E o Senhor Deus ordenou ao homem: "Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá". [Gênesis 2.16-17]
Deus deu a Adão duas instruções simples e diretas — uma positiva e outra negativa. A primeira foi uma permissão liberal (ele poderia comer livremente de qualquer árvore do jardim). A segunda foi uma simples proibição (ele não deveria comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, que ficava no meio do jardim).
A permissão liberal concedeu ao homem livre acesso à rica variedade de árvores do jardim. Elas eram tanto "agradáveis aos olhos" quanto "boas para alimento" (v. 9), oferecendo assim a Adão e Eva satisfação estética e física. A generosa provisão de Deus incluía também o acesso à "árvore da vida", símbolo da comunhão contínua com Deus, que é a vida eterna (cf. Jo 17.3), vislumbrada na declaração posterior de que o próprio Deus andava com eles pelo jardim (Gn 3.8).
A árvore do conhecimento do bem e do mal mencionada na única proibição é chamada desse modo não porque tivesse propriedades mágicas, mas porque representava a provação a que Adão e Eva seriam submetidos. Criados à imagem de Deus, eles já tinham uma noção de discernimento moral, mas se desobedecessem a Deus teriam uma desastrosa experiência do mal, tanto quanto do bem.
Um estudante que estava concluindo seu curso na Universidade de Helsinki certa vez me disse: "Anseio pela liberdade, e estou me sentindo cada vez mais livre desde que desisti de Deus". A verdadeira liberdade, no entanto, não está em se libertar do jugo de Cristo, mas em submeter-se a ele, ou seja, abster-se do que ele nos proibiu. A obediência conduz à vida, e a desobediência, à morte.
Para saber mais: Mateus 11.28-30
>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato