Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei. — 1 João 3.4
Todos nós somos pecadores e caímos no pecado de vez em quando. Mas, quando cristãos verdadeiros caem, logo se levantam, dão meia-volta e lutam contra o pecado, a fim de que não ofendam o seu próximo. Para ilustrar, pensemos o quanto é difícil não ser ferido durante uma guerra. Porém, é uma honra quando, ferida, a pessoa se levanta para lutar novamente. Mas é uma vergonha quando alguém desiste. Semelhantemente, os cristãos devem levantar e lutar contra o pecado, ainda que estejam completamente cercados por ele. Algumas pessoas acham que são cristãs pelo fato de terem sido batizadas. Essas pessoas dão liberdade aos seus desejos e não consideram importante subjugar os seus pecados. Elas simplesmente seguem as suas vontades.
O pecar é resultado de sucumbir à sedução e ao desejo de pecar. Muitos soltam as rédeas para esses desejos. Eles não querem se arrepender nem se levantar para lutar novamente. Hoje eles cometem adultério; amanhã querem viver em pureza. É impossível para essas pessoas não ofender o seu próximo. Se elas não o ofendem por algo que fazem, certamente o ofendem por negligenciarem o que deveriam fazer por ele.
Uma parte importante do Cristianismo é o amor, e o amor não é interesseiro (1Co 13.5). Insistir no nosso próprio caminho não é amar o nosso próximo, mas seguir os nossos próprios desejos. Assim, não demonstrar amor é o mesmo que ser desobediente. Aqueles que não são puros, que não lutam diariamente contra si mesmos, cederão ao pecado e errarão. Aqueles que não têm o fruto em seu interior, não irão mostrá-lo externamente ao seu próximo. Se não morrermos para nós mesmos ao ponto de desconsiderar os nossos próprios desejos, como poderemos buscar o que é o melhor para os outros?
>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.
