suely Marques de Rezende

Adquire sabedoria


Adquire sabedoria
// Lagoinha

O princípio da sabedoria é: Adquire a sabedoria …” (Pv 4.7)

Adquirir conhecimento no mundo contemporâneo é algo imprescindível para a sobrevivência profissional e até mesmo para as relações interpessoais, pois nem todos os grupos sociais estão dispostos a abraçar aqueles que não estão conectados com o mundo ao seu redor ou com o conhecimento que rege o seu cotidiano. Teriam então “conhecimento e sabedoria” o mesmo significado? Certamente não.

O primeiro você pode adquirir nos bancos escolares, no dia a dia da vida, em seu trabalho, no seio da família, com grupos de amigos etc. Já a sabedoria, só podemos obter quando tememos ao Senhor (Pv 9.10). E para isso, necessitamos aprimorar a nossa comunhão e confiança nele e para com Ele.

Abrir mão de um em detrimento do outro já demonstra falta de “sabedoria”, pois como podemos sobreviver em um mundo em que tantas coisas dependem do conhecimento de cada um? Seria isso prudente? Certamente que a própria sabedoria nos responderia que “não”.

Então como agir?

A Bíblia nos ensina que “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria; e o conhecimento do santo é prudência” (Pv 9.10). Percebemos então que aliados à sabedoria, outros adjetivos se incorporam à mesma. E como é importante quando alguém a quem consideramos “sábio”, possui o conhecimento para nos auxiliar e a prudência para nos admoestar.

Deus, Aquele que possui toda sabedoria e conhecimento, nos entregou um legado de ensinamentos que nos tornarão aptos a agir e a reagir a toda e qualquer situação que venhamos a atravessar em nosso viver; nos fará capacitados a adquirir mais e mais conhecimentos para sobrevivermos a um mundo tão competitivo e globalizado. E nos ajudará quando O buscarmos primeiramente e de forma sábia, tementes aos Seus conselhos, a fim de enfrentarmos os dissabores que a todos os homens provam em seu caminhar. E de que forma tudo isso será possível? Reconhecendo o lugar que o Senhor necessita ocupar em nossas vidas, ou seja, o primeiro! Dessa forma, portanto, se cumprirá sobre cada um de nós aquilo que o Senhor nos ensina por meio de Sua preciosa Palavra.

“Filho meu, se aceitares as minhas palavras e esconderes contigo os meus mandamentos, para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido e para inclinares o teu coração ao entendimento, e, se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a voz, se buscares a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus. Porque o SENHOR dá a sabedoria, e da sua boca vem a inteligência e o entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos; é escudo para os que caminham na sinceridade, guarda as veredas do juízo e conserva o caminho dos seus santos. Então, entenderás justiça, juízo e equidade, todas as boas veredas. Portanto, a sabedoria entrará no teu coração, e o conhecimento será agradável à tua alma” (Pv 2.1 a 10).

Ouçamos, então, os sábios conselhos do Senhor e descansemos em Seu conhecimento.

Deus os abençoe,

:: Ana Lúcia Lemos

Como eu amo a tua lei!


Como eu amo a tua lei!
// Lagoinha

Aconteceu num feriado. O sol já caminhava na metade do seu percurso quando preguiçosamente resolvi sair da cama. Sem coragem de tomar um ônibus para ir à praia, resolvi ficar em casa e ler. Fui até a estante, sempre abarrotada e sempre empoeirada, querendo escolher um livro que me servisse de companhia naquele dia, que eu supunha sem importância. A Bíblia de capa preta se sobressaiu; parecia pedir-me que escolhesse.

Eu já tentara ler a Bíblia, mas nunca consegui atravessar seu quarto livro, Números. Aquelas estatísticas intermináveis me faziam cochilar. Hesitei, mas parecia que duas mãos se estendiam do dorso, suplicando que eu a pegasse. Aquiesci e peguei o tomo preto. Adolescente, eu não cogitava grandes mudanças de vida. Ledo engano: depois daquele dia jamais seria o mesmo.

Deitei-me e comecei a folheá-la; lembrei que meus amigos crentes haviam me aconselhado a ler o Novo Testamento. Abri em Mateus e em poucos minutos cheguei ao Sermão do Monte. Cada versículo alongava-se das páginas como um punhal, lacerando minha alma. As verdades proferidas pelos lábios de Jesus me encurralaram. Mateus 7.13-14 levou-me a nocaute: “Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram”. Assim, no começo da tarde, com a porta trancada, ajoelhado e resoluto, assumi um compromisso de seguir a Jesus Cristo por essa vereda estreita.

Desde aqueles verdes anos procurei referenciar minha vida neste livro magnífico. Tentei estudá-la; meditei em seus versículos em minhas horas tranquilas; fiz palestras e sermões em suas verdades. Mas sinto que ainda não consegui chegar às margens da profundidade do conhecimento e sabedoria da Palavra de Deus. Quanto mais me detenho em seus ensinos, maior é meu espanto, meu maravilhamento .

A Bíblia é uma coletânea de livros com a história de pessoas, famílias, nações e, sobretudo, a linhagem do Messias. Fascinam-me os relatos milenares do comportamento humano nas crônicas, a sabedoria popular dos provérbios, a indignação dos profetas, as orações dos Salmos e a sistematização de verdades eternas das epístolas.

