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2015-09-18

Audição, visão e tato


Nós a ouvimos [a Palavra da vida] e com os nossos próprios olhos a vimos. (1Jo 1.1c)

Nunca a audição, a visão e o tato foram tão importantes. Por meio dos ouvidos, eles ouviram as palavras de Jesus; por meio dos olhos, eles viram a glória de Jesus; e por meio dos dedos, eles tocaram o corpo ressuscitado de Jesus.

A assimilação da primazia do Verbo não podia permanecer só na memória dos discípulos. Ela era elevada demais, comprida demais, larga demais e profunda demais para caber na memória deles. Ela transbordou e foi enchendo todos os buracos do céu, todos os vazios da terra e todos os abismos das regiões inferiores da terra. Ela foi derramada em Jerusalém, na Judeia e Samaria, na Ásia Menor, na Grécia, em Roma, e chegou aos confins do mundo. Ela foi repassada de boca em boca, de mão em mão, de ouvido em ouvido, de memória em memória, de alma em alma. Ela foi escrita, foi falada, foi gravada, foi visualizada, foi proclamada. Nesse afã incontrolável de testemunhos de Jesus, alguns foram apedrejados, mortos à espada, decapitados, queimados, esmagados, trucidados, devorados por leões, serrados pelo meio, fuzilados, jogados ao mar e crucificados de cabeça para baixo nas praias dos confins do mundo um pouco antes da maré alta.

Toda essa história começou quando os discípulos viram com seus próprios olhos aquele que existe desde a criação do mundo, quando ouviram com seus próprios ouvidos a Palavra da vida, quando apalparam com seus próprios dedos aquele que é a imagem visível do Deus invisível. Não sobrou uma dúvida sequer depois que ele foi visto, ouvido e tocado. A igreja começou aí. As missões começaram aí. A esperança começou aí. A ressurreição começou aí!

Não há outra história tão verdadeira, tão revolucionária e tão bela quanto a história do Verbo que se fez carne!

>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.