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2015-07-31

Eu lhe criei, sei exatamente o que você precisa!


Eu lhe criei, sei exatamente o que você precisa!

"Preciso de óleo", disse um monge certo dia. Então, plantou uma muda de oliveira. "Senhor", pediu ele, "ela precisa de chuva para que suas raízes possam beber e propiciar o seu crescimento. Mande chuvas brandas". E o Senhor mandou-lhe chuvas brandas. No entanto, ao acordar no dia seguinte, encontrou a plantinha morta. "Eu também plantei uma oliveira", disse outro monge, "e veja como está viçosa! Eu confiei a minha planta a Deus, que a criou. Ele sabe, melhor que monges como eu, do que ela precisa, por isso, não estabeleci condições, meios ou maneiras. Apenas orei: "Senhor, manda o que ela precisa: chuva, sol, vento, neve… O Senhor a fez, o Senhor sabe".

Percebendo tantas preocupações de seus discípulos, em certa ocasião Jesus disse: "Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, eu lhes digo que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles. Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a vocês, homens de pequena fé?" (Mateus 6.28-30). Em outras palavras, Jesus está dizendo: EU TE CRIEI, SEI EXATAMENTE O QUE VOCÊ PRECISA!

A Palavra do Senhor diz que não sabemos orar como convém (Romanos 8.26); contudo, Deus nos ama tanto que enviou o nosso amigo Espírito Santo, que intercede por nós! Talvez neste momento você esteja passando por conflitos, crises, enfim, ansioso e preocupado com tantas coisas. Quero lhe convidar a simplesmente orar: "Senhor, muitas têm sido as minhas aflições, muitos têm sido os gigantes. Contudo, eu coloco a minha força em Ti. Sei que sou fraco e tenho pouca força, mas Tu me criastes e sabes o que é melhor pra mim. Por isso, eu coloco o meu coração em Tuas mãos. Se possível, afaste de mim este cálice, contudo, seja feita a SUA VONTADE! Em nome de Jesus, amém".

:: Bruno Pinto

Esteja pronto


Esteja pronto

"Não desampares a sabedoria, e ela te guardará; ama-a, e ela te protegerá" (Provérbios 4.6)

Filipenses 4.13 promete que Cristo fortalecerá você em tudo o que enfrentar. Isso significa que Ele o preparará e o capacitará para agir à altura de todos os desafios ao fortalecê-lo com poder interior.

Deus nunca o colocará uma posição para fazer algo sem lhe dar a força e habilidade para isso. Você pode relaxar e desfrutar sua vida, pois Deus o "fortalecerá (completará, aperfeiçoará) e fará de você o que deve ser e o equipará com todo o bem para que você possa cumprir sua vontade; (enquanto Ele mesmo) opera e realiza em você o que é agradável aos seus olhos, através de Jesus Cristo" (Hebreus 13.21 – AMP).

2015-07-30

Deus está do seu lado


Deus está do seu lado

"Porque o Senhor se agrada do seu povo e de salvação adorna os humildes" (Salmos 149.4)

Se você nunca enfrenta tribulações, nunca exercitará sua fé. Mas, ao enfrentar momentos difíceis, você não deve temer a vida. Isaías 8.13 (AMP) diz: "Ao Senhor dos exércitos, considera santo e honre ao seu santo nome [ao honrá-lo como sua única esperança de segurança] e deixe que Ele seja seu temor e seu espanto [não o ofenda por desconfiar dele e por ter medo do homem]".

Se você teme a vida ou às pessoas, não está confiando em Deus para salvá-lo. Mantenha seu temor e respeito reverencial a Deus, temendo desagradar-Lhe, mas não tenha medo de mais nada. Se Deus é por você, quem pode ser contra você: "[...] em todas essas coisas somos mais do que vencedores através daqueles que nos amou" (Romanos 8.37).

2015-07-29

Os alicerces da unidade cristã


Os alicerces da unidade cristã

A unidade espiritual da igreja é uma obra exclusiva de Deus. Não podemos produzir unidade; apenas mantê-la. Todos aqueles que nasceram de novo fazem parte da igreja e seus membros devem demonstrar aos olhos do mundo, de forma visível essa unidade interna. A desunião dos crentes, portanto, é uma ameaça à igreja e um escândalo diante do mundo. Essa atitude desonra a Cristo e a própria igreja.

Quando Paulo escreve sua carta aos Filipenses faz uma transição dos inimigos externos (Fp 1.28), para os perigos internos (Fp 2.1-4). Paulo está deixando a ameaça de um mundo hostil, para tratar de um problema igualmente ameaçador, o da comunidade dividida. Paulo alerta para o fato de que uma igreja dividida é uma presa fácil no caso de um ataque frontal da sociedade externa. Assim, não basta apenas ficar firme contra os perigos que vêm de fora; é preciso acautelar-se contra o perigo de esboroar-se por causa das divisões internas. Para o apóstolo Paulo "uma santa e una igreja" não era apenas um artigo de fé.

Antes de exortar a igreja de Filipos sobre a questão da unidade cristã, Paulo dá a base doutrinária. Há quatro pilares que sustentam a unidade cristã. Esses pilares não são criados pela igreja; são dádivas de Deus à igreja. Paulo coloca esses fundamentos em forma de cláusulas condicionais, mas ele assume em cada uma que a condição é verdadeira. Esses pilares já existem e eles precisam ser o alicerce da unidade. Podemos ver a obra da própria Trindade na construção da unidade da igreja. Os crentes estão em Cristo, experimentando a realidade do amor de Deus, pela ação do Espírito Santo. Quais são esses pilares da unidade?

Em primeiro lugar, exortação em Cristo (Fp 2.1). A palavra grega paraklesis sugere que há uma obrigação colocada sobre os filipenses, oriunda diretamente de sua vida comum "em Cristo", para trabalharem juntos e em harmonia. Paulo está convidando os filipenses a lembrar-se de seu status de comunidade amada por Cristo. Todo crente tem recebido encorajamento, exortação e conforto de Cristo. Essa comum experiência deveria unir os crentes. Ninguém pode caminhar desunido com seu semelhante e ao mesmo tempo estar unido a Cristo. Ninguém pode viver a atmosfera de Cristo e viver ao mesmo tempo odiando a seus irmãos.

Em segundo lugar, consolação de amor (Fp 2.1). Aqui, é o amor de Cristo pela igreja que Paulo tem em vista. Ao conclamar os crentes para que vivam juntos em harmonia, Paulo apela para os mais altos motivos: o amor que o Senhor da Igreja nutre por seu povo deve impeli-los a viver dignamente. O amor de Cristo nos leva a amar como Cristo nos amou (1Jo 3.16). O amor nos leva a suportar uns aos outros. O amor nos leva a perdoar uns aos outros.

Em terceiro lugar, comunhão do Espírito (Fp 2.1). A participação comum no Espírito, pela qual os crentes são batizados em um só corpo, deveria determinar a morte de toda desavença e espírito de partidarismo dentro da igreja. O Espírito Santo trouxe os cristãos de à comunhão uns com os outros. Aquele que os uniu em Cristo, também os uniu uns aos outros. É o Espírito Santo que produz a nossa comunhão com Deus e a nossa comunhão com os irmãos. É o Espírito que nos une a Deus e aos irmãos de tal maneira que todo aquele que vive em desunião com seus irmãos dá provas de não possuir o dom do Espírito.

Em quarto lugar, entranhados afetos e misericórdia (Fp 2.1). A palavra grega splanchna "afetos" significa literalmente "as entranhas humanas", consideradas como a sede da vida emocional (Fp 1.8). Enquanto no primeiro capítulo a palavra está se referindo ao amor de Paulo pelos filipenses, aqui ela se refere ao amor de Cristo por eles e através deles. Já a palavra grega oiktirmoi "misericórdias" é a palavra que descreve a emoção humana da piedade terna. A irmandade em uma igreja não se limita a "sentimentos" nem se resume em atividades de ajuda e frias ações. Certamente nossas "entranhas" precisam ser movidas, e as aflições do irmão precisam despertar em nós uma viva compaixão.

::Hernandes Dias Lopes

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Qual o valor do Reino dos céus?


Qual o valor do Reino dos céus?

As respostas de Jesus para as perguntas das pessoas sempre me surpreenderam. Algumas vezes achei que Ele estivesse dando voltas, outras imaginava que Ele estivesse mudando de assunto e não, de fato, dizendo o que o questionador gostaria de saber. Depois passei a acreditar que para algumas perguntas, a resposta era mais complexa do que se podia explicar.

Aposto que quando os discípulos queriam entender a respeito do Reino dos céus, só queriam saber algo relacionado ao ambiente, as disposições das coisas e o que encontrariam nas alturas, mas o Mestre resolveu explicar aquela questão contando mais uma de suas histórias. Dessa vez, referia-se a uma pérola de grande valor. Mas o que a pérola tem a ver com o Reino dos céus?

A respeito disso me pego pensando que se tratava de algo tão grande, tão precioso que apenas uma boa história poderia fazer os nossos indagadores imaginarem não apenas aquilo que o aguardavam, mas o que Jesus estava trazendo à Terra. Compreendo que o Reino é comparado a algo de grande valor. Tratava-se de uma troca, mas não uma simples troca, e, sim, o que havia de mais precioso, no caso, a pérola, pelo Reino. Sejamos francos, ninguém quer ficar em desvantagem. E na parábola, o negociador fez uma inteligente transação.

Às vezes fico me perguntando por que as pessoas falam do Reino de Deus como algo tão banal, tão sem vida, como se fosse a única alternativa, um lugar aonde iremos, mas aonde não há pressa de se chegar. Se tivéssemos entendido o que Jesus estava dizendo, desejaríamos tão ardentemente o Reino dos céus, que a vida na Terra não seria o centro das nossas ambições.

Com o que gastamos todo o nosso suor? Para ter, para ser, para alcançar o que tem tanta valia aqui. Observo que falamos da vida sem, na verdade, compreender onde realmente ela é plena, e minha queixa é ver que nos tornamos miseráveis por não compreendermos o que realmente tem valor. "Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens" (1 Corintios 15.19).

:: Érica Fernandes

O paraíso recuperado

[Deus] nos chamou para tomar parte na sua própria glória e bondade. (2Pe 1.3)

A misericórdia de Deus é elástica demais. Ele provê a nossa salvação e ainda nos faz tomar parte na glória e na bondade do próprio Deus. A salvação oferecida por Jesus abre as portas não só para a justificação, mas também para os estágios seguintes, a santificação e a glorificação. É uma salvação só. Tendo acontecido o primeiro estágio (o perdão), os outros dois obrigatoriamente acontecerão. O Espírito não nos deixará no meio do caminho. É isso o que Paulo explica: "Estou certo de que Deus, que começou esse bom trabalho na vida de vocês, vai continuá-lo até que ele esteja completo no dia de Cristo" (Fp 1.6).

Vale a pena ler a passagem em outra versão: "Tudo que diz respeito à vida que agrada a Deus nos foi dado milagrosamente quando tivemos permissão de conhecer pessoal e intimamente aquele que nos chamou para Deus – a melhor convocação que já receberam!" (2Pe 1.3, AM).

Essa caminhada vertical, que vai da mais profunda treva para a mais brilhante luz acontece não só por causa da bondade do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo (v. 1), mas também por causa do seu enorme poder (v. 2). A salvação é algo revolucionário que desfaz a Queda ocorrida logo no início da história humana e nos leva de volta ao que era antes desse macabro evento. O fim da História não é o paraíso perdido, mas o paraíso recuperado (novos céus e nova terra).

Até chegar de um ponto a outro, por força da gratidão e fazendo uso de tudo que Deus nos tem dado, importa "viver uma vida que agrada a ele" (2Pe 1.3a).