Alguns detalhes da Bíblia me deixam admirado. Ela nunca foi homogeneizada pelo poder eclesiástico. As histórias de seus heróis não foram retocadas. Assim, sabe-se que o patriarca Abraão mentiu e agiu impensadamente em diversas ocasiões; que Moisés, o homem mais manso que o mundo conheceu, irou-se; que Davi, o mais amado rei em Israel, adulterou e ainda tramou o assassinato de um soldado leal. A Bíblia não mascara que a igreja primitiva teve de aprender a conviver com pontos de vista distintos — Pedro e Paulo travaram debates ríspidos sobre usos e costumes; as igrejas plantadas no primeiro esforço missionário tinham idiossincrasias seriíssimas — a igreja de Corinto chegou a vulgarizar o sacramento da Eucaristia.

Ao contrário de outros livros sagrados, a Bíblia não alega ter sido ditada ou psicografada. Em 2 Pedro 1.21, o apóstolo reconhece que sua origem é divina, mas respeita a singularidade dos autores: “Pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens santos falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo”. O conceito teológico para sua “inspiração” significa que Deus respeitou a liberdade e as ambiguidades humanas, permitindo até possíveis contradições dos relatos históricos. Diante de circunstâncias diversas, os autores demonstraram que a revelação das verdades eternas podia se dar dentro de contextos geográficos, sociais e culturais distintos.

Contudo, a maior grandeza da Bíblia vem da encarnação. A chegada do Messias, seu breve tempo de vida na terra, seu curtíssimo ministério fazendo o bem e anunciando a chegada do reino de Deus, sua morte e ressurreição, constituem-se na mais alvissareira notícia já impressa. Até Jesus Cristo vir, Deus resumia-se a uma especulação filosófica ou religiosa. Os gregos afirmavam que, assim como um pássaro não pode voar até o infinito, os seres humanos, mortais, jamais poderiam alcançar a divindade eterna. No cristianismo, Deus fez o caminho inverso. “Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). A singularidade da Bíblia vem da encarnação de Jesus. O filho de Maria fez Deus conhecido da humanidade. Paulo ressalta essa verdade em sua carta aos colossenses (Cl 2.9): “Pois em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade”.

Em João 14.8-9, Felipe pediu a Jesus o que toda a humanidade mais deseja: uma revelação completa de Deus: “‘Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta’. Jesus respondeu: ‘Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: Mostra-nos o Pai’?”

Todas as vezes que ouço a Bíblia sendo exposta, sei que suas verdades brilharão como feixes de luz, guiando o viajante pelas tortuosas estradas da vida, pois o Salmo 119.105 afirma: “A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho”. Quando encontro alguém arqueado de culpa, gosto de recomendar o Evangelho de João. Qualquer um pode se colocar no diálogo entre Jesus e uma mulher prestes a ser apedrejada: “‘Mulher, onde estão eles [os seus acusadores]? Ninguém a condenou?’ ‘Ninguém, Senhor’, disse ela. Declarou Jesus: ‘Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado’” (Jo 8.10-11).

Passados milênios desde que a Bíblia Sagrada foi escrita, estudiosos se revezam tentando analisá-la, mas ela permanece um mistério. E diante do mistério reconhece-se a limitação humana. Razão e método não abrangem todo o “conselho de Deus”. Por isso, Paulo afirmou em Romanos 11.33-36: “Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e inescrutáveis os seus caminhos! Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Quem primeiro lhe deu, para que ele o recompense? Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém”.

Neste mundo sedento de esperança, a Bíblia pode tornar-se um manancial de vida, desde que volte a ser o livro de cabeceira que alimenta a vida devocional e o alicerce dos princípios que nortearão as decisões do dia a dia.

Soli Deo Gloria.

::Ricardo Gondin

Encha-se com a verdade


Encha-se com a verdade
// Lagoinha

“Porque a mim se apegou com amor, eu o livrarei; pô-lo-ei a salvo, porque conhece o meu nome [tem um conhecimento pessoal de minha misericórdia, amor e bondade; crê e confia em mim, sabendo que nunca o abandonarei, não, nunca]” (Salmos 91.14)

Não deixe o mal apoderar-se de seus pensamentos logo pela manhã. Comece bem cedo a viver seu dia da maneira certa. Assim que acordar, diga a Deus que você O ama. Diga que você precisa dEle e depende dEle. Leia Sua Palavra e confesse Suas promessas enquanto você se prepara para o dia de hoje.

Ouça fitas de ensino enquanto você se dirige para o trabalho. Encha-se com o conhecimento da verdade. Não faça comentários pessimistas antes que o dia nem mesmo comece. Em vez disso, diga “Sou a justiça de Deus em Cristo, eu me alegro em todas as coisas”.

2015-04-23

Fale de acordo com os pensamentos de Deus


Fale de acordo com os pensamentos de Deus
// Lagoinha

“Ouvi, pois falarei coisas excelentes: os meus lábios proferirão coisas retas” (Provérbios 8.6)

Um dos nossos maiores erros é que, às vezes, respondemos muito rapidamente às pessoas, apenas dando-lhes algo que sai da nossa própria mente. Somente um tolo expressa tudo o que sente (veja Provérbios 29.11). Aqueles que falam muito e precipitadamente acabam sempre entrando em problemas, como a Bíblia diz: “Alguém há cuja tagarelice é como pontas de espada, mas a língua dos sábios é medicina” (Provérbios 12.18).

