Meus filhinhos, escrevo isso a vocês para que não pequem. (1Jo 2.1a)
A remoção da culpa e da mancha por meio do sangue de Jesus não deixa a porta aberta para o pecado seguinte. Se eu peco porque fui e serei perdoado, isso é cinismo. Mas se retorno ao pecado, o mesmo de sempre ou outro, se repete por falta de cuidado, por falta de oração, por falta de humildade – isso não é abusar da graça.
João estimula a convicção do pecado (v. 8) e a confissão (v. 9), mas não estimula o pecado. Por não estarmos mais debaixo do rigor da lei, isso não significa, esclarece o apóstolo Paulo "que agora nós podemos ir avante e pecar sem nos incomodarmos com o pecado" (Rm 6.15, NBV). O "sejam santos, pois eu sou santo", do tempo da lei, que aparece três vezes no livro de Levítico (11.45; 19.2; 20.7), não foi engavetado no tempo da graça, como lembra o apóstolo Pedro (1Pe 1.16).
João é esperançoso: "Escrevo estas coisas para vos ajudar a fugir do pecado" (1Jo 2.1, CIN) ou " afim de que vocês fiquem longe do pecado" (NBV). Esse "para que não pequem" de João põe diante dos crentes o alvo mais alto, a meta mais santa, o propósito mais sério e o maior de todos os sonhos. A ordem de Jesus no Sermão do Monte é mais ambiciosa: "Vocês devem ser perfeitos, como o seu Pai celestial é perfeito" (Mt 5.48, NBV). Depois de curar o paralítico do tanque de Betesda, e depois de perdoar a mulher apanhada em adultério, Jesus ordena a cada um deles: "Não peque mais" (Jo 5.14; 8.11). Paulo recomenda a mesma atitude: "Comece de novo a viver uma vida séria e direita e parem de pecar" (1Co 15.34).
O alvo proposto pelo presbítero era o alvo particular do salmista: "Guardo a tua palavra no meu coração para não pecar contra ti" (Sl 119.11).
Conto com a força que Cristo dá para não viver em pecado!
>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.