Jesus desceu até nós para nos fazer subir!

>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

O perfeito amor lança fora todo o medo


O perfeito amor lança fora todo o medo

"Tudo posso naquele que me fortalece [estou pronto e preparado para tudo através daquele que infunde força interior dentro de mim; sou forte na suficiência de Cristo]" (Filipenses 4.13)

A apreensão é parente do medo. O diabo tenta nos assustar para confessarmos o medo em vez da fé. Mas, como João 4.18 (AMP) diz, "não há medo no amor [temor não existe], mas o pleno (completo, perfeito) amor lança fora pelas portas e expele todo traço do terror! Pois o medo traz consigo o pensamento da punição [assim], aquele que teme não tem alcançado a plena maturidade do amor [ainda não cresceu até a perfeição completa do amor]".

Desfrute seu dia sabendo que Deus o ama perfeitamente. Não tema as coisas difíceis que você tem de fazer hoje, porque Deus estará do seu lado, pronto para ajudá-lo.

2015-07-28

O tempo perfeito de Deus

Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu. (Eclesiastes 3.1)

Ninguém pode mudar o futuro, não importa quanto alguém possa tentar. Como alguém que não sabe o que acontecerá pode mudar o que ainda não aconteceu? Deus quer que usemos o que ele nos dá sem nos dizer quando ou como ele o proverá. Tudo está nas mãos de Deus. Não devemos pensar que tudo está em nossas mãos para usar da maneira que desejarmos. Afinal, Deus deve prover tudo primeiro.

A expressão "há tempo para tudo" significa que tudo acontece quando Deus quer. Se as pessoas tentarem planejar e fazer tudo por si mesmas sem reconhecer que Deus está no controle, elas experimentarão nada mais do que fracassos. Muitas pessoas trabalham duro para conseguir riquezas, mas não conseguem. Outras adquirem riqueza sem nem ao menos tentar. Isso acontece porque Deus provê o tempo certo para alguns, mas não para outros.

Deste modo, as pessoas lutam pelo que querem ter. Porém toda a sua luta leva apenas à frustração. Elas nada conseguem porque não esperam o tempo certo. Sabendo disso, devemos deixar tudo nas mãos de Deus, usar o que temos hoje e evitar a ânsia por coisas que queremos no futuro. Se não seguirmos esse conselho, nossas vidas serão cheias de problemas e desapontamentos.

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.

Tenha um novo padrão de pensamento


Tenha um novo padrão de pensamento

"Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável" (Salmos 51.10)

Nós nos estabelecemos numa posição de miséria ou alegria pela forma como pensamos com relação às coisas que acontecem na vida. Padrões de pensamento são formas de como nossa mente reage diante de algo. Por exemplo, quando olhamos para nossa agenda hoje, pode parecer que haja muito a ser feito. Mas se escolhermos o padrão de pensamento de que Deus nos ajudará por intermédio disso tudo, nos alegraremos ao ver como tudo se ajustará.

Recusa-se a temer o que deve ser feito. Receba o dia com uma atitude correta, o coração grato, porque você tem um Salvador que está pronto para resgatá-la daquilo que for maior do que você pode suportar. Desfrute a si mesmo e diga: "Recuso-me a viver com medo; e vou desfrutar a minha vida hoje".

Regozijai-vos sempre


Regozijai-vos sempre

Não são poucas as pessoas que procuram alegria no período de Carnaval, e muitas experimentam uma alegria eletrizante e passageira, porém, colhem depois as consequências de uns dias de folia; consequências as mais terríveis que possam existir. Para nós alegria é algo diferente. Quando olhamos a palavra alegria na perspectiva da Palavra de Deus percebemos o querer do Senhor. A alegria é algo que vem de Deus, e, por isso, é completamente diferente a do mundo, da que as coisas oferecem.

Alguns imaginam que a fé cristã leva as pessoas a serem tristes, de cara fechada, e semblante duro. Alguns até dizem que o riso e a alegria não são de Deus. Isso é engano.

Na Bíblia encontramos um livro que foi escrito, no fundo de um cárcere, pelo apóstolo Paulo. Quando o lemos, parece que cada palavra traduz uma verdade, trata-se da carta aos Filipenses. No capítulo 4, verso 4, está escrito: "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos". Esta é a verdadeira alegria, a qual Jesus Cristo propicia. O apóstolo Paulo tinha tudo na vida para ser um homem revoltado, magoado, sem amigos. Quando estudamos sobre a vida desse apóstolo, vemos quantas vezes ele foi traído por alguns irmãos em Cristo; houve momentos em que passou fome, sofreu nas prisões, foi torturado, enfrentou naufrágio. Enfim, teve tudo para ser triste, carrancudo, amargo, ferido, machucado, fechado tal qual uma ostra, dentro de si mesma. Para esse homem seu corpo podia estar atrás das grades, mas seu espírito era livre, isso porque a verdadeira liberdade é a do Espírito.

Quando você começa a viver esta realidade, não vai se alegrar apenas nas circunstâncias, porque muitas vezes elas o fazem chorar e se entristecer; porém, quando seus olhos se voltam para Jesus, começa a perceber que Ele o ama, que já expressou Seu amor por sua vida quando na cruz se deu por mim e por você. Ele ressuscitou e se assentou à direita do Pai. Por essa vitória de Jesus Cristo no Calvário, hoje podemos sentir a verdadeira alegria que independe das circunstâncias.

Entretanto, aqueles que ainda não tiveram o verdadeiro encontro com Jesus experimentam uma alegria passageira, que depende das circunstâncias. Se tudo está bem, eles estão bem; mas caso contrário, tudo é tão triste!

Jamais Jesus lhe daria um mandamento que você não pudesse cumprir. Quando Ele diz: "Alegrai-vos" e novamente diz "alegrai-vos", é para que você não comece a ver alegria somente como um sentimento que dependa das circunstâncias e do seu estado de espírito. Não deixe que nenhum motivo de tristeza à sua volta seja a palavra final em sua história. Pelo contrário, que seu coração seja dominado pela verdadeira alegria, a alegria do Senhor. E você experimentará que a vida não depende do seu estado de espírito; mas do seu relacionamento com Jesus.

O Salmo 51 foi escrito por Davi em um momento tão terrível de sua vida; são palavras de arrependimento depois de ter cometido muitos erros em sua história. Refere-se a um momento em que ele rasgou o coração diante de Deus e sentiu saudades da alegria que possuía antes de pecar. Durante aquele tempo de angústia, de remorso, quando o pecado estava sempre tão presente diante de Davi, quando as lembranças machucavam a sua alma, ele clamou, versos 8 e 12 do Salmo 51: "Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que se regozijem os ossos que esmagaste. […] Restitui-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário".

Satanás é o mentiroso, é o pai da mentira e jamais se firmou na verdade, e ele, muitas vezes, diz que a sua vida não tem mais jeito, seu pecado o separa de Deus. Se Judas, que traiu Jesus, tivesse corrido aos pés do Senhor e pedido perdão, o Senhor o perdoaria. Tudo na vida é como termina é que conta. Você precisa viver essa alegria.

Deus abençoe!

2015-07-27

Agosto de Deus – 31 dias de jejum


Agosto de Deus – 31 dias de jejum

O jejum é como uma bomba atômica dada pelo Senhor para destruir as fortalezas espirituais do diabo e liberar um grande reavivamento espiritual e uma grande colheita. Eu creio que Deus derramará uma inundação do Seu poder que resultará na salvação de milhares de vidas. Precisamos receber de Deus um encargo para o cumprimento da grande comissão que o Senhor mesmo nos deu.

Estes dias de Jejum serão tremendos diante de Deus, por isso tenha uma santa expectativa por um mover do Espírito Santo. À medida que você avançar no jejum começará a sentir mais fortemente a presença de Deus. O Espírito Santo encherá você de alegria e refrigério como você provou poucas vezes antes. Sua fé será grandemente liberada e uma forte sensibilidade espiritual permitirá o fluir de uma nova unção.

Na Palavra de Deus, o jejum se refere à abstenção de alimentos para a finalidades espirituais, não é greve de fome com finalidades de barganha, não é dieta para propósitos físicos, mas sim nos concentrar em finalidades espirituais.

1.Por que o jejum é tão criticado?

a) Muitas pessoas o associam a práticas ascéticas

O excesso e o extremismo praticados na idade média produziram resistência na maioria dos cristãos. Para alguns está relacionado com o farisaísmo. Toda prática religiosa que perde o seu poder espiritual torna-se apenas um ritual exterior vazio. Muitos – temendo o legalismo – evitam o jejum.

b) Muitos têm medo de terem problemas físicos no jejum

Vivemos em um mundo em que a busca do prazer e do conforto é o alvo máximo, e muitos temem morrer de inanição se não comerem pelo menos três vezes por dia.

c) Uma compreensão errada da graça de Deus

Muitos associam o jejum com a penitência praticada por algumas religiões que visa aplacar a ira de um deus mesquinho ou convencê-lo a nos dar alguma dádiva. Tal impedimento se esvai quando entendemos que o jejum é para nós mesmo e não para Deus.

2. O jejum é obrigatório?

O ensino de Jesus (Mt 6) veio acompanhado do ensino sobre oração e oferta. Jamais passou pela cabeça de nenhum líder religioso a ideia de que a oração e a oferta sejam opcionais, por que o jejum seria? Não era intenção do Senhor rejeitar ou desprezar o jejum. Sua intenção era restaurar o jejum à sua forma adequada. Jesus disse que depois que o noivo fosse tirado, os discípulos jejuariam (Mt 9.15). Essa é a mais importante declaração sobre se os cristãos devem ou não jejuar. Não podemos dizer que Cristo nos tenha ordenado que jejuemos, mas está evidente que Ele esperava que o fizéssemos.

3. A motivação do jejum

Quando Jesus tratou do jejum, Ele se preocupou com a questão dos motivos (Mt 6.16-18). Não podemos pensar que o jejum tenha o poder de mudar a Deus ou de forcá-lo a fazer algo que Ele já disse que não faria. Precisamos entender que o jejum está centrado em Deus. A profetiza Ana adorava com jejum (Lc 2.37), os profetas e mestres de Antioquia jejuavam (At 13.2), Deus pergunta para quem jejuamos (Zc 7.5), no jejum nos libertamos de coisas que tentam nos escravizar (I Co 6.12), aprendemos a disciplinar o nosso corpo (I Co 9.27) e é uma forma de nos humilharmos diante de Deus (Sl 35.13).

4. Orientações sobre o jejum

a) Estabeleça seus objetivos

Por que você esta jejuando? Há alguma crise pessoal? Você está buscando renovação, direção de Deus ou solução de algum problema? Estabeleça os seus alvos com clareza e escreva-os. Ore pela igreja e pelo mover do Espírito em nosso meio. Ore pela salvação das vidas e pela multiplicação de cada célula. Pegue os alvos da igreja distribuídos no projeto de oração.

b) Defina um tipo de jejum

Há muitos tipos de jejum. Defina um que seja mais apropriado para você:

• Jejum com uma refeição por dia – apenas o jantar ou o almoço.

• Jejum de Daniel – de todo tipo de carne, doces, refrigerantes, sucos com açúcar ou adoçante e qualquer tipo de manjar.

• Jejum parcial – abstenção de apenas algum tipo de comida, definida em um voto pessoal diante de Deus. Geralmente alguma comida especialmente importante para nós.

• Jejum de dieta líquida – jejum apenas com sopas e sucos.

• Jejum completo – jejum de 24 horas apenas com água.