Jesus agia com sabedoria. Ele sempre sabia dizer a coisa certa no momento certo, e isso surpreendida a todos. Se não passarmos tempo suficiente com Deus, diremos a coisa errada na hora errada. Decida esperar em Deus antes de expressar seus pensamentos hoje.

Venha, Espírito Santo


Venha, Espírito Santo
// Blog Permanecer

Um dos pedidos mais comuns durante cultos de adoração é: “Venha, Espírito Santo!” Este pedido está repleto de boas intenções, mas não é um pedido bem centrado.

Se o Espírito Santo ainda não está no centro da nossa vida interior não somos de Cristo!

Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne, mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo. Mas se Cristo está em vocês, o corpo está morto por causa do pecado, mas o espírito está vivo por causa da justiça. E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos também dará vida a seus corpos mortais, por meio do seu Espírito, que habita em vocês. Romanos 8: 9-11

Quando começamos os nossos pedidos sem perceber que tudo que precisamos já habita em nós, começamos a procura do que nos falta em outros lugares. Somos o Santuário da Trindade. Toda a vida cristã que existe e toda a vida cristã que vamos viver já habita em cada um de nós.

Nessa nova vida já não há diferença entre grego e judeu, circunciso e incircunciso, bárbaro e cita, escravo e livre, mas Cristo é tudo e está em todos. Col. 3:1

Talvez uma oração mais centrada seja assim: “Espirito Santo, inspire!” ou “Espirito Santo, encha!” Continuar pedindo que alguém chegue, quando ela já chegou, parece muito perto de ofender quem já chegou!

Carlos McCord

2015-04-22

Passe tempo sozinho com Deus


Passe tempo sozinho com Deus
// Lagoinha

“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” (publicamente) (Mateus 6.6)

Jesus acordava bem cedo para ficar sozinho com Deus, mas Pedro o buscou para fazê-lo saber que todos estavam procurando por Ele (veja Marcos 1.35-36). Quando você quer ficar sozinho para orar, parece que todos pensam em procurá-lo. Jesus buscava tempo sozinho com Deus para que pudesse se fixar nos propósitos do Pai.

Vemos o cenário de Jesus orando sozinho e, então, satisfazendo, frequentemente, a necessidade dos outros. Jesus atravessou a Galileia pregando e expulsando demônios. Quando um leproso pediu para ser limpo, Jesus o tocou e a lepra o deixou completamente (veja Marcos 1.39-42). Se Jesus precisava ficar sozinho com o Pai antes de ministrar aos outros, assim devemos fazê-lo.

Vida longa, vida alongada e vida eterna


Vida longa, vida alongada e vida eterna
// Lagoinha

Em vez de pedir a Deus vida longa, riqueza ou a morte de seus inimigos, o recém-empossado rei de Israel pediu sabedoria para governar o povo com justiça. Na escala de valores do jovem Salomão, pelo menos para aquele momento, capacidade para servir a Deus e aos homens era mais importante do que vida longa (1Rs 3.4-15).

Afinal, o que é vida longa? Vida longa é aquela que, a cada dia, consegue empurrar a morte para frente. Mas, no fundo, o que se quer mesmo é a morte da morte, “aquele monstro cujo lábio inferior toca a terra e o superior toca o céu, de modo a engolir tudo”. A morte é uma intrusa, não foi programada, é a sósia do pecado e, segundo Paulo, é o último – e o pior – inimigo do ser humano e da criação de Deus a ser derrotado (1Co 15.26).

Na realidade, enquanto não chegarmos à plenitude da salvação, é mais correto falar em vida alongada do que em vida longa. Há uma pequena diferença entre uma e outra. A vida alongada tem um preço muito alto. Depende de uma infinidade de médicos e enfermeiras, de produtos farmacêuticos – quase todos de uso contínuo -, de aparelhos cada vez mais sofisticados, de exames de laboratório, de planos de saúde, de internações hospitalares, de cirurgias e de permanências na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

Hoje em dia, o alongamento da vida está sendo questionado tanto pela ciência como pela sociedade, incluindo o próprio paciente e sua família. A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que 90% das mortes – quase 60 milhões por ano – “resultam de doenças agudas e incapacitantes e enfermidades crônico-degenerativas que podem evoluir com lento e longo processo de morte, dependendo da doença e das comorbidades envolvidas”.

Precisamos tirar o foco da esperança da vida longa e da vida alongada e colocá-la na vida eterna, à qual Jesus se referiu diversas vezes. Vida eterna não é vida terrestre, nem vida física, nem vida comum. Vida eterna é mais do que vida depois da morte e da ressurreição. Ela pode começar aqui e continuar, sem interrupção, para todo o sempre. O Evangelho de João garante que quem crê no Filho de Deus como Salvador “tem a vida eterna”.

O verbo “ter” está no presente e não no futuro (Jo 3.36). vida eterna “é mais o resultado do que a causa da salvação, mas relaciona-se com a conversão ou a manifestação da vida nova em Cristo”. É aquela vida “que antegoza e garante a comunhão com Deus na eternidade”.

Jesus explicou a Nicodemos que ele seria pregado numa cruz para que todos os que cressem nele tivessem a vida eterna (Jo 3.15). A continuação  destas palavras é o versículo mais traduzido e recitado de toda a Bíblia: “Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Jesus não veio remendar coisa alguma – ele veio para construir coisas novas e maiores. A vida eterna para quem deseja ter vida longa ou vida alongada–e não consegue – é uma delas.

