Mais um ano de oração
// Lagoinha
Se professamos nossa fé em Jesus Cristo, se nossos pecados foram perdoados, se recebemos o batismo cristão, se participamos da Mesa do Senhor, se somos o templo do Espírito Santo – então somos crentes. Que beleza! O problema é que não exultamos por ser crentes nem nos apropriamos de toda riqueza que existe na fé. Ser crente não é uma chatice, uma eterna mesmice, uma alegria para ser experimentada só no futuro, só depois da volta do Senhor, só depois da ressurreição, só na consumação dos séculos.
A alegria de ser crente é para hoje e desde hoje. Todo dia, nos bons momentos e nos maus momentos. Precisamos aprender a ser crentes. Ser crente é ter comunhão contínua e crescente com Deus por meio do Salvador e da salvação. Isso significa ter vida devocional, saber chegar perto de Deus, ouvir a Sua voz pela Palavra e falar com Ele pela oração. "O objetivo de passarmos um ano com Jesus é aprendermos a orar. Nossas orações não começam conosco. Começam com Jesus. Antes mesmo de abrirmos a boca em oração, Jesus está orando por nós. Apesar de tudo o que se diz em contrário, não há segredos para viver a vida cristã. Não há atitudes como pré-requisitos. Não há condições mais ou menos favoráveis para se buscar o caminho. Qualquer um pode fazê-lo, de qualquer lugar, começando a qualquer momento. Mas isso só é possível mediante a oração. Só podemos orar para que nossa vida siga os passos de Jesus", compartilhou muito bem o escritor Eugene Peterson em seu devocionário.
Ser crente é também saber o que falar com Deus, o que pedir, é ser grato em qualquer adversidade. A ideia aceita por alguns de que o cristão tem que ser uma pessoa de sucesso (leia-se: rica e saudável) é um dos responsáveis pela perda de visão sobre nossa missão na terra. Esse pensamento nos desvia da verdade apresentada por Jesus: "Negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me", "no mundo tereis aflições", "as raposas têm seus covis, as aves têm seus ninhos, mas o filho do homem não tem onde repousar a cabeça"… Heróis da fé como o apedrejado Estevão, os executados Paulo e Pedro, o decapitado João Batista não costumam ser inspiração para nossas orações. Eles receberam outro tipo de poder: amar, perdoar e resistir ao mal até a morte. Quantos de nós buscamos poder para resistir ao mundo e ser santos? Devemos buscar de Deus aquilo que precisamos para cumprir nossa missão como pais, cônjuges, profissionais e cidadãos cristãos. Devemos pedir sabedoria para perdoar, repartir, orar pelos que nos fazem mal. Assim conquistaremos dias mais produtivos diante de Deus em 2016, assim formaremos um verdadeiro exército de Cristo na terra.
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