(Sugiro que seja feito por um período máximo de 03 dias, e depois, volta-se para um dos tipos de jejum acima).

c) Prepare-se espiritualmente

Peça ajuda ao Espírito e faça uma lista dos seus pecados. Comece o jejum com arrependimento. Confesse cada pecado que o Espírito mostrar e creia no perdão do Senhor. Perdoe a qualquer um que o tenha ofendido. Não jejue com o coração amargurado. Se o seu pecado exige restituição ou conserto com alguém, faça-o antes do começo do seu jejum. Busque o enchimento com o Espírito Santo. Se você fala em línguas, invista tempo orando em línguas. Reconheça a Jesus como Senhor e recuse-se a fazer sua própria vontade. Coloque uma expectativa no seu coração pelo mover de Deus. Se não houver uma expectativa em fé, o jejum perde o sentido. Creia pelo milagre de Deus. Confesse a Palavra e gaste tempo louvando a Deus. Faça guerra espiritual. Identifique e resista a todos os demônios que trabalham contra você.

d) Prepare-se fisicamente

Se você possui alguma doença crônica, procure o seu médico. Mulheres grávidas não podem jejuar. Nesses casos, recomendamos que se abstenham apenas de algumas coisas, como chocolates, doces e certos tipos de carnes. Não se precipite em seu jejum. Não faça por que outros estão fazendo. Sinta a direção de Deus. Um jejum completo, somente com água, deve ser iniciado aos poucos. Um jejum com uma refeição por dia não exige um preparo tão grande. Evite comidas gordurosas e açucaradas antes de iniciar o jejum. Prepare-se comendo frutas e vegetais.

e) Enquanto estiver jejuando

Evite ingerir qualquer medicamento sem orientação médica. Existem remédios que não podem ser ingeridos com o estômago vazio. Limite sua atividade física de acordo com suas possibilidades. Somente faça exercícios moderados. Dentro de suas possibilidades descanse o máximo possível. Espere algum desconforto físico como tonturas, dores rápidas de fome, mau hálito, dores de cabeça, fraqueza, sonolência, cansaço e algumas vezes enjoos. Defina quais atividades você suprimirá. Evite ver televisão, praticar esportes ou fazer muito esforço físico. Defina quanto tempo você vai separar para oração. Estabeleça um tempo de oração. Você não precisa orar o dia todo, mas separe um bom tempo para oração de acordo com suas possibilidades.

f) Sintomas espirituais

Durante o jejum coisas ocultas do coração poderão aflorar, como mau humor, lascívia, sensualidade, impaciência, ansiedade e irritação. Haverá muito maior sensibilidade ao mundo espiritual e ao Espírito Santo. Fique atento. Um nível diferente de fé será liberado. Exercite bastante a confissão da Palavra de Deus. Muitos irmãos têm visões, sonhos e outras manifestações espirituais, Espere por elas. Espere por muita resistência espiritual, principalmente no início do jejum. São comuns pressões na mente, acusações, sentimento de condenação e de desânimo com o fim de nos resistir.

g) Faça um programa diário

Se o seu jejum é de almoço a almoço, separe o seu tempo do almoço para ler e meditar na Palavra de Deus. Se o seu jejum é de janta a janta, separe o período da noite. Mas, em todo o caso, comece o dia orando. Corte a TV durante o jejum. Encontre-se com os irmãos da célula para orar junto a eles. O jejum feito em comunidade é mais fácil e também mais agressivo no mundo espiritual.

h) O que evitar

Não tome café nem chá-preto. A cafeína dá dor de cabeça. Não masque chicletes nem chupe balas, mesmo que o hálito esteja ruim, pois estimulam o suco gástrico no estômago. Se tomar suco de laranja, dilua 50% de água. Jamais deixe de tomar bastante água. Pelo menos dois litros de água por dia. Nunca faça jejuns sem água.

i) Como quebrar o jejum

Quebre o jejum gradualmente. Principalmente se for um jejum prolongado apenas com água. Comece tomando sopas. Em seguida, passe para saladas cruas e, depois de algumas horas, coma batatas cozidas e comida com pouca gordura. É melhor comer um pouco várias vezes do que quebrar o jejum com muita comida.

Quem é Jesus e quem sou eu?


Quem é Jesus e quem sou eu?

O encontro com a Rocha destrói o que éramos e nos torna pedras vivas.

Quando alguém bate à porta, a pergunta que normalmente se faz é esta: "Quem é"? O mesmo acontece nos contatos telefônicos etc. A identificação é muito importante porque está relacionada ao caráter e à expectativa que se pode ter. O que a pessoa fala, faz, possui ou oferece é secundário. Precisamos saber quem ela é.

Vemos esse tipo de cuidado na Bíblia: "Quando eu for aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? … Assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a vós… O Senhor, Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós" (Ex 3.13-15).

A preocupação de Moisés era pertinente. Não podemos ter uma ideia vaga ou indefinida sobre Deus. Não servimos a um "deus" qualquer, mas ao único criador de todas as coisas.

Da mesma forma, quando Jesus se manifestou, seus milagres chamaram a atenção de muita gente e a pergunta inevitável era: "Quem é este"?

"E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem"? (Mc.4.41).

O ápice do questionamento encontra-se no evangelho de Mateus:

"E, chegando Jesus às partes de Cesareia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas. Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus" (Mt 16.13-17).

Depois de um tempo caminhando com os discípulos, o Mestre pediu um feedback, como se dissesse: "Vamos ver qual é o resultado do discipulado até este ponto". Não basta ser abençoado e aprender boas lições para a vida. Precisamos saber quem é Jesus e tomar uma posição a respeito dele.

Havia muitas opiniões sobre a identidade de Cristo. Apesar de erradas, eram positivas. Seu caráter e suas obras ligavam sua figura aos grandes profetas de Deus.

Se fizermos uma pesquisa de opinião pública sobre nós mesmos, qual será o resultado? As respostas serão reflexos do nosso testemunho, bom ou mau.

Alguns diziam que Jesus era um dos profetas que ressuscitou (Lc 9.18-19). Temos nesta afirmação um exemplo admirável de fé sem conhecimento espiritual. Eles conheciam as Escrituras e os profetas, mas não sabiam quem era Jesus. Algumas pessoas naquele tempo já acreditavam em ressurreição! Isto era muito avançado para a época. Contudo, de nada adiantam doutrinas corretas sem o conhecimento da pessoa de Jesus.

Elias, Jeremias e João Batista foram lembrados, mas nenhum deles alcançava a grandeza de Cristo. Assim também, de nada adiantará a veneração a tantos personagens da história, pois só Jesus é o salvador. Nenhum dos profetas antigos ressuscitou, mas Jesus ressuscitaria em breve.

Depois de tomar conhecimento acerca da opinião popular, Jesus perguntou: "E vós, quem dizeis que eu sou"? Não nos basta o senso comum. Cada um de nós precisa posicionar-se sobre Jesus. As opiniões sobre ele continuam variadas e geralmente equivocadas ou incompletas. Seria ele um filósofo, revolucionário, apenas mais um mestre ou espírito iluminado?

Pedro disse: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Este reconhecimento é a porta da salvação. Como disse João: "Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome" (Jo 20.31).

Então, Jesus declarou: "Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus". Aqui está a fronteira entre o conhecimento natural e o espiritual. Podemos evangelizar e devemos fazê-lo, mas a consciência sobre a identidade de Cristo vem de uma revelação de Deus. Por isso, os debates com ateus são sempre infrutíferos. A argumentação intelectual não alcança o coração. A pregação, contudo, não é a exposição de um tratado teológico, mas uma semeadura. A semente lançada, mesmo caindo em boa terra, ainda depende de Deus para germinar. A conversão não é uma adesão religiosa, mas uma experiência sobrenatural.

Depois do "eu sou" vem o "tu és". Jesus disse: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja" (Mt.16.18). Temos uma brusca mudança de foco no episódio. O assunto muda da "identidade de Jesus" para a "identidade de Pedro". O discípulo, depois de reconhecer o Mestre, é levado a olhar para si mesmo em busca do autoconhecimento.

Só diante da luz podemos nos enxergar plenamente. Diante do evangelho reconhecemos nossa condição de pecadores. Mas, além de tudo isso, o encontro com Jesus é transformador. O contraste imediato inicia a mudança em direção à semelhança (Rm 8.29). Simão Barjonas torna-se Pedro. Este foi o nome que Jesus lhe deu, conforme Lucas 6.14. O Mestre mudou o nome de Simão, mas não foi só isso. Transformou também seu caráter, seu rumo e sua história. O encontro com a Rocha destrói o que éramos e nos torna pedras vivas (Rm 9.33; 1Co 10.4; 1Pd 2.5). A instabilidade dá lugar à firmeza e à utilidade.

Novamente, Jesus altera o tema da conversa ao dizer: "Sobre esta pedra edificarei a minha igreja" (Mt.16.18). O propósito divino para os séculos seguintes estava colocado diante dos apóstolos. Foi assim que a igreja começou: encontro com Jesus, reconhecimento, fé e transformação. O povo de Deus é constituído por pessoas transformadas. Contra elas, as portas do inferno não prevalecerão.

::Pr. Anísio Renato de Andrade

Desfrute os desafios


Desfrute os desafios

"Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no Senhor Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos" (Salmos 73.28)

Outra chave para começar seu dia da forma correta é não temer as coisas. Não fique na cama temendo o dia que você tem pela frente antes de se levantar. O temor é um parente próximo do espírito de medo. Quando o medo entra, a alegria vai embora. O medo o coloca em miséria, porque, ao escolher temer, você decide que não poderá desfrutar aquilo que deve fazer hoje.

Esteja empolgado ao enfrentar novos desafios. Feche as portas para o pensamento de medo. Decida logo cedo enfrentar cada desafio hoje, sabendo que Deus estará com você para endireitar seus caminhos e prosperá-lo em tudo o que fizer.

Confortáveis na Periferia!


Confortáveis na Periferia!

Atos 5.13: Mas, dos restantes, ninguém ousava ajuntar-se a eles; porém o povo lhes tributava grande admiração. Esse texto fornece uma fotografia das pessoas que possuem uma grande simpatia ou admiração pela igreja, mas que se mantêm afastadas dela. Sem entrar nas considerações teológicas, mas tomando apenas um gancho do texto, ainda que não seja tão factível usá-lo para falar sobre o assunto, mesmo assim, suponho que posso abordar o tema usando uma perspectiva lançada sobre o povo a partir da informação de Lucas.

Nesse contexto, poderia classificar algumas pessoas nos dias de hoje. Por exemplo, indivíduos que se sentem atraídos pelo evangelho e que gostam de conversar sobre a Bíblia e escutam com atenção, mas por causa de uma tradição familiar religiosa, ou por outras questões, ficam de longe. Há, contudo, ainda um grupo que já fez parte da igreja, professou a Jesus como Senhor, diz ser comprometido com o evangelho, mas também quer distância da igreja. Isso se deve por algum tipo de situação vivenciada em passado recente ou distante, mas que, certamente, marcou essas pessoas.

Seja por algum tipo de frustração que sofreram com a igreja, seus membros ou até mesmo com o pastor. Outra leva de pessoas também rondam o tema: aquelas que alguns as denominam de "beija-flor". Ora, o que significa isso? São aqueles cristãos que visitam igrejas. Hoje aqui, amanhã ali, e assim seguem as suas vidas. Não estão filiados e nem comprometidos com uma igreja local. Gostam de ouvir a Palavra, mas veem defeitos presentes na igreja e, por isso, não se engajam.

Olhando rapidamente para cada grupo comentado aqui, surge a pergunta: " há alguma coisa em comum entre essas pessoas?" A resposta está no título do texto: "Confortáveis na Periferia!" Seja qual for a classe de pessoas que não se "ajunta" à igreja, a resposta é a mesma: elas estão confortáveis.

Antes de mais nada é preciso enfatizar que, quando falamos da igreja, estamos falando de duas coisas: do poder do evangelho e do compromisso com Deus. A igreja é uma instituição do Senhor e não há como ficar fora dela se um dia fomos alcançados pelo poder transformador de Cristo.