A morte daquele monstro cujo lábio inferior encosta no mais baixo abismo e o superior encosta no mais alto céu, de modo a devorar bebês, recém nascidos, crianças, adolescentes, adultos e idosos de ambos os gêneros, faz parte da escatologia cristã. O sumiço da morte está em processo!

::Ultimato

2015-04-21

A decadência de uma nação


Uma nação torna-se decadente quando seus líderes civis e religiosos se corrompem e abandonam os princípios absolutos que deveriam regê-los. O profeta Miquéias ao fazer um diagnóstico de sua nação, retrata a própria decadência do Brasil. Vejamos:

Em primeiro lugar, ele denuncia o aparelhamento do Estado para saquear o povo (Mq 2.1,2). Os líderes do povo maquinavam o mal em seu leito e ao amanhecer já colocavam em ação esses planos, porque o poder de fazer o mal estava em suas mãos. Tudo quanto cobiçavam, tomavam. Tudo quanto desejavam, extorquiam, porque o Estado estava aparelhado para a roubalheira.

Em segundo lugar, ele denuncia a inversão de valores da sociedade (Mq 3.2). Miquéias diz que o povo se corrompeu a tal ponto de “aborrecer o bem e amar o mal”. Isso não é apenas tolerância ao erro; é inversão de valores. É aplaudir o que se deve repudiar e repudiar o que se deve promover. A sociedade brasileira está assim também: chama luz de trevas e trevas de luz.

Em terceiro lugar, ele denuncia o canibalismo dos líderes políticos (Mq 3.1,3,9). Os líderes políticos em vez de servir ao povo, serviam-se do povo. Em vez de atender às necessidades do povo; exploravam o povo, arrancando sua pele, esmiuçando seus ossos e devorando sua carne. Os líderes longe de proteger o povo, faziam do povo sua presa. Esses líderes chegaram ao extremo de abominar o juízo e perverter tudo o que era direito (Mq 3.9). Os líderes eram o maior problema da nação, o maior flagelo para o povo.

Em quarto lugar, ele denuncia a corrupção do poder judiciário (Mq 3.11).O profeta diz: “Os seus cabeças dão as sentenças por suborno…”. Não havia qualquer esperança de justiça. Os fracos eram esmagados pelos fortes. Os pobres eram espoliados pelos ricos. As cortes estavam rendidas ao esquema da corrupção. Estavam a serviço do Estado para explorar a população. Os juízes que deveriam fazer cumprir as leis e aplicar a justiça, por dinheiro, condenavam os inocentes e inocentavam os culpados.

Em quinto lugar, ele denuncia o conluio dos poderes constituídos  (Mq 7.3).Miquéias diz que o poder executivo e o poder judiciário estavam mancomunados na prática do crime: “… o príncipe exige condenação, o juiz aceita suborno, o grande fala dos maus desejos de sua alma, e, assim, todos eles juntamente urdem a trama”. Uma coisa é um dos poderes constituídos se corromper; outra coisa é quando os poderes se unem para a prática do mal. Havia uma teia criminosa que sugava o Estado e oprimia o povo.

Em sexto lugar, ele denuncia a corrupção da religião (Mq 3.5,11). Os profetas deixaram de pregar a palavra de Deus com fidelidade, para render sua consciência à sedução do lucro: “… os profetas fazem errar o meu povo e clamam: Paz, quando têm o que mastigar, mas apregoam guerra santa contra aqueles que nada lhes metem na boca”. Diz ainda: “… os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro…”. A igreja é a consciência do Estado, mas quando sua liderança se corrompe e busca o lucro em vez de proclamar a verdade, em vez de ser bênção torna-se maldição.

Em sétimo lugar, ele denuncia a corrupção da família (Mq 7.6). A família é o último reservatório moral da nação. Se ela cair, o povo se chafurda na lama. Como estava a família? Responde o profeta: “Porque o filho despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe, a nora, contra a sogra; os inimigos do homem são os da sua própria casa”. Nenhuma nação é forte se as famílias que a compõe estão fracas. O resultado dessa decadência é o caos da sociedade: “Pereceu da terra o piedoso, e não há entre os homens um que seja reto; todos espreitam para derramarem sangue; cada um caça a seu irmão com rede” (Mq 7.2). Miquéias está entre nós. Sua voz ecoa nos palácios e nas ruas. É tempo dos líderes de nossa nação se arrependerem. É tempo do povo voltar-se para Deus. Quem sabe ainda haja esperança para o Brasil!

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A decadência de uma nação
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O clamor dos que choram


O clamor dos que choram
// Lagoinha

O apóstolo Paulo foi um homem com características ministeriais muito marcantes. Naquela época não havia Bíblia, como temos hoje, mas Paulo era peculiar na sua forma de pregar. Era como se pregasse com lágrimas.

Em Atos, capítulo 20, verso 19 diz: “Servindo ao Senhor com toda a humildade, lágrimas e provações”.

Paulo servia ao Senhor com lágrimas, sofrendo perseguições, provações, mas permanecia com o coração, os olhos firmes no Senhor e ensinava a igreja aquilo que vivenciava em Cristo Jesus.

Um dos livros da Bíblia em que podemos perceber tantas lágrimas, é o de Jó.

