De onde lhe vêm estas coisas?… Não é este o carpinteiro? Marcos 6.2-3
A palavra carpinteiro aparece apenas duas vezes nos Evangelhos; uma delas, chamando Jesus de "carpinteiro", e outra, se referindo a ele como "o filho do carpinteiro". A partir disso, deduzimos que José havia trabalhado como carpinteiro, que Jesus havia sido seu aprendiz e que assumiu a carpintaria após a morte de José.
Embora a palavra tektõn pudesse ser usada para qualquer artesão ou oficial, ela normalmente está relacionada a alguém que trabalha com madeira. Assim, Jesus sem dúvida deve ter feito ou consertado móveis e utensílios agrícolas. J. E. Millais, pintor pré-rafaelita de meados do século 19, pode ajudar-nos a visualizar o interior da carpintaria em seu quadro com esse título. O menino Jesus está no centro da cena. Aparentemente, ele se machucou com um prego. José se inclina para examinar o ferimento, enquanto Maria busca consolá-lo com um beijo e o jovem João Batista está carregando uma tigela de água para lavar o machucado. Jesus se encontra inclinado sobre o balcão, que parece simbolizar o altar do sacrifício.
Alguns líderes cristãos do início do movimento trabalhista britânico se inspiraram em Jesus, pois ele dignificou o trabalho braçal. James Stalker, em seu livro A Vida de Cristo (1879), escreveu:
Seria difícil esgotar a importância do fato de que Deus escolheu para seu Filho, quando este habitou entre os homens, dentre todas as posições possíveis em que poderia tê-lo colocado, a de um operário. Ele imprimiu às labutas comuns dos homens uma honra eterna.
Para saber mais: Atos 20.33-35
>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.