Assim sendo, começamos por aquela classe de pessoas que se sentem atraídas pelo evangelho, mas ficam de longe por razões que já foram expostas. Para abraçar o evangelho e a igreja, precisam romper com coisas que, certamente, trarão complicações para as suas vidas (João 12.42; Lucas 14.26). Outro grupo a que me referi, são os frustrados com a igreja. Essas pessoas, costumam classificar a si mesmas como acima da média. Pensam que não possuem defeitos, mas os dos outros são gritantes. Para eles, a igreja tem que ser perfeita, ou melhor, precisa marchar segundo os seus próprios padrões.

Se assim não for, se magoam, se frustram e resolvem ficar longe. Dessa forma, se sentem confortáveis, uma vez que para estar envolvidos precisam pagar um preço que não estão dispostos. O último tipo que relacionei é bem parecido com o qual acabei de comentar. Ambos veem os defeitos e problemas da igreja local, mas se diferem porque o primeiro quer distância da igreja e esse último parece "buscar uma que se ajuste ao seu modo de ver as coisas". Ele se mantém distante apenas no quesito compromisso ou filiação, mas quer estar presente, seja aqui, ali ou acolá.

Em síntese, todos se sentem confortáveis na periferia. Não há entrega e, portanto, não há compromisso. O ponto alto em questão é o resultado. O primeiro time, apesar da simpatia ao evangelho e à igreja, acaba por não romper com todo embaraço. Dessa forma, eles mesmos fizeram a sua escolha eterna. Não querem Deus nas suas vidas. Por causa dessa escolha, num futuro próximo, o Senhor concordará com eles. Viverão banidos da sua presença para sempre e eternamente.

Quanto aos outros, não ouso dizer que estarão longe do Senhor para sempre, mas com certeza, estão vivendo perigosamente. Por quê? Porque, ao abandonar a comunhão com os irmãos, não se envolvendo e não se integrando, a pessoa pode ir perdendo a sensibilidade espiritual. O que isto quer dizer? Por questões muito óbvias, esse cristão deixa de ouvir a voz do Espírito em seu coração, e vai perdendo a percepção espiritual. É aí que mora o perigo.

Natanael Gonçalves, pastor da Igreja Batista das Nações, em Bournemouth, Inglaterra

2015-07-26

As Escrituras dizem


Que todos prestem serviços uns aos outros com humildade, pois as Escrituras Sagradas dizem… (1Pe 5.5)

Pela oitava vez nessa carta de apenas cinco capítulos, Pedro escreve: "Pois as Escrituras Sagradas dizem…" (1Pe 1.16, 24; 2.3, 6, 8; 3.10; 4.18; 5.5).

Isso quer dizer que os 39 livros do Antigo Testamento eram chamados de Escrituras Sagradas, sendo citados oralmente (nos sermões) ou por escrito (nas Cartas). Que dizer que, para Pedro, as Escrituras Sagradas já eram aquilo que os reformadores muitos anos depois passaram a chamar de única regra de fé e prática.

Das oito passagens lembradas por Pedro, uma está no Pentateuco (Levítico), quatro nos Livros Poéticos (Salmos e Provérbios) e três num dos Profetas Maiores (Isaías).

Quando fala em santidade, o apóstolo cita Levítico 11.45: "Sejam santos, pois eu sou santo". Quando fala na precariedade da vida, cita Isaías 40.6-8: "Todos os seres humanos são como a erva do campo". Quando fala a respeito da bondade de Deus, cita Salmos 34.8: "Procure descobrir, por você mesmo, como o Senhor é bom". Quando mostra que Jesus é a pedra, cita Isaías 28.16: "Estou colocando em Sião uma pedra, uma pedra preciosa que eu escolhi". Quando mostra o perigo de tropeçar nessa pedra preciosa, cita Isaías 8.15: "Muitos tropeçarão, cairão e se despedaçarão". Quando explica como obter uma vida feliz, cita Salmos 34.12-13a: "Vocês querem aproveitar a vida? Querem viver muito e ser felizes? Então procurem não dizer coisas más". Quando quer falar sobre o destino dos justos e dos ímpios, cita Provérbios 11.31: "Assim como os bons serão recompensados aqui na terra, também os pecadores e os maus serão castigados". Quando quer falar sobre o valor da humildade, cita Provérbios 3.34: "Ele zomba dos que zombam dele, mas ajuda os humildes".

Toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e útil para mim!

>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

Você pode mudar


Você pode mudar

"Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória [poderosa] do Pai, assim também [habitualmente] andemos nós em novidade de vida" (Romanos 6.4)

Você nunca alcançará seu destino se pensar coisas negativas. Quando despertar pela manhã, comece dizendo: "Amo minha vida, ela é maravilhosa. Agradeço a Deus por tudo que tem me dado".

Você fará um favor a si mesmo se começar a ter pensamentos corretos, pois assim também tomará atitudes corretas. Semear atitudes corretas no seu dia formará novos hábitos. Quando você começar a operar nesses novos hábitos, isso transformará seu caráter. E quando seu caráter mudar você caminhará rumo ao destino que Deus tem para sua vida. Pelo poder de Deus, você pode viver em novidade de vida

2015-07-25

Deus sabe e vê


Deus sabe e vê

"A intimidade [da doce e agradável companhia] do Senhor é para os que o temem (reverenciam e adoram), aos quais ele dará a conhecer a sua aliança (e revela-lhes seu profundo significado)" (Salmos 25.14)

Ninguém mais pode ver as coisas que você faz, mas Deus vê cada uma delas. Todas as vezes que você ora, Deus vê. Todas as vezes que você toma uma atitude de bondade secretamente, Deus vê e planeja uma recompensa para você publicamente. (veja Mateus 6.1-6)

Sirva ao Senhor em tudo o que fizer hoje. A Palavra diz: "De manhã semeia tua semente, e à tarde não retenha a tua mão, porque você não sabe qual delas prosperará, se esta ou aquela, ou se ambas serão bem-sucedidas" (Eclesiastes 11.6 – AMP). Deus prosperará o que você fizer para Ele.

O chamado e a escolha de Deus


O chamado e a escolha de Deus

Portanto, irmãos, empenhem-se ainda mais para consolidar o chamado e a eleição de vocês, pois se agirem dessa forma, jamais tropeçarão. (2 Pedro 1.10)

Apesar de a vocação a que Pedro se refere aqui ser forte o suficiente em si mesma, ela não parece forte e firme o suficiente para você. Isso porque você ainda não está certo de que ela diz respeito a você. Assim, Pedro deseja fazer com que essa vocação e eleição pareçam mais firmes com boas obras.

Pedro considera que o fruto da fé é muito importante. Esse fruto é direcionado ao nosso próximo, em serviço a ele. Porém o fruto não permanece fora de nós. A fé é fortalecida pelo fruto para que nós façamos mais boas obras. Desta maneira, esse poder é muito diferente da força física. Quando abusamos da nossa força física, nos cansamos e nos machucamos. Porém, com o poder espiritual, quanto mais o usamos, mais forte ele se torna. E se não o exercitamos, ele diminui.

Não devemos deixar a nossa fé descansar. Ela se torna mais forte com o cultivo e a prática até que nos tornemos certos da nossa vocação e eleição. Tornamo-nos certos de que não podemos falhar. Além disso, essa passagem nos orienta sobre como lidar com a eleição.

Há muitas pessoas de espírito frívolo que não sabem como é a fé forte. Elas se intrometem, começam no topo e querem descobrir por meio da razão humana se Deus as escolheu. Elas fazem isso para que possam ter certeza da sua posição. Devemos nos afastar desta abordagem, porque não é o modo correto.

Se quisermos ter certeza, devemos ter a abordagem que Pedro sugere aqui. Se escolhermos uma forma diferente, já erramos. Porém, se cultivarmos e praticarmos a nossa fé continuamente, nos tornaremos certos da nossa vocação e eleição para que nunca tropecemos.

:: Martinho Lutero | Somente a Fé

2015-07-24

O chamado e a escolha de Deus

Portanto, irmãos, empenhem-se ainda mais para consolidar o chamado e a eleição de vocês, pois se agirem dessa forma, jamais tropeçarão. (2 Pedro 1.10)

Apesar de a vocação a que Pedro se refere aqui ser forte o suficiente em si mesma, ela não parece forte e firme o suficiente para você. Isso porque você ainda não está certo de que ela diz respeito a você. Assim, Pedro deseja fazer com que essa vocação e eleição pareçam mais firmes com boas obras.

Pedro considera que o fruto da fé é muito importante. Esse fruto é direcionado ao nosso próximo, em serviço a ele. Porém o fruto não permanece fora de nós. A fé é fortalecida pelo fruto para que nós façamos mais boas obras. Desta maneira, esse poder é muito diferente da força física. Quando abusamos da nossa força física, nos cansamos e nos machucamos. Porém, com o poder espiritual, quanto mais o usamos, mais forte ele se torna. E se não o exercitamos, ele diminui.

Não devemos deixar a nossa fé descansar. Ela se torna mais forte com o cultivo e a prática até que nos tornemos certos da nossa vocação e eleição. Tornamo-nos certos de que não podemos falhar. Além disso, essa passagem nos orienta sobre como lidar com a eleição. Há muitas pessoas de espírito frívolo que não sabem como é a fé forte. Elas se intrometem, começam no topo e querem descobrir por meio da razão humana se Deus as escolheu. Elas fazem isso para que possam ter certeza da sua posição. Devemos nos afastar desta abordagem, porque não é o modo correto. Se quisermos ter certeza, devemos ter a abordagem que Pedro sugere aqui. Se escolhermos uma forma diferente, já erramos. Porém, se cultivarmos e praticarmos a nossa fé continuamente, nos tornaremos certos da nossa vocação e eleição para que nunca tropecemos.

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.

Abençoe alguém hoje


Abençoe alguém hoje

"Tenho-vos mostrado [pelo exemplo] em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é (tornar alguém mais feliz e mais afortunado) dar que receber" (Atos 20.35)

Tenha uma jornada saudavelmente amorosa hoje, pensando nesta manhã o que você pode fazer por outra pessoa. Não espere que Deus lhe peça para fazer algo; mas tome a iniciativa e diga: "Bem, Deus, o que posso fazer para ser uma bênção para louvor da Tua glória hoje"?

Os melhores dias que você vive são aqueles em que investe seu tempo amando outras pessoas. Escolha uma pessoa em particular e pense numa forma de abençoá-la. Se você não sabe o que fazer, apenas ouça o que ela tem a dizer, e não demorará muito para você descobrir suas necessidades.

2015-07-23

Dois passos para vencer a inconstância


Dois passos para vencer a inconstância

A inconstância é um grande mal da humanidade. Ela nos impede de experimentar a grande beleza da persistência e, sempre, tende a nos fazer dar passos para trás, quando precisamos avançar em alguma área de nossa vida. Quantos não começam algo e param logo no meio do caminho? Quantos já prometeram ler a Bíblia toda durante o ano e não conseguem passar do primeiro mês? Começar e não terminar, falar e não cumprir, planejar e não prosseguir, são consequências da inconstância.

"A inconstância nunca está disposta a esperar para germinar semente alguma". Inconstância é o que faz uma pessoa mudar de humor, de vontades num curto espaço de tempo. A pessoa não consegue ser estável em seus comportamentos, opiniões, atitudes e, principalmente, em seus sentimentos. É aí que a coisa fica complicada. A inconstância lhe tira o privilégio de esperar com paciência por um amor para a vida inteira. Sementes plantadas são abortadas por decisões erradas que tomamos em meio à nossa inconstância.

