O que significa dizer “eu te amo”?
// Lagoinha
“Eu te amo” é uma frase simples, comum de ouvir. Mas será que as pessoas sabem o verdadeiro significado dessa afirmação?
Posso dizer que, depois de tanto tempo dizendo isso, só hoje entendo o peso e o valor dessas três palavrinhas.
A passagem bíblica de 1 Coríntios 13.4-7 define detalhadamente o amor: “o amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.
Precisamos entender que, quando dizemos “eu te amo”, estamos dizendo “eu sofro, mas eu te faço o bem”, “eu não tenho inveja de você”, “eu não te trato sem pensar”, “eu não tenho atitudes precipitadas”, “eu penso antes de falar para não te magoar”, “eu não te desprezo”, “eu renuncio meus interesses”, “eu não me irrito com você”, “eu não suspeito o mal”, “eu não faço injustiça nem minto”, “eu sofro com você”, “eu creio que tudo dará certo”, “eu creio na sua capacidade”, “eu espero”, “eu suporto tudo”.
Agora, a questão é: o amor que tantas pessoas dizem que sentem tudo sofre, tudo crê, tudo espera, e tudo suporta? Esse tipo de amor, descrito em 1 Coríntios 13, é natural do ser humano? Não mesmo. O amor humano é corruptível, pode se transformar em ódio da noite para o dia.
Ele é carnal. E quando a carne sofre, o amor acaba, e só resta o ódio, a vontade de fazer justiça com as próprias mãos. O desespero toma conta e queremos agir com leviandade, ou seja, queremos agir sem julgarmos a situação, sem refletirmos antes. O amor humano é esquecido rapidamente, basta alguém “pisar no seu calo”. Basta os defeitos das pessoas começarem a aparecer. Basta a situação começar a “ficar feia” para ele ser colocado de lado e ser dado lugar à raiva e ao ódio. Enquanto está tudo belo, tudo lindo, tudo perfeito, há amor. Mas quando a coisa aperta, ele some num piscar de olhos. Enquanto o ser humano tem dinheiro, saúde, alegria, bens materiais, entre outras coisas, ele ama Deus e o mundo. Mas se passa por uma provação, momento de tensão, o primeiro a ser esquecido é o amor, o amor humano.
Sabe qual é o único amor incorruptível, que não leva em conta nenhuma injustiça sofrida, que perdoa o próximo, que deixa para trás aquilo que o fez sofrer, que não julga o outro pelo que ele fez de errado ou pelo que ele é, que faz o bem não importa a quem? É o amor do tipo de Deus. Esse é o único amor que tudo sofre e, ainda assim, não é corrompido. É o único amor que perdoa qualquer injustiça sofrida, seja a pior que for.
Talvez você pense: “Não consigo perdoar alguém que cometeu uma injustiça contra mim ou contra alguém que amo” ou “posso até perdoar, mas é ela pra lá e eu pra cá”. Isso é perdoar com amor humano. Porque, quando se perdoa com o amor de Deus, a injustiça sofrida não é levada em conta. Aí, você diz: “Mas eu não sou Deus”. E eu digo que você pode, sim, amar como Ele ama.
A Palavra de Deus diz em Romanos 5.5: “[...] porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”.
Se você tem o Espírito Santo de Deus, você também tem o amor Dele dentro de você. Ele só precisa ser colocado em prática, em operação. Você pode amar como está descrito em 1 Coríntios 13, basta começar a praticar isso todos os dias. Aos poucos, você começará a entender que amar com o amor do tipo de Deus é a melhor escolha.
:: Dayane Cristina