Testemunho de Zev Porat, um judeu crente em Jesus (Parte 7)
// LPC Comunicações
Agora eu tinha um problema diferente. Comecei a procurar um novo emprego na área que eu tinha experiência, a de gestão. Mas eu não tinha ninguém para me recomendar. Os amigos que eu tinha antes de me converter a Jesus se afastaram de mim quando eu ia aos bares com eles. Outros me deixaram por causa da minha fé em Yeshua.
Eu fui de um lugar para outro e apresentei meu currículo. Escrevi que trabalhei como gerente em outro lugar por quatorze anos e meio e fui demitido por minha fé em Yeshua. Acrescentei que eu aceitaria trabalhar de graça de seis ou sete dias para mostrar o meu trabalho. Se eu não for bom o suficiente, não me contratem, e não me paguem. As pessoas me diziam: "Não tem problema. Nós não nos importamos no que você acredita. Vamos chamá-lo. Ninguém nunca ligou.
Cinco, dez, onze meses se passaram. Um dia li na Escritura: "Se um homem não trabalha, não come. Entendi o que Deus estava me dizendo: "Se você não pode encontrar o trabalho que você quer, se você não consegue encontrar um trabalho na área de gestão, aceite qualquer emprego, pois o trabalho é uma bênção."
Eu encontrei um trabalho onde ninguém se importava no que eu acreditava: numa empresa de lavagem de louça. No meu antigo trabalho o salário era bom e Lin estava trabalhando como chef também. Tínhamos comprado um apartamento e estávamos pagando e levando um estilo de vida bastante elevado. Mas agora, fora do trabalho por 11 meses, sem seguro-desemprego, tínhamos usado todas as nossas economias e nos encontramos incapazes de manter o apartamento.
Com a dívida que tínhamos, o trabalho de Lin e meu trabalho de lavagem não foram o suficientes para até mesmo alugar um apartamento pequeno em Tel Aviv. Saí e comprei um carro velho, colocamos tudo o que podíamos dentro e nos dirigimos para a praia. Montamos uma barraca na praia, e como nos meus dias no exército, cada um de nós montava guarda por três horas – enquanto o outro dormia – guardando nossos pertences durante a noite.
Não era muito seguro por causa das prostitutas, drogados e bêbados andando. Tomamos banho frio na praia à noite. Uma noite Lin virou-se para mim e disse: "Você sabe, nós acreditamos em Yeshua. A Bíblia diz que Deus vai cuidar de nós? A Bíblia diz que somos abençoados?"
Eu pensei sobre isso um pouco e disse: "Sabe, Deus tem uma bênção para nós; Deus tem um plano para nós. Deus não é aquele que nos colocou aqui na praia. Deus não é o autor do mal, mas Deus permitiu isso. Seremos abençoados."
Um dia, eu senti o Senhor me dizendo: Eu lhe disse para pregar o Evangelho a tempo e fora de tempo. Então, depois de minhas horas de lavar louça, eu saia pela praia para compartilhar as Boas Novas da salvação com as pessoas. Uma noite, estava compartilhando com um homem religioso, e de repente ele me deu um soco no olho. Como ele era um homem mais velho, as pessoas que viram pensaram que eu o tinha agredido.
A polícia veio e me algemou e de nada adiantaram minhas explicações de que eu é que estava com o olho roxo. Eu disse ao policial que estava compartilhando a Bíblia com esse cara aqui e ele me bateu. A polícia perguntou ao homem: " Você bateu neste homem?" Ele respondeu: "Sim! Ele é um goy ( gentio )! Tire-o daqui! Ele é um traidor!" O policial se virou para mim e perguntou onde eu morava. Eu disse: "Bem aqui na praia."
Ele disse: "OK, por que você não vai comigo para a delegacia agora. Esse cara acabou de admitir a agressão a você. Preencha os formulários e talvez você possa processar esse cara. Você mora na rua e talvez você possa ganhar algum dinheiro com isso." Virei-me para o policial e disse: "Deus abençoe este homem. Eu não quero fazer qualquer acusação contra ele."
O policial olhou para mim e disse: "Você está louco!" E foi embora.
Aqui estou eu, um judeu messiânico, que vive na praia com a esposa, trabalho como lavador de pratos – agora, com um olho roxo – e ainda à procura de um emprego.
Adaptação e edição: Milton Alves