CONFIAR EM DEUS é o primeiro passo para mandarmos embora esse "espírito" de inconstância. Muitos mudam de opinião ou sentimento rapidamente porque não enxergam o que desejam viver no tempo em que acham que deveria acontecer o que se espera. No entanto, quando confiamos em Deus, entregamos, de fato, tudo em Suas mãos e decidimos esperar crendo. Isso faz total diferença. Você está melhorando sua própria vida e aguardando a pessoa certa? Seu primeiro passo para não dar lugar à inconstância é confiar, crer em Deus sobre tudo o que seus olhos contemplam no mundo natural.

PERSEVERAR também é fundamental para que a inconstância se mantenha longe de nós. Se você está seguindo os princípios, as leis bíblicas, permaneça firme neste alicerce. Uma hora a coisa acontecerá e você experimentará o melhor de Deus para sua vida. A perseverança é essa posição que nos faz amadurecer e não nos deixar ser levados pelas ondas dos sentimentos e da inconstância. Fique firme, sua hora vai chegar!

:: Pr. Leandro e Aline Almeida

O saudoso verbo pastorear

Aconselho que cuide bem do rebanho que Deus lhes deu e façam isso de boa vontade, como Deus quer, e não de má vontade. (1Pe 5.2)

Pedro tinha na mente duas lembranças impossíveis de esquecer. A primeira era muito desagradável e deprimente – a lembrança daquele galo madrugador que cantou logo depois da sua tríplice negação de Cristo no terreiro da casa de Caifás (Mt 26.74). A segunda era agradabilíssima e animadora – a lembrança do verbo pastorear, que Jesus usou três vezes na cerimônia de sua restauração realizada à beira-mar numa bela manhã (Jo 21.15-18). Apesar do vergonhoso fracasso, o Senhor não desistiu de Pedro e ordenou que ele pastorasse as suas ovelhas (de Jesus).

Muitos anos depois, perto de seu martírio, no final do reinado de Nero (54-68), Pedro usa o saudoso verbo pastorearpara se dirigir aos "anciãos" da Ásia menor: "Pastoreiem o rebanho [de ovelhas] de Deus que está aos seus cuidados" (1Pe 5.2, NVI).

Não se trata de uma ordem fria, formal ou legalista. Pedro entra em pormenores válidos tanto na época como hoje. Pastoreiem não por obrigação, não por constrangimento, não por imposição, não por alguma recompensa em vista. Mas de livre e espontânea vontade, de bom grado, por devoção, pelo desejo de servir e agradar a Deus. Já naquele tempo, o apóstolo afastou a ideia de ganância financeira, de lucro sórdido, de uma tabela de salários cada vez mais gordos de acordo com o número de conversões ou de batizados, a criminosa ideia da franquia (sistema pelo qual uma igreja detentora de um título concede seu nome e seu prestígio para um obreiro começar o mesmo trabalho em outra rua, outro bairro, outra cidade ou outro país).

Além do mais, os pastores aos quais Pedro se dirige não devem se considerar donos do rebanho, pequenos deuses, mandachuvas e dominadores. Então, quando o Grande Pastor aparecer de repente, eles receberão "a coroa gloriosa, que nunca perde seu brilho" (1Pe 5.3-4)

Se não fosse pelo verbo pastorear, Pedro passaria a sofrer de "galofobia"?

>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

Decida ser positivo


Decida ser positivo

"Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento (pondere e fixe sua mente nisso)" (Filipenses 4.8)

As pessoas negativas não desfrutam a vida. Enxergar cada dia com expectativas positivas é uma das chaves para uma alegria abençoada.

Agimos de acordo com o que cremos; assim pensamentos otimistas causam atitudes otimistas. Se você quer uma vida positiva, comece a ter pensamentos agradáveis. É fácil fazer isso se você ler a palavra e meditar em tudo o que Deus quer fazer por você e por intermédio de você. Separe algum tempo hoje e pense sobre todas as coisas boas e positivas que Deus fez por você no passado e tudo o que Ele planejou para você no futuro.

2015-07-22

A força de Deus é perfeita


A força de Deus é perfeita

"Ora, aquele [Deus] que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira (recursos para semear) e multiplicará os frutos da vossa justiça [que se manifesta em bondade, compaixão e caridade ativas]" (2 Coríntios 9.10)

Há pessoas que têm muito, mas que nada fazem pelos outros com aquilo que possuem. Mas há pessoas que têm pouco, mas que são capazes de fazer muito com aquilo que têm. Use aquilo que você tem hoje e não se preocupe com o que não tem. Deus fará diferença naquilo que lhe falta se você, simplesmente, lhe der o que puder.

A força de Deus é sempre aperfeiçoada em nossa fraqueza. Não lamente pelo que lhe falta; em vez isso, deixe a presença de Deus preencher seu vazio. Faça o melhor que puder e desfrute o fato de Deus receber a glória por meio de seu testemunho cada dia.

2015-07-21

Desconectai-vos


Desconectai-vos

Durante o tempo em que me preparava ao ministério pastoral, uma amiga fez a seguinte observação: "Davi, você gosta de estudar, cuidar e pregar; mas existe algo importante que você não sabe. Você nunca aprendeu a descansar. Se não aprender isto, a consequência será a estafa.". Percebi quão preciosas eram aquelas palavras! Tentando aprender sobre descanso, encontrei a excelente obra de Marva Dawn, Keeping the Sabbath Wholly, que busca aplicar o antigo mandamento de "guardar o sábado para o santificar" (Êxodo 20:8) aos cristãos contemporâneos.

Marva Dawn parte do pressuposto de que está inscrita a lógica de "trabalharmos seis e descansarmos um" em nossa constituição biológica e psíquica. O comunismo tentou semanas de 8 e Napoleão Bonaparte de 9 dias, mas a produtividade humana diminuiu! Sem deter-se nos debates sobre qual é o dia certo para guardar o sabbath ou dia sabático, Marva sugere que durante um dia específico da semana todos precisamos parar, assim como Deus fez no sétimo dia da criação. Apesar de um dia inteiramente separado para descansar sugerir chatice, legalismo ou até prática judaizante, seu sentido profundo é uma confiança em Deus que permite reconhecer a dádiva da vida em sua dimensão lúdica e alegre. Parar é necessário: impede-nos de fazer o papel de Deus, permitindo que Ele seja quem é de fato para nós, soberano, provedor, Aquele que trabalha para os que Nele esperam (Isaías 64.4).

Apesar de o termo descanso indicar passividade, o dia sabático é bem mais do que isso: inclui tanto as disciplinas interiores de parar e descansar, quanto as exteriores de acolher algo ou alguém e festejar. Os quatro movimentos do dia sabático são, respectivamente, parar, descansar, acolher e festejar, e se relacionam teologicamente a arrepender-se (parar), o reconhecimento de que não produzo minha salvação (descansar), nossa santificação como um presente de Deus (acolher) e a esperança escatológica do banquete final com Cristo (festejar).

No dia sabático, refreamos atividades trabalhosas, aquelas que colocam o foco na capacidade de produzir ou na necessidade de trabalhar para gerar recursos. Para muitos de nós parar significa um ato de fé. As práticas a serem evitadas incluem compras ou colocar limites na tecnologia, como esquecer os e-mails e celulares. Além disto, no dia sabático escolhe-se práticas prazerosas e que apontam para a celebração da vida e a adoração a Jesus. As possibilidades são muitas: cultivar boas conversas com quem amamos, assistir um bom filme, ajuntar os amigos para louvar juntos, usar a criatividade.

Todas estas práticas, tanto as do trabalho que deixamos quanto as que cultivamos no dia sabático, pressupõem autoconhecimento. Isto significa que cada pessoa precisa personalizar este dia especial. Se o trabalho de alguém durante a semana é prioritariamente físico, foca-se em ativar a mente, como em ler um bom livro. Porém, se o trabalho for intelectual, foca-se em atividades físicas, como uma caminhada no parque. Às vezes a causa do cansaço emocional é o cansaço físico, então se precisa dormir bem e cuidar do corpo. Quando prestamos atenção em nós mesmos, reconhecemos quais atividades evitamos, pois as atividades de trabalho para cada um podem ser diferentes. No processo de escolher práticas para o dia sabático, atentamos também para a maneira e o sentido no qual a fazemos: jogamos futebol com "alegria nas pernas", mas sem o foco em competir, por exemplo.

Gostaria de evocar outro aspecto desta discussão, pois a dificuldade de descansar pode estar além do dia sabático: enquanto não estamos inteiros nos relacionamentos, não descansamos. "Não consigo descansar" é a queixa de muita gente nesta geração hiperconectada, mas que não se vincula adequadamente com outro ser humano. Certo dia um rapaz me procurou dizendo que não conseguia dormir e sofria com insônia. Havia feito todos os exames médicos, mas não conseguia descobrir sua causa. Percebi que estava bastante ansioso e perguntei pelos seus relacionamentos. Narrou desarranjos familiares e dificuldades de relacionamento com seu irmão. Ele vivia em um campo de batalha. Não conseguia descanso, pois este advém de um posicionamento justo e verdadeiro diante de Deus, da realidade e do outro.

Não conseguir descansar pode evidenciar um desarranjo relacional: às vezes a ansiedade nos cansa mais que o trabalho. Reconhecer que não conseguimos descansar nos permite rever e prestar atenção nas questões mais fundamentais. Santo Agostinho dizia que o coração humano é inquieto e quando encontra verdadeiramente um Outro, o próprio Deus, alcança descanso. A insônia pode ser um aliado para que, diante Daquele que "aos seus amados dá enquanto dormem" (Salmo 127:2), revermos nossos posicionamentos e lançarmos nossa ansiedade diante de Deus (I Pedro 5:7), Aquele que tem cuidado de nós e é a fonte da saúde e graça para os nossos relacionamentos.

Um caminho para o verdadeiro descanso nesta geração hiperconectada é deliberadamente desconectarmos para reconhecermos que Deus é Deus: "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus" (Salmo 46:10). Transformamos nossas práticas cultivando um dia sabático em seu movimento de parar, descansar, acolher e festejar; e quando nosso cansaço estiver crônico, precisamos também rever os relacionamentos. Assim adquirimos, enquanto cultivamos um ritmo de trabalho e descanso, uma identidade sabática na qual o foco não é o fazer, produzir, alcançar, mas ser, reconhecer, participar e adorar. Descansemos!

 ::Davi Chang Ribeiro Lin 

Graça, favor imerecido


Graça, favor imerecido

O que é graça? É favor imerecido. Isso por si só nos torna totalmente dependentes de Deus, pois tudo que somos e temos provém Dele. Foi Ele quem nos amou primeiro e se entregou por nós na cruz, na pessoa de Seu Filho, Jesus. Tudo que recebemos é pela graça, não por merecimento.

Nada, portanto, substitui a cruz. Por isso, é tão delicado essa questão da superstição, uma vez que superstição é atribuir poderes sobrenaturais a coisas naturais. E a fé genuína, focada e firmada na cruz, nada tem a ver com superstição. Superstição não substitui a cruz.

A resposta de Deus para o homem é apenas a cruz, a obra do Calvário. Tudo aquilo que precisamos, Jesus conquistou para nós. Se você recebeu algo que não venha Dele, tome cuidado, pois você pode estar recebendo coisas erradas, mesmo que tenha sido entregue com a melhor das intenções. O que se acredita ser alimento, pode ser veneno.

Sempre guarde no seu coração isso: a nossa fé é essa fé livre, genuína, descontaminada, uma fé pela graça. O que nos une ao Senhor não são meus méritos, mas exatamente o caminho que Ele abriu pela graça. Ele fez essa ponte (a obra do Calvário) para podermos nos achegar a Ele. Não é o nosso esforço para achegar a Ele.