No capítulo 16, verso 16 há um momento quando Jó dá testemunho da sua vida, dizendo assim: “O meu rosto está todo afogueado de chorar, e sobre as minhas pálpebras está a sombra da morte [...] Por isso, a minha harpa se me tornou em prantos de luto, e a minha flauta, em voz dos que choram” (Atos 30, verso 31).

Essa Palavra nos ensina que precisamos vestir essas vestes de louvor e com lágrimas clamar, tal qual está escrito no Salmo 39, verso 12: “Ouve, SENHOR, a minha oração, escuta-me quando grito por socorro; não te emudeças à vista de minhas lágrimas, porque sou forasteiro à tua presença [...]”.

Salmo 80, verso 5: “Dás-lhe a comer pão de lágrimas e a beber copioso pranto”. E esse mesmo contexto de lágrima continua no Salmo 102, verso 9. Diz assim: “Por pão tenho comido cinza e misturado com lágrimas a minha bebida”. E também no Salmo 42, verso 3: “As minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite, enquanto me dizem continuamente: O teu Deus, onde está?”

Na nossa vida muitas vezes nos alimentamos assim também: “Por pão tenho comido cinza” Isto é, passamos por dificuldade, dores, solidão, tristezas e o nosso coração pode não entender os desígnios de Deus, porém, ainda assim experimentamos o favor do Pai.

Quantas vezes você já foi afrontado, quando diante de uma situação difícil pessoas questionaram: “Onde está o seu Deus? Se Deus é bom por que você está passando por isso?” A afronta chega na nossa vida e às vezes não podemos explicar, mas Deus jamais nos abandona, Ele mesmo disse: “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?” (Hebreus 13.5-6).

Deus não muda, Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre. Às vezes podemos achar que está demorando a resposta do Senhor, mas o tempo de Deus não é o nosso tempo, para tudo há o momento certo. Ele pode responder com “sim”, com “não” ou “aguarde”. E esse tempo de espera pode ser para nós o mais difícil, mas nesse período, mesmo que não possamos compreender o porquê da espera, Deus não para de trabalhar. Na espera, Deus nos ensina a descansar Nele, pois é Dele todo o trabalho.

O trajeto do povo hebreu, do Egito à terra da promessa, era apenas de 40 dias; mas ele levou 40 anos, pois durante esse tempo Deus ensinou o povo a descansar Nele, tirando toda incredulidade do Egito do coração deles.

Uma geração perversa ficou prostrada no deserto e os descendentes desta entraram na Terra Prometida. Deus cumpriu a promessa, Ele é o mesmo, não muda. Muitos à nossa volta buscarão resposta para aquilo que estamos vivendo nos questionando sobre o Deus que cremos, mas como o salmista fez no Salmo 42.3, podemos abrir o coração e chorar, sabendo que o Senhor colhe as nossas lágrimas e que nenhuma das promessas Dele é frustrada.

Deus abençoe!

Somos as pessoas mais felizes deste mundo!

Por causa da sua grande misericórdia, ele nos deu uma nova vida pela ressurreição de Jesus Cristo. (1Pe 1.3b)

A nova vida decorre da ressurreição de Jesus Cristo. Essa afirmação de Pedro torna mais comprida a longa informação dada por Paulo aos coríntios: “Se Cristo não foi ressuscitado, nós não temos nada para anunciar e vocês não têm nada para crer. E mais ainda, nesse caso estaríamos mentindo contra Deus, porque afirmamos que ele ressuscitou Cristo”… “E, se Cristo não foi ressuscitado, a fé que vocês têm é uma ilusão, e vocês continuam perdidos nos seus pecados. Se Cristo não ressuscitou, os que morreram crendo nele estão perdidos. Se a nossa esperança em Cristo só vale para esta vida, nós somos as pessoas mais infelizes deste mundo” (1Co 15.14-19).

Qual seria o maior desastre da História: a Queda do homem ou a não ressurreição de Jesus Cristo?

Pedro volta a falar sobre a ressurreição do Senhor outras duas vezes nessa carta de apenas cinco capítulos: “Por meio dele [de Jesus] vocês creem em Deus, que o ressuscitou e lhe deu glória” (1.21) e “essa salvação vem por meio da ressurreição de Jesus, que foi para o céu e está do lado direito de Deus, governando os anjos, as autoridades e os poderes do céu” (3.21-22).

Além de declarar por escrito a ressurreição do Senhor, Pedro o fez também de maneira audível no sermão do Pentecostes e em outras reuniões. Um dos mais benfeitos pronunciamentos a respeito da ressurreição de Jesus é do apóstolo: “Vocês mesmos o mataram por mãos de homens maus, que o crucificaram. Mas Deus ressuscitou Jesus, livrando-o do poder da morte, porque não era possível que a morte o dominasse” (At 2.23-24).

— A ressurreição de Jesus é o poder dos poderes!
>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato

Busque a Deus bem cedo


Busque a Deus bem cedo
// Lagoinha

“Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava” (Marcos 1.35)

Quando Jesus nos disse para permanecermos nEle e em Sua Palavra, Ele usou a palavra grega “meno”, que na concordância de “Stong” é traduzida como “continuar, habitar, perseverar, estar presente, permanecer, posicionar-se, demorar”. Devemos passar tempo com Deus continuamente. Quando o fazemos entramos no fluir do seu plano para o nosso dia.

