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2014-11-29

O cerco

O cerco

sábado
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Livra-me, Senhor, dos maus; protege-me dos violentos. (Sl 140.1.)

Exagerar o poder do inimigo não é uma boa estratégia. Diminuir seu poder de fogo também não é bom. No primeiro caso, corremos o risco de ficar desesperados. No segundo, corremos o risco de ficar seguros demais. Tanto o desespero como a demasiada confiança certamente nos levarão ao fracasso.

O cerco existe. Ora menos intenso, ora mais intenso. No Salmo 140, o poeta se diz cercado de homens maus, violentos, ímpios, arrogantes, perversos e difamadores. Eles tramam planos perversos contra o salmista (v. 2); eles afiam a língua e colocam veneno de víbora nos lábios para caluniar o salmista (v.3); eles preparam armadilhas e armam ciladas para o salmista tropeçar e cair (vv.4,5).

A situação é mesmo difícil, complicada e perigosa. O salmista tem consciência disso e recorre à oração. Pede que o Senhor o livre dos maus e o proteja dos violentos (v.1). Suplica que os planos que eles bolaram no coração e que estão pondo em prática não tenham sucesso (v.8). Ora para que recaia sobre a cabeça dos que o cercam toda a maldade que era destinada a ele (v.9). Por último, o poeta pede a Deus que o ímpio não se estabeleça na terra e, sim, o justo (v.11).

Além dos opositores avulsos, aqui e acolá, de menor gravidade, o cerco propriamente dito é constituído pela soma de três forças distintas que operam em perfeita harmonia: a vontade da carne (problema interno), o curso deste mundo (problema externo) e as astutas ciladas do diabo (problema transcendente). Esse cerco de fato existe. Precisa ser vencido com força total, por armas não carnais, mas espirituais (Ef 6.10-18).


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O cerco | Devocional diária
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