Falar de graça divina é falar de liberdade, mas também de acessibilidade, pois uma vez que não foi por iniciativa nossa, mas dEle que fomos aceitos, podemos ser quem somos em Jesus, pois fomos comprados por Seu sangue. E é também pelo Seu sangue, por sua obra na cruz do Calvário, é que temos a autoridade para lidarmos com tudo aquilo que se opõe a nós em termos de ataques e contra-ataques do diabo e em termos de nossa carnalidade. Tudo começa e termina na cruz.

Muitas podem ser as definições da palavra graça, que vão desde aquilo que é cômico, engraçado, que faz rir, passando por algo que uma pessoa recebe gratuitamente (benevolência), algo que alguém faz com leveza e maestria (graciosidade) e indo até o aspecto teológico, como aquilo que Deus concede aos homens e que os torna capazes de alcançar a salvação.

Biblicamente falando, à luz da Palavra, graça é favor, dádiva, imerecidos da parte do Senhor para conosco. Não depende de mérito ou atitudes que tenhamos ou não, algo que façamos ou deixemos de fazer. Tem a ver, contudo, com o amor do Pai, amor esse incondicional da parte Dele. Esse amor foi manifesto na pessoa de Seu Filho Jesus.

Em toda a Escritura vemos a definição e a manifestação da graça. Veja o que o apóstolo diz, falando acerca da obra de Jesus na cruz como prova maior de seu amor e sua graça:"Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus" (Romanos 3.24).

Outro aspecto que define a graça é a capacitação. Paulo assim escreve em Romanos 12.3: "Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um".

Havia sim essa graça, essa capacitação, sobre o apóstolo, para que ele cumprisse com sua missão. Ainda falando sobre graça como sinônimo de capacitação, lemos em 2 Coríntios 1.12:"Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que, com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas, na graça divina, temos vivido no mundo e mais especialmente para convosco".

Muitas são as definições da graça de Deus. Escrevendo sobre o tempo do fim e as reações em meio ao sofrimento, Pedro fala da "multiforme graça de Deus": "Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus" (1 Pedro 4.10).

Aproprie-se da graça divina, exerça sua autoridade em Cristo Jesus e seja mais que vencedor.

Deus abençoe.

Em nossa fraqueza Ele é forte


Em nossa fraqueza Ele é forte

"Porque tu és a minha rocha e a minha fortaleza; por causa do teu nome, tu me conduzirás e me guiarás" (Salmos 31.3)

Cada um de nós tem as próprias falhas, como vasos quebrados. Mas, se permitimos, Jesus usará nossas falhas para a glória de Deus. Na grande economia de Deus, nada é desperdiçado. Assim, ao buscar formas de ministrar e quando Deus chamá-lo para fazer as tarefas que Ele lhe designou, não se assuste por causa de suas falhas. Reconhece-as e permita que Deus tire proveito delas para que você também possa ser tornado belo ao prosseguir no caminho do Senhor.

Prossiga corajosamente, sabendo que em nossas fraquezas sempre encontraremos a força de Deus. Em Cristo, as respostas para cada uma das promessas de Deus é "Sim", e por essa razão nós dizemos: "Amém, assim seja"! (veja 2 Coríntios 1.20).

2015-07-20

Atributos de um amigo verdadeiro


Atributos de um amigo verdadeiro

O Dr. John Mackay, presidente do Seminário de Princeton, em seu livro "O sentido da vida", disse que não há relação mais espiritual e sublime que a amizade. A relação de amigos é mais elevada que a de irmãos, noivos ou esposos, pois há muitos irmãos, noivos e esposos que não são amigos. Vamos analisar três aspectos acerca do grande valor da amizade. Como podemos conhecer um amigo verdadeiro?

1. Um amigo é alguém que está do nosso lado ainda quando todos nos abandonam – A Bíblia diz: "Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão" (Pv 17.17). Um amigo é o primeiro a entrar, depois de todos terem abandonado a casa. Ele se aproxima não para tirar-lhe algo, mas para oferecer-lhe tudo, sua amizade. Há duas caricaturas de amizade, que não passam de uma falsa amizade. A primeira é a amizade tabernária. Nenhum liame existe entre os amigos "tabernários" além do desejo comum de matar o tempo, de tomar uns copos, de contar pilhérias um tanto escabrosas, de maldizer o próximo e fazer farra. Esses amigos dispersam-se na hora da angústia, como os amigos do Filho Pródigo fugiram, deixando-o faminto e necessitado. A segunda amizade falsa é a amizade utilitária. É a daqueles para quem todo "amigo" é uma conveniência, um meio atual ou potencial de facilitar-lhes os interesses. Essa amizade é uma espécie de pesca de favores, honras, posições e lucros. Essa espécie de amizade constitui-se numa ameaça para a moralidade pública. Distribuem-se os cargos não pelos méritos pessoais dos candidatos, mas pelo número de "amigos" que possuem. Mas, se há "amizade" falsa, existe também a amizade verdadeira. O amigo verdadeiro ama em todo tempo. O vendaval só conseguirá que os verdadeiros amigos deitem raízes mais profundas, entrelançando-se-lhes as radículas no solo do amor eterno.

2. Um amigo é alguém que não precisa usar máscaras para desfrutar de intimidade – A Bíblia diz: "… há amigo mais chegado do que um irmão" (Pv 18.24). Um amigo verdadeiro não precisa de formalidades e convencionalidades para se aproximar de nós. Ele nos conhece e nos ama não apenas por causa das nossas virtudes, mas também apesar dos nossos defeitos. O verdadeiro amigo é aquele que está perto nas horas de celebração e também nos tempos de choro. Ele é capaz de chorar conosco na dor e cantar conosco nos dias de festa. A verdadeira amizade derruba paredes e constrói corredores; nivela os vales e constrói pontes. A Bíblia destaca a amizade de Davi e Jônatas. Essa amizade foi santa, íntegra e fiel. Esses dois jovens buscavam o bem um do outro. Eles protegiam um ao outro. Um amigo verdadeiro não se nutre de suspeitas nem dá ouvidos à intriga. Não há amizade sem lealdade. A intriga é o verdugo da amizade. A amizade é edificada sobre o fundamento da verdade e cresce com o cultivo da intimidade.

3. Um amigo é alguém que prefere o desconforto do confronto à comodidade da omissão – A Bíblia diz: "Como o ferro com o ferro se afia, assim o homem ao seu amigo" (Pv 27.17). Uma amizade verdadeira não é construída sobre a cumplicidade no erro, mas sobre o confronto da verdade. As feridas feitas pelo amigo são melhores do que as lisonjas do bajulador. Uma amizade leal não se acovarda na hora do confronto. Há circunstâncias em que a maior prova de amizade está em aceitar o risco de perdê-la, em nome da própria amizade. A Bíblia nos ensina a falar a verdade em amor. A Bíblia nos orienta a servir de suporte uns para os outros. A Bíblia nos manda corrigir aos que são surpreendidos na prática de alguma falta, e isso, com espírito de brandura. Não existe amizade indolor. Não existe amizade omissa. Um amigo é alguém que tem liberdade, direito e responsabilidade de exortar, corrigir e orientar seu confrade quando vislumbra a chegada de um perigo ameaçador. Nesse mundo timbrado pela solidão e pelo isolamento, onde florescem as "amizades virtuais", precisamos cultivar amizades verdadeiras, amizades que glorificam a Deus, edificam a igreja e abençoam a família!

::Rev. Hernandes Dias Lopes

A pessoa certa fazendo a coisa certa no lugar certo


Sejam bons administradores dos diferentes dons que receberam de Deus. (1Pe 4.10)

Parece que Paulo fala sobre os dons do Espírito Santo (1Co 12.1-11) e Pedro fala sobre os dons naturais (1Pe 4.10-11). Tanto os primeiros como os segundos foram dados para o bom funcionamento da igreja. Paulo é mais específico (ele fornece uma lista de dons espirituais). Pedro é mais genérico (ele menciona apenas os dons de pregar e de servir).

Por serem muitos, não é possível fazer uma lista dos dons tanto espirituais quanto naturais. Mais diretamente em função de uma igreja se poderia falar dos dons de orar, interceder, adorar, cantar, louvar com instrumentos musicais, pregar, evangelizar, compor, aconselhar, consolar, ensinar, pacificar, repartir, servir, administrar, encorajar e vários outros. É preciso incluir ainda ministérios especiais com irmãos de diferentes faixas etárias (das crianças aos idosos) e com enfermos, enlutados, deficientes físicos, novos na fé, dependentes químicos, solteiros que querem casar, casados que querem se separar, irmãos com transtornos emocionais e assim por diante.

Além da presença contínua do Espírito Santo, do amor fraternal, da humildade de cada irmão, da santidade progressiva, da centralidade da Palavra e do Senhor Jesus na pregação e no ensino – uma comunidade cristã seria uma grande bênção para os seus membros e para a sociedade no meio da qual se encontra, caso cada irmão ocupasse o seu lugar de acordo com seu próprio dom e o exercesse com esmero. É esta a palavra de Pedro: "Sejam bons administradores dos diferentes dons que receberam de Deus". Os dons são para o proveito mútuo. Cada um deve colocar seus dons e talentos a serviço do outro.

Temos juntos muitos dons para muito trabalho e muitos desafios!

>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

Nós somos portadores


Nós somos portadores

"[...] o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti (e o ilumine) e tenha misericórdia (benignidade, compaixão, e graça) de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto [com aprovação] e te dê a paz (tranquilidade de coração e vida continuamente)" (Números 6.25-26)

Olhar para pessoas aparentemente bem-sucedidas e pensar: "Ah! Eu desejaria ser como elas" faz com que percamos nosso tempo. Não conhecemos seus problemas ou falhas. Todos nós temos lutas e devemos agradecer a Deus por nossas próprias cargas, porque se não tivéssemos problemas, não precisaríamos mais de Jesus.

Revele aos outros a glória da presença de Deus em sua vida ao ser grato por aquilo que Ele faz para você. Compreenda que Deus colocou seus tesouros em vasos de barro, como nós, para que aqueles que não o conhecem vejam a grandeza e a glória dEle em nós (veja 2 Coríntios 4.7). Deixe a luz de Deus brilhar por intermédio da sua vida hoje.

2015-07-19

Orando em situações difíceis


Ezequias recebeu a carta das mãos dos mensageiros e a leu. Então subiu ao templo do Senhor, abriu-a diante do Senhor e orou. (Isaías 37.14-15)

Este capítulo de Isaías contém uma história interessante sobre o rei Ezequias. Os assírios estavam atacando Jerusalém com um grande exército e começando a vencer. A situação parecia desesperadora. O rei Senaqueribe ridicularizou Ezequias sem misericórdia. Senaqueribe zombou da desgraça de Ezequias escrevendo uma carta repleta de insultos contra Deus para fazer o devoto rei perder toda a esperança. Em vez de perder a esperança, Ezequias foi para o templo, abriu a carta diante de Deus, prostrou-se com o rosto tocando o chão e fez uma oração fervorosa.

Aprender a orar quando há uma emergência ou quando alguma coisa está nos amedrontando requer muita disciplina. Em vez de orar, temos a tendência de nos torturar com ansiedade e preocupação. Pensamos apenas em como nos livrar do problema. Muitas vezes o Maligno nos engana quando a tentação ou o sofrimento começam, deixando a dúvida se a questão é espiritual ou física. Imediatamente ele entra sem pedir licença e nos deixa tão perturbados com relação ao problema que nos tornamos consumidos por ele. Neste sentido ele nos afasta da oração. Ele nos deixa tão confusos, que nem mesmo pensamos em orar. Quando, finalmente, começamos a orar, já nos torturamos quase até a morte. O Maligno sabe o que a oração pode realizar. É por isso que ele cria muitos obstáculos e a torna tão difícil para nós que nunca conseguimos parar para orar.