Não lemos que devemos simplesmente desejar que tudo corra bem, mas que devemos buscar a Deus por uma palavra nova cada dia. Se o buscarmos logo pela manhã, teremos “uma palavra na estação apropriada” para compartilhar com os outros (veja Provérbios 15.23). Podemos ser bem-sucedidos naquilo que Deus nos chamou para fazer se ouvirmos suas instruções. Ele disse: “Eu amo os que me amam; os que me procuraram (cedo e diligentemente) me acham” (veja Provérbios 8.17

2015-04-20

Meditar na Palavra de Deus gera intimidade e crescimento


Meditar na Palavra de Deus gera intimidade e crescimento
// Lagoinha

A meditação diária na Palavra de Deus sempre traz benefícios incalculáveis para nossa jornada com Deus, e assim como Ele tem ministrado importantes lições para meu crescimento espiritual e fortalecimento da minha fé, em meio às batalhas de cada dia, desejo que o Senhor também fale com você.

Ao reservar tempo para estar a sós com o Senhor, ouvir Sua voz e obedecer às Suas orientações, demonstramos que Ele é nossa prioridade.

Por exemplo, uma meditação no texto de 1 João 4.18-19, “no amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor. Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro”, pode nos libertar de todo pensamento ou sensação de que não somos amados.

E essa liberdade vem quando compreendemos que o amor de Deus é perfeito e Nele não há o que temer. Mesmo que não seja possível entender toda amplitude desse tão sublime amor, é Ele que supre toda ausência e carência do coração humano.

Quando recebermos esse amor, então, seremos capazes de amar sem reservas e sem medo, pois o amor do Senhor nos aperfeiçoa dia após dia e nos leva para mais perto do Seu coração. Lá encontramos toda paz, tranquilidade, renovo e refrigério que necessitamos para prosseguir sem vacilar.

Em meio à correria, estresse e pressões da vida, é no coração do Mestre que encontraremos o descanso que nossa alma precisa. É debaixo das Suas asas que estaremos seguros, protegidos e bem alimentados. Então, somos revigorados pelo Seu amor e isso nos permite prosseguir mais um pouquinho.

Por todas as experiências que o Senhor tem para nós e deseja nos dar a cada manhã, ousemos passar mais tempo com Deus, investir em nosso relacionamento com Ele e dar ouvidos à Sua voz. Isso nos levará a experimentar níveis cada vez mais profundos de intimidade com o Salvador.

Deus o abençoe e sustente a cada dia!

::Denise Tomaz de Souza

Por que você parou de correr?


Por que você parou de correr?
// Lagoinha

“Não são poucos os que corriam e agora não correm mais. Essas pessoas não são necessariamente cínicas. O que acontece com elas é o que aconteceu com Davi”.

Depois de quarenta anos caminhando pelo deserto, o povo de Israel chegou defronte à Terra Prometida. Só faltava atravessar o rio Jordão, cujas águas haviam coberto as margens. O Deus que, no início da jornada, havia aberto o mar Vermelho fez outro milagre. Quando os sacerdotes chegaram ao Jordão e puseram os pés dentro d’água, “ela parou de correr e ficou amontoada na parte de cima do rio até a cidade de Adã” (Js 3.16). Referindo-se a este fato histórico, o poeta personaliza o mar e o rio e lhes pergunta: “O que aconteceu, ó mar, para que você fugisse assim? E, você, rio Jordão, por que parou de correr?” (Sl 114.5).

Esta segunda pergunta tem um paralelo na carta de Paulo aos Gálatas: “Vocês estavam correndo muito bem! Quem os convenceu a se desviar do caminho da obediência?” (Gl 5.7). Em vez de usar palavras duras com as ovelhas que não voltam ao aprisco, poderíamos apenas perguntar ternamente: “E você, fulano de tal, por que parou de correr?”. É como se Paulo falasse com Demas: “E você, Demas, por que me abandonou e se apaixonou por este mundo?” (2Tm 4.10). É como se Jesus falasse com a igreja de Éfeso: “E vocês, irmãos de Éfeso, por que não me amam, como antes?” (Ap 2.4).

Não são poucos os que corriam e agora não correm mais. Essas pessoas não são necessariamente cínicas. O que acontece com elas é o que aconteceu com Davi. Quando se desprendeu do rebanho, o salmista não era um estranho na casa de Deus. Ele conhecia os mandamentos. Ele tocava harpa e dançava diante do Senhor. Ele regia a banda e o coro. Ele apenas fraquejou, deu-se ao luxo de ter uma aventura qualquer lá fora. Mas o profeta Natã lhe perguntou: “E você, Davi, por que parou de correr?”.

Se eu parar de correr – Deus me livre! –, alguém precisa me perguntar: “E você, rapaz, por que parou de correr?”. No caso de Davi, a pergunta deu certo. Pouco depois dela, o salmista teve saudade das verdes pastagens e das águas tranquilas, da vara e do cajado do Pastor, da mesa farta e do cálice transbordante, da unção com óleo, da bondade e da fidelidade diária do Senhor. Então, clamou ao Senhor em uma das mais ternas de suas orações: “Andei vagando como uma ovelha perdida; vem em busca do teu servo, pois não me esqueci dos  teus mandamentos!” (Sl 119. 176).