Com base nesta história registrada no livro de Isaías, nós devemos adquirir o hábito de ficar de joelhos e colocar as nossas necessidades diante de Deus no momento em que tivermos uma emergência ou ficarmos amedrontados. A oração é o melhor remédio que existe. Ela sempre funciona e nunca falha – basta fazer uso dela!

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.

Somente Deus pode transformar você


Somente Deus pode transformar você

"O Senhor o assiste no leito da enfermidade; na doença, tu lhe afofas a cama. Disse eu: compadece-te de mim, Senhor; sara a minha alma, porque pequei contra ti" (Salmos 41.3-4)

Não se torne obsessivo por causa de suas falhas ou você nunca desfrutará a vida que Jesus morreu para lhe dar. Somente Deus pode transformá-lo; assim, converse com Ele sobre seus desejos. A Palavra diz que aqueles que esperam no Senhor serão transformados (veja Isaías 40.31).

Enquanto isso, pare de falar sobre suas falhas tão intensamente. Não deixe o desânimo e a depressão roubarem de você a energia e torná-lo irado. Se o fizer, pode espalhar essa ira a outras pessoas e perder as bênçãos que Deus reservou para você hoje. Desfrute a si mesmo e resplandeça! Tome atitudes certas hoje rumo à mudança que você deseja, pedindo que Deus o ajude durante todo este dia.

2015-07-18

Viva para servir a Deus


Viva para servir a Deus

"Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Marcos 10.45)

Como um oleiro transforma o barro em vasos, assim Deus nos forma, alguns para honra e outros para desonra, para servirmos ao propósito dEle. A despeito da forma como nossa posição possa parecer aos outros, somos formados para servir a Deus de alguma maneira.

Se Deus o fez para ser um ajudador, então ajude com todo o seu coração. Se você gosta de limpar casas para as pessoas, então, faça-o como se estivesse limpando a casa do Senhor. Se você quer permanecer em casa com seus filhos em vez de ganhar dinheiro extra, não se preocupe se Deus chamou outras pessoas para um trabalho remunerado fora de casa. Faça o que Deus colocou em seu coração e desfrute o fato de cumprir propósito que Ele lhe deu.

2015-07-17

Um caminho sem volta


Um caminho sem volta

Na vida e no ministério há muitos momentos distintos. Eclesiastes retrata bem essas nuances no capítulo três, no conhecido texto sobre o "tempo". A maneira como lidamos com essas mudanças é determinante para o que viveremos à frente. Alguns momentos mais tensos, outros mais suaves; alguns mais agitados, outros mais tranquilos; alguns (espero que muitos) alegres, outros mais tristes, e assim vamos vivendo, refletindo, avaliando e prosseguindo.

Prosseguir é uma palavra-chave. Depois de certo tempo de caminhada e alguns inesperados obstáculos, alguns costumam repensar os seus caminhos. Esta é uma tarefa importante e arriscada para aqueles que responderam ao "chamado que um dia, tu fizeste a mim, e ao qual sem hesitar, eu disse sim".

O chamado exige renúncia. O chamado anuncia perdas. O chamado declara a opção pelo possivelmente menos popular. O chamado demanda sacrifício. O chamado assume a possibilidade de maiores dificuldades pelo caminho. E por isso que se torna arriscado. Pois muitos dos chamados, ao olhar para trás nessa reflexão, acabam esquecendo-se de olhar para frente novamente. Aí, o tropeço é inevitável. Olhar para trás é importante, mas viver andando de costas é loucura.

Entre tantas possíveis escolhas negativas, por que não voltar atrás, ou por que olhar para frente novamente?

- Porque o chamado é, também, resultado de paixão. Avassaladora, incontrolável, inevitável.

- Porque o chamado tem origem nAquele que tem uma voz irresistível e uma vontade que é boa, perfeita e agradável;

- Porque o chamado traz, como fruto, uma riqueza invisível, mas imperecível; intocável, mas intransferível; inimaginável, mas infinita; inexplicável, mas irresistível.

É, enfim, um caminho sem volta, independentemente dos percalços, obstáculos e tropeços. É loucura sim, mas é vida. E, de uma coisa estou certo: os momentos não determinam mais o meu chamado, mas fortalecem o caminho que foi escolhido para eu seguir.

Inspirado pelo apóstolo Paulo em II Coríntios 11:16, olho para trás e vejo as marcas que já recebi; olho pra frente e percebo que muitas estão por vir. Olho para os céus e só posso dizer uma coisa: eis-me aqui.

::Rodolfo Gois

Deus aprecia a forma como Ele o fez


Deus aprecia a forma como Ele o fez

"Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido [como se bordado com várias cores] como nas profundezas da terra" (Salmos 139.15)

Você já perguntou a Deus: "Por que o Senhor me fez desse jeito"? Algumas vezes, as coisas que pensamos ser nossas piores falhas, Deus usará para sua maior glória: "Mas quem são vocês, meros homens, para criticar e contradizer e retrucar a Deus? Aquilo que é formado dirá para aquele que o formou: Por que você me fez assim?" (Romanos 9.20)

Jesus morreu para que pudéssemos desfrutar nossa vida com abundância, plenamente, até transbordar. Você não desfrutará sua vida se não desfrutar a sim mesmo. Encontre satisfação por ser quem é e alegre-se com a forma exclusiva como Deus o criou.

2015-07-16

Não corra atrás do vento


Não corra atrás do vento

Já ouvi dizer que a vida sem sonhos não faz sentido, que viver sem objetivos não tem graça. De uma certa forma, acredito nisso. A maioria das pessoas – ou talvez todas – tem desejos, seja de se casar, formar uma família, comprar a casa própria, um carro novo, ter um bom emprego e estabilidade financeira, fazer muitas viagens, adquirir novos bens, entre outras coisas. Isso é bom, até certo ponto.

Todas as pessoas deveriam ter sonhos, sim. Quando encontramos alguém que não tem desejos na vida – o que é raro – ficamos perplexos: como assim viver sem objetivos? Mas, para falar a verdade, não sei o que é pior: viver sem sonhos ou viver correndo louca e desesperadamente atrás da realização deles sem sequer pedir a opinião de Deus.

Como já disse, sou super a favor de sonhar e estabelecer objetivos, mas não pedir orientação a Deus e fazer de tudo, até mesmo abandonar princípios de amor a Ele, a si mesmo e ao próximo, para alcançá-los não vale a pena.

Infelizmente, para realizar os próprios desejos, algumas pessoas deixam coisas, hábitos e seres importantes de lado. Trabalham arduamente para alcançar seus objetivos, mas se esquecem de cuidar delas mesmas, da saúde do corpo, da alma e do espírito. Além disso, deixam que o relacionamento com Deus e com outras pessoas fique morno. Às vezes, estão tão cansadas correndo atrás dos sonhos que a vida real passa a não existir.

Confesso que eu era assim. Queria fazer mil e uma coisas, às vezes, ao mesmo tempo. Até que cheguei no meu limite. Então, percebi que, na busca pela realização dos meus sonhos, eu estava abusando da minha força física, mental e espiritual. Ou seja, correndo atrás do vento. Tive que avaliar quais eram as minhas prioridades.

Como minha mãe sempre diz: "Do que adianta estudar e trabalhar 'sem hora pra voltar' e depois não ter saúde para usufruir do que conquistou?" Então comecei a pedir a Deus ajuda. Não queria continuar do jeito que estava, mas também não queria agir sem a orientação dEle. E, depois que Ele me direcionou, pude tomar a decisão que precisava. Tive que renunciar, abrir mão de algumas coisas, mas fiquei em paz porque sabia que Deus estava no controle. E, como a Bíblia diz, o coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa vem do Senhor (Provérbios 16.1).

Não adianta correr atrás dos sonhos sem pedir a opinião de Deus. Algumas pessoas tomam decisões, se esforçam, querem fazer as coisas por elas mesmas, sem dar a mínima para a vontade dEle, e acabam frustradas lá na frente. "Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nEle, e Ele agirá". (Salmos 37.5)

O melhor a se fazer é sonhar, ter objetivos, metas e planos, mas sempre orar: Deus, que seja feita a Tua vontade. E se for para eu perder tempo, me afastar de Ti, das pessoas e de tudo que provém do Senhor, não permita que eu faça ou alcance o que quero.

Passagem bíblica para reflexão

"Não me neguei nada que os meus olhos desejaram; não me recusei a dar prazer algum ao meu coração. Na verdade, eu me alegrei em todo o meu trabalho; essa foi a recompensa de todo o meu esforço. Contudo, quando avaliei tudo o que as minhas mãos haviam feito e o trabalho que eu tanto me esforçara para realizar, percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento". (Eclesiastes 2.10-11)

:: Dayane Cristina

Nova perspectiva

O cristianismo afirma que cada ser humano viverá para sempre, e isso pode ser verdadeiro ou falso.

Agora, tenho uma grande quantidade de coisas com as quais não vale a pena me preocupar se eu for viver só setenta anos, mas com as quais eu devo me preocupar se penso em viver para sempre.

Talvez o meu mau humor ou a minha inveja estejam ficando gradativamente piores — de forma tão gradativa que o aumento durante esses setenta anos não será muito perceptível. Entretanto, isso pode vir a se tornar um inferno absoluto em um milhão de anos; de fato, se o cristianismo é verdade, inferno é o termo técnico mais correto para o que viria a ser. E a imortalidade gera essa outra diferença que tem algo a ver com a diferença entre o totalitarismo e a democracia.

Se os indivíduos vivessem somente setenta anos, então um estado, ou nação, ou civilização que talvez dure mil anos seria mais importante do que um indivíduo. Porém, se o cristianismo estiver correto, então o indivíduo não é apenas mais importante, mas incomparavelmente mais importante, pois ele é eterno, e a vida de um estado ou civilização, comparada com a sua, não passa de um momento.

>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.

Deus quer nosso coração


Deus quer nosso coração

"Porém, o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior; porém, o Senhor, o coração"(1 Samuel 16.7)

A religião nos ensina a voltar nossa atenção para a paciência exterior, mas isso não nos capacita purificar nossos pensamentos e intenções do coração. Jesus chamou os religiosos fariseus de "sepulcros caiado cheios de ossos humanos" (veja Mateus 23.27), pois eles se vangloriavam da sua perfeita obediência às leis hebraicas.

Mas Deus não os via como perfeitos, porque o coração deles não era misericordioso como o dEle. Deus prefere ter alguém com um coração doce e maravilhoso diante de Si, que cometa erros, do que alguém com um desempenho admirável, mas que seja corrompido interiormente.

Quando Deus olhar para o seu coração hoje, deixe-O vê-lo buscando intensamente a presença dEle.

2015-07-15

A noiva, o servo, o filho e o soldado


A noiva, o servo, o filho e o soldado

A Bíblia nos denomina de tantas maneiras diferentes que podem parecer contraditórias. Somos a noiva de Cristo, servos de Deus, seus filhos ou soldados? Somos tudo isso. Uma visão voltada exclusivamente para uma dessas facetas pode causar distorção no entendimento e na prática cristã. Todos esses termos referem-se à realidade espiritual, mas, em primeira análise, devem ser considerados como metáforas plenamente conciliáveis no que tange às lições transmitidas. Pensando assim, não perguntaremos como Jesus pode ser, ao mesmo tempo, o pastor e a porta das ovelhas, o cordeiro de Deus e o leão de Judá (João 10.7,11; João 1.29; Ap 5.5).

Jesus contou muitas parábolas relacionadas ao Reino de Deus, como se vê, por exemplo, nos capítulos 13 e 25 do evangelho de Mateus. Por que tantas? Não seria repetitivo? O que ocorre é que nenhuma parábola é suficiente para expressar toda a realidade espiritual. Então, o Mestre contou diversas. Cada uma demonstra diferentes aspectos, conceitos e valores do Reino.

Em Mateus 25, Jesus começou falando sobre dez virgens que esperavam o noivo, mas, desejando mostrar o outro lado da questão, ele falou, na sequência, sobre três servos que esperavam o seu senhor (Mt 25.14-30). Jesus deseja que tenhamos uma visão cada vez mais ampla sobre a sua pessoa, sobre o Pai, o Reino de Deus, a segunda vinda e sobre nós mesmos, nossa posição, privilégios, deveres e responsabilidades.

"Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se aprontou" (Ap 19.7).

A igreja é a noiva de Cristo. Esta figura nos lembra a pureza, o amor, o compromisso, a preparação, o casamento, a festa e a intimidade. O noivo não é uma pessoa estranha ou indiferente. Isso nos mostra que Cristo se importa conosco e nos ama profundamente. O amor é a base de tudo, mas não é o fim. Existe muito mais na nossa relação com Deus.

"Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna" (Rm 6.22).

Na parábola dos talentos somos representados pelos servos (Mt 25.14-30). É outra perspectiva que o cristão precisa ter acerca de si mesmo. Agora, não se fala em festa, mas em recursos, responsabilidades, trabalho e prestação de contas. O senhorio de Cristo está em evidência. Precisamos servi-lo de acordo com os dons que ele nos confiou. Contudo, não podemos ter apenas essa visão, transformando a vida cristã em ativismo mecânico ou meramente profissional. Precisamos servir por amor, ainda que haja uma recompensa.

"Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus" (João 1.12).

Quando nos trata como filhos, a Palavra nos lembra o novo nascimento, nosso vínculo com o Pai, a participação na família de Deus, uma nova natureza e uma herança incorruptível no céu. O que define a condição de filho não é o que ele faz ou possui, mas o que ele é.

Contudo, não podemos nos esquecer do nosso alistamento no exército de Deus. Somos soldados. Isso nos lembra disciplina, treinamento, armamento, inimigos, lutas, guerras e vitórias.

"Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo" (2Tm 2.3).

A percepção parcial da identidade cristã pode criar expectativas indevidas. Como filhos, esperamos benefícios, provisão, carinho e proteção. Não está errado, mas o que faremos quando Deus permitir dificuldades em nossas vidas? Quem não tem luta é soldado morto.

"Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse" (1Pe 4.12).

Portanto, a vida espiritual assemelha-se muito à vida natural quanto à diversidade de papéis, fases e situações. Queremos bênção sem compromisso? Vitória sem luta? Canaã sem deserto? Festa sem trabalho?

O Evangelho traz não apenas bênção e salvação, mas também transformação e missão. Não é algo apenas para mim, mas a partir de mim para o outro. Esta realidade interfere na nossa visão sobre nós mesmos, sobre o próprio Deus e sobre a Igreja.

Devemos confiar no Senhor e aceitar o que Ele tem para nós, certos de que "todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28).

:: Pr. Anísio Renato de Andrade

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A fé traz liberdade

Sabemos que ninguém é justificado pela prática da Lei, mas mediante a fé em Jesus Cristo. Assim, nós também cremos em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pela prática da Lei, porque pela prática da Lei ninguém será justificado. (Gálatas 2.16)

Não cometa o erro de pensar que os cristãos são pessoas que nunca pecam nem se sentem pecadores. Em vez disso, por causa da sua fé em Cristo, Deus simplesmente não lhes atribui seus pecados. Esse ensino é confortador para aqueles que têm consciências aterrorizadas. Por uma boa razão, nós frequentemente tentamos causar a impressão nas pessoas de que os pecados são perdoados e a justiça é atribuída aos cristãos por amor a Cristo. De modo semelhante, os cristãos não devem ter relação alguma com a lei ou com o pecado.

Uma vez que somos cristãos, nós estamos acima da lei e do pecado. Cristo é o Senhor da lei. Ele está presente e "trancado" em nossos corações, assim como uma pedra preciosa está firmemente engastada em um anel. Quando a lei nos acusa e o pecado nos aterroriza, tudo o que precisamos fazer é olhar para Cristo. Quando nos apegamos a ele com fé, temos a vitória sobre a lei, o pecado, a morte e o Maligno. Em razão de Cristo reinar sobre tudo isso, não seremos prejudicados.

É por esse motivo que um cristão, corretamente definido, está livre de todas as leis e sujeito a ninguém, seja interna ou externamente. Porém observe que eu disse "uma vez que somos cristãos", não apenas por sermos humanos ou termos consciências. Somos livres quando temos consciências que foram transformadas e enriquecidas por meio da fé. Essa fé é um tesouro maravilhoso e imensurável – como Paulo diz, um "dom indescritível" (2Co 9.15), um dom que não pode ser elevado o suficiente nem louvado o bastante. Ele nos torna filhos e herdeiros de Deus.

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.

Desafiados a sermos diferentes


Desafiados a sermos diferentes

Para dar início ao plano de salvação da humanidade, Deus escolheu um povo: Israel. Aquela nação precisava se tornar diferente das outras nações. Se fosse igual, a escolha divina não teria efeito prático (Êx 19.4-6; Ml 3.18). Se Israel fosse um povo comum, ninguém saberia que aquele era o povo de Deus. Logo, sua missão de levar o conhecimento de Deus estaria comprometida.

A lei determinava um modo de vida, maneira de vestir, trabalhar, cultuar, relacionamento social, a alimentação, a higiene. Em tudo Israel demonstrava uma diretriz divina que o tornava especial. Da mesma forma, a Igreja hoje, no papel de povo de Deus, deve ser diferente do mundo. Não me refiro aos usos e costumes em geral, mas às questões morais, caráter, comportamento e espiritualidade.

Ter uma vida em santidade (separado) não quer dizer que somos melhores; mas, com certeza, nos levará a um nível mais profundo de comunhão com o Deus que servimos. Como Igreja de Cristo precisamos a cada dia manifestar a graça por meio de nossas atitudes cristãs. Os discípulos foram chamados pela primeira vez de cristãos em Antioquia porque eram parecidos com seu Mestre, ou, pelo menos, eram diferentes. Mostraram isso certamente em sua maneira de ser, de agir e de cultuar a Deus. Foram desafiados a ser diferentes dos religiosos de sua época.

Manifestar um princípio doutrinário é simples, e também, de certa forma, criar uma teologia e acostumar-se a ela não é muito difícil de se improvisar. Por assim definir, é fácil vermos muitos conceitos teológicos a respeito de Deus. Cada qual faz o que bem entende e diz ser de Deus.

Há tanto sincretismo, ecumenismo, misticismo religioso e algumas bobagens ditas como teológicas, servindo hoje de modelo para se tornar diferente. Porém, o modelo para Israel e para a Igreja é um só. Deus nos escolheu, não por sermos melhores, mas, tendo sido escolhidos, precisamos nos tornar melhores em função dessa escolha. Todo servo de Deus, não importa onde esteja, será confrontado com algum tipo de cultura, incluindo uma mentalidade, uma cosmovisão, um conjunto de crenças e costumes.

Embora toda cultura tenha seus valores legítimos e respeitáveis, também se incluem nesse conjunto muitas práticas pecaminosas que acabam sendo vistas como normais. Entretanto, ser normal não significa ser correto. Se "todo mundo faz", não significa que o cristão pode fazer.

Deus diz: "Sede santos porque Eu, o Senhor, sou Santo". Estamos desafiados por Deus a ser diferentes em nossa geração. Ser separados de tudo o que é normal para aqueles que vivem de maneira errada, fora do que diz a Palavra. Que o Senhor nos capacite e nos dê essa correta maneira de ser e de agir. Não é admissível diante de Deus que alguém, dizendo-se filho de Deus, viva como ímpio. Tem um lugar preparado por Deus para aqueles que o honram.

Vamos fazer a diferença!

:: Pr. Adélcio Ferreira

É legítimo um cristão ser dizimista?


É legítimo um cristão ser dizimista?

O dízimo está sendo atacado em nossos dias com rigor desmesurado. Em parte, porque muitos líderes inescrupulosos usam expedientes escusos e reprováveis para arrancar do povo o último vintém, a fim de viverem no fausto e no luxo. Outros, porque em muitas igrejas falta transparência na prestação de contas e o povo não sabe quanto entra nos cofres da igreja nem onde os recursos são aplicados. Há, ainda outros, que são contra o dízimo porque não estão convencidos de que este é o claro ensino das Escrituras.

O dízimo não é uma questão meramente financeira. Trata-se do reconhecimento de que tudo o que existe é de Deus. Não trouxemos nada para o mundo nem nada dele levaremos. Somos apenas mordomos de Deus e, no exercício dessa mordomia, devemos ser encontrados fiéis. O dízimo mais do que um valor, é um emblema. É um sinal de fidelidade a Deus e confiança em sua providência. A devolução dos dízimos é uma ordenança divina. Não temos licença para retê-lo, subtraí-lo nem administrá-lo.

De todas as críticas feitas à doutrina do dízimo, talvez a mais frequente seja esta: "O dízimo faz parte da lei cerimonial e esta foi abolida na cruz. Logo estou desobrigado de ser dizimista". À esta crítica, respondemos que a prática do dízimo está presente em toda a Bíblia. No Antigo Testamento está presente nos livros da lei, nos livros históricos, nos livros poéticos e nos livros proféticos. No Novo Testamento está presente tanto nos evangelhos como nas epístolas. É importante dizer que a prática do dízimo é anterior à lei cerimonial (Gn 14.20; 28.18-22). Abraão, quatrocentos anos antes de a lei ser instituída, pagou dízimo a Melquisedeque, tipo de Cristo (Hb 7.1-10). O dízimo foi incluído na lei, pois foi a maneira de Deus prover o sustento da tribo de Levi, aqueles que trabalhavam no ministério (Lv 27.30-33; Nm 18.21-32; Dt 14.22-29; 18.1-8).

Da mesma forma, os que estão no ministério hoje, na vigência da nova aliança, devem viver do ministério. Os mesmos princípios usados na antiga aliança são também usados na nova aliança para tratar do sustento dos obreiros (1Co 9.7-14). Embora a ordem levítica tenha cessado com o advento da nova aliança, os dízimos não cessaram, porque Abraão como pai da fé pagou o dízimo a Melquisedeque, tipo de Cristo, e nós, como filhos de Abraão, pagamos o dízimo a Cristo, sacerdote da ordem de Melquisedeque (Hb 7.4-10).

Aqueles que usam Mt 23.23 para dizer que Jesus sanciona o dízimo antes da inauguração da nova aliança, mas que depois de sua morte, essa sanção não era mais válida, esquecem-se de que junto ao dízimo Jesus menciona também outros preceitos da mesma lei (a justiça, a misericórdia e a fé): "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas" (Mt 23.23).

Se estamos desobrigados do dízimo, por ser da lei, deveríamos também estar desobrigados desses outros preceitos da lei, ou seja, a justiça, a misericórdia e a fé. Fica evidente que Jesus reprova os escribas e fariseus pela sua prática legalista e meritória do dízimo. Pensavam que o dízimo era uma espécie de salvo conduto. Imaginavam que por serem dizimistas tinham licença para negligenciar os outros preceitos da lei. Na verdade, os escribas e fariseus, besuntados de hipocrisia, estavam superestimando o valor do dízimo e menosprezando os principais preceitos da lei. Ao mesmo tempo, porém, que Jesus reprova a visão distorcida dos escribas e fariseus, que davam uma superênfase ao dízimo em detrimento da justiça, da misericórdia e da fé, referenda a prática do dízimo. Apesar dos desvios de uns e das críticas de outros, devemos continuar fiéis a Deus, na devolução dos dízimos, pois este é o claro ensino das Escrituras.

Reverendo Hernandes Dias Lopes