::Ultimato

Aceitando o que não pode ser mudado

Há também outro mal terrível: Como o homem vem, assim ele vai, e o que obtém de todo o seu esforço em busca do vento? Passa toda a sua vida nas trevas, com grande frustração, doença e amargura. [Eclesiastes 5.16-17]

“Passar toda a sua vida nas trevas” é uma expressão hebraica para “viver em tristeza”. A frase é derivada da forma como as pessoas aparentam estar quando se sentem tristes. Quando o coração está triste, os olhos quase parecem nublados, cobertos por nuvens. Mas quando o coração está feliz, a face se ilumina e brilha. A luz representa a felicidade e a escuridão, a tristeza. Por exemplo, lemos nos Salmos: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação” (Sl 27.1); “Olha para mim e responde, Senhor meu Deus. Ilumina os meus olhos” (Sl 13.3). Passar a vida nas trevas, portanto, significa levar uma vida cruel, de tristezas.

Os únicos casos que chegam diante do juiz são aqueles ruins. Um juiz insensato irá se torturar e se encher de preocupações por pensar que não está fazendo diferença. Mas aquele que é sábio dirá: “Eu planejo e faço tudo o que posso. Mas o que eu não posso mudar, eu aceito. Eu tenho de suportar. Ao mesmo tempo, eu submeto tudo a Deus. Somente ele sabe como fazer as coisas da melhor maneira, de acordo com a sua vontade. Ele é o único que pode fazer meus esforços terem sucesso”.

Portanto, assim como um juiz, nossos olhos e ouvidos devem se acostumar a ver e ouvir coisas ruins, mesmo que elas não sejam o que desejamos. Não devemos pensar que veremos e ouviremos somente coisas boas, que nos agradam. Isso não é o que o mundo oferece. Portanto, devemos nos preparar para coisas ruins, pois sabemos que é esse o caminho da vida. Aqueles que não querem ter problema algum terão mais problemas que os outros.

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.

2015-04-19

Um rei como Davi

Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz. [Isaías 9.6]

O propósito original de Deus para o seu povo não era um reino, mas uma teocracia, ou seja, ele pretendia governá-los diretamente, sem nenhum intermediário. Desta forma, quando eles exigiram que o Senhor lhes desse um rei, como as outras nações, eles estavam rejeitando o próprio Deus, e não Samuel. Samuel alertou o povo sobre o regime opressor que os reis humanos costumam impor, e foi exatamente isso que aconteceu. Por isso os profetas começaram a sonhar com um futuro reino ideal, que apresentasse todas as características que os reis de Judá e de Israel lamentavelmente fracassaram em exibir, embora Davi tenha chegado perto desse padrão.

O reino de Deus seria justo. O Messias seria justo e governaria o povo com justiça. “Dias virão”, declarou o Senhor, “em que levantarei para Davi um Renovo justo, um rei que reinará com sabedoria e fará o que é justo e certo na terra” (Jr 23.5).

O reino de Deus seria pacífico. O reino de Davi foi arruinado pelas guerras intermináveis, e isto contrastava deliberadamente com o nome de seu filho e sucessor, Salomão, shalom, que significa paz (1Cr 22.6-10).

O reino de Deus seria estável. Os tronos de Israel e de Judá eram geralmente instáveis e de pouca duração, mas o reino messiânico permaneceria para sempre.

O reino de Deus seria universal. Em sua dimensão máxima, o território de Israel se estendia “de Dã a Berseba” (2Sm 3.10). O reino messiânico, no entanto, se estenderia “de um mar a outro, e do Eufrates até os confins da terra” (Zc 9.10).

Assim, justiça e paz, eternidade e universalidade são as principais características do reino messiânico introduzido por Jesus. Essas qualidades podem ser facilmente detectadas nos quatro nomes do rei menino (Is 9.6).

Para saber mais: Salmo 72
>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.

Livre-se das desculpas


Livre-se das desculpas
// Lagoinha

“Invoco o Senhor; digo de ser louvado, e (portanto) serei salvo dos meus inimigos”. (Salmos 18.3)

Em Deuteronômio 7.1-2, Deus instruiu seu povo a destruir completamente seus inimigos. Eles não deveriam mostrar qualquer misericórdia. Quando Deus nos diz que é tempo de lidar com atitudes negativas e erradas, devemos nos livrar de nossas desculpas. Não devemos mais argumentar: “Bem, todas as pessoas são negativas, por que eu deveria ser diferente”?

Vença algumas coisas em sua vida hoje. Livre-se de maus hábitos e atitudes negativas e prossiga para o futuro que Deus planejou para sua vida. Ore: “Deus, por favor, ajude-me a mudar. Mostra a raiz do meu problema e como superá-lo. Quero mudanças positivas em minha vida”.

2015-04-18

Simplesmente creia


Simplesmente creia
// Lagoinha

“…a fim de sermos para louvar da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo [os que de antemão colocamos nossa confiança nele fomos destinados para viver para o louvor de sua glória]” (Efésios 1.12)

No mundo natural, você não crê em algo até que possa vê-lo. Mas, ao orar, você tem de crer que o recebeu, e então obterá a manifestação disso. No Reino de Deus, você primeiramente tem de crer, e então verá.

Jesus disse: “…e tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis” (Mateus 21.22). O ouvido de Deus está inclinado para aqueles que oram em fé. Pedro foi o único que caminhou sobre as águas ao lado de Jesus, mas também foi o único que saiu do barco. Até que você tome a decisão de crer e agir de acordo com isso, nada acontecerá.

Ovelha fora do aprisco

Se algum de vocês se desviar da verdade… (Tg 5.19)

Parece que há diferença entre o desviado e o desertor. O caso do desertor é muito mais sério. Ele faz mais do que desviar-se: ele abandona resolutamente o evangelho.

O crente desviado é também chamado de crente afastado, crente extraviado, crente distante do evangelho. Em algum lugar, em algum tempo e em alguma denominação cristã, pode haver mais crentes desviados do que crentes firmes.

O crente desviado é aquele que se desvia da verdade de Deus, da fé, do bom caminho, do primeiro amor, do compromisso assumido no batismo. É aquele que se desprende do grupo, que se transfere do caminho estreito para o caminho largo. Todavia, isso não significa obrigatoriamente que seu nome nunca foi escrito no Livro da Vida. Não se pode afirmar prematuramente que o crente desviado nunca tenha se convertido.

Tiago está responsabilizando os não desviados a trabalhar com os desviados. O propósito é trazer de volta o irmão no momento afastado da comunhão por algum motivo, há pouco ou há muito tempo. Os irmãos que permanecem firmes na fé têm de usar “laços de amor e carinho” (Os 11.4) para reconduzir as ovelhas ao rebanho. Nesse ministério de reconciliação, a oração intercessória é o melhor instrumento.

Assim como o bom pastor procura saber quantas ovelhas não estão no aprisco e vai atrás delas até achá-las e reconduzi-las ao rebanho, assim também devem fazer os pastores de almas e os crentes da comunidade em favor daqueles irmãos que foram salvos pelo precioso sangue de Cristo.

Naturalmente, Tiago não está se referindo àquelas pessoas que conheceram o caminho, experimentaram o gosto da salvação e, depois, abandonaram tudo, voltando à estaca zero ou ao seu próprio vômito ou à lama, como é dito na Epístola aos Hebreus (6.4-8) e na Segunda Carta de Pedro (2.20-23).

— Asafe quase perdeu a confiança em Deus, mas conseguiu recuperá-la!
>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

2015-04-17

Satanás, Eva, Adão e Caim: O fluxo do mal


Satanás, Eva, Adão e Caim: O fluxo do mal
// Lagoinha

O pecado começou no céu, quando Satanás desejou ser igual a Deus (Ez 28; Is 14). Imediatamente, o querubim transgressor foi lançado na terra. Sua próxima cena seria no jardim do Éden, conforme lemos em Gênesis 3.

Sempre que falamos a respeito de Adão e Eva, lembramos da serpente (Gn 3.1-6; Ap 12.9). A vida do primeiro casal recebeu uma influência externa, maligna e destruidora. Foi assim que Satanás investiu contra a primeira família. No capítulo 4, vemos o pecado dos pais afetando a vida dos filhos, Caim e Abel (Gn 4.1-8). O mesmo ocorre hoje.

Qual é o vínculo entre Satanás, Eva, Adão e Caim? O pecado, com diferentes nuances em cada caso. Quando Satanás pecou, ele não foi tentado por ninguém. Eva, por sua vez, foi tentada por Satanás, incorporado na serpente. Quando chegou a vez de Adão, a serpente não participou. Foi Eva quem tentou Adão, atuando como agente de Satanás. E Caim? Ele não foi tentado por ninguém, pois já possuía o mal em seu coração.

Notamos, portanto, que a tentação pode vir de várias fontes. Satanás nem sempre está presente. Ele não está em todos os lugares ao mesmo tempo. É possível que a maioria das pessoas nunca tenha tido um contato direto com ele. Satanás tentou diretamente a Eva e, muito tempo depois, ao próprio Jesus (Mt 4), mas o que acontece no nosso dia a dia é o encontro com seres humanos que nos oferecem o fruto proibido, agindo como propagandistas do inferno.

Somos alvejados pelo marketing do pecado a todo instante, seja por meio de músicas, filmes, novelas, desenhos animados ou uma simples conversa nas redes sociais (1Co 15.33). Muitos são os canais para o conselho dos ímpios e as doutrinas de demônios (Salmo 1.1; 1Tm.4.1). Muitas mensagens malignas são claramente identificadas e precisam ser bloqueadas. Nossos olhos e ouvidos não são depósitos de lixo.

Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo” (2Co 11.3).

Nossa situação é muito semelhante à de Caim, pois já nascemos contaminados pelo pecado. Caim não podia colocar em Satanás a culpa pelo homicídio cometido. Assim também, não podemos dizer que tudo seja obra demoníaca. Onde fica a responsabilidade humana? É verdade que os demônios se aproveitam dos nossos erros, mas não podemos transferir para eles a responsabilidade das nossas escolhas.  Tal atitude de escape impede o arrependimento e a mudança.

Algumas pessoas culpam até o próprio Deus, mas vejamos o que escreveu Tiago: “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria cobiça. Depois, havendo a cobiça concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte” (Tg 1.13-15).

Precisamos escolher que tipo de influência acolheremos em nossos corações. Satanás falou com Eva. Ela aceitou e praticou. Deus falou com Caim, mas ele rejeitou a voz de Deus e fez o contrário do que deveria. A fala de Deus no capítulo 4 de Gênesis tem um sentido de esperança para a humanidade. Apesar do pecado relatado no capítulo 3, Deus não desistiu do homem. Deus não desistiu de Caim, mas Caim desistiu de Deus. Qual voz ouviremos?

O caminho do pecado conduz à morte. O arrependimento e o perdão conduzem à vida. O primeiro passo para o perdão é o reconhecimento.

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1.9).

 ::Pr. Anísio Renato de Andrade